A própria definição de sem graça (ou quase isso)!

A própria definição de sem graça (ou quase isso)!

“Kakushigoto” é a quarta esteia dessa temporada que eu assisti. Dessas quatro, três já tem post aqui no blog. O que digo sobre isso é que está difícil para sair algo realmente bom! Até agora, a melhor estreia que vi foi “Appare-Ranman”. Mas o “melhor” aqui não representa algo bom de fato. No caso, quase todos até aqui tiveram estreias bem medianas. “Kakushigoto” entra perfeitamente nisso. Eu diria que ele tenta ser engraçado, mas ele não é, ou melhor, não consegue ser.

Sinopse: “”Vamos abrir a cortina de volta no tempo, para a história de um criador de mangás solitário”. Esta história é sobre Gotou Kakushi, um artista que desenha um mangá um tanto vulgar, e tenta escondê-lo pelo bem de sua filha, Hime. Um conto de pai e filha sobre amor e riso.”


“Kakeshigoto” foi um anime que um tempo antes da estreia, eu estava razoavelmente curioso com o que ele iria me proporcionar. Minha expectativa para o anime já começou a desabar quando, na época que saiu a discussão sobre revisionismo histórico, advindo de “Boku no Hero Academia”, uma amiga fez em seu blog (aproveito para indicar o blog dela, conteúdo de qualidade), um post apontando diversas obras que tiveram casos semelhante ao de “Buku no Hero”. E dentre as obras citadas na postagem, estava “Sayonara Zetsubou-Sensei”. O que isso tem a ver com Kukushigoto? Simples. Elas são do mesmo autor. E saber que o mesmo autor fez na obra, me deixou bem receoso quanto ao que viria em Kakushigoto. Felizmente, ainda não apareceu nada do gênero no anime, mas não duvido que acaba surgindo algo no futuro. Então, estou atento para o que virá.

Apesar de (ainda) não ter aparece problemas sobre revisionismo, Kakushigoto apresentou outro problema no meu ponto de vista. Ele é sem graça na maior parte do tempo desse primeiro episódio. Eu entendo e gosto da ideia do Kakushi Goto tentar esconder da sua filha, Hime, que é um mangaka (se eu escrevesse um mangá ecchi, do porte que o Kakushi diz ser, eu também teria vergonha caso meu/ minha filho (a) descobrisse). E até certo ponto, é gostosinho e divertidinho de assistir. O problema é quando ele quer ser engraçado. Não me convence, parece forçado. As caras e bocas, a gritaria por parte do Kakushi em algumas situações , acabam não me convencendo e mais me distanciaram do anime. Mas falemos mais, porque ele ainda pode ser divertido para você :).

Como eu disse antes, eu gosto bastante da proposta do anime, mas aqui também já mora o perigo. Na cena inicial do episódio, mostra que a Hime vai descobrir que seu pai é um mangaká aos 18 anos. No momento que a história se passa, ela tem idade entre 8 e 10 anos eu imagino, e supondo que o que ela tem essa idade, o pai dela esconderia esse segredo ao longo de mais oito anos??? Dependendo da velocidade que a história se passa e de como o autor vai trabalhar a rotina deles, isso pode se tornar enjoativo com o passar dos episódios, e para mim que já não achei muita graça nessa estreia, tornaria o anime ainda pior para mim.

O episódio apresenta duas situações envolvendo os dois e sem dúvida alguma, eu gosto MUITO mais da interação entre eles no final, do que está sendo contado, do que toda a tentativa de fazer comédia escrachada no decorrer delas. Quando chega no final do dia e eles param para conversar, para mim, ali foram os pontos fortes do episódio. Eu gosto muito da interação dos dois, gosto bastante de obras que trabalham com a temática “família”. Animes, mangás e/ou novels que trazem famílias “bonitinhas”, me dá uma sensação aconchegante. Talvez até um pouco de inveja (minha família não é uma das melhores haha).

Eu digo que ele força para tentar ser engraçado, mas não é como se ele fosse totalmente sem sal, como se eu não desse risada. Pelo contrário. Eu dei algumas risadas aqui e ali, mas a forma com que o anime tenta engrandecer a piada com extravagância, me incomodou um pouco. É muita coisa para uma piada que muitas vezes, você apenas solta um “haha” e segue. Mesmo assim, eu consigo ficar interessado no que vai acontecer, principalmente para saber o que houve com a mãe da Hime. Acho que teremos algum drama mais para frente e dramas sempre me atraem bastante :).


Passando para aspectos técnicos, digo que descobri para onde foi a staff de “Ascendance of a Bookworm”. A produção, em especial dos cenários, está belíssima. Toda a ambientação, o trabalho com as cores, usando tons mais vivos e alegres, combina muito bem com a história que quer contar. Eu fiquei babando em alguns cenários. Apareceu a escola da Hime e ela estava com um trabalho de cores ma-ra-vi-lho-so! A animação em geral não faz feio também. Têm alguns momentos que ela se sobressai, muito pelo character design simplório que ajuda muito a produção. Mas isso não apaga o fato de que essa atenção da produção poderia ter ido para Bookworm e isso me deixa bravo -_-. Inclusive, leiam nossa review de Ascendance of a Bookworm e não se esqueçam que a segunda temporada desse anime maravilhoso volta hoje!

Eu fiquei maravilhado nas cores dessa escola.

Eu sinceramente espero que o anime melhore, porque parte de eu achar as piadas não tão boas assim, se deve pelo timing cômico do diretor, somado com o conteúdo do seu material original. Eu quero uma melhora aqui, mas por enquanto, eu sigo com expectativas bem lá embaixo com o anime. Uma última coisa: adorei a voz do Kakushi (cof criei um crush nessa voz cof). Combina bem com o personagem e vi algumas pessoas comentando que o dublador dele, é o mesmo personagem principal de Sayonara Zetsubou-Sensei. Interessante essa escolha. Se for mesmo verdade, acredito que tentaram trazer um sentimento de nostalgia para quem está assistindo (ou atrair fãs da obra anterior).


Olha esse cadeado! LINDO!!!
Apreciem um pouco mais desses cenários lindos!