Um anime de três minutos mais caloroso da temporada de inverno 2020.

Um anime de três minutos mais caloroso da temporada de inverno 2020.

SINOPSE: spin-off de Yuru Camp em que foca em um grupo de cinco garotas que adoram acampar nas montanhas e no seu cotidiano de preparação/execução do seu hobby favorito.

Falando do anime original

Muito difícil falar de um anime cujo seu tempo de exibição semanal foi de apenas 3 minutos (excluindo a duração da ED).  Então irei fazer diferente e emendar uma mini review da série principal, até para aproveitar a oportunidade de falar sobre a franquia como um todo.

Para quem me acompanha nas redes sociais, sabem que eu gosto muito de slice of life. Só que tem um porém: o anime tem que ter uma história minimamente “agitada” (algo deve estar acontecendo e não só os dias passando). Até porque eu não tenho tempo para ficar assistindo o anime de um cotidiano qualquer. Já basta a minha vida para acompanhar e eu “assistir” todos os dias xP. Então é muito difícil apreciar alguma obra em que não acontece nada. K-ON é um exemplo de animes que eu evito pegar para ver, até pela certeza de não gostar do irei assistir, não pela proposta e sim pela ‘chatice’ do marasmo da rotina de colegiais japoneses. E para minha surpresa, eu ADOREI YURU CAMP. O anime tinha tudo para entrar no meu conceito conforme eu disse no parágrafo, entretanto, com o seu tom sereno e de tranquilidade, me gerou um sentimento acolhedor de acompanhar a rotina das protagonistas.

A química entre as cinco é o que chama mais atenção, sem dúvidas. A Nadeshiko é avoada, mas não tonta, sendo perspicaz nos momentos mais cômicos e de interesse dela. O encantamento da própria com a atividade de passar a noite ao ar livre perto de um local turístico também te empolga por tabela, ficando impossível o espectador não ficar ansioso para o tal dia do acampamento. E não só a Nadeshiko que é uma explosão de simpatia. A Rin, mesmo com sua pose de compenetrada e séria, passa uma fofura inacreditável. De longe, é a minha personagem favorita. A Aoi, Chiaki e a Ena que completam o time, também têm papeis relevantes para o andamento de cada ida em direção a um local inabitado para curtir uma fogueira e dormir a céu aberto.

Mostrar o cotidiano e ainda ser interessante

É impressionante o anime ser muito bom só mostrando o dia-a-dia desse grupo. Tanto que os acampamentos em si, foram apenas em uns 5 episódios. Os demais foram capítulos delas interagindo no clube, de percorrer a estrada até o local que irão dormir, delas aproveitando locais turísticos, de todo o conforto de sentar perto de uma fogueira em dias mais frios (o anime se passa todo no inverno), de dividir novas experiências com as amigas… acampar em si passa a ser um plano de fundo para todas as cenas de convivências entre as personagens principais.

A Nadeshiko que melhor sintetiza os sentimentos de quem assiste sente vendo todo o caminho delas para chegarem em um local adequado, armarem a barraca e esticarem as pernas na maior paz e sossego. Muito disso tudo vem de uma direção cirúrgica, que estipula com exatidão todo clima ameno e “terapêutico” do enredo (quem assistiu, sabe desse sentimento de alívio assistindo o anime). Praticamente você fica motivado a fazer o mesmo ou projetar em estar acampando com elas de tão imerso que o espectador fica naquele contexto. Até mesmo a animação e a fotografia ajudam em passar esse sentimento calmo nas cenas. A trilha sonora um pouco mais ausente valoriza o silencio e a tranquilidade do local, elevando ainda mais todo aquele ambiente natural e “vazio” (adoraria ter aquela lambreta da Rin só para ficar passeando pelas estradas por aí). Pode parecer nada de mais o anime, porém Yuru Camp te absorve de tal maneira para dentro de sua história, que é muito difícil você não ficar com aquela ideia de sair andando sem rumo, conhecendo regiões isoladas e apreciar a beleza natural do mundo afora.

Falando um pouco desse “curta-animado”

Gostei tanto do anime que acabei ficando na vontade de mais ao final da primeira temporada. E veio esse derivado da série animada. Fiquei mega empolgado, mesmo os episódios semanais terem uma duração tão curta. Só queria sentir novamente aquele sossego e ficar feliz enquanto eu assistia esse “OVA” fracionado (juntando a duração dos episódios, dá o tempo de um episódio desses especiais lançados para BD e DVDs). Por mais que a qualidade técnica se manteve nessa nova versão, senti que no formato de curtas não favoreceu muito o anime. Quando começava a engrenar, era interrompido pela ED e só semana que vem. E principalmente para um anime que a cadência narrativa mais lenta é tão importante, ter esses drops tão “rápidos”, caparam boa parte do potencial que tinha no original.

A história contada nessa “temporada” foi boa. Muito bacana delas fazerem um jogo de colecionar carimbos nos principais pontos turísticos da cidade, só para explicar para a Nadeshiko a importância cultural que tem aquele local que elas moram. A Rin fez uma participação especial, mas foi de dois minutos. Uma pena porque adoro a personagem e essa saudade só vai ser saciada no OVA e na futura segunda temporada já anunciada.

Conclusão

Se você gostou de Yuru Camp e não aguenta mais esperar para a estreia da segunda temporada, Heya Camp pode amenizar a situação. Agora se não assistiu o anime original, tente assistir pelo menos os dois primeiros episódios. Ali mostra tudo que a obra tem a oferecer, e se for do seu agrado, vai firme porque vale muito a pena assistir esse tesouro audiovisual.

2 thoughts on “Review de Heya Camp e Yuru Camp

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