Uma estreia bem mais ou menos.

Uma estreia bem mais ou menos.

SINOPSE: Jin Mori, autoproclamado o aluno mais forte do ensino médio, te sua vida mudar quando é convidado a participar de “God of High School”, um torneio para determinar o colegial mais forte de todos. Se vencer, qualquer desejo que fizer será atendido.

Bom dia, boa tarde e boa noite pessoal. Mais um post de primeiras impressões, só que agora, eu e o @alexsanderluiz58 conversamos sobre o anime The God of High School, que foi uma estreia com certo potencial, porém desinteressante do começo ao fim para nós dois. Leiam a nossa conversa.

RUB: Alê, bora lá para mais um Primeiras Impressões da Temporada e agora temos mais um anime de um manhwa. The God of High School foi um misto de emoções para mim. Teve seu lado bom com uma produção muito boa e uma animação foda para um caralho, e por outro lado temos uma história…hum…bem…na real tem alguma coisa sendo contada aqui? Bem, vamos começar lá no prólogo dessa estreia aonde temos empresários (???) que estão tentando ganhar alguma vantagem em cima de algum politico e conseguindo na base de extorsão. É uma cena um tanto OVER já que todos ali tem uma cara de vilão descarada. O anime não fez questão alguma de esconder esse fato. Só que temos uma informação (acredito que foi a única realmente útil que foi dada nesse primeiro episódio já que não explicam PORRA NENHUMA DE COISA ALGUMA) que existe poderes nesse universo do anime, porque vem uma mão gigante e amassa todo mundo daquela ilha igual barata. Até que gera uma certa expectativa do que caralhos está acontecendo, entretanto essa sequência inicial é totalmente ignorada no restante do episódio. Nem para jogar alguma dúvida e ficarmos com aquilo na mente o autor se prestou. Na real, será que teve alguma função? Pareceu meio jogado tudo aquilo naquele inicio. Na real, TUDO FOI SÓ JOGADO NA NOSSA CARA E SE VIRA AMIGO. Depois da OP temos um flashback do protagonista com seu avô para ele ser amigo de alguém. Pouco importa porque essa cena do passado só serviu para demonstrar que o protagonista é altruísta em ajudar qualquer pessoa que esteja necessitando, sendo que podia ter sido de outra forma essa abordagem. Depois começa a sequencia dele de bicicleta atrasado para o evento daquele dia.

ALÊ: Para mim também foi um grande misto de sensações. Essa estreia foi bem mediana. Teve suas coisas boas e teve seus pontos negativos também. O ponto de “The God of High School” é que muita coisa acontece, ao mesmo tempo que nada acontece… Luta, luta, luta… enquanto que a história, ou melhor, o pano de fundo pouco caminha (ou pouco importa). Eu acho que já é uma característica de (pseudo) vilão ter uma boca larga. Todos têm, então já era fácil prever que não viria algo bom deles. Eu gosto do clima de mistério ali do começo, mas ele quebra totalmente com o resto do episódio. É ruim em especial por não darem qualquer indício de que vão trazer mais disso à tona. Passa a impressão de que aquele começo era para te chamar atenção, mas pouco importa depois. Era só aquele momento e acabou. E como você disse, parece que o começo só serve para estabelecer que aquele mundo tem poderes e já ajuda muito com os eventos posteriores como os exageros para a comédia, por exemplo. Nem fizeram questão de esconder o passado triste dessa vez. Jogaram logo de cara. E que caralhos, “Tower of God” também fala de ter um desejo atendido por Deus e agora vem The God of High School que é a mesma coisa. Só falta vir o próximo dessa leva de animes da Crunchyroll e também estar falando de desejo sendo atendido por Deus… Metade do episódio vai só na perseguição do bandido. Entendo porque ela existe, mas eu não acho ela uma escolha muito boa para o roteiro, porque poderiam ter usado boa parte desse tempo para tentar estabelecer algumas coisas do mundo, como os poderes, o que é aquele Battle Royale, sociedade, coisas do gênero. Não saber nada à princípio pode ser bom, podem usar para ir construindo posteriormente, mas aqui eles não falam NADA. Então você só fica perdido mesmo.

RUB: Assim, deve ser alguma regra não estabelecida lá na Coréia em que manhwas de lá não podem ter uma introdução de história decente. Foi a mesma coisa com Tower of God em que a estreia pouco de contextualiza sobre o que é aquele mundo e já te joga na porrada sem ao menos explicar direito as motivações dos personagens em subir uma torre ou ganhar esse evento maluco de Battle Royale entre alunos do ensino médio. Seguindo a ordem cronológica do episódio, quando começa essa cena de Velozes e Furiosos de bike, mesmo eu sabendo que a galera toda ali tem super-poderes, não consigo gostar de nada dessa sequencia e nem da comédia física que não foi do meu agrado. A começar que não consigo entender muito bem os limites do poder da galera. O bandido, por exemplo, parecia humano. Quem tem poderes e quem não tem? Aí tem o fato de intercalar as visões dos 3 personagens principais. A guria pirando nos músculos junto de um clube de alguma arte marcial e o outro maluco desanimado com a vida por estar trabalhando e ganhando pouco. Tipo, toda essa construção era para ser cômica e tal, para que quando começasse a loucura, você risse junto com os absurdos que os 3 fazem. Só que tudo é muito rápido e nada é demonstrado de fato. O mano trabalhador, a única coisa que eu sei dele que ganha pouco no trampo e tem muito sono. A guria eu sei que gosta de músculos e não enxerga sem o óculos. E o personagem principal perdeu o avô e é desligado com as coisas. Tipo, eu NÃO SEI NADA DELES. Quais as motivações deles, quais seus sonhos, SUAS PERSONALIDADES…tipo eu sou um espectador que assiste as coisas tentando pelo menos entender o lado dos personagens e fazer algum tipo de vinculo com eles. Torcer para que ele supere algum obstáculo ou me emocionar com alguma tragédia mostrada. Aqui, tanto o Jin, quanto o Ran, quanto a Yu, eles tem a mesma importância que os NPCs que apareceram nesse episódio. ZERO.

ALÊ: Exato! Eu acho que “Tower of God” ainda errou mais do que The God of High School, porque Tower tentou mostrar mais coisa do que ele podia explicar e você fica muito perdido e é uma sensação mais amarga lá do que aqui. The God é basicamente luta. Eles não tentam te apresentar nada praticamente, então não erra tanto nessa parte. Mas por outro lado, The God erra mais com os personagens, enquanto Tower fundamenta melhor o protagonista e a Rachel. Aqui ninguém importa realmente. Nós sabemos o mínimo de cada personagem e nem o mínimo pode se falar, porque são tópicos de cada um. Não dá para você processar uma informação decente ou relevante sobre eles. A motivação de cada um, o que levou eles até lá, o que é tudo aquilo. Exemplo: antes da luta começar, todo mundo estava surpreso com o fato de ser um Battle Royale. Quer dizer que supostamente é um campeonato famoso, transmitido para pessoas de fora. Então antes daquela luta, ela seguia um estilo de chaves, mas naquele momento não foi assim. Essa explicação é tão foda-se sabe, que ignorei e nem fiquei curioso para saber o que está acontecendo ou porque mudaram as regras do jogo. Falando da sequência de perseguição, eu sou meio dividido com ela, porque a comédia funciona em alguns momentos, enquanto em outras não vai tão bem. Parece que era para ser muito engraçado, mas eu só soltei um “haha” ocasional. Eu vejo um esforço da produção para fazer parecer engraçado, tanto é que misturam técnicas visuais para parecer mais cômico e foram nesses momentos que eu não ri. Não achei graça e parecia mais uma quebra da cena e mais atrapalhava do que ajudava. Inclusive, eu quero entender a cena da velhinha. O PROTA encontra com ela e consegue ver o que aconteceu??? Porque o que dão a entender (duas vezes) é que ele conseguiu ver o que houve no passado e o que ela fará com o dinheiro no futuro. Ele até diz que é para a cirurgia dela. O PROTA até conta para a guria que gosta de músculos, a Yu. E entra naquilo que você falou, de não estabelecerem certinho se todo mundo tem poderes, se há pessoas “normais” naquele mundo. E até o espaço/tempo é estranho. O Ran “alcança” o Jin e a Yu, mas ele estava andando e eles estavam em uma bicicleta. Não sei se é por causa do local, porque parece que a cidade é organizada em quadras, então não afirmo, mas achei estranho.

RUB: Também não sei ao certo como o Ran alcançou eles. A única coisa compreensível foi a animação. Toda essa perseguição e a luta de tem no final do episódio é um espetáculo audiovisual. Tem momentos que simulam uma GoPro na cabeça do protagonista andando de bike. Muito bem feito e é ponto alto do episódio. Só que animação bonita não é sinônimo de qualidade para mim em um anime. Tanto que eu ficava mais tentando entender que história estava rolando, do que apreciando a animação de forma isolada. A disputa/competição toda é uma doideira. Nego de TODOS OS ESTILOS POSSÍVEIS, vão para uma arena e se socar feito animais, para ganhar um prêmio MEGA ABSTRATO que permite REALIZAR QUALQUER DESEJO…HÃ??? Tipo, e aí??? Qual o limite? Tem deuses nesse universo que realizam desejos das pessoas? Quem são os administradores? Quem é a galera de preto vendo a luta? Por que ninguém está lutando com os poderes? Só é o PROTA que tem alguma habilidade especial? Quem é o maluco que chegou atrasado e veio do presidio? Por que caralhos a organização colocou um condenado ali? Sabe, esse tipo de coisa que acontece e foda-se a lógica por trás. Eu estava perdido porque eu só via pessoas se batendo em uma animação fluida e pessoas estilosas com um terno preto, conversando coisas incompreensíveis porque nem sei de que assunto estavam discutindo. E ainda tentam fazer um gancho de UMA GRANDE BATALHA que irá vim, porém não funciona porque estou cagando e andando para o que acontece ali. Poxa, nem os nomes dos personagens terem apenas três letras me ajudou a decorar de tão interessado que eu estava deles. Mesmo a direção fazendo esse esforço e a animação estar ‘TININDO’, a história é um aspecto que valorizo muito e pelo menos O MINIMO deveria ter aqui.

ALÊ: SIM! É muito confuso e bizarro, é uma doideira só. Pouco importa o que está acontecendo ali. Aproveitando, é muito estranho o sistema de HP dessa bagaça. Novamente entra na questão de não estabelecerem o mínimo antes de partir para a porrada, porque não explicam e só falam que colocaram nanomáquinas nos participantes e foda-se. O meu problema não é nem esse e sim com o fato dos participantes enxergarem o HP dos outros, como se fosse um visor na frente deles. Não fundamentam NEM ISSO! É estranho porque eles tem o bracelete e os administradores dizem que é para monitorar, mas todo mundo consegue ver, além de que, minutos antes haviam dito que não tinham tempo para preparação e a única forma de parar a disputa era por desistência ou nocaute. Aí logo em seguida vem com essa história de nanomáquinas para monitorar os caras para ver o limite deles. Decidam meus queridos!!!! Cada vez que penso nisso, aparece mais coisas estranhas por não termos tido uma base sequer para começarmos a história. Sobre Deus, eles dizem que um desejo será pelo concedido pelo tal Deus, mas pouco depois falam que são os administradores que vão conceder qualquer pedido. O Deus são os administradores? Há um “Deus” mesmo? Não sabemos. Os poderes são um tanto esquisitos, porque começam o anime mostrando que há poderes, mas no decorrer dele, lá na perseguição quando parecia ter algo sobre-humano ali, no torneio pela forma que trabalharam em demonstrar essa questão, parece mais que vimos no meio do episódio foi só um exagero para compor as cenas e gerar comédia. De novo, nada tem uma base sólida para você conseguir se situar ou ter uma ideia/conclusão do que estão te mostrando ali. Eu particularmente não esperava nada muito trabalhado de The God of Highschool. O que eu imaginei é que seria um roteiro bem qualquer coisa e que seria porradaria. Ele é sincero no que se propõe, ser um anime de porrada/ação porque foi basicamente isso que tivemos, porém achei simplista demais. Eu me diverti durante as cenas de ação porque sou um apreciador de animação e de técnicas visuais, entretanto quando você para para pensar, quase não tem sentido nessa apresentação. Inclusive, falando da produção, ela está linda para um caralho! Eu estava com um pé atrás por termos a MAPPA aqui, mas parece que a produção está finalizada e tem dinheiro aqui. O estúdio se dedicou aqui. E dou destaque para a arte das pessoas no fundo. No “flashback” com o protagonista e seu avô, gostei muito daquilo. E eu gosto do design dos olhos do protagonista. *_*

RUB: Só para reforçar para o pessoal que eu não quero uma história complexa em The God o High School. Eu só quero que pelo menos me der alguma informação, para eu poder me basear em algo e não ficar perdido na enxurrada de conceitos que foram jogados ali. Se o anime se propõe a ser um Clube da Luta de estudantes do ensino médio, em que só termina com a morte dos participantes, ok com a proposta. Eu só quero entender o que se passa além das lutas e da bela animação que foi nessa estreia. Assim, o anime não é ruim, só que fiquei decepcionado com certos aspectos da obra. Espero que no final da temporada, quando voltaremos para fazer uma review final do anime, o enredo esteja melhor estabelecido e eu tenha começado a curtir o anime. Pelo que foi mostrado, a recomendação para assistir o anime é o famoso conselho de “desligar o cérebro”. Não tem outra forma, se não você vai ter uma experiência não muito boa com The God o High School.

ALÊ: Apreciem a animação e ignorem o resto, embora eu tenha certeza que terá otakus defendendo o anime como uma das coisas mais maravilhosas já feitas, seja em animação ou seja em roteiro, porque otaku em geral é muito emocionado -_-. Recomendo ir na regra de 3 episódios. Não faço ideia de como serão os próximos dois, mas acredito que ainda valha a recomendação. No fim das contas, é uma das poucas estreias mais decentes que você encontrará nessa temporada porque olha, está difícil… Enfim, desligue seu cérebro e aprecie a animação.

Que propaganda safada do serviço de streaming lá no fundo. Levando em conta o contexto da história, a Crunchyroll financia rinha de estudantes do ensino médio ATÉ A MORTE! TOP.

5 thoughts on “The God of High School #1 – Primeiras Impressões

  1. Lamentável a Crunchyroll incentivando a rinha entre estudantes ! Temos que boicotar esses degenerados!! Mas falando sério agora, eu achei que esse anime fez o arroz com feijão bem. Não teve muitos diálogos expositivo e foi bem honesto com o que foi proposto inicialmente nesse primeiro ep, um anime de porrada com lutinhas fodas, em contrapartida eles deixaram várias coisas sem explicação,concordo com vocês! Creio eu que eles expliquem nos próximos ep. Eu não acho que o anime terá um enredo super elaborado, pelo menos não deixou isso aparente nesse ep. Enquanto o anime manter a consistência e tiver lutas bem coreografadas, vai ser um ótimo anime de porrada para se acompanhar.Esse anime foi bem honesto, eles não tentaram fingir ser o que não são, abraçaram a porradaria msm , e eu acho isso do caralho kkk. Dos primeiro episódios de animes de porrada que eu assiste esse com certeza foi, de longe,um melhores até agora.

    1. Concordo contigo. Como anime de porrada ele foi franco na sua proposta. Eu só queria que tivesse um pouco a mais de história do que teve, até para eu me acostumar com a realidade que o anime me propõe. De resto, tranquilo. Até não curtindo essa parte, eu recomendo o anime para a galera tentar ver. Vai que prenda a atenção da gurizada e seja um baita anime para as outras pessoas.

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