Nada se conectou nesse primeiro episódio do anime…
A temporada de Primavera/Abril começou e, como é de praxe nesse blog, começamos as primeiras impressões com um anime mediano/ruim. Eu JURO que nós tentamos ver coisas boas, mas Madoka não quer XP. Enfim, fiquem com as nossas primeiras impressões desse grande hype da temporada, que não se mostrou ser tudo isso!
Sinopse: “Se você escalar a torre, ganhará tudo. No topo dela, há tudo que se pode querer no mundo, e você também pode ganhar o mundo e se tornar um deus. Esta é uma história sobre o começo e fim de Rachel, uma garota que escala a torre para ver as estrelas, e Bam, um garoto que não precisa de mais nada se tiver Rachel…“
Rub – Alê, mal acaba uma temporada, e já engatamos outra maratona de animes para fazer primeiras impressões. Estamos muito fudidos meu caro. E começamos logo com um dos mais hypados da temporada, Tower of God. Já digo que nunca li o original e só sei por comentários de amigos e de otakus que conheciam essa obra coreana. Então, já alerto para os leitores que as nossas impressões aqui serão fundamentadas somente nesse primeiro episódio do anime, sem comparação com o original. E ainda complemento dizendo que toda essa “fama” não me pareceu muito condizente com o que eu vi. Não gostei muito do anime nessa estreia. Mas vamos começar desde do inicio. Eu queria meio que perguntar Alê, o que foi aquele prólogo… Era para explicar algo? Tinha alguma referência? Era alguma analogia ou metáfora? Eu fiquei totalmente perdido. Não estava entendendo mais nada. Começamos sendo jogados em um universo bizarro e informações na tela sendo mostradas em uma edição frenética. Não sei ao certo a intenção do diretor aqui. Parecia uma tentativa de chamar atenção e deixar as coisas dinâmicas, porém não funcionou comigo.
Alex – Nem me fale. Até agora (01/04) eu só finalizei 7 dos 18 animes que estou vendo da temporada passada. Vai ser muito corrido. Cara, eu “não conhecia” a obra até a Crunchyroll anunciar o anime. Apenas tinha visto ele uma vez ou outra em aplicativos/sites de mangás e só. Nunca tive o interesse de ler (nem disposição. Com mais de 300 capítulos, não é para mim haha). E sendo sincero, eu não esperava nada desse anime, e estava com zero de expectativa. O PV não me convencia e tudo parecia um tanto desinteressante. E olha só, realmente foi. Eu acho que esse primeiro episódio teve um sério problema de montagem. Certas coisas não encaixavam, outras não faziam sentido (ao menos nesse começo não fazem) e aquele começo… A direção tentou fazer algo interessante e gosto da ideia de ter o narrador falando uma ou duas palavras, e essa(s) palavra(s) remeterem ao personagem que aparece na tela. Quero dizer, ao menos é o que eu acho que isso representa, me passando essa impressão quando eu vi. Mas não acho que ficou lá muito bom.
Rub – Sim. O que eu posso resumir o que foi essa estreia é que “podia ser melhor, mas não chegou nem na metade”. Após um prólogo um tanto “errado” para uma apresentação de uma nova animação, temos o casal principal, Bam e Rachel, apresentados, que para mim, foi a melhor coisa do anime. Já sei de alguns spoilers, mas vou ignorar por enquanto para elogiar em como a química entre os dois funcionou de forma excelente. Em poucas cenas e diálogos, o roteiro já me convenceu da obsessão do Bam com ela e qual o objetivo dele ao chegar ao topo daquela torre. Até ali, o anime tinha voltado com a minha atenção. Durou muito pouco o começo da minha empolgação, porque começou os problemas NOVAMENTE. Chega o “mestre dos magos alienígena(???)”, dizendo que estão numa torre e ele deve chegar no topo e, ACABOU. Tipo, o que??? Hã??? Como assim??? E a reação apática do protagonista foi de fuder. Parecia que ele já conhecia que existia essa torre (sendo que nunca a vimos do lado de fora) e ele ver um um lagarto GIGANTE, com partes de ferro e diz assim na maior tranquilidade: “Ok, aceito fazer o teste!”. WHAT!!!??? Entendo sua motivação de chegar no topo, agora não compreendo essa passividade e aceitação por parte dele com o que estou vendo em tela. E nem quero comentar da PIOR parte desse episódio que foi o aparecimento da princesa JAHAD (espero que eu tenha acertado o nome xP).
Alex – Realmente, eu gostei bastante da relação dos dois. Em poucos minutos, conseguiram construir uma boa relação deles. Adorei a ideia do porquê ele ser tão obcecado pela Rachel. Na situação em que ele estava (apesar de não ser explicado o que era aquele local, nem porque ele estava ali dentro), é bem compreensível essa obsessão. Ele vê ela como uma salvadora, que deu sentido a ele continuar a viver ao seu lado. Achei bonitinho/fofinho. E já começo com algumas dúvidas a partir daqui, como: “Por que ela não “levou” ele para a Torre também?”. Quero ver mais de como eles se conheceram e de como será eles daqui para frente. Então, pelo que eu entendi, a Rachel vai para Torre porque ela pede/deseja. E o Bam que foi puxado para dentro da Torre (não sei se foi isso com certeza, mas acredito que tenha sido). Confesso que nem me dei conta da reação apática dele haha. De fato, ele não esboça muita surpresa. Só em momentos pontuais aqui e ali, mas foram mais pelo susto de ser pego desprevenido, do que pelo que ele viu. Eu entendo ele não ter medo de morrer, porque ver a Rachel o motiva. Então falecer ou ficar vivo sem ver ela, não faz muita diferença. Porém essa passividade no que ele vê é MUITO estranha. O mundo é bem intrigante, mas está falhando na forma da apresentação. E nem me fale da princesa, MUITO conveniente.
Rub – Essa princesa foi A PIOR coisa para mim nessa estreia. Primeiro, ela chega lá com um anão serviçal (acho é uma raça anã), que fala TUDO O QUE O PROTAGONISTA PRECISA SABER, SEM MOTIVO ALGUM, para em seguida, a princesa dar a espada MAIS FORTE em sua posse, como se fossem amigos de longa data. De novo, POR QUE CARALHOS está acontecendo essa ajuda? Os eventos surgem e os personagens só reagem. Nada tem uma causa ou justificativa. O personagem faz tal ato porque o roteiro PRECISA que ele faça aquilo. Nada se conecta. E tomar no cú que ela deu a espada MAIS FORTE para o protagonista só por ter um rosto bonito. Não dá para tolerar. E a alma da espada (acho que é isso), aceita ele PELO MESMO MOTIVO!??? QUALÉ AUTOR??? REALLY??? VAI ME DIZER ELE VAI FAZER UM HARÉM DE PRINCESAS E ESPADAS CACETE? Aí eles invocam uma Shinkai e vira Bleach para completar o pacote, porque só faltou os clichês máximo. Não conseguir ‘tankar’ essa motivação das duas personagens em serem tão solicitadas ao protagonista. E o cabeça de Losango só falando palavras vazias de fundo, dizendo nada com nada… SE FUDER TODO ESSE TRECHO da luta do Lagarto gigante.
Alex – SIM! Toda essa sequência do episódio foi um show de conveniências, uma atrás da outra. Começando quando eles chegam, o cara tira aquela bola para traduzir porque ele presume, fundamentado em NADA, que o Bam não estava entendendo a língua deles??? E o cara começa a explicar o que é aquilo, como usa, para que serve, sem nem ao menos o Bam perguntar??? Essas desculpas não descem!!! Não tem como descer, “Ah, você é bonito, vou te dar a minha espada mais poderosa do meu arsenal.”, “Vou te emprestar minha força porque você é bonito”. Não consigo. O roteiro precisa andar e ele força da pior maneira possível. Mas eu fiquei com uma puta dúvida. O protagonista estava naquele andar e a princesa de nível 20 tem dificuldade para derrotar a criatura. Agora vem a questão: Aquela era uma zona à parte? Tipo, ela não faz parte dos níveis da Torre? Se não faz, por que a princesa estava lá? Se faz, por que quando a princesa pergunta para o cabeça de losango para onde o PROTA foi? Ela não sabe dos níveis? E mais! Se qual era aquele nível? Por que o “próximo nível” que o losango fala, é para testar se a pessoa está apta para seguir na Torre? São muitas perguntas e não dá para encaixar uma na outra.
Rub – Bah, eu ia te fazer essa pergunta agora. Se aquele trecho já era a Torre, como a princesa chegou lá? Ao que dá a entender, aquele local seria a porta de entrada para os guerreiros ‘regulares’ ingressarem e conversarem com o cabeça de losango para saber um pouco desses ritos e testes dessa torre, e que a Jahad estava lá para ver uma aula com o cabeça de losango (achismo ao máximo nessa suposição xP). Ainda sim, foi CONFUSO. E em vez de situar o espectador, o desorientou mais ainda do que ele já estava nos minutos iniciais. Só que para fechar com chave de ouro, tinha que ter um Battle Royale no anime. Saudades Darwin’s Game (SQN). E de novo, é confuso. Temos um alto falante com um locutor narrando a partida e bichos esquisitos na arena e… Hum… Terminou. Prevejo que explicações não iremos ter tão cedo nesse anime.
Alex – Exato. O problema na composição de série foi terrível aqui. Battle Royale não pode faltar! E já foi corrido demais. Em questão de minutos, mais de 100 jogadores já tinham morrido. Sem mais, nem menos. Realmente parece que não teremos muitas explicações por agora. Mas destaco que esse mundo deve ser bem rico. Isto é, se ele for explorado da forma que merece. Apesar de quase tudo ter sido mal encaixado, apresentaram uma boa diversidade de espécies (??? Posso chamar assim?). É uma das poucas coisas que me manteve interessado. Mas ao mesmo tempo me empolgava, já aparenta ser falho. A princesa usa aquela bola para eles entenderem a língua do Bam e vice-versa. Entretanto, quando ele sai de cena, eles continuam “falando” a mesma língua que o PROTA, e os demais personagens que aparecem no Battle Royale, todos falam a mesma língua. A diversidade nos idiomas já morreu ali. Outras duas coisas que me chamam atenção e me mantém minimamente interessado, é a relação do Bam com a Rachel e a estética do anime. Confesso que o principal motivo de assistir Tower of God foi a estética. Eu gosto muito do traço e da ambientação. Mesclam alguns estilos de artes legais e eu aprecio MUITO da ideia de animação sem quase ter sombras nos personagens. Elas só aparecem em momentos específicos. Adorei. De forma geral, esse episódio foi bem qualquer coisa, beirando o ruim e poucas coisas salvaram nessa estreia.
Rub – Estou nessa linha. Achei a parte técnica fantástica, a trilha sonora espetacular e uma fotografia magnifica. O que pecou no anime foi a inexperiência da staff (roteirista e diretor com poucos trabalhos relevantes anteriormente), a sensação de rushado nessa estreia (parece dois episódios em um) em que tranquilamente podia ser mais desacelerado, a exposição barata e as conveniências que caíram do céu. Posso falar que mais desgostei do que curti Tower of God e que tinha mais esperanças nele dado o hype de ser o manhwa mais famoso aqui no ocidente. Ainda irei continuar vendo, só que agora com expectativas bem mais baixas e ajustadas para essa adaptação.
Alex – O episódio podia ser facilmente dois. Talvez assim eles conseguiriam organizar melhor a estrutura da coisa toda. E segundo um amigo, parece que adaptaram 7 capítulos do manhwa nesse episódio. Por mais que tenham dito que essa primeira parte é morna e melhora horrores na segunda, por esse primeiro episódio, ele foi abaixo do “morno”. Não me decepcionei, pois já esperava por algo assim. Seguirei assistindo e sigo sem expectativas (talvez expectativa de piora XD).
E aqui damos início a essa temporada. Faremos primeiras impressões de 28 animes, então fiquem de olho ;).
3 thoughts on “Tower of God #1 – Primeiras impressões”