De anime mediano, ele caiu ladeira abaixo e foi um desastre! Mas nem tudo foi perdido.

De anime muito bom, ele caiu ladeira abaixo e foi para mediano, quase ruim! Mas nem tudo foi perdido.

Dando prosseguimento às reviews dos animes da Temporada de Primavera, vamos com “Yesterday wo Utatte”, que chegou com uma estreia excelente, se manteve nos dois episódios seguintes, até começar a tropeçar e ir decaindo até fazer aquele final precário, corrido, desconstruindo toda a complexidade inicial, além de ter um tom machista em sua mensagem! Vamos as opiniões finais desse anime e ver o que ele deixou de positivo para nós ^^.

Sinopse: “Uma história de amor e humanidade, sobre quatro pessoas que tentam levar a vida da melhor maneira, apesar dos percalços e tumultos, em uma pequena cidade que fica nos arredores de Shinjuku. Pequenos desentendimentos viram grandes complicações, e seus vários sentimentos se entremeiam e entrelaçam. A história de uma vida corriqueira, vivida 49% olhando pra trás e 51% olhando pra frente.”


Rub – Alê, como o leitor do mangá, fiquei um tanto decepcionado com a adaptação animada. Comentamos mais extensivamente do começo e do meio do anime nos nossos comentários semanais, entretanto o final conseguiu decair mais do que eu esperava. Mas eu quero ir com calma porque quero recapitular alguns pontos e elogios nossos das outras conversas que tivemos. Lembra de como o começo do anime foi excelente em estabelecer uma situação, mostrar o trio principal e quais são seus sentimentos/anseios até aquele momento? A direção ali foi essencial porque foi sensível o bastante em passar um tom mais melancólico por qual o Rikuo estava passando. Era uma claro caso de depressão em que ele não tinha animo para nada e só se esforçava somente o necessário para sua sobrevivência. Foi um personagem que estava estagnado na realidade que se encontrava. Ainda tinha uma paixão mal resolvida com uma colega de faculdade e que tinha vergonha na qual situação se encontrava, visto que ele nem comentava com amigos sobre sua vida e evitava de sair só para não ter algum tipo de interação com esse pessoal. E tudo muda com a aparição da Haru em sua vida. Ela que dá aquele empurrão que ele precisava para dar um primeiro passo. Até cria coragem para se declarar e é rejeitado logo em seguida. Temos todo esse cenário, de um protagonista desanimado, com problemas de autoestima e apaixonado; uma professora que ainda não conseguiu superar o trauma de perder seu namorado durante o colegial; e uma guria jovem que está perdidamente apaixonada pelo Rikuo, porém tem medo de aprofundar qualquer tipo de relação com o próximo, com medo de se machucar no futuro. OLHA SÓ em como SOMENTE com 3 EPISÓDIOS, essa história nos mostra sobre os personagens. Toda uma profundidade e um background bem exposto, nos apresenta quem é quem ali do elenco e quais são suas visões para suas vidas em questão. Tudo com poucos diálogos expositivos, auxilio de flashback e uma trilha sonora precisa. Estava tudo andando nos trilhos nesse começo.

Alex – Foi triste e odioso, posso “resumir” a reta final do anime assim. Mas calma que ainda tem o que ser dito. Lembro perfeitamente desse começo, como esquecer? Sendo que esse trio inicial de episódios foram de longe, a melhor parte do anime! Em cada um desses episódios, as coisas aconteciam de forma muito orgânica e essa é a palavra chave. Tudo (tudo mesmo) era muito bem conduzido. Os personagens eram “abertos” aos poucos e cada vez que eles abordavam um aspecto de um dos protagonistas, era por um outro evento gerado por outro personagem. As tramas eram tão bem amarradas que a ação de um gerava consequências. Sem dúvida foram 3 excelentes episódios e arrisco a dizer que aqueles foram os três melhores primeiros episódios da temporada (pelo menos dos animes que assisti). E falando da direção, ela era tão certeira e criava momentos de forma criativa. As cenas tem peso e tinha uma produção muito caprichada que cumpria o que precisava com uma a trilha sonora (ou a falta dela) eram certeiras também. Os flashbacks também eram pontuais, usados só momentos chaves para explorar ainda mais aqueles três. Um começo digno de um 10. Mas eis que vem o episódio 4 e tudo começa a desmoronar, literalmente. O episódio 4 foi tão errado que ele impactou uma série de eventos dos episódios seguintes que olha, foi terrível haha.

Rub – Bom você ter falado sobre a ausência de trilha sonora em alguns momentos, porque o anime mostrava diversas cenas contemplativas, em que o diretor preferia apostar no silêncio para passar a angustia do protagonista e sua inquietação. Eram momentos em que a expressão e a fotografia diziam por si só o que estava acontecendo. E também comentamos muito de como esse episódio 4 foi tenebroso e o começo da ruína. A começar pela ancora lançada que acompanhou o anime até o final, chamado de Rou. Claramente ele está sobrando na história. Nem falo sobre eu detestar ele e sim que esse personagem é sobressaliente ao roteiro tematicamente. Nós dois já falamos de como ele é ‘unidimensional’ em comparação aos protagonistas. Ainda tem sua personalidade e atitudes que prejudicam ainda mais a coisa toda. Tem pelo menos uns 4 momentos que ele age de forma odiosa e machista. “-Você não vai cozinhar para mim? ESTOU BRAVO. —e faz beicinho—”. PUTA MERDA. Esse personagem só está ali para ter um conflito amoroso também pelo lado da Shinako, igual ao lado do Rikuo com a Haru. Não consigo curtir esse ‘quarteto amoroso’ também pelo Rou ser menor de idade e remeter muito a Domestic Kanojo. Sempre ficava com o pé atrás, e não importava o momento. Só que voltando para o episódio 4 novamente, tivemos outros problemas que viraram recorrentes dali em diante, que foi o desaparecimento da direção e do ritmo inicial. Virou quase outro anime. Os episódios estavam mais inchados, os abusos de flashforward (o anime teve uns quatro saltos para o futuro, com um slideshow de fundo mostrando situações que ocorreram rapiadamente), buracos no continuísmo temporal (ficamos perdidos em vários momentos se tinham passados dias ou meses no enredo) e principalmente a falta de exploração de determinados personagens após esse período. Você chegou a comentar comigo de como a professora na reta fina foi resumida a apenas uma cozinheira.

Alex – Exatamente! Haviam cenas que elas falavam por si só e dou destaque para os olhares. As trocas de olhares eram muito bem feitas. Os personagens se encaravam, desviavam olhares (oi Rikuo), sempre tentando se comunicar (Só assim mesmo, porque eles são um tanto travados com palavras rs) ou buscando uma resposta, ou até fugindo dela (oi Rikuo, de novo). O episódio 4 marca o começo de uma série de erros. Lembro até da falta de ritmo que esse episódio tinha, começando que ele não tinha um foco. Enquanto os três primeiros episódios eram sobre um personagem, o episódio 4 que supostamente era do Rou, não acontece. O episódio fica indo e voltando na narrativa, usa flashback excessivamente e tem umas quebras de linha de raciocínio, por assim dizer. E o que veio nos episódios seguintes, principalmente no 5 e no 6, você fica boa parte desses episódios desconectados a eles. Não sabemos quanto tempo se passou. As relações entre os personagens mudou drasticamente. A Shinako que estava chorando e presa ao passado no episódio anterior, no seguinte ela já estava decidida a tentar ir em frente no maior foda-se. Foi tudo muito abrupto. O Rou de longe foi a pior ‘coisa’ que tivemos no anime. Tivemos problemas de ritmo, de encaixe, mas o Rou existir gerou uma série de outros problemas PIORES, como o machismo já mencionado por você. Ele desde o começo sempre passou essa impressão de ser “vazio”, enquanto os demais personagens do trio tinham que lidar com uma série de questões, como as do passado, amarras, preocupações em estar ou não sendo invasivo, dentre outros. O Rou era sustentado (muito mal, vale dizer) por a Shinako ver a figura do seu irmão nele e o desenho, como sendo seu meio de se diferenciar e se desprender do seu falecido irmão. Só isso. Eu não vejo problema nas pendências dele, mas quando você pega a proporção das questões dos demais e coloca diante das deles, é MUITO desproporcional. Mas meu principal desconforto com ele, é o machismo. Em diversos momentos ele faz birra, sendo que ele quer ser visto como homem. Fica indignado com a Shinako não querer fazer algo, falando coisas como “você não gosta mais de mim???”, ou como se ela tivesse obrigação de falar tudo da vida dela, como se ela fosse um pertence dele. Eu tenho um asco dessas cenas. A reta final do anime diminui a Shinako a apenas uma cozinheira, como se a única habilidade/qualidade dela fosse cozinhar. Tanto é que a coisa que mais falam envolvendo ela, é ela cozinhar ou fazer marmitas. Todas as pendências dela são abandonadas e aquela profundidade que a personagem tinha, vai se esvaindo até resultar em ser um nada! Que raiva, que ÓDIO!!!

Rub – E é problema a Shinako ser totalmente sintetizada as suas habilidades culinárias, porque a personagem virou uma sombra para os personagens masculinos. Temos que lembrar também em como a personagem mudou de uma mulher que vivia no passado e não se abria para novos relacionamentos, para uma que vivia cozinhando e só recebia elogios de como a sua comida estava boa. Eu sei que o mangá é antigo e eram costumes da época. Mas a animação está passando em 2020. Questões assim precisam ser levantadas. Aí sim deveríamos ter algum tipo de adaptação no roteiro do anime. Aí eu começo a puxar o assunto das diferenças entre o anime para o mangá. A adaptação já estava cortando diversas cenas, personagens e trocando as ordens dos eventos desde do primeiro episódio. Eram dezenas de volumes que eram para resumir em 18 episódios (era esse número que tinham anunciado anteriormente), então foi compreensível. Depois do episódio da ex do Rikuo, o anime seguiu um caminho diferente do que tinha no original. Chegou em um ponto que começou a divergir o enredo entre as duas mídias, se tornando uma outra parada que só lembrava o mangá de longe. Ainda tem a parada de que soubemos na semana passada que de 18 episódios, na verdade o anime teria 12 apenas e os outros 6 seriam episódios curtos de 2 minutos focados na comédia. Então o que já estava comprimido ao máximo, ficou mais compactado ainda MAIS nos 3 episódios finais. Vou dar um exemplo de uma das mudanças que teve no anime. O Rou conseguiu uma namorada (não é a Shinako) e ele foi para a Europa estudar artes no final do mangá. Ele deixou de ser escroto e decidiu focar na carreira, deixando a Shinako de lado. No final do anime, ele é premiado por ficar com a professora…SE FUDER. E citei da ex-namorada do Rikuo… Pois então… Ela também volta para história mais para frente no original, evidenciado outros aspectos do protagonista. Esse “pseudo” namoro do Rikuo e da Shinako é muito melhor trabalhado nos quadrinhos e não fica repentino eles começarem a se relacionar e um episódio e meio depois, se separarem porque não eram feitos um para o outro após uma conversa no parque. No mangá, tem todo um lance da dúvida e do esforço da Haru em tentar conquistar o Rikuo porque o relacionamento fica estagnado por um bom tempo. Era uma situação merda e houve todo um desgaste dessa situação que os levou a se separar. No anime, foi no dia seguinte que decidiram fazer as coisas (mesmo a direção deixar claro que foram meses depois esse término, a impressão que fica é que foi na semana passada que aconteceu tudo).

Alex – SIM! Quando a Shinako nao estava na cozinha, ela estava falando de cozinhar. Ela foi colocada no final, como uma representação de que mulher tem que ficar em casa fazendo comida pra macho. E o Rou alimenta ainda mais essa ideia. Tanto é que ele tem uns dois surtos com relação a ela “não querer” cozinhar. Teve um que ele até diz ” Ah, então você só cozinha para mim por obrigação?!”. E NÃO É EXATAMENTE ISSO CACETE?!?!?! E outro problema que eu tenho com essa relação deles de como é abusivo. Só por esse pouco que falamos dá para notar, mas o roteiro faz uma construção e coloca sempre a Shinako como a culpada. Ela se culpa por dizer a verdade, se culpa por não ter contado tal coisa, sendo que ela não tem obrigação algum a de dizer, afinal, a vida é dela. Ela se culpa por chatear o Rou, este que está sempre jogando a culpa nela. Se ela fala algo que ele não gosta, não é ele que é imaturo, e sim ela é a errada. Isso me irrita mais ainda porque é exatamente assim aqui em casa. ÓDIO! Caralho!!! Eu não li o mangá, então para mim tudo estava indo ok (com alguns poréns) até o episódio 9, que foi o último que comentamos. Depois disso, foi ladeira abaixo. As únicas coisas mais perceptíveis, eram os problemas sérios de machismo e com os rumos da coisa toda, mas principalmente, em como estava corrido. Yesterday sempre se deu tempo para fazer reflexões, ter dúvidas, discussões entre os personagens, mas tudo foi comprimido ao máximo nos três episódios finais. As coisas aconteciam tudo muito rápido, sem tempo para os próprios personagens lidarem. Tanto é que eles usam timeskip aqui e ali. A relação do Rikuo e da Shinako não saía do lugar. Eles estavam namorando, mas nada parecia ter mudado. Tudo parecia na mesma. Só a conversa entre eles que parecia ter melhorado, mas no geral, era só isso. A resolução do relacionamento deles é muito aquém de tudo o que o anime já tinha feito. Tinha coisas muito interessantes na conversa do Rikuo com a Shinako no parque, mas quando chegou na parte dela admitir que gostava do Rou, AH MEU QUERIDO, foi demais. Puta que pariu! Que ódio dessa merda de conclusão. No fim das contas, eu acho que a Haru foi a que mais se fodeu aqui, porque ela voltou a ficar estagnada por causa do Rikuo. Seus dias eram tediosos e “””não fazia nada”””. No fim, o Rikuo só terminou com a Shinako e foi atrás dela. Lembra que ele cogitou chamar ela para ir na festinha de Natal do amigo dele, mas não chamou para não ficar brincando com os sentimentos dela? Então, eu penso que até isso foi para o ralo, porque chegou no último episódio, ele foi atrás dela e ela aceitou tudo. Parecia que ele descartou o brinquedo e foi atrás de outro. Eu achei fofo o momento dos dois, mas levando em conta toda a construção, ou melhor, a desconstrução de tudo, me deixa essa sabor amargo. E eu ainda estou impressionado em como as coisas são diferentes entre o mangá e o anime. Você disse que chegaram a cortar mais ou menos metade do mangá nessa adaptação, grande parte nesse final.

Rub – Só para deixar claro para quem não leu o mangá que o final do anime em questão a quem o Rikuo fica é idêntico. Haru e o Rikuo é o casal no fim de tudo. O negócio foi que no mangá, para que chegasse a esse ponto, foi necessário o Rikuo se estabilizar profissionalmente, ele precisar namorar por meses a Shinako, ter a ex de volta na sua vida, a Haru tentar namorar um outro cara, ter mais personagens nesse elenco que nem apareceram que contribuem em algo para os dois, também precisaria desenvolver melhor essa insegurança da Shinako quanto a ela permitir os ‘avanços’ do Rikuo, precisaria o Rou se fuder e deixar a professora em paz…foi cortado uma porrada de coisas. E a história no original ainda mantém aquele clima inicial até o fim, com um pacing cadenciado, e que os pequenos momentos que compõem a narrativa. O anime, visto que tinha um número de episódios limitadíssimo, decidiu correr em pontos chaves que não poderia acontecer. Aí fica dúvida porque o anime já estava pronto antes da temporada começar. Não dava para por exemplo cortar alguns episódios como a do fotografo ou da ex (se pudesse, também cortar o Rou de tudo) e dar mais tempo para o relacionamento do protagonista com a professora? Pois do jeito que organizaram, fica a impressão que receberam a noticia que seriam apenas uma temporada no meio da produção, semelhante ao que houve com Hoshiai no Sora. Fizeram de qualquer jeito para entregar um final, porque foi o que deu.

Alex – Teve MUITA coisa mesmo… Estou interessado no mangá para ver esse miolo que foi tirado e como é a organização dos eventos porque por exemplo, os episódios 5 e 6 (episódios do fotógrafo e da ex, respectivamente) foram colocados como episódicos. Quero ver como é encaixado. Tenho certeza que é melhor do que no anime hahaha. Parece mesmo que a produção foi “sabotada” igual a “Hoshiai no Sora”. A começar que essa história dos episódios do anime estava estranha desde o começo. Primeiro falaram que eram 12, depois falaram que seriam 18, sendo os últimos 6 transmitidos em um canal de Streaming de lá do Japão. Aí do nada veio a informação de que seriam extras… Pode ter sido confusão dos meios de informação daqui, mas que foi estranho, foi. E uma série de decisões erradas que comprometeram ainda mais essa narrativa. Concordo que poderiam ter tirado o fotógrafo e a ex do Rikuo para trabalhar melhor outros aspectos, e poderiam ter tirado o Rou que ele não faria falta, ainda mais que é bem desconexo dos demais e mais atrapalha do que ajuda, porque nem para fazer a Shinako se mover, ele serve.

Rub – Concordo. Já que tinham poucos episódios, focasse no essencial. Um erro da produção. Então pessoal, para quem está na dúvida se quer assistir o anime ou não, e mesmo que estejamos reclamando muito da produção dele da metade pro final, ainda acredito que vale a pena o pessoal tentar ver ele, nem que seja somente o primeiro episódio. E se por acaso, o final da animação também não te satisfez, vá para o mangá porque lá que você vai ter a experiência mais redonda dessa história. Achar o mangá traduzido não vai ser fácil (nem em inglês porque os capítulos finais tem em poucas fontes), porém vale a pena a sua leitura leitor.


Gosto muito desse contraste entre as cenas de transição do episódio e a animação do anime em geral. O anime usa cores mais frias, “sólidas”, sem muito brilho, enquanto as cenas de transição são iluminadas, chamam atenção, são claras e brilhantes, usam muito a cor branca. Gosto muito disso ^^.

A produção foi a única que não errou.

6 thoughts on “Review: Yesterday wo Utatte (Sing “Yesterday” For Me) | Nem tudo saiu como esperado, e o final foi um tanto apressado.

  1. Interessante a opinião de vocês, foi importante pra me ajudar a entender o que de fato pensei a respeito da obra, porque de um lado uma certa identificação com o Rikuo não me deixava odiar o anime e por outro o final meio estranho, episódios soltos e eventos sem coesão com o resto da série me deixaram com um sentimento meio bizarro. No fim eu não sei dizer, mesmo acompanhando semanalmente posso dizer que foi uma experiência levemente entediante principalmente quando vários episódios me davam certa sensação de Deja vu, principalmente quando o foco era a Shinako, que parecia sempre repetir as mesmas coisas e não progredir a lugar algum, e quando há progressão parece ter vindo do nada. Entretanto eu não consigo efetivamente enxergar essa de “tom machista em sua mensagem” uma vez que embora você possa argumentar que as falas do Rou com a shinako relacionadas com a cozinha tem algum tipo de teor machista isso não diz respeito a mensagem/essência do que yesterday quer dizer no fim. Ademais, eu não acho que houve esta “redução” da shinako como personagem, uma vez que a mesma nunca de fato foi bem construida, existindo somente um elo bem vazio e desinteressante com algo do passado que querendo ou não conversa com o propósito da série mas não me convence muito como história realista que a obra tenta ser. Eu também gostaria de destacar o quanto é meio deslocado a escolha visual de representar personagens que esse anime faz, não sei exatamente por em palavras mas algo parece fora do lugar. De resto análise muito importante pra mim como disse no inicio. Continuarei acompanhando seu blog.

    1. E ai Matheus. Interessante o teu ponto. Agora quanto ao comentário “machista”,o que queremos dizer, não é em relação ao que a obra quer passar ou que foi essa mensagem que o autor teve em mente, mas foi direcionado as próprias atitudes do personagem em si, de forma isolada. Nem eu e nem o Alê gostamos desse personagem. Seu egoísmo e ações um tanto “duvidosa”, fizeram nós dois desgostamos dele. Foi por isso que estamos avaliando esse comportamento obsessivo e mimado que ele tem com a Shinako. A nossa critica é mais direcionada as atitudes dele. Acho que o autor nem queria premiar as atitudes dele na verdade ou vangloriar, sabe? A nossa análise foi de forma mais isolada no personagem e no que ele passa durante suas atitudes. Uma avaliação mais direcionada e conversamos das nossas impressões sobre o que o Rou faz, com um olhar de hoje (a história se passa antes da virada de milênio, então são outros tempos). Até porque o final do Rou no anime difere que tem no mangá. Lá ele meio que “paga” por suas atitudes imbecis e deixa a Shinako em paz. Aí sim, a versão que o anime propõe como encerramento para o Rou, não foi do nosso agrado.

      Quanto a ideia da Shinako não ser bem desenvolvida, eu concordo em partes. Acho que na primeira metade do anime (agora ignorando o mangá), ela tem algum nível de aprofundamento de seus sentimentos no enredo. A segunda metade é que deixa a personagem ficar apagada do jeito que ela foi.

      Agora tua opinião quanto ao visual, não sei se entendi muito bem a ideia, mas seria como se os designs dos personagens não “casasse” com os cenários? Ou a paleta de cores é destoante do resto da composição das cenas? Nesse sentido?

      E fico feliz que a nossa conversa foi de alguma forma produtiva para ti entender seu pensamento sobre o anime. A nossa proposta desse estilo de post é que a conversa não fique só entre nós dois e sim que a galera interage, concorde ou discorde de algum ponto e expresse também a opinião que teve assistindo o anime em questão que estamos discutindo no post aqui no blog ou no nosso Twitter.

      1. Desculpe demorar alguns dias pra responder, melhor eu criar uma conta no WordPress pra poder comentar com mais frequência aqui – e no BBM – mas agora eu entendi o que vocês quiseram dizer quanto a mensagem, obrigado pela resposta. A respeito da parte visual eu acho que existe uma escolha de desenhar os personagens com traços um pouco mais marcantes, quero dizer, o contorno parece um pouco mais visível do que o convencional, e de alguma forma acontece exatamente isso que você disse de uma certa estranheza com os cenários.
        Valeu pela resposta!

        1. Opa, e ai mano. Tranquilo quanto a demora, porque o importante é a interação e a conversa xD. E eu também estranhei nos primeiros minutos do anime o visual dos personagens. Me acostumei com aquela animação, que passei a nem notar mais nos episódios seguintes essa questão. Concordo que existe essa diferença de ‘tema’ nos desenhos dos personagens com o cenário de fundo. Quando você levantou esse ponto, justamente essa lembrança me veio quando assisti a estreia na época.

  2. Realmente, foi de muito bom para méh, achei muito corrido e o final meio confuso porém algo que me ajudou a “entender” ou engolir mais fácil, foi a sinopse no site onde eu vi, nela falava que o anime abordava sobre “O que é o amor?” , isso me fez refletir bastante pois não é algo tão simples de se definir.
    Logo me deu a entender que o final foi confuso de propósito porque nem a Shinako e o Rikuo
    sabiam o que estavam fazendo ali, estavam tentando forçar algo que no final era só uma amizade, lembro até uma cena no último EP que a Haru faz alguns questionamentos do que é o amor e tal.

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