O anime não me impressionou nessa sua estreia.

O anime não me impressionou nessa sua estreia.

SINOPSE: “Em um futuro próximo, a humanidade enfrenta destruição iminente de criaturas misteriosas conhecidas como “Enorme”. O mundo faz guerra contra o Enorme, e desenvolve o anti-arma “CHARM” (Counter Huge Arms), combinando ciência e magia. O CHARM funciona mais efetivamente quando usado por meninas adolescentes, e aqueles que usam as armas são reverenciados como “lírios”. Os Lírios são treinados em academias militares chamadas “Jardins”, que também servem de base para proteger e aconselhar as pessoas. Esta é uma história sobre meninas que pretendem se tornar lírios para que possam proteger a Terra.”

Depois do spin-off de Madoka Mágica, eu não estava confiante nesse novo anime do estúdio Shaft. Dado o visual das personagens lembrar muito o grande sucesso deles, fiquei com o pé atrás com essa adaptação. Eu gosto muito do estilo artístico que o pessoal do estúdio incorpora em suas produções e decidi dar uma chance para o anime, mesmo tendo tantos elementos que me fizeram ficar com receio do que viria a seguir. Agora com o episódio assistido, posso dizer que muitos indícios mostrando que essa obra não iria bem, se confirmaram.

A começar pelo anime ter uma proposta MUITO FAMILIAR a tantos outros. Apesar de sua história não ter semelhanças com Madoka além do visual, a trama é muito parecida com o game/anime Kancolle Collection. Nessa estreia, foi a premissa básica sendo apresentada. Temos uma invasão de uma espécie desconhecida que tem como objetivo derrotar a raça humana e que garotas selecionadas pelos seus atributos físicos e de combate, precisam proteger todo o mundo defendendo uma região com divisa marítima, sendo esse o único local de acesso das criaturas ao continente. Acredito que eu tenha resumido o que me foi apresentado. Realmente é o arroz com feijão básico em construção desse universo. E pelo que aparenta ser, esse argumento vai se tornar uma desculpa apenas para juntar um grupo de garotas distintas em diversas cenas sugestivas de shipp entre suas interações durante toda a temporada. A protagonista ingênua e bobinha que se interessa por sua senpai densa e fechada, a riquinha esnobe que se apaixona loucamente por alguém sendo por um motivo simples, veteranas com o jeito superior conquistando as novatas… tudo está dentro do esquema para ‘agraciar’ os otakus que curtem insinuações de um romance lésbico (e eu me incluo nessa equação xP). A própria ending mostra para qual público o anime está sendo feito.

Já que entrei no assunto, o diretor ou o criador dessa obra tem muito fetiche com pernas ou garotas de meias longas até a coxa, PUTA QUE ME PARIU. Se tinham oportunidades, socavam a câmera em ângulos focando somente nas pernas das personagens. Agora entendi porque nas imagens promocionais antes do anime estrear, sempre as meninas estavam com algum vento batendo na saia para levantar mais o vestuário e valorizar seus membros inferiores (e as meias são MEGA detalhadas, também explicando essa atenção que o pessoal da produção deu para esse detalhe).

Falando do episódio em si, a protagonista Riri até que é simpática e consegue emanar um carisma pessoal, muito graças a sua narração em off expositiva inicial, mas diferente do habitual, situando o espectador ao mundo que será estabelecido nessa narrativa. Admito que foi distinto essa introdução, o que foi um ponto positivo nessa tentativa da direção em ter algum diferencial para destacar a protagonista das demais. Porém funciona nos primeiros minutos, pois é totalmente esquecido durante a inserção do restante do elenco. A Riri perde sua característica única de ser prolixa e distraída para ser a personagem principal ingênua, bondosa e burra fazendo com que os conflitos girem em torno dela. Justamente esse detalhe que chama a atenção no primeiro instante, é deixado de lado no minuto seguinte. Uma oportunidade perdida

Ainda nesse aspecto, a apresentação de dezenas de personagens logo de cara nesse primeiro episódio não foi do meu agrado. Eu já sabia que seria tipo o anime Revue com diversas “waifus”, porém ter 9 personagens marcadas como protagonistas não é um bom sinal. Começo a ficar com medo se teremos o mesmo esquema de foco em uma história segmentada, em que são TANTOS personagens para dar atenção, que tudo fica raso ou sem relevância dentro de sua própria linha narrativa. Espero que eu esteja errado, mas é uma preocupação minha que acho importante, porque foram poucos animes que executaram com perfeição em trabalhar com um elenco desse tamanho. Nenhuma das personagens tem algo de diferente em suas personalidades por agora. Se você já assistiu Kancolle, Arpeggio, Yuuki Yuuna ou outros animes similares, nenhuma dessas gurias será novidade para você. São estereótipos das mais comuns que se possa encontrar nesse gênero e para todos os gostos inclusive.

Quanto a produção, nada que mereça algum destaque. Inclusive, se eu não soubesse que o anime está sendo feito pela Shaft, tranquilamente Assault Lily: Bouquet poderia passar a impressão que está sendo feito por qualquer outro estúdio. A direção é ok, entretanto nada além do mediano. A fotografia e a edição, características marcantes da Shaft, também não apareceram aqui, sendo algo bem robótico ou engessado em boa parte do tempo. A trilha sonora é bem meia boca, em que só a OP se destacou para mim, porque é do grupo Raise a Suilen (banda formada em Bang Dream pelas dubladoras de lá). E a animação teve seus momentos fluídos, com bons cortes de ação, porém não chega nem perto do nível que a Shaft já conseguiu entregar em outros trabalhos.

Vale a pena ver esse anime?

Assim, eu não consigo recomendar Assault Lily: Bouquet ainda. Como estou fazendo esse post ainda no começo dessa temporada de outono de 2020 e não tivemos as estreias de vários animes, não consigo dizer se vai valer a pena você pegar para assistir. Depende muito se tiver pouca coisa boa para ver que está passando na season. Se for esse caso, aí sim você pode pegar esse anime como passatempo. Caso contrário, priorize outras obras, porque Assault Lily: Bouquet foi no máximo medíocre nesse primeiro momento.

3 thoughts on “Assault Lily: Bouquet #1 – Primeiras Impressões

  1. Shaft atualmente está com muitos problemas, perdeu muitas pessoas importantes, e essa situação complicada dela acaba ficando visível nesse anime.

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