Foi menos pior do que eu esperava, mas ainda assim, eu não sirvo para anime ‘moe’!
Olá pessoas! Espero que estejam todos bem! A essa altura, restam apenas 4 postagens de primeiras impressões: Adachi to Shimamura; Magatsu Wahrheit: Zuerst; Eternity: Shinya no Nurekoi Channel; e o próprio Kuma Kuma. Peço desculpas pelo atraso. Não só com Kuma, mas com as demais postagens também. Acabei me enrolando e atrasando, somado com algumas outras preocupações e alguns pequenos problemas familiares. Juntou tudo e acabou resultando nesse caso. Entretanto, estarei me esforçando para que todas as demais postagens de primeiras impressões vão ao ar até NO MÁXIMO 31 de outubro, disso eu acredito que não passa. Vamos falar de Kuma Kuma Kuma Bear, que eu preciso adiantar que parte do problema está comigo!
Sinopse: “Yuna, de quinze anos, prefere ficar em casa e jogar obsessivamente seu jogo VRMMO favorito a fazer qualquer outra coisa, incluindo ir à escola. Quando uma nova atualização estranha dá a ela uma roupa de urso única que vem com habilidades superpoderosas, Yuna fica arrasada: a roupa é insuportavelmente fofa, mas muito embaraçosa para ser usada no jogo. Mas então ela de repente se vê transportada para o mundo do jogo, enfrentando monstros e magia de verdade, e o traje de urso se torna a melhor arma que ela possui!”
Tenho que dizer que a estreia de “Kuma Kuma Kuma Bear” (Nome redundante? Imagina…) foi deveras “surpreendente”. Não por ter uma trama super bem elaborada como algo fora da curva ou até ter um plot twist no final… nada disso. Foi surpreendente por eu ter gostado dele! Eu comentei em uma postagem passada que não sou fã de animes com gurias fofas, com roupas e vozes kawaii, fazendo coisas moe (ou seja, animes da DogaKobo eu passo longe hahaha). Não é um estilo narrativo que me atraia, muito embora eu goste de tramas slice of life. Algo não me prende no gênero moe. E eu esperava que o mesmo acontecesse aqui, porém foi diferente do que eu esperava.
Assim, a base da fofura ainda está presente. A ambientação é feita para dar esse ar mais alegre. Os cenários muito bem feitos e lindos por sinal, são trabalhados com cores mais vivas e dão essa impressão de um ambiente amigável. Por sinal, esse estilo de cenário me lembrou um pouco ao que “Great Pretender” e “Kakushigoto” nos apresenta em sua composição. E pelo que vi em outros visuais, o elemento moe deve ficar mais evidente no decorrer dos próximos episódios quando outras personagens forem introduzidas. Minha surpresa já começa com a voz da protagonista. Eu esperava que fosse aguda, mas recebi uma voz mais grave, que foi inesperado no primeiro momento e levei um tempinho para me acostumar.
Outra surpresa foi a luta no episódio, que além de muito bem animada (incomum vindo desse estúdio), não era algo que eu imaginei que fosse ter algum destaque realmente. Aproveito para já adiantar os comentários sobre a produção. A luta em si estava muito bonita. O responsável pela animação é a EMT Squared (Assassins Pride) e é um estúdio muuuito bagunçado. O cronograma é desorganizado e as produções não se sustentam. Até achei estranho com o quão bem feita a produção estava boa no geral. Não foi só nas cenas de ação. Os cenários e até mesmo os olhos estavam muito bem feitos. Resta saber se o estúdio com todo seu histórico vai continuar dando conta do recado ou se vai ir para o buraco, assim como outras animações deles.
Mas voltando a trama, meu principal problema com esse começo, foi a introdução do anime. Eu tenho um problema seríssimo com obras que forçam drama para cima de mim. Eu tolero muita coisa, mas se algum drama de personagem não me convence, automaticamente vira algo desinteressante/maçante para mim. Eu entendo que o desespero do guri pela sua vila estar sendo atacada. Só que me parece que a direção tentou vender como algo importante do personagem e que eu já tinha contato, como se ele fosse relevante para a trama e eu tivesse apego por ele, mas não é assim. O episódio basicamente começa com ele naquele desespero e eu não consigo comprar tudo aquilo. Eu tentei ver o episódio 2 vezes. A primeira na semana passada e eu parei pouco depois desse dramalhão, por justamente estar desinteressante. Estava literalmente revirando os olhos para aquela situação. Só na segunda tentativa eu consegui passar desse pedaço (que na minha opinião, é a pior parte do episódio) e vi até o final.
Passado todo esse segmento ruim, o miolo do episódio é bem feito e fluído de assistir. Há ressalvas que me causaram estranhamento, como dizerem que a Serpente Negra reage a sons altos, mas a protagonista chega em um urso sem saber disso e o monstro não aparece. Ou até mesmo com o pai do guri tendo um surto e começando a berrar no meio da casa. São detalhes que acabam quebrando o que nos é mostrado e faz parecer que é conveniente. Felizmente a própria não dura muito tempo para tentar enfiar outro draminha forçado. Um “amém”, por favor!
Outro ponto a se destacar é a prota ser uma incel basicamente. Ela não é sociável, odeia sair de casa, investe em ações para não precisar trabalhar e não aparenta gostar de ir visitar sua família ou fazer qualquer outra atividade fora de casa que ela não veja como essencial. Porém, PARECE que o anime não irá tratar isso como algo legal ou bom. Digo isso por alguns diálogos dela em que aparentemente ela desdenha da própria família, talvez deem brechas para posteriormente ela perceber o valor familiar, um pouco semelhante ao que aconteceu com a Myne na segunda temporada de “Ascendance of a Bookworm”. Aspectos assim me deixam bem interessado para saber como a obra irá abordar essas temáticas e só de haver a possibilidade de drama (bem construído), me anima, pois sou um grande fã do gênero ^^
A direção é competente e eu vejo um esforço deles em fazer algo aqui. O mesmo diretor de Kuma Kuma (Yuu Nobuta) está dirigindo “Maesetsu!”, um anime desta temporada que não estou assistindo, mas pelo pouco que vi dele, o anime aparenta estar prejudicado (em termos de produção). Acredito que o foco dele esteja mesmo aqui. Então espero que ao menos Kuma se salve, porque senão, é capaz dos dois animes irem para o mesmo buraco. O diretor também sabe fazer momentos cômicos, nada de muito destaque, entretanto você pode conseguir algumas risadas ^^
Eu diria que ainda é cedo para dizer se vale acompanhar “Kuma Kuma Kuma Bear”. Todavia, apesar dos pesares, ainda foi uma estreia decente e com suas qualidades. Espero muito que continue me agradando, caso contrário será mais um anime que entrará para o meu limbo de coisas moe que comecei e que sabe-se lá deus quando irei ter forças para terminar (né “Koisuru Asteroid”).
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