Muito melhor que a encomenda. AMEI.
Sinopse: “Nijigasaki High School está localizada em Odaiba, Tokyo. A escola é popular devido ao seu estilo escolar gratuito e diversos cursos. A história centra-se nos membros do clube de ídols da escola em Nijigasaki, e sua tentativa de impedir que o clube seja abolido.”
Eu início esse texto dizendo que adorei essa estreia do novo Love Live. Se leram o meu post da review das temporadas anteriores de LL publicada semana passada, sabem que uma das minhas reclamações foi que a história em Sunshine era apenas uma cópia de sua antecessora, no famoso “time que está ganhando, não se mexe”. Além de ser algo extremamente familiar, dava uma impressão de desleixo e preguiça dos seus idealizadores de construir uma trama diferenciada para o novo grupo. Aqui em Nijigasaki Gakuen, nos foi apresentado uma nova história e eu definitivamente curti por terem me tirado dessa zona de conforto que estava habituado.
A começar que o protagonismo do anime é dividido por duas personagens nesse primeiro momento, sendo uma delas não pertencente ao novo grupo que será criado, participando como uma espécie de ‘staff’ do clube apenas. Não quero dar spoiler, porém se olharem todas as imagens promocionais espalhadas pela internet, dá para perceber quem vai assumir essa função. Gosto dessa ideia, porque fugiu da mesmice de somente a líder do grupo ser EXTREMAMENTE apaixonada pelo LL e incentivar suas amigas a participarem. Aqui o roteiro estabelece outra coisa: todas as gurias têm suas vontades próprias em de se tornarem Idols muito antes da dupla de amigas se interessarem. Inclusive já temos um conflito sendo estabelecido alheio a Ayumu e Yuu, o que é muito bom, pois mostra que os eventos da vida que vão puxá-las para o mesmo caminho e não apenas uma guria bobinha e eufórica que contagia todas as outras com seu entusiasmo para participar da competição. Não é algo centralizado por iniciativas de apenas uma do elenco.
Inclusive, todas as outras 8 garotas apareceram, mesmo que por poucos segundos nesse episódio. Adorei de como souberam estipular os diversos desafios que irão ter para reabrir o grupo, e de como deixaram uma ponta de curiosidade para descobrirmos o motivo do antigo pessoal ter desistido de se tornarem idols. Tudo isso vem muito do mérito da direção que souberam dar um ritmo de apresentação/introdução extremamente satisfatório. A troca de staff foi muito bem-vinda, visto que não é só na história que temos diferenças. Os characters designs, a animação, fotografia, a coloração, edição… tudo foi alterado para dar um novo dinamismo a uma franquia em que eu estava com temor de cair na bobeira de ficar repetindo sua formula até a exaustão dos fãs que acompanham desde do primeiro grupo.
Também gostei que o drama da Yuu é orgânico e uma crescente, em que temos ela em um momento de cotidiano e tranquilidade, descobrindo um “novo mundo”, se apaixona querendo saber sobre tudo que rodeia o assunto, a perca da esperança quando encontra um obstáculo e o conforto de sua melhor amiga em demonstrar total apoio para que ela conquiste seu sonho. Tudo isso é construído de uma forma convincente, em que temos pequenos elementos que foram usados para o ápice da apresentação final. A Ayumu que sente vergonha de usar peças fofas, porém se esforça em superar esse empecilho para auxiliar a amiga, a Yuu que não sabia o que fazer, mas encontra uma opção através de sua paixão súbita, a Setsuna que inicia apresentação contrariada por não ter ajuda dos outros membros, fechando o clube no dia seguinte, a Kasumi que não aceita essa decisão organizando um protesto, a Emma que é uma antiga integrante do grupo, entretanto está perdida no que fazer… tudo começa a convergir em torno do tema de idols de uma forma muito mais orgânica que as temporadas anteriores foram, por exemplo a da própria Aquors. É excelente, porque demonstra que o roteiro irá ter um maior carinho daqui em diante, não servindo apenas de desculpas para juntar todas as gurias.
Até focam em pequenos momentos para construção do relacionamento da Yuu e Ayumu, em que torna mais palpável essa amizade de longos anos entre as duas. Você compra até a catarse do final e do companheirismo delas em um momento muito parecido com um filme musical, em que é através da canção que os desejos e os sentimentos das personagens são passados tanto para o restante do elenco, como para o público. A mesma coisa com a Setsuna e sua frustração com algo que aconteceu nos bastidores daquela apresentação. Não dá para dimensionar o que ocorreu, entretanto você já tem o conhecimento de que algo está errado quando a própria decidiu encerrar as atividades do clube de idols que participava (Também está na cara de quem é ela “fisicamente”).
Outra coisa que quero destacar são as apresentações/canções que tivemos nessa estreia. Eu preferi o da Setsuna que teve no começo, mas a da Ayumu não fica para trás. Deve ter rolado um upgrade nesse sentido, porque as transições da animação 2D para 3D ficaram muito melhores, não causando estranheza para quem assiste. E estão bem menos robóticos os movimentos das personagens, dando a ilusão em diversas ocasiões que tudo aquilo ali não foi feito em um computador calculando vetores em um espaço tridimensional. As coreografias amei, como também adorei a ideia de serem mais lúdicos e fantasiosos na representação do que a letra quer passar junto com o estado emocional da garota que está cantando. Não se tinha muito disso nos outros LLs e começar logo de cara com duas apresentações desse estilo, passa algo mais inventivo e artístico nesse sentido.
Eu gostei tanto dessas mudanças em comparação aos animes anteriores da franquia, que fiquei genuinamente empolgado com esse novo anime de LL, como já estive na primeira vez que assisti o primeiro anime. Esse ar de novo despertou o meu interesse de continuar vendo sua adaptação (Eu sei o que acontece, porque creio que vão seguir uma narrativa parecida ao que ocorre na história do jogo). Vamos ver por quais caminhos irão seguir.
Vale a pena?
Como fã de Love Live e estava suplicando por novidades, eu AMEI essa estreia. Ainda vale a minha recomendação para quem não curte animes de idols, que nem vá assistir porque vai se decepcionar. Mas se mesmo assim ainda quer tentar ou dar uma chance para um gênero pouco expressivo em terras brasileiras, pode ir sem medo que há uma grande possibilidade que você fique viciado que nem eu e consuma de tudo que é criado dentro desse imenso universo de ‘Idols Colegiais Em busca do um Sonho de Serem as Melhores do Japão na Maior Competição Existente no Momento’ (Aquela ‘chamada’, estilo Sessão da Tarde xP).
PS.: Karin e Setsuna já são as bests waifus desse anime. QUEM DISCORDAR, ESTARÁ NEGANDO A VERDADE NUA E CRUA NA SUA CARA, TIPO OS TERRAPLANISTAS. APRECIEM AS PERFEIÇÕES EM PESSOAS XD.