QUE ANIME MERDA. GENTE, SÓ NÃO ASSISTAM.
Olá pessoal! (Não sei porque estou cumprimentando fazendo esse post, porque não tem como estar tudo bem depois de ver Mushoku). Estamos aqui novamente para comentarmos sobre Mushoku Tensei: Isekai Ittara Honki Dasu. Esse anime cujo eu tenho o desprazer de falar e por ser uma das coisas mais desprezíveis que tive a chance de assistir. Eu e o Alê estamos aqui para conversar mais sobre ESSE PEDAÇO DE BOSTA em formato de animação. Espero que gostem. Fiquem com as nossas reclamações. xP
SINOPSE: O anime conta a história de um neet fracassado de meia idade, que depois de ser expulso de casa por seus familiares, morre em um acidente e renasce em um mundo de magia e fantasia. Ele reencarna como um bebê recém-nascido, conservando as memórias de sua vida passada. Antes que ele possa até mesmo mover seu corpo adequadamente, ele resolve nunca mais cometer os mesmos erros do passado e vive uma vida sem arrependimentos com a nova oportunidade que lhe foi dada.Por ter o conhecimento de um homem adulto, aos dois anos de idade, ele já se destaca como um prodígio e possui habilidades inimagináveis para qualquer pessoa da sua idade. Assim começam as crônicas de Rudeus Greyrat, filho do espadachim Paul e a maga Zenith, quando ele chega em um novo mundo para se tornar o mais forte mago conhecido pelo homem, com poderes rivalizando até mesmo aos deuses. FONTE: Crunchyroll.
RUB: Alê, para falar mal de anime somos especialistas xP. Vamos aqui conversar sobre o anime que sinceramente, se não tivesse Kaifuku nessa season, ele com certeza seria o mais comentado pela quantidade de merdas sendo exibidas na tela. O anime é Mushoku Tensei: Isekai Ittara Honki Dasu. São tantas coisas problemáticas que olha… Mas Alê eu quero ir com calma, porque temos muito o que falar sobre esse anime. Vamos começar de onde paramos no post de primeiras impressões (link aqui). Lembra que comentamos que o protagonista era muito escroto com aquelas caras e bocas de violentador? Chamou muito a nossa atenção esse “detalhe” na estreia e que por consequência, logo ficamos com os dois pés atrás com essa obra. Até ficamos receosos e alertamos que podia dar merda. Entretanto tínhamos Kaifuku na jogada que eclipsou todos os problemas dos demais animes. E de fato eu esqueci que Mushoku existia. Só fui retornar para assistir lá na quarta semana depois que tomei spoiler da cena da traição. Bem, não tinha o que fazer e minha curiosidade falou mais alto e comecei a tirar o atraso. Afirmo que o episódio 2 e o 11 foram os melhorzinhos dessa primeira temporada de Mushoku, porque pelo menos o autor não caga completamente em cima da mensagem passada na história, apesar de achar gratuito para um caralho a Roxy IR PARA A PORRA DO CORREDOR E SE MASTURBAR ESCUTANDO OS PAIS DO RUDEUS. Tipo, eles JÁ GRITAM ALTO PARA CACETE. ELA NÃO PODIA FAZER ISSO NO QUARTO DELA? Dava para escutar de lá. Teve outras cenas bizarras como o Rudeus louvando a calcinha da Roxy como fosse um cálice sagrado, ou ainda fazendo umas caras de doente pervertido para a empregada, ou passando a mão na professora… tudo coisa que doente e criminoso fazem. Lembrando que no primeiro episódio, o protagonista encerra o capítulo dizendo que “SERIA uma pessoa MELHOR” do que foi na vida passada. SÓ TEM QUE ALGUMA COISA ERRADA AQUI PORRA! COMO VOCÊ VAI SER MELHOR SE ESSA MESMA PESSOA CONTINUA TENDO PENSAMENTOS DE DOENTE PERVERTIDO? COMO VAI MELHORAR SE ELE ACHA NORMAL SOCAR A CARA ENTRE AS PERNAS DE UMA MULHER SEM PEDIR? E COMO ELE VAI FUCKING MUDAR DE ATITUDE SE TODO MUNDO NESSA PORRA DE ANIME O INCENTIVA A FAZER CRIMES SEXUAIS!? COMO CARALHO??? COMO!??? PORRA, não é questão do personagem ser escroto. O Subaru do Re:Zero é um completo imbecil, só que toda vez que ele faz merda, sempre tem alguma consequência grave, ou até pior do que o ato que ele fez. Em Mushoku não existe isso Alê. O pai da porra do protagonista depois dele assediar a Sylphiette: “Você tem que fingir ser um homem bom para conquista-la.”. AÍ NÃO CACETE!!!
ALÊ: Real, se não fosse por “Kaifuku” nessa temporada, “Mushoku” seria o anime com os holofotes voltados para si. Até brinquei que se Kaifuku saísse na próxima Temporada de Primavera, teríamos um ciclo de bombas descomunal: Mushoku » Kaifuku » Mushoku 2nd » Tate no Yuusha 2nd. O ano seria aquela maravilha XP. Enfim, enquanto eu assistia, ia comentando alguns aspectos dos episódios, até para não esquecer deles na hora de fazer a review e assim que assisti o episódio 2, tive quase certeza de que aquele momento seria o menor dos piores de todos os problemas ali (posteriormente o 11 também se mostrou mais “aceitável”), porque tirando algumas cenas mais pontuais, a construção do episódio 2 foi muito boa. Desde o começo Mushoku dava alguns indícios do que viria pela frente, mas nem em sonhos eu esperava algo NESSE NÍVEL BAIXO. A obra não só mostra um protagonista nojento, pedófilo, escroto e criminoso, como faz questão de DEFENDER ele. E não só ele, são DIVERSAS cenas em que toda a montagem é feita ou para fazer meia-culpa do homem, isentando ele, ou jogar a culpa na mulher. E ainda temos TODOS OS HOMENS que tiveram algum nível de relevância na temporada, INCENTIVAM as ações criminosas do protagonista. TODOS. Na verdade, é um pior que o outro, sempre escalando o nível do absurdo que essa coisa faz. Eu cheguei no ponto de ficar com nojo da voz do dublador do Rudeus (o de 40 anos), de tão nojenta que são as falas. O dublador é só a vitima da história toda, uma pena. Mas não deu, não deu… Não consegui desprender a ideia de que é só uma dublagem. Era cada fala, cada pensamento que era o absurdo ao quadrado. A ideia da calcinha, de ficar se esfregando nela, cheirando, exaltando e depois a empregada da casa descobrir não falar nada, sendo que ela mesma sabia que ele ficava com olhares maliciosos para cima dela foi difícil de engolir. Além disso, passar a EXALTAR ELE por ter “salvo” a vida dela e INCENTIVAR A FILHA A SERVIR O PROTAGONISTA COMO FOSSE UM HERÓI É DE FODER! Nessa mesma linha, a Roxy fala algo como sentir saudades do Rudeus, porque SÓ roubava as calcinhas e espiava ela no banho. O garoto que ela está ensinando pega nos peitos dela, fica se agarrando e tudo mais. Ela sabe que é ruim (lógico, corpo dela), mas ao mesmo tempo o autor coloca um “SÓ” ali: “O Rudeus SÓ FAZIA AQUILO ALI, NÃO ERA NADA”. NÃO É ‘SÓ’ O CACETE. É TUDO ABSURDAMENTE MONTADO PARA ISENTAR O PROTA.
RUB: Dá para perceber que o autor tem certas linhas de pensamentos muito deturpada e machista. O pai do Rudeus é um merda, só que no momento que ele coloca a seguinte fala na empregada – “Sim, sou culpada pelo adultério.” – foi de fuder. Ele praticamente minimiza o erro do homem, dando a entender QUE É O NORMAL trair esposas, porque tem uma empregada gostosa em casa. MAS DO QUE OBVIO, POIS UM HOMEM NÃO PODE SE SEGURAR. ELE TEM QUE TRANSAR, PORQUE É UMA OBRIGAÇÃO MASCULINA. E Alê, a empregada ainda diz nesse episódio: “O teu pai entrou no meu quarto quando adolescente e me violentou.” OI!??? É inacreditável essa banalização e objetificação feminina nessa obra. A própria mãe do Rudeus fala que abandonou tudo que tinha para montar família com o Paul. TODAS AS PERSONAGENS FEMININAS NESSA HISTÓRIA ESTÃO AS SOMBRAS DE ALGUM HOMEM. NENHUMA É INDEPENDENTE OU QUE CONSEGUE SE VIRAR SOZINHA. ATÉ AS GUERREIRAS MAIS FORTES DO REINO VIVEM EM FUNÇÃO DE MACHO. A guerreira furry lá que leva o protagonista para a casa da Eris, também vive sonhando na piroca do pai do Rudeus. E é bizarro que o pai ainda fala: “ESSA GUERREIRA É MINHA. FIQUE LONGE DELA.” A FUCKING MULHER MAIS FORTE DA REGIÃO VIROU UM SIMPLES OBJETO DE DESEJOS NAS MÃOS DESSES DOIS. Por falar nisso, só temos pais merdas nesse anime. Tem toda aquela cena tocante do Paul não acreditando nas justificativas do Rudeus de ter batido nos moleques da vila, se arrepende e a narrativa aparenta estar trabalhando esse relacionamento. Só que a cena seguinte é do pai falando: “Está vendo aquela bunda ali? Não é para tocar, porque ela é minha.” Que merda é essa!? Toda a lição de moral que o Paul dá no protagonista é jogada no lixo no segundo seguinte. “Seja fiel, mas pegue todas as mulheres que aguentar”. São essas contradições que não fazem sentido algum. “Proteja os inocentes e vulneráveis.”. E o que o Rudeus faz? FINGI UM SEQUESTRO DA ERIS PARA ELE SAIR COMO HERÓI. BAITA PROTEÇÃO ELE ESTÁ FAZENDO. E o anime é basicamente isso durante esses 11 episódios. “Seja respeitoso com as mulheres”. Corta a cena e É ele cheirando a calcinha da mãe. “Você não deve mentir”. Corta e o momento seguinte é o Rudeus contando calúnias e jogando parte da culpa na empregada. “Você deve proteger os incapazes.” Corta e temos o Rudeus ROUBANDO A CALCINHA DA ERIS ENQUANTO ELA ESTAR DORMINDO. REPITO, ELA ESTÁ DORMINDO E ESSE FILHO DA PUTA FAZ COM A JUSTIFICATIVA DE PUNIR ELA POR SER MAL-EDUCADA. TIPICA FRASE DE PEDOFILO E ESTUPRADOR. NADA BATE NESSA SUPOSTA HISTÓRIA DE REDENÇÃO.
ALÊ: SIM! EXATAMENTE ISSO! Ele monta a cena com a intenção de CULPAR a empregada, porque ela seduziu o pai dele, sendo que É FODA-SE cara. quem é o compromissado É ELE! ELE QUE É O CASADO, NÃO ELA. Se ela seduziu ou não, foda-se. O autor alimenta a ideia de que na hora que se o homem trai, a culpa é da amante (às vezes ainda sobra para a mulher que “não dá atenção para o marido). Não é atoa que quando descobrem a gravidez, quem fica na saia justa é a empregada. “Ah, mas a mãe do Rudeus ficou puta e bateu nele”. Mas depois aceitou completamente aquela situação. Fez a mea-culpa novamente: “A carne é fraca”. SIM! A empregada foi ESTUPRADA e ela age como se estivesse tudo bem: “Foi a vontade dele de transar e não posso fazer nada”. E o Paul ainda fala com o Rudeus sobre tentar transar com a empregada DE NOVO!! A todo instante a obra está reduzindo mulheres a meros pedaços de carne. Mesmo as mais fortes guerreiras, como você disse. Até a guria furry já transou o Paul, e aparentemente, pelos diálogos trocados, ela nem tem muita noção disso. Deu a impressão de que ela é meio inocente desses assuntos e foi enganada por ele quando transou. OLHA ONDE ISSO ESTÁ INDO! O que achei mais absurdo nessa história de sequestro é que tudo estava supostamente armado, mas o que aconteceu na verdade foi um sequestro de verdade. A filha do cara chega com as roupas o puro bagaço e ele nem pergunta o que aconteceu. Não demonstra UM PINGO de preocupação com a filha. Que porra de pai é esse? Mushoku se quebra SEMPRE nas suas construções. No episódio 2 desenvolvem muito o isolamento e pânico do protagonista ao ter contato com outras pessoas. Logo em seguida tem alguma piada com calcinha ou com ele assediando alguém. Em um momento Mushoku diz que o prota será uma pessoa melhor. No outro ele está a ponto de estuprar uma garota. E nessa cena dele tentar tirar a calcinha da criança, ninguém NUNCA fica com raiva dele, ou ninguém coloca ele contra a parede para questionar os crimes que ele fez. Sim, é CRIME, mas obra passa o pano que for para ele, porque na cena seguinte as mulheres já não se lembram de NADA do que ele fez e mesmo que toquem no assunto, é tudo feito da forma mais branda possível: “Ele roubou minha calcinha, passou a mão em mim, olhou com malícia (…), mas olha, ele foi gentil comigo. Ele me salvou, então não tem problema.”. O anime está constantemente passando essa mensagem.
RUB: Não existe esse desenvolvimento de redenção do Rudeus. Parece que tem, mas na real ele continua igual. É aquela parada de estar dizendo uma coisa, mas está fazendo outra, sacas? “Doava para a caridade e religioso, PORÉM ele agredia a mulher diariamente.”. Sempre tem uma noticia do tipo em jornal no Brasil. Fez um ato bom e vai anular algum crime cometido. Mushoku é nesse nível. E não dá para entender outras decisões criativas que a obra faz, como por exemplo as empregadas da casa da Eris serem furries. NÃO TEM RAZÃO ALGUMA para ser essa raça especifica em trabalhar lá. É só para agradar otakus e ter aquela cena do avô da Eris transando em alguma empregada figurante. SÓ. Até puxando esse assunto, quero contra-argumentar duas das defesas que eu mais vi de várias pessoas que gostaram dessa obra nojenta fizeram em redes sociais. A primeira é que temos de RELEVAR as ações do PROTAGONISTA, porque o WORLDBUILDING de Mushoku É “EXCELENTE” e essa qualidade SUPERA o defeito do personagem principal. Meus caros, primeiro a construção de mundo de Mushoku é medíocre. Muita coisa é jogada na sua cara e foda-se. Eles citam a economia do mundo, mas jamais aprofundam. Citam diferentes tipos de magia, entretanto só temos explicações superficiais de como funciona os poderes no primeiro episódio e depois nunca mais. Comentam que existem monstros e seres mágicos inimagináveis, porém não mostram nada além de bichos conhecidos dentro da nossa biologia. Existem milhares de raças, só que temos somente humanoides sendo mostrados. Tem toda a situação das classes de nobres e a guerra de interesses envolvendo a família da Eris jamais trabalhada no roteiro. TUDO FICA SUPERFICIAL E SEM APROFUNDAMENTO. Pô gente, o isekai da guria dos livros é INFINITAMENTE superior em construção de mundo do que Mushoku. O já citado Re:Zero, Log Horizon e até o anime o do SLIME tem um mundo mais interessante e elaborado do que foi apresentado aqui nessa adaptação de mUshoku. Temos dezenas de exemplos de outras obras que fazem um worldbuilding superior e que essa característica é ausente aqui. E a segunda defesa que vi a rodo o pessoal comentando que o anime É REALISTA. POR ISSO QUE O PAI DA ERIS OFERECEU AMARRAR A PRÓPRIA FILHA NA CAMA PARA O PROTAGONISTA ESTUPRAR, PORQUE ELE ESTÁ “NEGOCIANDO” com o Rudeus em troca de benefícios com isso. SIM, CLARO. COMO TAMBÉM É MEGA REALISTA TERMOS O CONCEITO DE MAIDS E FURRYS EM UM MUNDO MEDIEVAL. COMO TAMBÉM É SUPER REALISTA TERMOS CALCINHAS DE RENDA E FIO DENTAL E NÃO CEROULAS. SIM, SUPER REALISTA. TAMBÉM SUPER REALISTA O PROTAGONISTA NÃO SER ENFORCADO QUANDO TENTOU ABUSAR UMA FILHA DE UM NOBRE NA SUA RESIDENCIA. NORMAL, PORQUE ACONTECIA ISSO DIRETO, SEM CONSEQUÊNCIAS. Tem pessoas aí que dormiram nas aulas de história foda e pensam que hentai apresenta veridicidade histórica em seus enredos, levando como verdade absoluta. Vão estudar o período medieval direito gurizada, porque o anime não é realista nem aqui e nem no inferno. O mundo construído dessa obra está cheio de coisas fantasiosas para agradar punheteiro. Não caiam nessa.
ALÊ: Ele entra naquela seleta lista de obras que fazem personagens femininas com rabo e orelha de animais, mas não tem UM ÚNICO personagem masculino do mesmo jeito. NÃO TEM! A obra ainda mostra outros tipos de criaturas e os homens são todos mais semelhantes a animais mesmo. Somente as mulheres que pegam apenas duas pequenas características. Isso deixa BEM CLARO o que está passando ali e qual o objetivo com isso. Falando da construção de mundo, eu lembro de ver muita gente falando sobre como o roteiro é bom. Eu pensava (antes de assistir de fato) “Puts, acho que vem um ‘Bookworm’ aí…”. Que nada, passa anos-luz disso. É completamente raso, sem um pingo de profundidade. Até usando o “Bookworm” (Isekai da Guria dos Livros) como exemplo, a obra faz questão de ser lenta e desenvolver ano a ano a vida da Myne e as diversas camadas da sociedade. Mushoku pula anos e não conseguiu fazer nem um pouco do que Bookworm fez e faz maravilhosamente bem! Bookworm tem a construção da língua, da personagem aprender como funciona a escrita e o sistema de números do mundo, o que até é apresentado no 1º episódio de Mushoku e é bem feito, só que ele para nisso. Todo o resto é feito de forma porca. Não há mais aprofundamento nos momentos seguintes. As criaturas, as magias, tudo apenas vai existindo e sendo jogado para você. Vamos falar disso logo mais, mas quando chega no momento que se tem início do arco final dessa temporada, uma porrada de conceitos, personagens, criaturas e missões são simplesmente JOGADAS NA TUA CARA. Tem coisa ali que nunca foi mencionada antes, ficando apenas perdida na trama e você que aceite isso. E bom você ter falado dessa cena com a Eris, porque o que esse povo têm por “Período Medieval” é que era a Casa da Mãe Joana e que PODE TUDO, quando NÃO É! Era um sistema organizado e tinha regras sim! E as coisas definitivamente não funcionam como está sendo apresentado. O povo fala de realismo, mas são inseridos diversas ideias que estão lá para alimentar fetiches de otakus, porque esse é um dos pontos que o autor quer pegar. Ele quer prender tua atenção nisso, ao mesmo tempo que está lá exaltando o homem como uma pessoa a ser adorada e a mulher para servi-lo e aceita-lo independente das circunstâncias. Elas vão ser as escadas de macho. E nessa tua pequena descrição da cena, ela fala por si só o quão ruim ela é. O PRÓPRIO PAI DA GURIA (12 anos) oferecendo ela para um cara (de 10 anos, mas com a mentalidade de uma pessoa de 40), falando que pode AMARRAR ela sem problemas e que pode apenas aproveitar como bem entende. De longe o que me deixa mais assustado, isso mesmo, ASSUSTADO, é o quão descritiva a cena é. Se você reparar, há todo um cuidado da animação em realçar detalhes, mostrar a costura da blusa enquanto o protagonista agarra os peitos da Eris, alisando as pernas dela e se aproximando da calcinha. Também tem a narração do personagem, de como ele descreve o cheiro do cabelo, de toda a composição do mesmo, de como a Eris está naquela noite. E tipo, É UMA CRIANÇA, DE 12 ANOS. DOZE. DOZEEEEE!!! TEM NOÇÃO DO QUÃO DOENTIO E CRIMONOSO É VOCÊ TER TODA ESSA SITUAÇÃO, MAS TAMBÉM NARRAR ELA DE FORMA A DEIXAR ELA “SENSUAL”? E nem venham falar que não é pedofilia e os caralhos, porque o próprio Rudeos diz com todas as letras que NÃO ADIANTA ELE FINGIR SER UMA CRIANÇA, POIS ELE É UM ADULTO DE 40 ANOS. FODA-SE QUE ELE TEM UM CORPO DE 10 ANOS, ELE MESMO RECONHECE E TEM PLENA NOÇÃO DOS SEUS 40 ANOS! E assim, se no anime é desse jeito, imagine NA NOVEL. O quão PIOR deve ser. O quão mais detalhado ele é. Uma amiga me mandou um trecho da webnovel em que na cena que os irmãos dele o expulsão do quarto, isso de quando ele era vivo, a novel mostra que ele estava se MASTURBANDO COM UM VÍDEO DA SOBRINHA DELE, QUE É UMA CRIANÇA! Está claro como o dia o que autor está defendendo nessas cenas. A mensagem que ele está passando. É de passar mal vendo cenas como essa, PUTA QUE PARIU.
RUB: Por isso que eu pergunto, TEVE ALGUMA SERVENTIA NARRATIVA ESSA CENA? Se tirasse essa cena do episódio 8, MUDARIA ALGO DRASTICAMENTE NA HISTÓRIA? Obviamente não mudaria nada. Era só alterar todo esse segmento e trocar TUDO para eles conversarem, sem se tocarem e chegariam na mesma conclusão. Tudo é exibido com os mínimos detalhes em função da punheta dos pedofilos de plantão. Alias, eram nessas cenas que os animadores se dedicavam. A empregada se lavando, as pernas da maga, a bunda da guerreira, o corpo da Eris… quando focavam no corpo feminino, tinham sakugas para todos os lados, o que é preocupante, porque até mesmo a produção do anime focou investimento nessas cenas para agradar os otakus doentes. Alê, lá no segundo episódio o protagonista tem um monologo consigo mesmo mentalmente: “Sou um velho de 40 anos em um corpo de 5”. ELE PRÓPRIO DIZ. ENTÃO SE ELE TEM TESÃO COM A DROGA DE UMA GURIA DE 10 ANOS, ELE É PEDOFILO CRIMINOSO. Aí vem o autor dizer em entrevista que ANTES o Rudeus era 100% ruim como pessoa, mas que REENCARNADO, ele é APENAS 20% PÉSSIMO E 80% BONDADE. Acho que o autor faltou as aulas de matemática, porque ele é um sem noção total. Como uma pessoa tem apenas 20% SE ELE PASSA MÃO COM TEOR SEXUAL EM UMA GAROTA DE 12 ANOS? Se fuder, maluco. E Alê, vamos para esse último arco, porque eu não entendi nada do que estava passando. Chegou na segunda metade do episódio 8 de Mushoku e o autor ligou o foda-se. Do nada surge um Deus, aparece cavaleiros sagrados, caçadores de dragões, anões… Alê, a história deu um 180º e simplesmente aparece uma luz destruidora gigante, teletransporta uma galera para lugares aleatórios e surgi uma aventura no melhor estilo RPG de mesa. Sinceramente foi bizarro assistir essa mudança de ritmo brusca, porque o anime de maneira alguma rumava para aquela direção e só temos que aceitar, porque o autor quis? Foi difícil engolir essa nova quest. Aí aparece um ‘demônio’ conhecido como Dead End e decidem se aventurar naquele continente longínquo. Aliás, vai tomar no cú o autor que pensa que somente pintar o cabelo da pessoa deixa ela IRRECONHECÍVEL. Típico pensamento de pessoa que não sai de casa e não interage com ninguém. Gente, se eu pintar o meu cabelo de loiro, ainda todo mundo vai me reconhecer. Eu não mudei de rosto. Continuo com as mesmas características físicas e assim todo mundo ainda vai me identificar. Alê, o autor elabora um plano IDIOTA de pintar o cabelo do Dead End e tem que fazer todos os personagens daquela cidade idiotas para acreditarem no absurdo. “Não é ele, porque está com cabelo azul”. Porra, isso me ofendeu em vários níveis. Praticamente me chamou de imbecil, visto que o autor realmente acreditou ser a MAIOR IDEIA QUE ELE TEVE PARA ESSE ARCO. Tomar no cú essa porra.
ALÊ: Sim, mesmo com o cronograma todo apertado e cheio de dificuldades para conseguir terminar os episódios a tempo, essas cenas ficaram extremamente bem feitas. Um claro sinal de que a produção também sabe o público que quer agradar. É a mesma cena como alguns momentos de SAO. As cenas de abuso são muito bem animadas e esbanjam detalhes. Muito preocupante… É por ESSE TIPO de comentário que não dá para descartar a ideia de que os pensamentos do personagem são um reflexo do autor. E mesmo que esse tipo não seja, não apaga o fato de que ele está constantemente exaltando o homem e reduzindo mulheres a apenas um amontoado de carne que está lá para acatar e agradar as vontades do homem. Da metade para frente do episódio 8, a história muda de forma abrupta. Não fica nem um pouco natural essa mudança, porque é completamente do nada. O clima da narrativa vira de cabeça para baixo. São conceitos, raças e personagens brotando do éter. Simples assim. A ideia de ter pintado o cabelo do personagem deve ter feito um Big Bang na cabeça do autor, tamanha a genialidade XP. É muito idiota, porque é uma história super bem pensada, bem construída. Piada pronta basicamente. O que vejo de problema nessa mudança repentina, é que tudo muda tão rápido que eu não me importo com nada mais ali. O foco muda por completo e as coisas só acontecem. Essa reta final tem episódios mais qualquer coisa que o outro. Situações completamente foda-se e ah, lembrei agora do DEUS que aparece para aconselhar, ou melhor, ser recurso de roteiro, porque o autor não conseguiu pensar numa maneira melhor de fazer a história andar. Mano, que porra foi aquela??? O Deus surge do nada e sai dizendo o que o protagonista precisa fazer. Puta que pariu, história SUPER BEM ESCRITA!
RUB: Pois é. Literalmente um Deus Ex-Machina em que o ser divino fica dando spoiler do enredo para os personagens da própria história. O único ponto positivo que eu tenho dessa reta final é o personagem do Ruijerd. Ele é o único que aparentemente pensa e ensina o Rudeus melhor que o próprio pai dele. O Paul manda uma carta pro moleque: “Te vira aí, porque eu não vou te procurar.” PAI DO ANO. Pelo menos o Ruijerd ensinou para o protagonista o valor de suas decisões e que deve proteger quem ele ama. Certamente não vai servir de nada toda essa lição de moral que ele deu, porque o Rudeus ainda vai continuar tentando abusar da Eris. Tudo que o protagonista aprende como moralidade é jogado no lixo no momento seguinte. Então esqueçam desenvolvimento para o personagem, porque o próprio autor esquece do que escreveu. Para fechar os meus comentários Alê, ainda temos mais 12 episódios pela frente daqui há 3 meses. Eu torço para que pelo menos o anime alivie mais nessas cenas de fanservice, pois até mesmo na China a animação andou dando problemas justamente nos pontos que apontamos na nossa conversa. E como é mercado que eles não podem se dar ao luxo de perder, certamente deve ter algumas mudanças para amenizar esses momentos de machismo e pedofilia gratuitos. E como de praxe, para quem não viu Mushoku, definitivamente não recomendo o anime para ninguém. Tem dezenas de outras opções melhores de animes na mesma temporada e que Mushoku passa a ser apenas mais um anime ruim nesse catalogo. E parabéns para quem terminou ele, visto que o anime se esforçou para afastar os espectadores. Um feito para os envolvidos nesse projeto.
ALÊ: Sim. Tem uma cena que acho bizarra do protagonista querer varrer uma cidade inteira do mapa só porque uma única pessoa estava chantageando ele. UMA PESSOA. E o anime ainda trata como algo bonito. Não é criticado, nem nada. E realmente o Ruijerd acabou sendo o melhor personagem apresentado aqui. Ele tem uma questão interessante de só ver as pessoas como “boas e más”, sem entender que vai muito além disso. A cena dele questionando o protagonista sobre sua falta de decisões, pensando apenas em si, é muito boa também. Uma pena que não dure e que a obra faça questão de jogar esses aprendizados no lixo. O personagem não vai mudar e vai continuar a mesma merda. Só espero o pior vindo daqui. Eu acho uma pena que ele tenha recebido uma produção tão boa (embora o cronograma esteja todo apertado), quando você tem outras obras que são melhores e possuem produções bem capengas… Daqui 3 meses voltamos a comentar essa coisa e vamos ver o desenrolar/desfecho desse arco.
3 thoughts on “Review de Mushoku Tensei: Isekai Ittara Honki Dasu (1ª Temporada)”