Um Exterminador do Futuro diferente em que a nova Sarah Connor é uma IA.

Um Exterminador do Futuro diferente em que a nova Sarah Connor é uma IA.

Olá pessoal! Estamos aqui, eu e o Alê, para comentarmos mais uma estreia dessa temporada. Conversamos sobre Vivy: Fluorite Eye’s Song e de como foi uma ótima estreia e surpreendente em relação as nossas expetativas iniciais. Fiquem com texto de nós dois falando sobre a trama desse anime e filosofando um pouco sobre o que é uma IA e qual será o destino de convivência mútua entre robôs e humanos.

Sinopse: “A história de como eu, Vivy, vou destruir minha inteligência artificial …”

RUB: Alê, voltamos aqui para comentar mais uma estreia dessa temporada, só que agora um SCI-FI, um gênero que pouco falamos por aqui. O anime em questão é Vivy: Fluorite Eye’s Song. Uma obra do mesmo autor de Re:Zero. Tomara que ele acerte agora, porque o último anime original dele foi bem abaixo do que estávamos esperando antes de sua estreia. Mas graças a Deus, pelo menos ness começo, o anime de Vivy foi muito melhor que o seu antecessor, Senyoku no Sigrdrifa. Agora falando mais das nossas impressões de Vivy, uma parada que me chamou a atenção antes de assistir é que quase não tinha material promocional sobre a animação. O pouco que tinha não dizia muita coisa, deixando muito mais perguntas do que respostas. Tanto que eu pensei que seria mais um anime de grupo de robôs Idols, cantando por aí músicas destinadas para os otakus hardcores e que teria uma trama rasa para caralho. Porém, tirando a parte da protagonista sonhar em ser uma “IDOL”, eu errei bonito com esse anime. Lá nos posts de expectativas eu disse que a chance de ser uma merda era alta. E quando comecei a ver o episódio, tudo era muito diferente do esperado. Primeiro somos jogados para o “futuro” (vou falar assim, porque a narrativa principal ocorre 100 anos antes do que é mostrado na introdução) e já estamos vendo robôs massacrando humanos numa espécie de campo de concentração dentro de uma SMART CITY, em que IAs predominam no ambiente e são a força militar do local. Tanto que a cena é bem impactante, pois são robôs de todos os tipos chacinando todo mundo. Teve até um drone se jogando igual uma bola de boliche na cabeça dos humanos, coisa que não lembro de ter visto em outras obras de ficção científica do estilo. Até fazem um paralelo visual de uma robô idol cantando alegremente em meio a um caos incontrolável. Em paralelo, temos diversas cenas jogadas de um cientista ativando uma espécie de último recurso para tentar reverter tudo que está acontecendo. Só que começa o mistério aqui, porque o anime também envolve viagem no tempo. O negócio que eu não dava nada, começa a ganhar outro status de ficção que eu jamais cogitei. Depois dessa introdução deveras visualmente impactante, retornamos para o passado, mais precisamente há 100 anos atrás e acompanhamos a vida infeliz da protagonista Vivy, porque ela recebeu uma puta função ingrata de cantar para as pessoas que frequentam aquele parque. E ali mostra que ela é bem decidida, pois mesmo com ninguém na plateia, ela continua cantando, sendo que por ser uma IA, ela deveria entrar numa espécie de modo repouso, porque vai estar gastando energia à toa. Consciência ambiental nesse mundo não existe. XP. Também somos apresentados a uma garotinha que seria a única amiga da Vivy e que quer ensinar para uma máquina conceitos abstratos como desejo, sentimentos ou resiliência. É bacana esse aspecto, visto que esse tema do poder de decisão de uma IA será um assunto bem recorrente nesse anime.

ALÊ: Estamos um pouquinho atrasados com esses comentários do anime (coisas internas do blog), mas cá estamos para comentar de “Vivy” (me sinto íntimo da personagem com esse nome, rs). Tenho que dizer que estava muito com o pé atrás com relação à Vivy por “Senyoku” não ter correspondido às expectativas, ficando apenas numa “mesmice” com uma trama bem mais ou menos e personagens não muito profundos, sendo bem muito aquém da qualidade de roteiro que já vimos do autor em “Re:Zero” fazer anteriormente. Então haviam motivos para ter receio com a estreia de outro anime com o roteiro do Tappei. Porém, digo que foi surpreendido positivamente com relação a estreia da animação. Eu não sabia nada da proposta inicial do anime, porque não sou de procurar por esse tipo de informações. Prefiro apenas ir ver e ficar mais na surpresa do que irei encontrar ao assistir no anime (só um anime ou outro que vou atrás de sinopse/PVs, antes de assistir). E uau, os minutos iniciais são impressionantes. É bem caótico e por mais que você não tenha quase nada de contexto para aquelas cenas, ela funciona muito bem e te deixa instigado para entender o que raios está acontecendo. Por que os robôs estão atacando e matando qualquer humano que aparece? O que teria levado a fazer tudo aquilo acontecer, ainda mais que você percebe que não é um “ataque comum”. Os robôs e drones estão meio desordenados. Assistimos que eles se autodestroem, tudo para matar o humano que eles veem e não estão ‘pensando’ na forma que assassinam. O importante para as IAs é matar… É uma apresentação muito boa. Eu fiquei com um pouquinho de dó da Diva/Vivy, porque a missão dela é “cantar para deixar todos felizes”, entretanto o palco dela é super escondido e aparecem 3 pessoas para ver ela. Às vezes nem prestam atenção nela e estão lá fazendo outra coisa. Eu gosto desses minutinhos com a garotinha humana, com a Vivy e a outra IA, porque você tem alguns contrapontos do tipo, a garotinha tentando ensinar a Vivy a cantar com o coração, ou a própria Vivy determinada a alcançar as pessoas (com sentimentos) e não ser apenas uma música ‘vazia’, além de querer cantar no Palco Principal enquanto que a outra IA fica meio que caçoando da Vivy por ela tentar coisas assim. Ela não está cantando por vontade própria ou por gostar daquilo. Está cantando porque esse é o comando. A outra IA ainda continua que ela não tem sentimentos e não vai conseguir entender isso por ser um robô.

RUB: Falando da Vivy em si, essa parada de uma só função apenas que ela tem para todo sempre não entra na minha cabeça. Como sou formado em TI, ver esses conceitos rasos e errôneos me dão muita gastura. Uma explicação rápida aqui sobre o cérebro humano. Pode parecer algo ilógico, mas o nosso cérebro é péssimo para realizar tarefas especificas, porém ele processa muito bem vários impulsos (internos ou externos) em paralelo. Tua visão, digestão, audição, fala, circulação, absorção de nutrientes, geração de hormônios… o nosso cérebro é muito foda em funções paralelas, mesmo que você não consiga se concentrar na sua atividade da escola ou faculdade quando você escuta música ao mesmo tempo por exemplo. Você pode não conseguir no meio material a fazer mais de uma coisa, só que o teu cérebro processa um volume dados insanos de uma só vez. Entretanto, como eu disse, somos devagar em achar resoluções. Se eu te perguntar quanto é 4628 dividido por 927 e você precisa me dar uma resposta com pelo menos 20 casas decimais nesse exato segundo, você não irá conseguir sem auxilio de uma calculadora por exemplo. Por isso que o ser humano é mais “devagar” em resolver coisas especificas, mas que consegue processar dezenas de petabytes em um segundo no cérebro sem nenhum esforço. Voltando para o assunto da Vivy, ela é a primeira versão de IA que consegue simular o cérebro humano. Então se ela consegue emular o nosso funcionamento cerebral e de maneira PROPOSITAL limitar suas funções para apenas uma tarefa, é a parada mais contraditória dita nesse roteiro para explicar o funcionamento do corpo da protagonista. Nem a viagem no tempo com seus paradoxos temporais eu fico tão assim com as explicações. Agora quanto a viagem no tempo em si, é meio cedo para afirmar qualquer coisa, porque todas as explicações vieram de uma pelúcia com cara de psicopata que lembra muito o Kyubey de Madoka, por ser aquela presença suspeita de saber mais do que quer contar. Esse bicho claramente esconde algo e não sei se é verdade o que ele disse sobre ter sido enviado pelo professor para salvar o mundo. Já pensou que ao invés de estarem alterando eventos para mudarem o futuro, ele esteja simplesmente traçando o mesmo caminho que leve para aquela realidade apocalíptica científica? Esse ursinho de pelúcia eu não confio. Até pode estar mostrando quais personalidades importantes salvar como aquele politico que aparenta defender os direitos dos robôs, mas será mesmo que é aquilo que iria acontecer realmente? Ele mostra uma porrada de fotos e imagens dos jornais do futuro, no entanto, como ele também é uma IA, essas evidências podem ter sidos alterados para cumprir seu objetivo obscuro. Ainda tem o lance da viajem no tempo. Qual teoria será utilizada aqui? Múltiplas linhas temporais? Paradoxo do avô? O passado pode ser mudado, mas aquele futuro continua existindo, abrindo uma outra linha temporal? Ao que parece e pelo o que o bichinho disse, iremos mais na rota dessa última teoria que eu levantei sobre as alterações na linha temporal.

ALÊ: Eu já não tenho experiência em nada com TI, tanto que quando vi o episódio (uns 15 dias atrás), eu nem pensei nesse aspecto de ser controverso. Só depois de alguns dias que precisei comentar do anime em algumas conversas e pensando mais sobre o episódio, se tem uma coisa que a Vivy fez nesse episódio, foi exercer mais de uma função. Se a função dela é “Cantar para deixar as pessoas felizes”, ela deveria fazer SÓ ISSO. Mas ela faz diversas outras coisas que não deveria por só ter essa única função. Não teria como ela parar esses estímulos que o cérebro produz em paralelo. Ela executar outras coisas quebra essa ideia. Ficou bem qualquer coisa essa parte no roteiro e só acho que esse aspecto ficará pior conforme a trama for avançando. E ainda acho complicado que não é como se os criadores dela tivessem a “convencido” de que ela só possui uma função, do tipo eles chegarem e disserem “Você faz só X”, e ela se convence disso. Se fosse medida de preocupação, um teste, mas não. O roteiro falam isso em tom de afirmação e passando para quem está assistindo que ela só tem a função de cantar e acabou. Realmente o Urso não passa confiança. Ele por si não cheira a coisa boa. Sempre quando tem esses bichos eles não costumam ser coisa boa XD. E concordo contigo. Como a história não te dá grandes contextos do futuro, não há garantias das reais intenções do bicho. Como você disse, ele pode estar manipulando o trajeto de alguns eventos para que ela mude o que ele quer. Acredito que aquele assassinato fosse realmente acontecer. O Urso parece saber do que vai acontecer, porém o que ele diz ser “um evento importante”, pode ser apenas ele determinando ser assim apenas para algum benefício que deseja. Não tem garantias de que aquela alteração vá impactar na mudança do futuro e evitar a destruição da humanidade. O cientista lá pode até ter mandado o robô para o passado para ajudar a Vivy, entretanto ele pode ser só mais uma das máquinas rebeldes, nunca se sabe. Afinal, ele também é uma IA. É bom desconfiar das ações dele e pode ser que role algum twist futuramente envolvendo ele. Não tenho certeza, mas sinto que a questão da viagem no tempo vai acabar gerando um buraco no roteiro. Não sei como vão trabalhar esse ponto da narrativa, mas sinto que não vai dar bom nisso daí.

RUB: Outro aspecto que eu gostaria comentar seria o aspecto politico. Também vai ser outra vertente bem forte, porque é uma discussão que grandes estudiosos da atualidade tem quanto as IAs que apresentarão semelhança humana. No momento em que criarmos um robô capaz de tomar decisões próprias, o que ele é como representante na nossa sociedade? Ele é um ser vivo? Um objeto? Tem direitos e deveres? Ele pode ser considerado um humano artificial? E se colocarmos as memorias e aprendizagens de um humano, transferindo ele para um androide, o que ele é? Um humano, um robô? Ou um novo misto? Pode parecer loucura, porém essa área de IAs geram diversos debates filosóficos, sobre como e o que consideramos como ser vivo? Se formos por teorias criacionista, somos uma espécie criada por um ser superior. E comparando com o futuro próximo em que uma IA será capaz de reproduzir um cérebro humano, seremos nós o Deus de uma nova espécie ou os consideraremos como iguais ou ainda trataremos como objetos? Lembrando que quando uma coisa pensa, interpreta e agi por si só, mesmo se for um instinto de sobrevivência, consideramos esse como um ser vivo normal. E se a máquina agir assim também, só porque ela será feita de metal, devemos ignorar esses conceitos amplos que utilizamos para nomearmos nós mesmos como seres pensantes? Estou viajando aqui, entretanto especialistas apontam que essa área vai ser muito avaliada no momento que robôs conviverem em sociedade conosco e o que o anime de Vivy mostra que teremos pessoas posicionando-se de que os androides são semelhantes e devemos tratá-los dessa forma. E como de praxe, teremos grupos extremistas em que avaliam uma nova forma de vida que apresenta suas particularidades e diferenças, como inferiores aos humanos. Tranquilamente aqui dá para fazer um paralelo por questões raciais e econômicas que enfrentamos nos dias de hoje. Todos os assuntos teremos pessoas a favor ou contra contra determinado conceito. No anime, são os robôs em que não passam confiança para o grupo extremista e que quer acabar com a empresa do politico lá que finge defender os interesses das IAs, que aparentemente, na empresa dele também fabrica IAs.

ALÊ: Isso já começa a ser trabalhado no anime com aquele candidato querendo fazer uma Lei que dê direitos às IAs por elas possuírem consciência. E você vê que no caso, a Vivy é a primeira que consegue emular o cérebro e a obra já trabalha essa questão de direitos, de ser considerado um ser vivo e que portanto, precisa de direitos iguais. É um aspecto interessante. Mas considerando como o ser humano é, muito fácil que continuem tratando como objeto. É bem do perfil do ser humano. Se pegarmos como é na realidade, a forma que nós vemos a natureza é de como fosse que ela que precisasse de nós e não o contrário. Então sendo uma criação dos humanos, acho bem fácil que fossem tratados apenas como objetos. Só ver que é justamente como você disse. Até hoje há racismo, há homofobia e diversos preconceitos apenas por um determinado grupo se achar melhor/superior ao outro. Sendo uma minoria que precisa ser excluída, morta ou se sujeitar às vontades daqueles que são considerados como “normais”. Quero ver onde o anime vai chegar nessa discussão, porque o vereador é só o primeiro que vai querer implementar algo assim. Haverão outros complementando essas regras até o momento que chegou o ponto no futuro com as IAs. No momento são apenas teorias de possíveis rumos e discussões que o anime pode trabalhar e que ele tem brechas para isso. É aguardar e ver onde ele quer chegar exatamente (e torcer para que seja bem explorado). E diante de tudo isso, ainda tem o otaku que vai dizer que anime não é político. Algo fictício, mas que dá perfeitamente para criar paralelos com a nossa realidade (e essa temporada está cheia de animes assim).

RUB: Normal pessoas ainda achar que a arte não é politizado. Sempre teremos esses tipos de pessoas assim. E parando para pensar um pouco, até a Vivy tem essa ideologia enraizada de não aceitar as mudanças. O robô aparece e mostra que vai dar merda com o politico no parque. Ela é teimosa e acredita que não é a função dela, sendo que se compararmos aos demais robôs, a protagonista é muito mais evoluída que qualquer outro androide que trabalha lá. Na invasão na empresa do politico, os próprios robôs de segurança parecem ser antiquados perante a nova versão dela. A protagonista além de super forte, é capaz de projetar as melhores saídas nas situações mais adversas possíveis. Ela tem muito poder de processamento para uma robô que na teoria só canta. Tomara que expliquem melhor essa parada de uma função apenas para cada robô e usem isso para algum twist no futuro, porque do jeito que está, esse furo no roteiro pode virar um rombo no futuro. Uma outra parada para comentar e que eu gostei foram ter mostrado as reais intenções do candidato a vereador. Ele não está nem aí para as causas dos robôs e só queria votos para ajudar a própria empresa nas criações das leis. O anime pelo menos trata direito a forma como a maioria dos políticos pensam realmente em concorrer a altos cargos públicos. Eles estão com interesses próprios e depois que assumem, não necessariamente ele precisará fazer tudo o que foi prometido. Também o roteiro evidencia que nem sempre ações extremas como matar um candidato será a solução de tudo. No futuro em que o maluco morreu, as ações dos terroristas em matar o cara ajudou ainda mais o final trágico da humanidade. Fizeram com um propósito, mas o resultado foi outro completamente diferente mais adiante. No final, eles terem fracassado ao matar o cara, pode ter garantido a sobrevivência dos seus decentes no futuro. E falando de viajem no tempo, eu curti o gancho do final. Parece que tudo ia correr bem com a protagonista e o ursinho formando parceria, só que a garota lá do começo do episódio iria morrer em um acidente de avião em algumas horas adiante. Obviamente em seu dever moral (sentimento humano), a Vivy saiu para tentar salvar todos, porém o ursinho impede falando que eles devem alterar menos possível o futuro, porque pode acabar piorando ainda mais do poderia estar. Novamente é algo que fica muito subjetivo, porque ainda não temos a dimensão dos impactos dessas mudanças que eles fizeram até agora. O que pode mudar e que não vai fuder o futuro? Qual é o destino de agora? Certamente teremos essas respostas mais adiante, mas eu adorei o final desse segundo episódio. Aliás, episódio duplo de estreia de animes é uma merda de assistir, MEU DEUS. Sempre dá aquela preguiça.

ALÊ: Gostei bastante dessa relutância da Vivy em querer intervir e comprar a ideia do Urso. Pelo robôs terem sido abatidos tão facilmente, eu acho que os índices de criminalidade não sejam tão altos por lá. Não exploraram isso (ao menos não ainda), mas o ambiente da cidade me passa a sensação de que ela é vendida como utópica e que todos ali são felizes com suas vidas e tal. Também gostei desse lado. O cara só viu ali uma oportunidade de conseguir votos em cima dessa ideia. Exato quanto aos políticos. Alguns cumprem uma ou outra coisa que prometeram, até para disfarçar e deixam o resto no limbo ou como uma oportunidade de usar aquele plano mais uma vez em uma futura tentativa de reeleição. Eu simplesmente ADOREI aquele final!! Nossa, me pegou de uma forma que chorei. Primeiro tomei um susto com a Vivy sendo atacada daquela forma. A cena começa meio que do nada, então foi surpresa. Aí dão o contexto e mostram a garotinha lá dentro do avião e caralho, que cena boa! Também penso assim, sobre o que é “não fazer grandes alterações”? Eles interromperam a morte do cara que está diretamente ligado à criação de direitos das IAs. Teoricamente pode mudar muito os rumos das coisas, mas por que impedir o avião e salvar vidas seria uma grande mudança? A cena acaba ali, então não sabemos ao certo se essa queda de avião também impactou de alguma forma a construção do “futuro original”, mas fica muito subentendido o que é mudar ou não o futuro e traz aquela suspeita que comentamos anteriormente. Será que não é o Urso que está manipulando de forma que ele é quem está determinando o que é ou não importante para montar um futuro que beneficie ele (ou alguém) de alguma forma? ODEIO episódio duplo. Puta preguiça de ver quase um filme de uma vez. E Vivy nem precisava disso. A forma que o episódio 1 termina você já tem um bom gancho ali. Tudo bem que o episódio 2 estabelece melhor o rumo de algumas coisas, mas ainda assim não vi tanta necessidade de soltar os 2 episódios juntos.

RUB: Concordo contigo sobre o episódio duplo. Talvez eles acharam que o final do 2 era mais impactante e decidiram terminar daquela forma para despertar a curiosidade da galera. Faz sentido, mas não sei se era realmente necessário o lançamento dos 2 episódios na mesma semana. Somente o episódio 1 foi coisa para caralho tanto de conteúdos como de acontecimentos, que foi o suficiente para mim. Uma coisa que não comentamos, mas a produção do anime está boa. A animação do Wit está mantendo uma excelência e a direção consegue transmitir com exatidão todos os sentimentos necessários para cada segmento do episódio. Tomara que o autor de Re:Zero acerte nesse roteiro agora. Pelo menos agora ele está em parceria com um outro roteirista. O mano não é renomado, porém tem mais experiência em escrever enredos para animes episódicos do que o Tappei. Talvez os dois se complementem e que resulte em algo grandioso, como a proposta dessa história quer vender. Recomendo muito o anime para a galera que ainda não viu, e para quem é fã de ficção cientifica, é um prato cheio para a diversão.

ALÊ: Sim, é bem carregado e sendo duplo, tem acontecimentos demais ocorrendo. Concordo sobre a animação. Ter abandonado “Ataque dos Titãs” foi uma excelente decisão do estúdio. Estão conseguindo trazer mais animações e de boa qualidade. Adorei a volta do uso de maquiagem digital (Make Up) que o estúdio está usando em algumas cenas do anime. Tinha medo deles usarem demais esses embelezamentos visuais e criar algo muito destoante (tipo alguns animes da Ufotable de anos atrás). E estar em parceria no roteiro pode ser um sinal um pouco maior de segurança para a condução da história. No momento recomendo o anime. Pode dar bom e é daqueles animes que vale dar uma chance.

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