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É... Não deu!

É… Não deu!

Para quem acompanha o blog, pode até estar estranhando essa postagem sobre o 2º episódio de ORIENT, visto que não estava nos planos de comentar ele semanalmente, e de fato não irei. Essa postagem, na verdade, é a última que farei para a animação. Decidi dropar o anime e como não vou até o fim, farei desta postagem a minha review parcial da série. Irei explicar o motivo por não continuar e sem mais enrolações, vamos lá!


“O que deu errado em ORIENT? Por que você não gostou? Afinal, qual o problema da série?”. Irei responder algumas dessas perguntas baseadas na minha experiência com os 2 primeiros episódios. Caso você esteja lendo esse post DEPOIS do anime ter terminado, tenha em mente que estou avaliando APENAS pelo conteúdo desse começo. Como ficará daqui para frente eu não sei, e provavelmente meu eu do futuro também não quer saber.

Para aqueles que já leram a postagem as primeiras impressões do anime (aqui), digo que tudo que eu falei lá, eu mantenho para esse episódio. Embora tudo que eu tenha apontado de ruim naquela estreia continua nesse segundo capítulo, isso nem foi o fato determinante para eu largar o anime de vez. O episódio 2 começa exatamente daonde o anterior ficou e nesse ponto eles vão enfrentar o ‘chefão’, como eles mesmos dizem. Tem algo que começa a me irritar que é o Musashi ser chato. Na estreia do anime, eu só tinha achado o personagem desinteressante, seguindo literalmente um estereótipo. No episódio 2, ele passa a me irritar pelo princípio de que ele é empolgado, querendo ir matar os onis, ser um Bushi e arrastar o Kojiro junto por causa da promessa deles de quando eram crianças. Só que o Kojiro não quer mais saber disso. Ele está foda-se para caçar os onis, sobre ser um bushi e as caralha 4 e não quer mais saber daquilo. E o Musashi fica insistindo naquilo, até diz que o Kojiro vai entender o sentimento novamente quando matar um dos onis. Não gosto desse tipo de personagem. São inconvenientes e chatos. Experiências pessoais com pessoas desse tipo podem estar influenciando minha opinião aqui? Com toda certeza!

Mas o que “me pegou” realmente e me levou a dropar o anime foi na metade do episódio, quando mostram mais dos sentimentos do Kojiro e colocam um flashback ilustrando mais do bullying que sofreu por ser descendente de um bushi. Na introdução do episódio, temos uma cena de um colega de classe do Kojiro sendo ridicularizado pelo restante da turma e nisso, aparecem frases como: “Credo, ele tem uma katana!”, “Que tosco!”, “Bushis são um lixo, né?”. De novo, temos a questão de temas vazios sendo colocados no roteiro, praticamente pedindo para você ter pena do personagem e entender a situação deles com apenas justificativas frágeis. Acabam sendo só frases soltas e que não transmitem algo para quem está assistindo. Quando chegamos no meio do episódio, entra o restante do flashback do personagem, com ele falando que não aguenta mais passar por aquilo tudo que vem passando na escola. Aí seu pai o chama para conversar e é ali que começa o show de horrores.

Na conversa dos dois, o pai começa a dizer que eles vêm de uma linhagem muito corajosa e orgulhosa. Começa a dizer que entende que o garoto está sofrendo e começa com essa conversa. A cena tem cerca de um minuto, mas este um minuto é usado para convencer o guri que ele não deve sofrer por ser um bushi, e sim se orgulhar e tolerar aquilo porque a família dele aguenta. Assim, acho legal essas questões tradicionais culturais envolvendo gerações de família, só que o texto do anime aqui beira um certo conservadorismo e chega numa questão que eu odiei muito que é invalidar o que o garoto está sentindo, porque é basicamente dizer que ele não pode sofrer, porque os ancestrais dele já passaram por aquilo. Ele não pode odiar ter sangue de bushi, pois é uma ofensa aos seus familiares que passaram pelo mesmo. “Estamos lutando para reaver o lugar dos humanos. Você não pode odiar ter nosso sangue, pois somos incríveis!”. É essa a impressão que passa. Eu sofri bullying na escola por anos e tudo que eu ouvia da minha mãe era: “Não liga”. Essa é a linha de conversa que o cara teve com o Kojiro. Isso me pega demais. Foi nesse ponto que decidi dropar, ainda mais que sei a narrativa em si não vai fugir muito do que foi apresentado até aqui. Não vai me agradar provavelmente e entre parar aqui e perder tempo para lá no futuro, prefiro parar por aqui mesmo.


Para fechar o post, vou reforçar algumas coisas que eu disse lá na postagem de primeiras impressões e que nesse episódio ficaram mais evidentes. O anime tem um ritmo péssimo e muito tedioso. Como eu disse, os assuntos abordados são rasos e tudo que tentam passar em tela é vazio (como as crianças sofrendo bullying na escola) e a direção consegue deixar tudo ainda mais PIOR. Não consegue ser nem um pouco dinâmico. Tudo muito longo desnecessariamente, e diversos diálogos que poderiam só não existir. Coisas continuam a aparecer sem explicação prévia, como aquela moto no final do episódio passado e que surge nesse capítulo. O mundo inteiro é arcaico, desde roupas a tecnologias, mas ter uma moto com cristais embutidos jogado lá no meio e fica deslocado. É um equipamento de bushi e foda-se o contexto.

E sobre animação, se no 1º episódio já estava ruim, nesse ficou ainda pior. O dito “chefão” vira um monstro enorme e eles claramente não tem frames o bastante para fazer a animação ficar fluida, são cenas e mais cenas com animação travada e pelo visto, a tendência é que piore, visto que até o polimento de quadros mais próximos dos rostos dos personagens caiu bastante nesse capítulo. As cenas de ação continuam péssimas, já não tem animação e a direção não consegue tentar extrair algo de bom, não tem uma trilha sonora interessante, um jogo de câmera e enquadramento bom, é só chato e desinteressante. Para além de enfiarem personagem falando a cada 10 segundos para interromper a luta.


Enfim, é o fim de “ORIENT” para mim. Não irei continuar e nem recomendo. As poucas coisas que eu tinha achado positivas ou que tinha esperança que melhorassem, foram para o ralo com esse episódio 2. Não estou disposto a sacrificar meu tempo, afinal, sabe-se lá QUANDO pode vir a melhorar, isto é, se de fato acontecer. Não recomendo ORIENT, é isto.

1 thought on “ORIENT #2 – Impressão Parcial (DROP)

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