Amei o segundo volume de Me Apaixonei pela Vilã, MAS a edição brasileira...

Devido a problemas de tempo por causa da faculdade e trabalho, a Selena, nossa colaboradora aqui no blog, que fez a review do volume 1 (link aqui), não pode fazer o texto sobre sua opinião do volume 2 de MAPV. Assumirei o cargo de fazer essa review por agora, e se tudo der certo, nos volumes seguintes teremos o retorno da Selena comentando sobre eles aqui no blog. Dado os devidos avisos, vou resumir em uma palavra sobre o que eu achei do volume 2 de Me Apaixonei pela Vilã: MARAVILHOSO! Então me acompanhe nesse texto em que vou detalhar cada ponto que gostei do livro 2 de MAPV.

SINOPSE: Um dia Rei Oohashi acorda no corpo da protagonista do seu jogo de romance favorito: Revolution. E para sua felicidade, a primeira pessoa que ela vê é sua personagem favorita: Claire François, a principal antagonista do jogo. Agora, Rei está determinada a ter um romance com Claire em vez dos vários rapazes que o jogo oferece. Mas como a vilã irá reagir a esse acontecimento imprevisível?

Antes de comentar as minhas considerações do volume 2 de MAPV, gostaria de escrever brevemente do que achei do volume anterior, até para servir de ponte dos meus argumentos posteriores sobre o volume 2. Para quem me segue no Twitter, já deve ter uma noção, mas contextualizando, achei o primeiro volume de MAPV bom, só que apresentava elementos que eu não curto ler em um livro. A primeira coisa que não gosto é de história episódica e fragmentada. E 2/3 iniciais do volume 1 é estruturado dessa forma, em que temos pequenos contos sobre eventos isolados das duas protagonistas que não apresentam quaisquer ligações narrativas entre si, tendo até situações perdidas dado o contexto de termos a Rei (uma das protagonistas) já tendo conhecimento prévio de várias coisas que estão por vir por ser muito fã do jogo que esse mundo é baseado, porém sendo explicado de forma bem superficial para o leitor. Existem tantas passagens de tempo abruptas entre uma sessão e outra no mesmo capítulo, que parece que não está rolando nada de importante, sendo que nos diálogos entre a Rei e a Claire durante todo o volume mostram o contrário. Desde temas políticos e tramas de conflitos sociais, até envolvendo percepções sobre a própria sexualidade das personagens, ficam diluídas em momentos de comédia aplicados à exaustão, ou tramas que são pouco importantes que não vão interferir na história mais adiante.

Compreendo que a autora tentou estabelecer as personagens da Rei e da Claire da forma mais convincente possível, narrando as interações entre elas, criando o vínculo sentimental do leitor (e funciona muito bem, aliás, eu diria que é o ponto forte do volume 1) com o relacionamento das duas, entretanto ela derrapa em outras questões narrativas, como progressão e ritmo. Como mais da metade do livro não existe um arco sendo desenvolvido, a impressão que passa é que o livro 1 só tem começo e fim. O meio (ou desenvolvimento) da história é inexistente, e isso afeta a reviravolta (twist) que temos no 1/3 final do livro, em que temos um segredo revelado de um dos personagens secundários que era considerado de confiança pelas 2 protagonistas (estou evitando o spoiler) que simplesmente apareceu repentinamente. Em nenhum momento até nesse ponto do livro foi abordado na trama, e que a autora necessitou usar boa parte do trecho final para explicar a motivação do personagem por estar fazendo tal coisa, enquanto fazia uma exposição bem artificial para contextualizar a ação do “traidor”. Inclusive, temos alguns elementos sendo inseridos no primeiro volume que serão devidamente desenvolvidos somente no volume seguinte, deixando vários pontos para serem amarrados na história e enfraquecendo a importância do primeiro volume para o que está sendo contado naquela parte da história.

E isso não reflete só na parte final desse volume, como até atinge os personagens secundários que são bem subaproveitados, resumindo apenas participações em momentos bem específicos para escada de situações cômicas que tem no primeiro livro. Agora quanto a comédia, curti ela. Não é o ponto forte da autora, mas é eficiente em estabelecer o relacionamento do casal principal de MAPV. Eu diria que os pontos positivos do primeiro volume são as protagonistas, Rei e Claire, com suas interações sendo o destaque nesse início. O volume também apresenta passagens com pequenas críticas que a autora faz sobre a realidade japonesa quanto aos assuntos envolvendo a comunidade LGBT. A Inori tenta estabelecer algumas de suas opiniões nas ações da Rei ou da Claire, e fica mais evidente esse aspecto no volume seguinte. Também não posso deixar de relembrar do fiasco da nossa edição brasileira também ter colocado termos pejorativos para a comunidade LGBT, o que foi bem triste, considerando que essas palavras terem sido usadas na parte em que é justamente uma reflexão do preconceito que a sociedade tem com pessoas gays, lésbicas, bissexuais… Enfim, leiam a review da Selena ou outros textos por outros portais que abordam esse tema quanto aos termos pejorativos usados de forma mais completa, pois nesse quesito, admito falta de conhecimento para abordar o tópico.

“Mas como foi o segundo volume? ”, você deve estar se perguntando. E para quem acompanha a Inori em suas redes sociais, ela própria afirma que o segundo volume é o melhor livro dos 5 que ela lançou até aqui de MAPV. Obviamente fiquei curioso, pois mesmo tendo gostado do primeiro volume, ainda a história até ali era mediana, sem grandes destaques quanto a sua execução. Mas agora após ter lido o segundo volume, posso dizer que sim, é verdade. O volume 2 de Me Apaixonei pela Vilã é infinitamente superior em TODOS OS SENTIDOS de seu antecessor. A começar pela narrativa estar bem melhor estruturada. Agora sim temos um começo, meio e fim, em que conforme vamos lendo as páginas, a narrativa progride junto, apresentando o desenvolvimento de todos os personagens do elenco, e os ligando aos conflitos que a trama está apresentando durante todo o volume. Não existe mais aquela enrolação ou momentos deslocados com o resto do contexto. Todos os eventos que a Inori descreve neste volume, irão servir para alguma finalidade mais adiante. Até mesmo em trechos como o da Claire e a Rei vão visitar sua família no interior, servem como ponte para que ambas reforcem suas convicções e que seja base para suas tomadas na reta final do volume.

Sério, o volume 2 é uma enorme evolução, principalmente comparando ponto a ponto. Os príncipes (protagonistas e possíveis pares amorosos para a Rei no jogo), por exemplo, são utilizados de forma satisfatória nessa parte, com a Inori trabalhando aspectos interessantes sobre eles quanto as suas personalidades e importâncias no reino daquela nação. Aliás, temos duas reviravoltas na trama envolvendo esses personagens durante o segundo volume que, diferente do volume 1, estabelece pistas sobre possibilidades do que pode acontecer, mas sem revelar os segredos realmente, mostrando que existiu um planejamento prévio por parte da autora para que a história seja conectiva entre os eventos, resultando no enorme clímax do final do volume. É um diferencial para a Inori em conseguir juntar diversos elementos distintos em uma narrativa bem mais coesa e objetiva ao que se propõe. Destaco outros 2 aspectos que foram bem marcantes durante a minha leitura: o debate sobre a visão da Rei quanto a sua sexualidade e das demais pessoas a sua volta, e do cenário político das lutas de classes para o domínio do poder daquele país. A Inori tinha até abordado esses temas de maneira mais sucinta no primeiro livro, mas no segundo virou a base para boa parte dos conflitos estabelecidos que envolveram as protagonistas, sendo abordados a partir da visão da Rei sobre esses acontecimentos. Tem todo um arco da personagem Rei em aceitar que a Claire também tem seus princípios e que ela não pode simplesmente se esconder enquanto todos podem à sua volta correm perigo. Como a Rei conhece todos os finais possíveis para a sua amada por ter feito o 100% do jogo, a protagonista tenta controlar sua amada como se ainda estivesse ligada ainda a gameplay, sendo que a mesma reconhece que a Claire que está a sua frente é uma nova pessoa, não sendo a mesma personagem que conhecera na outra vida durante sua jogatina. E também é estabelecido que toda a insistência da Rei em brincar ou irritar a Claire era uma forma da personagem evitar de se machucar emocionalmente com coisas que ela não tem controle. Toda a comédia que foi mostrada nos 2 volumes foi a maneira que a Rei aprendeu de lidar com suas decepções pessoais, não preocupando os demais a sua volta, guardando suas tristezas, medos e angústias para si. Isso explica o porquê da personagem sempre fugir de assuntos sérios, tentando abraçar a Claire quando sente que a situação vai além do que ela planeja. Esse aspecto era citado no volume 1, e no volume 2 foi melhor aprofundado, tornando a Rei mais humana para o leitor.

Outra coisa que adorei foi o espaço que os demais personagens do elenco tiveram nesse segundo volume, incluindo os novos que foram apresentados nesta edição. Todos tiveram suas participações para que a trama principal crescesse e fizesse sentido no arco da revolução. Aliás, toda a parte social do país que se passa a obra é muito bem feita. Dá para ver tranquilamente as referências da Inori ao criar a tal ‘revolução’ da história baseada na nossa própria realidade, em que ainda hoje temos esses debates e conflitos onde cada classe social da nossa sociedade está disputando para exercer sua visão de mundo nas regiões que vivem. Bem interessante os paralelos que a autora faz sobre as obrigações que os Nobres e Trabalhadores têm a partir da nossa visão e organização quanto ao que temos como correto ou de direito para cada um. É um outro trecho que a Inori mescla suas próprias opiniões com o que a Rei ou Claire dizem e fazem, enriquecendo mais esses detalhes ao mostrar os dois lados da disputa. Não posso entrar em muitos detalhes, mas posso dizer que a visão que a Claire tem sobre a sociedade é mais alinhada à que eu tenho, mesmo que a Rei também sirva de um bom contraponto para a outra protagonista.

Teve uma outra parada que chamou a atenção foi a maneira como a autora expande o assunto sexualidade das personagens (não só das protagonistas) no livro. Em diversas passagens do volume, a Inori tenta abordar o máximo de situações que milhões de pessoas possam ter durante suas vidas. Aceitação sobre o que você é e quer, amar uma pessoa do mesmo sexo mesmo indo contra suas próprias crenças religiosas, o preconceito sobre agir de forma diferente do que as pessoas esperam de ti, as consequências para as pessoas que participam do seu convívio, a obsessão e controle sobre a sua pessoa amada sob justificativas de proteção ou coisas similares… São temas trabalhados que não são o foco da linha principal da história, mas que desenvolvem as personagens de maneira mais intima, resultando na torcida ou ligação com a personagem com o leitor para que consigam seus sonhos, seja por simpatia, ou por entender os sentimentos apresentados da personagem por já ter vivido algo parecido em sua vida. Tem uma passagem que adoro que é quando a narração troca de perspectiva, em que acompanhamos os pensamentos da Claire em vez da Rei, e de seus conflitos internos sobre o que ela sente sobre aquela personagem energética e grudenta, seus princípios como nobre e como deve agir, ou fazer naquela situação difícil que estava passando.

Mesmo os demais aspectos terem melhorado imensamente, ainda o ponto alto da história no volume 2 é a dupla de protagonista, Rei e Claire, e suas interações no dia a dia. São seções de leitura divertida e tranquila, que você acaba lendo tudo com uma satisfação gigante por acompanhar esse cotidiano das duas personagens. A química entre as duas personagens funciona tranquilamente e leva boa parte da narrativa sem grandes dificuldades. Como dito anteriormente, mesmo que a comédia seja apenas mediana, serve para o propósito de aprofundar e desenvolver o relacionamento (em todos os sentidos) das duas protagonistas. E até mesmo para o pessoal que está curioso, esse segundo volume termina de maneira fechada, em que o principal problema foi solucionado e temos um desfecho quanto ao casal principal. Estou até curioso para ver os próximos volumes de MAPV, pois grande parte dos conflitos foram encerrados aqui, incluindo o aspecto sobre o conhecimento da Rei tinha do jogo, já que a partir de agora, será tudo novo para a personagem visto que a história do game termina após os acontecimentos do final deste volume. Quero ver o que está por vir.

Agora comentando um pouco sobre a edição nacional, já conheço todas as limitações que a editora NewPOP tem e tal, e que não é de agora. Comprei mais de 95% das light novels que eles já publicaram (faltando apenas 4 volumes das minhas recentes aquisições para eu ter lido todas) e sei de cor os erros que a editora fez durante a produção desses mesmos volumes. Desde capas com erros gráficos, até traduções e adaptações literais demais, parecendo que foi o robô do Google que digitou tal parágrafo. Eu tenho a primeira versão do primeiro volume de No Game no Life e o primeiro volume de K:Side Blue, ambos trabalhos porcos (estou sendo até bem gentil) quanto à qualidade textual empregada pela editora na época. Vi tudo que a NewPOP pode entregar em ambos os extremos, tanto de bom quanto de ruim. Também reconheço que ela melhorou muito em relação há anos atrás, MAS ainda falta muito caminho a percorrer. E eu até diria que esse caminho a ser percorrido ainda vai ser longo demais. Eu gosto de comparar o custo-benefício do produto, com o preço estipulado para o que foi entregue. O meu senso crítico é mais baixo com as novels de Re:Zero, pois são publicações que o preço de capa é mais baixo que o normal. Os erros ali não me incomodam tanto, visto que geralmente compro em promoções e tal, abaixando ainda mais o valor final (digo não incomodam tanto, mas não significa que ainda é trabalho bem fraco avaliando só os textos em português desses volumes, mas não vou perdoar as novels que vieram incluídas no primeiro artbook de Re:Zero, porque ali beira a qualidade baixa do primeiro volume de No Game no Life, e nesse caso os produtos eram para terem vindos mais caprichados visto o preço, coisa que não aconteceu). Só que no caso de MAPV é o completo oposto, PRINCIPALMENTE CONSIDERANDO QUE O VOLUME 2 É MAIS CARO QUE O PRIMEIRO.

Até puxando esse aspecto, o volume 1 também apresenta dezenas de erros gramaticais da língua portuguesa, traduções literais demais, sem adaptações adequadas para o nosso idioma, dificultando DEMAIS a leitura, só que o volume 2 EXTRAPOLA, E MUITO esses erros. Teve parágrafos e até páginas inteiras que eu me perguntava se o pessoal da revisão sabia as regras de pontuação, porque ERAM PASSAGENS INTEIRAS TERRÍVEIS DE LER. A todo momento a leitura ficava truncada e eu tinha que reler a mesma frase mais de uma vez (coisa que eu detesto fazer, sendo que a causa não foi minha desatenção) para ter o entendimento do que estava escrito. As conjunções não existiam e frases eram cortadas por pontos finais abruptos, deixando não só desagradável de ler, como não parecia uma pessoa falando. Se bobear, nem um robô lendo essas frases iria pronunciar dessa forma tão pausada. Nem vou entrar no assunto das vírgulas, porque ali o negócio é mais complexo e fica difícil até achar uma lógica no que estavam tentando fazer. Aparentava ser que: “Na dúvida, coloque uma vírgula”. E gente, esqueça aquela regra maluca que aprendemos na escola que “se respiramos durante ao falar uma frase, ali vai uma vírgula.”. Tem regras para o uso de vírgulas na nossa língua. Até para não jogar toda a culpa nos revisores, pelo que eu vi da galera que sabe japonês, o tradutor também foi literal demais em certas partes, não adaptando as falas e dizeres conforme a nossa língua e cultura, deixando a mesma forma sintática do japonês para o português, prejudicando a experiência do volume 2. Então não é uma questão só de uma etapa específica, mas sim de todo o processo editorial da NewPOP que precisa ser ajustado para que esses erros não passem para o produto final, principalmente para livros em que os textos precisam estarem mais impecáveis possíveis.

Também fui o felizardo da vez com a minha edição. Conforme a foto abaixo, a capa do meu volume 2 de Me Apaixonei pela Vilã se desgrudou quase que por completo do miolo, só com a cola da primeira e última página da edição segurando os blocos com a capa. Não é a primeira vez que acontece comigo, sendo a novel de Madoka e As Crônicas de Lodoss também tiveram suas capas descoladas. Conversando com outras pessoas que compram coisas da NewPOP, notei um padrão. Todos que sofreram de algo semelhante, foram com volumes acima de 400 páginas e capa cartonada. Apresentaram as mesmas características, em que depois de lerem, a capa se desgrudou do miolo. Tenho livros de outras editoras, também com capas cartonadas e nenhum apresentou esse defeito. Só foi com os livros da NewPOP. Sei que não é recorrente, pois não é o padrão a capa descolar, mas a editora devia dar uma atenção maior nessa parte da produção, e que materiais utilizam nessas edições maiores que tem capa cartonada. Ainda que o número de casos que ocorram esse problema seja pequeno, para uma editora que gosta de encher a boca falando que preza a qualidade do material, nesse quesito também está desejando a desejar. Mas veja pelo lado bom: a adaptação está ruim, porém temos a versão completa de MAPV, coisa que os americanos jamais terão com sua versão censurada (temos que ver o lado positivo, mesmo na merda completa xP).

Me Apaixonei pela Vilã é uma obra que adorei demais, e que recomendaria para todo mundo comprar. Ainda que o volume 1 seja bem fraco narrativamente falando, o volume 2 compensa demais os deslizes do anterior e melhora a história em 100%. O PROBLEMA É A EDIÇÃO DA NEWPOP. Você terá que avaliar se vale a pena comprar os volumes da obra, visto a qualidade baixa textual dos 2 volumes e a possibilidade da capa sair enquanto você lê sua edição. Talvez com uma boa promoção valha o risco. Ou faça igual várias pessoas que estavam colecionando Uma Vida Imortal 4 depois do erro na lombada, em que vão esperar por uma possível 2ª edição desses volumes para comprá-los posteriormente e que não irão comprar mais até que esse defeito seja solucionado (ainda sem solução sobre Uma Vida Imortal até a data da publicação dessa review). Ao menos é uma sugestão, até que a editora resolva seus problemas internos e comece a publicar volumes de qualidades desejáveis ao preço estipulado. Eu ainda vou continuar comprando, porque a história vale muito a pena (mesmo com a nossa edição brasileira de qualidade duvidosa) e quero apoiar a Inori de todos os jeitos possíveis (tem um posfácio escrito por ela para o público brasileiro, muito fofo). Como está na capa do post, tenho duas edições do volume 2. Sou maluco mesmo, não tem como.

Ficha Técnica

  • Título original: Watashi no Oshi wa Akuyaku Reijou (私の推しは悪役令嬢)
  • Título nacional: Me Apaixonei Pela Vilã!
  • Autoras: Inori. e Hanagata
  • Serialização no Japão: —
  • Editora japonesa: Syosetsu/GL Bunko
  • Editora nacional: NewPOP
  • Quantidade de volumes: Completo em 5 volumes
  • Formato: 15 x 21 cm; capa cartonada com orelhas
  • Preço de capa: R$ 59,90