A Rinha de Xamã começou!!
Bom dia, boa tarde, boa noite! Estarei comentando de um dos animes mais aguardados dessa Temporada: Shaman King!! O anime chegou a entrar nos trending topics do Twitter ontem, me deixando ainda mais curioso para ver a estreia da nova adaptação animada da obra. Portanto vamos lá (eu sou uma desgraça para começar post, então não liguem para a introdução meia boca) 🙂
Sinopse:“Manta Oyamada é um garoto normal, que gosta de estudar e de descobrir o significado de novas palavras. Um dia, atrasado para pegar o último trem, ele resolve cortar caminho pelo cemitério. E não é que ele se depara com uma porção de espíritos e um garoto que conversa com eles? No dia seguinte, na escola, Manta encontra o mesmo garoto e descobre que ele acabou de chegar à cidade e vai estudar em sua sala. Seu nome é Yoh Asakura. O moleque, que parecia apenas desligado da vida, conta a Manta que, na verdade, possui poderes inimagináveis: ele vê e conversa com espíritos! E o mais surpreendente é que Yoh pode incorporar essas almas e usar as habilidades especiais de cada uma delas. Isso tudo por que ele é um Xamã, ou seja, uma pessoa que tem o poder de conectar o Mundo dos Vivos ao dos Mortos. Com esta habilidade, Yoh ainda dá uma mãozinha para espíritos que não conseguem se desprender desse plano por algum assunto que deixaram pendente em vida.”
Os comentários ao meu redor sobre “Shaman King” aumentaram muito de uns meses para cá graças ao anúncio do novo anime. Sempre ouvindo muitos elogios de amigos próximos e isso me deixou um pouco interessado na série. Por mais que eu não seja tão fã dos “shounens de lutinha”, Shaman King parecia ser um anime/mangá que eu iria me divertir assistindo. E não demorou muito para que depois do anúncio, a JBC revelasse o relançamento do mangá no Brasil, que por sinal, era para começar a ser publicado agora em Abril, mas ficou para depois, o que calhou de que se eu gostar do anime, terei um maior sinal de segurança para investir no mangá original ^^
Enfim, o que achei dessa estreia? Tivemos coisas boas e outras bem medianas. O saldo foi positivo, mas a estreia foi um pouco aquém do que eu esperava. A introdução foi um pouco estranha. O anime não te dá muita base, porém o que ficou mais claro ali é que o protagonista tem um irmão gêmeo que aparentemente será o vilão dessa história. Por anime começar ali e pronto, as coisas não ficam tão claras. Contudo não necessariamente é ruim. Eu noto que embora tenham coisas mal esclarecidas, deixando-as um pouco confusas, eu vejo que as outros detalhes vão ir sendo trabalhados aos poucos nos episódios seguintes. Por exemplo, após a OP (meia boca, diga-se de passagem) o Asakura encontra o Manta no cemitério e conta para ele que é um xamã e tudo mais. Mas quando ele chega na escola e o Manta fala que viu fantasmas, o protagonista nega isso. Posteriormente ele diz que seria ruim se isso se espalhasse por toda a escola, me deixando com a sensação de que aquilo era sem sentido. Lá para o meio do episódio o Asakura diz que contou que era um xamã pelo Manta conseguir ver fantasmas também. Então eu vejo que é só questão de tempo até as peças deixadas comecem a ganhar uma forma e serem trabalhadas de maneira devida.
Falando do Asakura, eu gostei bastante do personagem. Acho ele carismático, no entanto o que me pegou mesmo no personagem foi a voz dele. A seiyuu que interpreta o personagem (Youko Hikasa) é maravilhosa! Gosto muito da voz dela, inclusive, ela está em “Moriarty” fazendo a voz da Irene e cara, como eu amo a voz dessa mulher. Ela consegue moldar muito bem a entonação para fazer diferentes papéis que exigem aspectos distintos de acordo com a narrativa do personagem que a dubladora está fazendo, o que torna o Asakura mais simpático para mim. Ele é um personagem legal por si só, mas a voz dele é tão bonitinha e acho muito neném, deixando o personagem mais “protect” para mim hahaha. Não tivemos muito dos outros personagens da série. O episódio foi mais centrado no protagonista e no Manta, que ficou ali como um suporte e serviu para introduzir algumas ideias do enredo, enquanto alimentava momentos de alívio cômico que funcionava muito bem em diversos momentos.
Uma coisa que acho muito interessante é o poder do protagonista de “encorpar” as almas de falecidos e assim, absorver as habilidades e características daquela pessoa. É uma possessão praticamente. Acho bem interessante, principalmente pelos traços de personalidade do falecido, porque formam uma fusão em que aquela alma assume e não assume o controle do corpo da pessoa, dado que o Asakura continua consciente do que ele está fazendo e tudo mais. E não é só ele. Deixam claro que os xamãs conseguem fazer essa conexão com os dois mundos e eu fico bem curioso com as possibilidades que esse poder pode trazer. Tipo, talvez a pessoa consiga transmitir mensagens para algum morto, como foi no caso desse episódio que o ferreiro conseguiu entregar a espada no final desse episódio e finalmente foi descansar em paz. Fico bem interessado nessa questão e em como esse ponto será trabalhado no decorrer da série.
A comédia do anime oscilou muito nessa estreia. Haviam alguns momentos que eu gargalhava, sendo que eram piadinhas mais “discretas”, momentos rápidos ou com takes parados, enquanto outros eram mais risadas de canto, ou simplesmente não tinham graça. O que eu achei bom é o anime não ser focado ou ter um grande destaque na comédia (ao menos não nesse episódio). Então as cenas de humor acabam sendo pontuais. Não temos grandes construções para formar uma única cena de comédia. Só jogam elas em alguns momentos e várias delas são muito bem acertadas. Eu espero que mantenham o tom cômico assim, só em momentos chaves, ou em episódios específicos que são até comuns nesse estilo de obra, porque acho que funciona bastante para o modelo narrativa e que serve como uma boa forma de descontração.
Se a comédia tem seus momentos, o drama que tentaram fazer no final do episódio não ficou tão bom. Eu não sei o que deu errado ali, porque eu gosto da temática de amizade e achei a construção legal do samurai estar há 6 séculos esperando seu amigo levar a tal espada para ele, enquanto que esse companheiro não consegue descansar em paz por justamente estar preso ao sentimento de ter que entregar a espada. Mas eu senti que faltou alguma coisa ali. Talvez seja um salzinho na direção para dar um clima legal ou uma música um pouco mais marcante de trilha sonora na cena. E nem acho que foi a exposição da cena também. Colocaram toda a narrativa dos dois ali de uma vez, o que poderia ter sido distribuído ao longo do episódio. Porém eu gosto bastante da história do Matthew e da Mina de “The Ancient Magus Bride” (Mahoutsukai no Yome) que segue esse mesmo estilo de chegar e contar todo o passado dos personagens em uma tacada só. Então eu sinto que o problema não está na forma que foi feito, mas sim em algo que faltou para dar uma carga sentimental maior na cena.
Uma coisa que estranhei logo de cara foi o design de personagens, sobretudo o tamanho da cabeça. Eu fiquei um pouco cismado com o quão grande era a cabeça deles. Em alguns frames os personagens pareciam funkos de tão grande o_O. Me acostumei um pouco com isso. Ainda acho um pouco bizarro e me dá uma leve agonia, porém vamos ver se acostumo no decorrer do anime. Eu também acho bizarro o protagonista ir para a escola sem material algum e pior ainda, com a camiseta aberta! Conhecendo o retrato das escolas nipônicas, é MUITO estranho de ver o personagem dessa forma. Ele vai para a escola e não faz nada lá?! Bizarro… o_O
Sobre a produção em si, as cenas de ação estão muito bem feitas, principalmente os efeitos especiais como o fogo. Tivemos duas cenas mais movimentadas no episódio 1 e em ambas temos um pequeno show de animação. Estava um pouco receoso com o estúdio Bridge, mas ao menos na estreia o trabalho de animação está muito competente. Estão previstos 52 episódios ao todo e não acho que irão adaptar todo o mangá nisso. Fico pensando se o estúdio irá conseguir manter a qualidade da animação ao longo de todos esses episódios. Ao menos nas cenas de batalha e nos momentos mais emocionantes, que são ‘os mais importantes’, o estúdio deve conseguir manter o nível de qualidade alta. A direção também não faz feio. Sinto que o diretor não fará um grande trabalho e meu medo é ele na direção de cenas dramáticas pela impressão que essa estreia passou. Por enquanto ele está indo bem.
Concluindo, “Shaman King!!” teve uma estreia bem ok. Acertou em algumas coisas, me incomodou em outras, mas o saldo ainda foi positivo. Meu sentimento enquanto assistia esse episódio é de que acredito que terei sentimentos parecidos aos de quando eu assistia “InuYasha” quando era mais novinho. Um anime extremamente divertido e viciante. Até hoje, se alguém me chamar para ficar um dia inteiro vendo InuYasha, eu topo tranquilamente. Eu espero muito que tenha sentimentos calorosos enquanto assisto Shaman. Só não posso ficar muito atraso, caso contrário, irá demorar muito para eu criar coragem para ficar em dia com os episódios hahaha. Acredito muito que a história ainda irá mostrar a que veio, então vou esperar algum clímax (deve rolar lá pelo 3º ou 4º episódio) para tirar mais algumas conclusões sobre a obra. Recomendam que façam o mesmo caso não conheçam nada da série e resolveram embarcar na nova animação. O teste de 3 episódios aparenta ser bem válido aqui ^^