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Começa tímido, mas que virada genial!

Olá, pessoal! Ano novo, temporada (de animes) nova! A Temporada de Inverno está começando e eu estou atrasado, o que não é novidade. O primeiro anime que irei comentar aqui no blog é “Kisaki Kyouiku kara Nigetai Watashi”, que está disponível na Crunchyroll sob o título “I Want to Escape from Princess Lessons” (algo como “Eu Quero Fugir das Aulas de Princesa”), um anime que adapta uma “novel Shoujo” de mesmo nome e que particularmente, não era um dos que mais tinha expectativa, nem entre os animes gerais, nem mesmo entre os animes adaptados de Shoujo da Temporada. A premissa não parecia lá das mais interessantes e somado a uma produção que… é, aquilo, mas como sou muito ‘peito aberto’ com obras de demografia feminina, decidi ver. Embora a primeira metade do anime seja muito tímida (para não dizer outra coisa), a ª parte do episódio é fantástica! Discorrerei mais ao longo do texto ^^

Sinopse: “Leticia Dorman, filha de um duque, não está nada feliz por estar noiva de um príncipe herdeiro. Prometida desde a infância e treinada para ser rainha, ela sempre esperou que o príncipe Clarke se apaixonasse por outra pessoa um dia. Então, quando ele aparece em um baile com outra mulher, Lettie se retira animadamente para o campo para começar sua nova vida — apenas para Clarke aparecer, determinado a conquistar seu coração.”


Na história, conhecemos a Leticia, uma jovem filha de um duque, que muito cedo é enviada de sua casa para uma escola de etiqueta para ser treinada com as ‘boas maneiras’ da alta nobreza. Ela foi prometida para se casar com o príncipe herdeiro do reino, o Clarke, e passa os dias com uma professora severa que lhe repreende aos menores erros. Os anos passam e em uma festa, quando ela está próxima de completar 17 anos, o príncipe Clarke aparece com uma outra moça, dizendo ser aquela que lhe acompanhará e rompendo com o noivado deles. Para a surpresa de todos, a Leticia não fica nem um pouco triste, pelo contrário, fica extremamente contente e decide se mudar para uma vilazinha de interior, para viver sua vida como bem entende.

Esse primeiro episódio conta basicamente o que está na sinopse. Como eu disse lá na introdução do texto, este não era um dos animes mais aguardados por mim, nem quando eu considero somente as adaptações dos Shoujos que irão estrear nesta temporada e a certa altura, foi algo muito positivo não ter expectativas quanto ao anime. Eu diria que dá para dividir o episódio 1 em duas partes: a 1ª metade é a introdução do anime, onde vemos a infância da Leticia e uma parte do treinamento de etiqueta que ela passou ao longo de vários anos; e a 2ª metade é quando ela descobre sobre o rompimento do noivado dela.

A primeira metade é muito apática. A direção opta por deixar as cenas em um formato meio Scope (2.35:1), com as bordas pretas enquanto conta esse passado da personagem. O que vemos é a Leticia comendo o pão que o diabo amassou na mão daquela professora de etiqueta, que não deu uma introdução para a garota – que estava completamente sozinha – e seguiu sendo completamente implacável nas críticas à garota. Uma cena que me deu particularmente raiva, foi quando, ao ensinar como se ‘caminhar corretamente’, a Leticia derruba o livro no primeiro passo e a instrutura a repreende, juro que eu pegava aquele livro e tacava na cabeça dela. Que ódio. Mas tirando essa cena, penso que a totalidade foi meio que sendo esvaziada. O propósito dessa (looonga) introdução era mostrar como a Leticia, que era uma garota alegre e espontânea, foi perdendo todo o seu brilho em prol de uma “etiqueta” e eu entendo que em partes, essa apatia é proposital para representar a protagonista em, mas creio que tinham formas mais interessantes de se mostrar o que se passou com a protagonista, especialmente porque, esse é um segmento que dura muito tempo, metade do episódio. Chega num ponto que eu já não estava aguentando mais.

PORÉM, quando eu já estava me cansando daquilo tudo, vem a grande virada do episódio! No baile promovido – e eu amei que colocaram personagens para comentar “oh meu deus, a Leticia é tão linda, tão educada”, “gente, quando será que o príncipe Clarke vai oficializar o casamento deles? Será que já está perto?”, umas coisas completamente descaradas, só que dentro daquele contexto, eu comecei a rir ali mesmo e depois que vem a virada, eu não parei de rir até o fim do episódio -, a Leticia chega e o príncipe aparece com uma outra mulher, a Brianne, e ele apresenta ela como a sua companhia da noite e, além disso, o casamento ia para o espaço. É nessa hora que penso “meu deus, ela passou por tudo aquilo para nada, ela vai coringar!”, só que eu não esperava que a reação dela ia ser sair gritando de felicidade que aquela desgraça de casamento tinha acabado. Dali em diante, foi riso que não parou mais. Foi uma reação tão inesperada, mas tão genuína ao mesmo tempo, que me soou muito genial.

Para além da felicidade, o texto da personagem estava afiadíssimo, fazendo piadas diversas com N situações que lhe incomodavam nesse cenário de realiza. O príncipe Clarke tentando se explicar e ela totalmente “Não precisa” das ideias, dando o maior fora nele, deixando todos os convidados completamente boquiabertos com tudo aquilo… absolutamente perfeito. Que meio de episódio perfeito.

No retorno para casa, ela chama a Lilly – a empregada responsável por ela – para ir embora com ela ter a vida simples no interior (e ali pareceu um pedido de casamento, rs). Ela aceita. O irmão da Leticia acaba frustrado por seus planos de se integrar à alta nobreza ter ido para as cucuias (e a Leticia ainda tira uma com a cara dele por causa disso) e agora, vamos ver esse pessoal vivendo praticamente em uma fazenda.

O que me pega um pouco é que não sei se vou curtir o a partir daqui, porque o Clarke vai ir atrás dela, muito provavelmente porque ele gosta dessa personalidade vívida e espontânea dela e não a versão regrada e ‘etiquetada’. E sendo bem sincero, não sei se vou gostar muito dessa perseguição do Clarke pela Leticia, mas vou dar um voto de confiança, pelo simples fato de eu ter gostado muitíssimo da comédia nesse episódio, então vai que o restante (que vai entrar realmente no que a obra quer contar) acaba por me agradar…

O anime adapta uma light novel de mesmo nome e ela é concluída em apenas 2 volumes, então acredito muito que o anime irá adaptar todo o material, portanto, devemos ter uma história com começo, meio e fim. O anime é produzido pela EMT Squared (estúdio de Assassins Pride) e socorro, que animação limitada. Não chega a ser um desastre completo, já vi Shoujos com animação pior (oi, “Momochi-san Chi no Ayakashi Ouji“). É torcer para pelo menos manter esse nível – que já é baixo – e não piorar no andamento da série. Quem dirige o anime é o Shinobu Tagashira, que foi diretor em “Diabolick Lovers”… e “Itou Junji: Collection”… uns trabalhos que né, complicados. Mas antes da estreia, estava pensando que VAI QUE, a culpa não é exatamente dele, VAI QUE tinham outros fatores envolvidos, incluindo produção e roteiro… o 1º episódio foi competente, embora com falhas, vamos ver o restante. VAI QUE sai o melhor anime dele nesse daqui.

Se recomendo ou não, acho difícil dizer prontamente com apenas 1 episódio, porque o anime vai começar de fato no episódio 2, então o que posso dizer é que pelo menos vale a regrinha dos 3 episódios para ver se funciona.

Deixou todos incrédulos

No demais, é isso. Nos encontramos em breve para mais alguns comentários de primeiras impressões de animes aqui no blog ^^

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