Olá pessoas! O Lacradores Desintoxicados fez um ano de vida hoje e estou fazendo esse post contando um pouco sobre a nossa origem, desde da concepção, até realmente de fato a ideia ter saído do papel. Também responderemos algumas dúvidas para a galera nova que não pegou o começo e de saber a finalidade do Alê ter criado esse blog.
Eu já conhecia o Alê antes mesmo do LD ser criado. Tínhamos interesses em comum (um ódio de certos otakus também xP) e a amizade surgiu naturalmente. Já disse em algumas oportunidades, mas é bom ressaltar. Todos os comportamentos de otakus ou de pessoas que eu critico hoje, eu os fazia no passado. Não é um tempo longínquo ou há muitos anos atrás na minha adolescência. Eu realizava essas atitudes deploráveis durante o período da minha primeira faculdade, que não faz muito tempo. Eu não era só o otaku tóxico como era agressivo, desde de ir em streams de gurias e ficar falando em caixa alta para mostrar os peitos enquanto estava em galera “zoando” ela já que parecia ‘divertido’, até ter vontade de vomitar só de ver dois homens dando selinho sem justificativa alguma. Prefiro não listar tudo o que eu fiz, porque a intenção do texto não é essa (talvez eu faça um post no futuro relatando mais desses eventos da minha vida que me arrependo PROFUNDAMENTE). É mais uma colocação para mostrar que a pessoa pode mudar sua visão deturpada e prejudicial ao próximo, desde que esteja disposto a melhorar como cidadão. Parando para pensar um pouco, é irônico que eu e o Alê ficamos amigos, mesmo que a minha antiga personalidade seja aquela que o Alê odeia tanto (acredito que se eu e o Alê nos conhecêssemos há uns cinco anos atrás, com certeza a nossa relação não seria a mais ‘amigável’ de todas).
Por isso que sou BEM INCISIVO nas minhas críticas quanto a certa parcela de otakus preconceituosos, PORQUE EU SEI BEM COMO É ESTAR DO OUTRO LADO E COMO ISSO PODE AFETAR EMOCIONALMENTE AS OUTRAS PESSOAS DE MANEIRAS DESTRUTIVAS E IRREVERSIVEIS. Como nós dois temos esse viés mais “critico”, fomos expondo as nossas opiniões de forma aberta em nossas redes sociais. Fomos conhecendo mais pessoas com situações e pensamentos parecidos, que acabou formando uma galera gente fina ao nosso arredor. Não é difícil de imaginar que as nossas opiniões não ficariam restritas somente aos otakus comuns. Todos os influenciadores digitais entrariam na jogada. Desde de Youtubers que adoram SHIPPAR os personagens animados de desenhos japoneses e que utilizam o estupro de ferramenta de roteiro COMO DESENVOLVIMENTO DE PERSONAGENS em seus livros, até aquelas páginas em redes sociais que curtem postar putaria de menores de idade e fingem de conta que é normal esse tipo de pensamento. Como resultado, atraímos diversos “esquentadinhos” querendo proteger sua punheta diária com personagens de 12 anos de idade. E olha que nem tínhamos cogitado a fazer um blog ou algo do tipo na época.
Basicamente, não tínhamos nenhuma pretensão de expor a nossa opinião em algum site ou postagens por aí. Até que veio duas circunstâncias que mudou um pouco a nossa ótica sobre querermos falar e escrever as nossas convicções por aí. A primeira veio do Alê. Para quem não sabe, alguns meses antes da criação do blog, tínhamos feito um grupo no Whats com dezenas de pessoas que tínhamos mais afinidade no Twitter, para conversar e trocar umas ideias de diversos assuntos (basicamente o grupo era de zoeira e que falávamos mal dos otakus que diziam merdas sobre algum tema). E o Alê sempre teve uma paixão pela editora NewPOP. Não é de hoje que fazemos brincadeira com ele sobre o guri ser um funcionário de lá, só que não recebe nenhum centavo pelo serviço prestado. Quando eu falo serviço, não estou brincando. Ele gastava pelo menos uma hora diária (ou até mais) respondendo dúvidas e interagindo na página do Facebook da editora. Graças a essa disposição, percebendo que poderia fazer algo em informar a todos de uma maneira mais rápida e clara, justamente por estar dentro de boa parte dos assuntos sobre as editoras brasileiras, ele decidiu criar uma fonte de comunicação para que todos acessem e possam ficar informados com mais precisão. Juntou 2 em 1. Ele já era apaixonado por mangás e vivia pesquisando sobre os mercados internacionais de publicações de qualquer material de origem japonesa. Ainda tem o lance do desgosto dele com as atitudes da maioria dos otakus, gerando um sentimento que precisava criar um blog para poder se expressar com clareza e evidenciar o seu lado, defendendo o seu ponto de vista perante ao que ele concordava, discordava, e discorda até hoje.
Na segunda circunstância foi uma review que eu fiz há muito tempo atrás, de um livro de um certo Youtuber com mais de 1M de inscritos e de como aquele produto não merecia ser lido, mesmo sendo distribuído de graça no site do idealizador. Eu publiquei no Reddit e acabou chamando a atenção de muitas pessoas (até mesmo o autor soube da existência dessa resenha). E conforme eu lia, ia tuitando sobre os trechos do livro e as impressões DESSA MARAVILHOSA HISTÓRIA (sendo irônico aqui). Mais e mais pessoas foram curtindo a minha análise mais ácida (faz parte do meu ser assumir uma postura mais agressiva em meus tweets e textos, até para potencializar alguns pontos que desgostei de forma mais superlativa possível). O meu tom irônico e áspero é mais impressão do que quero passar do que eu realmente sou no dia-a-dia. Conversar sobre perspectivas distintas, me ajuda a ter dimensão mais ampla sobre o assunto discutido.
Então pode-se dizer que foi uma união de vários fatores e visões que deram origem ao blog LD. A ânsia do Alê em se expressar e eu de xingar otakus, foram as forças motrizes de começar a produzir material e textos para o pessoal. Até adiantar um pouco o assunto, umas das perguntas que mais fazem é o POR QUÊ o nome do blog ser “Lacradores Desintoxicados”. É uma piada/ironia, porque em uma das nossas críticas para certos influencers, o dono de um portal de ‘notícias anime unidos’ nos denominou de ‘Lacradores’ por uma postagem que nem era destinado para ele. Rimos demais, porque ele ficou ofendido por algo que nem era destinado para sua pessoa. Quando ele pegou pilha, ficou muito marcado para nós, pois entrou no assunto de intrometido. Assim, os ‘Lacradores’ veio daí. Agora o ‘Desintoxicados’ veio por justamente o Alê e eu acompanhávamos um certo Youtuber no começo de sua carreira e por causa de seu ego junto a uma mente deturpada, se tornou uma pessoa odiosa para nós dois. Ele sim é um alvo de nossas críticas constantes por sua postura um tanto nociva, como seus comentários MEGA PRECONCEITUOSOS. Éramos fãs dele e hoje o criticamos. Nós passamos por um “tratamento” para acordarmos desse ‘pesadelo’. Como o título tanto do seu canal como do seu blog pessoal tem a ver com um trocadilho de doença alimentícia, adotamos o oposto a essa ideia, que seria uma espécie de “cura”. Assim formando o nome Lacradores Desintoxicados. Para mim é bem claro a mensagem do nome do blog, porém parece que uma galera não pegou a referência e vira e mexe, o Alê precisa explicar a origem do nome LD. Viram que não é algo complexo ou uma história elaborada a origem do nosso blog? Até parando para pensar, tudo surgiu de uma ideia boba originada de nossa revolta e da motivação de passar informações/dados para o pessoal.
E já faz um ano… MEU DEUS! Para mim foi ontem que revisei o primeiro texto do Alê sobre Citrus que ele postou via prints no Whats XP. Acontece que entrei para o blog, de forma oficial, lá em outubro de 2019. Eu revisava todos os posts do Alê e do João de forma nada convencional e fácil nas primeiras semanas. Naquela época o blog era focado totalmente em notícias. Quando eu percebi, estava revisando todos os textos produzidos pelos dois através de prints no aplicativo de mensagens. Em resumo, eu me “convidei” para entrar de forma concreta no blog, até para facilitar a minha ajuda que eu dava ao blog. Tanto que uma curiosidade, eu devo ser a ÚNICA PESSOA que leu TODAS AS POSTAGENS DO LD, porque sou o único revisor no momento, e ainda assim, não sou a pessoa que cogitariam em corrigir os erros dos demais xP. Falo que sou o único, mas é bem provável que tenha algum leitor que leu tudo. Só afirmo dessa forma, porque não conheço ninguém que fez esse feito xP.
Outra curiosidade é que eu prefiro ficar na parte dos “bastidores” do que colocar a minha cara para bater. Tanto que demorei 2 meses para postar um texto meu no site. Lembram que eu gosto de xingar otakus? Pois então… Não poderia ter outro começo se não fosse a polêmica do “Gênio do Youtube de Animes do Brasil” falando que os papeis off-white são papeis mijados. A partir daí o blog começou a ganhar uma cara diferente, não só sendo um site de notícias apenas. Começamos a falar as nossas opiniões de forma mais aberta, fizemos reviews de animes e mangás (até de jogo), damos mais pitacos sobre o editorial brasileiro em nossas postagens, ou até textos mais pessoais, semelhante ao que o Alê fez na review de Boku ga Otto ni Deau Made, relatando um pouco de seu conturbado período escolar. O blog foi crescendo de uma forma que não podíamos cogitar, ganhando mais seguidores todos os dias e leitores participativos, dispostos a dialogar sobre os diversos temas envolvendo os otakus.
ALÊ: Antes de entrarmos em uma outra “seção” da postagem, vou dedicar algumas palavrinhas aqui ^^. Bom, antes de mais nada, eu gostaria de agradecer por todo o apoio que tivemos ao longo desse primeiro ano! Foi e é muito mais do que eu poderia sonhar em ter em apenas um ano de existência. Quantos não são os sites que nascem por aí todos os anos para falar de animes, mangás e afins? Eu acreditava sinceramente que só seríamos um bolinha no meio de tantas outras, sem grande importância ou relevância. Não é como se fossemos um GRANDE, mas em vista do que eu imaginei, podemos considerar como um grande feito hahaha. Sempre que penso “em menos de um ano”, conseguimos mais de mil seguidores no Twitter, já fomos convidados para dois eventos de mídia especializada (um ainda não aconteceu), e quem sabe o que ainda virá esse ano rs.
Uma coisa que sempre digo, é que não somos nenhum “senhores da verdade” como certos canais por aí se acham. Estamos sempre tentando melhorar nossas visões. Concepções mudam com o tempo. Por exemplo, eu acho minha primeira postagem vergonhosa. Aquele post de Citrus já começa que tem mais imagens do que texto XD. Segundo que, eu possa ter passado um paninho para o negócio, e ainda tem a ‘informalidade’ que era bem recorrente lá no começo. Outro exemplo é que eu mudei algumas opiniões minhas à respeito de “Araburu Kisetsu Otome Domo”. Algumas coisas que eu via como problema, eu não acho mais assim. O final continua sendo bem ruim. Enfim, querem discordar? Discordem à vontade, mas sejam respeitosos e até para fins de saúde mental, todos os comentários passam por nossa aprovação antes de serem publicados.
O Rub mencionou a minha paixão e dedicação à NewPOP ali em cima. Como eu estudava de manhã, sempre usava um pouco do tempo livre para ir lá na página da editora para responder comentários. Eu ficava minutos, usando meu intervalo da escola para responder comentários. Em média eu dedicava 1 hora e meia mais ou menos, diariamente. Era esse o meu passatempo hahaha. Atualmente não tenho conseguido dedicar tanto tempo, até porque tenho outros assuntos, mas assim que possível, eu ainda apareço lá para responder comentários ou puxar papo com a editora. Saibam que a editora foi um dos grandes fatores para o blog nascer, e para falar a verdade, a NewPOP foi o estopim haha. Nessa mesma época no ano passado, eles me deram um empurrão para criar o blog. “Cria um blog” foi o que eles disseram. Eu entrei na onda e ‘fui que fui’. Não foi fácil nos primeiros meses. Teve alguns momentos que eu quase larguei por algumas adversidades. Estava no último ano do Ensino Médio, problemas bem recorrentes em casa, ENEM à vista… Essas coisas quase me fizeram desistir, mas aí o Rub entrou no blog e após isso o site ficou mais movimentado. No ano seguinte começamos a ter um rendimento muito acima do esperado, sempre batendo metas que nós estabelecíamos entre a gente, e não sabemos até onde vai nesses poucos mais de 4 meses restantes do ano.
E uma coisa importante também, quero muito agradecer ao João pelo seu tempo de contribuição ao site (falaremos disso um pouquinho mais para frente). O tempo que ele ajudou foi muito importante, então se ele estiver lendo isso, saiba que eu agradeço por tudo! Agradeço também a @inanisvague por ter criado a logo do blog e por ter feito a ilustração que fica de fundo no site (não sei como se refere àquilo XD). Ainda tenho que agradecer muito a @MisuRose que periodicamente aparece fazendo algum post comigo e ao @imerickkk que já colaborou para a criação de alguns posts também. Por fim, a todos que leem, comentam, interagem – coisa que eu AMO – e que colaboram para o site continuar existindo. Afinal, são os leitores que mantém eles existindo ^^.
RUB: Foi uma LONGA INTRODUÇÃO, até para responder algumas dúvidas que aparecem constantemente no Twitter. Uma das finalidades desse texto não é só contar um pouco da origem do LD, como responder as perguntas do pessoal. A partir daqui, vou escrever o texto como se fosse uma entrevista, podendo ter respostas minhas e do Alê misturadas para sanar os questionamentos que fizeram ao longo desse um ano.
Vocês pretendem fazer um podcast ou criar um canal de Youtube?
RUB: Olha, adoraríamos tentar o formato de Podcast em um futuro. A parada que não temos equipamentos e precisaríamos de TEMPO para estudar o formato que iriamos fazer, quais assuntos iremos abordar, aprender mais sobre edição de áudio e principalmente, necessitamos de pessoal para também participar conosco nessa tentativa em outra mídia, até para termos uma variedade de opinião e enriquecer a discussão durantes os programas. Por enquanto, nada definido.
Posso participar do blog como colaborador?
RUB: PODE, COMO ESTAMOS NA PROCURA DE PESSOAS INTERESSADAS. Pode ser em qualquer área. Colaborador, revisor, moderador de redes sociais… Tivemos alguns leitores que mostraram interesses no primeiro momento, só que não progrediu adiante. Estamos sempre abertos para pessoas novas. Só que eu tenho um ‘PORÉM’ aqui. Tanto eu quanto o Alê, não curtimos promessas vazias. Tipo: “Prometo fazer um post X para amanhã.”. Não ligo, sendo bem sincero, se você não entregar o que prometeu no dia determinado. A justificativa pode ser qualquer coisa: “Meu cachorro comeu o meu texto” ou “Meu 30° tio morreu ontem e não fiz nada”. Tranquilo, porque aqui é hobby. Eu e o Alê escrevemos os textos e produzimos material na medida do possível, no tempo vago e quando nos dá vontade. Aqui a obrigação é a nossa vida privada (Trabalho, faculdade, família…). Não se sinta pressionado em fazer as coisas para o blog. Leve em consideração isso quando se candidatar, que aqui é um espaço de livre expressão para aliviar seu estresse do cotidiano, ou até uma forma de se comunicar com as pessoas que pensam semelhante a você através de suas palavras. O lance é: se algo acontecer algo com você, não vai poder fazer tal coisa que se comprometeu, ou terá que se ausentar, NOS INFORME para não ficarmos preocupados. É terrível ficar no escuro e não sabermos o que aconteceu com a pessoa. Só isso que pedimos nesse primeiro momento. O resto é tranquilo e aprenderemos uns com os outros conversando e interagindo no dia-a-dia. Se tiverem interesse, entrem contato conosco no meu Twitter (@rubnesio) ou na conta do blog (@LDesintoxicados).
Vocês eram três pessoas antes. O João saiu do blog?
RUB: Assim, não posso dar detalhes do motivo dele ter saído do blog, porque é um assunto pessoal, porém o João achou mais confortável se desligar oficialmente do LD para focar na sua vida particular.
Rubens, você e o Alê são namorados?
RUB: Não minha jovem. O Alê está namorando com outra pessoa. Gente fina o rapaz, sigam ele no Twitter.
ALÊ: se vocês forem no meu perfil pessoal, está estampado lá com quem eu namoro ^^. Te amo lindo ^^.
Quantos anos vocês têm?
RUB: No momento dessa postagem, eu tenho 28 e o Alê 17.
Animes favoritos?
RUB: Os meus animes favoritos são Oregairu, Toradora e Steins;Gate.
ALÊ: Sempre serei apaixonado por Violet Evergarden. Difícil algum outro tirar o pódio de Violet hahaha. Espero que ainda esse ano saia uma review do anime, que eu tanto amo. Em segundo lugar vem Kuzu no Honkai. Os demais lugares do pódio variam muito e mudam constantemente.
Mangás favoritos?
RUB: Pior que eu não tenho um ranking de mangás que mais adoro. Atualmente, os mangás do Shuuzou Oshimi são muito do meu agrado.
ALÊ: Kuzu no Honkai. Obra PERFEITAAAAA!!!!
Como vocês conseguem tempo para produzir tantos posts?
RUB: Eu trabalho e estudo em uma faculdade. Geralmente escrevo no pouco tempo livre que eu tenho, que seria nos intervalos do almoço ou no final da jornada de trabalho com o início das aulas da faculdade. São nesses momentos que escrevo.
ALÊ: Como minhas aulas da faculdade estão suspensas e eu não trabalho, ainda tenho bastante tempo livre para escrever. Deve mudar mais para frente.
Rubens, você é estressado?
RUB: Pareço pela forma que me expresso nos textos, porém conversando comigo por chamadas ou presencialmente, você terá uma impressão diferente do que transpareço na internet. Sou muito direto e às vezes aparenta que estou estressado. A parada que sou prático e gosto de ir direto no problema, não dando voltas. Então podem conversar comigo, que respondo de boas.
Vocês têm um grupo do blog no Telegram? Como eu faço para entrar?
RUB: Como somos apenas duas pessoas cuidando do blog, procuro evitar de publicar o link de acesso para o grupo, até para manter um controle e evitar os trolls por aí. Geralmente quem quer entrar, passa por um filtro meu e do Alê. Vou dar um exemplo: A pessoa X quer entrar no grupo para interagir com a galera. Ela é participativa, conversa com o pessoal de boas, interage ou interagiu comigo ou com o Alê, ou com a conta do blog de forma interessante e não tem um histórico cabuloso (ou ofensivo com postagens bizarras)… Essa pessoa entra tranquilo no grupo. Agora, a pessoa é desconhecida, não conversa com ninguém, não tem seguidores em comum no Twitter e não fala NADA nas redes sociais, geralmente rejeitamos. Damos uma chance se a pessoa avaliada ganha um voto de confiança de alguém da galera (alguém conhece essa pessoa e diz que é gente boa). Caso contrário, informamos que não dá, explicando os motivos que citei acima. Se quiser participar do grupo, me manda uma mention ou mensagem privada no Twitter, que conversaremos para ver se pode entrar no grupo do Telegram (Parece ser difícil, porém é mais fácil entrar do que rejeitarmos a entrada da pessoa).
Por que vocês dois gostam de fazer reviews de animes ruins?
RUB: Depois de ter assistido tantos animes merdas, meio que virou um esporte para mim ver coisa ruim e avaliar o limite do meu bom senso como ser humano XP. Acho que chegou em um ponto em que preciso ver coisa MUITO RUIM, até para valorizar os animes bons que realmente saem nas temporadas e que merecem ser elogiados. E eu adoro uma galhofa no roteiro. Se o anime se leva muito a sério tendo um roteiro horrível, eu não curto. Agora se ele abraça a farofa dos eventos, é divertimento na certa.
ALÊ: Algumas pessoas veem isso como “dar palco”, mas chega em um ponto que vejo a necessidade em tacar pedra em anime ruim, principalmente quando há uma maré de sites maiores defendendo o indefensável. Não é como se nossa opinião fosse mudar tudo, mas ir contra a corrente é bom para variar (mesmo que não tenhamos tanta força). Pelo menos para mim, é mais fácil falar de obras ruins do que boas. O texto flui melhor quando o negócio é péssimo XD.
Como vocês fazem para fazer os textos das reviews ou dos posts em geral?
RUB: Eu tenho a pior “tática” para escrever que é: Senta e escreve. Até rola uma pequena pesquisa nos nomes de personagens e produção, mas nada extenso, porque posso cair no perigo de considerar demais o fator técnico e não avaliar o anime em si. O melhor a fazer quando for escrever algo é pensar bem, refletir, aprender e descobrir novas informações, para aí sim você dar sua opinião. Escrever igual a um trem bala, como geralmente faço, não é um bom exemplo a ser seguido.
ALÊ: Para mim é algo que varia muito. Postagens de notícia são bem fáceis de se produzir, já que é só a informação mais crua. Agora quando eu preciso opinar, normalmente tenho bloqueios enquanto escrevo. Então é um processo inconstante. Posso levar algumas horas para escrever, como dias, ainda mais se o texto envolve assuntos ‘delicados’ (experiências pessoais, por exemplo).
Quanto tempo vocês dedicam ao blog por dia?
RUB: No meu caso não muito, por justamente não ter tanto tempo livre. Se for colocar uma média, uma hora ou duas por dia.
ALÊ: Como eu disse algumas perguntas atrás, eu não trabalho e minhas aulas estão paradas, então eu me dedico em média 10 horas do meu dia. Não só na criação de postagens, mas também a movimentar o Twitter do blog, caçar informações em sites do exterior, ler algumas coisas aqui e ali… tudo eu conto, afinal, mais cedo ou mais tarde irá virar material para o site.
De onde surgem a maioria das ideias de pauta?
RUB: Do cotidiano e do que eu acompanho como notícias. A motivação vem quando é um tema que eu tenho um conhecimento ou sobre alguém ter falado besteira. Nas reviews de animes nada de especial. Somente pego animes de temporada para comentar, mas nos mangás, geralmente eu pego algum título que odiei ter lido. A decepção de ler aquela obra, me motiva a escrever.
ALÊ: Falar de mercado é sempre inconstante. Vivemos do assunto do momento, então a pauta pode surgir a qualquer momento. Às vezes eu vejo algum assunto permeando o círculo de amigos e quero fazer postagem. Outras eu leio um mangá que sinto a necessidade de fazer postagem (Boku ga Otto ni Deau Made é um bom exemplo), ou eu só invento moda hahaha, como é o caso das postagens de apostas de anúncios ou aquele blocão avaliando os materiais originais dos animes da temporada e se eu acho que eles podem ser publicados no Brasil.
Como crescer com um conteúdo tão nichado sem perder a qualidade e essência do que fazem?
RUB: Olha, nem eu sei te responder porque ainda somos pequenos em comparação a outros blogs, tanto no quesito público e qualidade (tentamos fazer algo melhor, na medida que vamos aprendendo juntos com os nossos erros). Agora quanto a não perder a essência, tanto o Alê quanto eu, escrevemos aquilo que gostamos ou que acreditamos. As nossas postagens não é visando o público ou se vai dar muitas views. Eu fico feliz quando alguma postagem minha rende algo em visualizações, porém evitamos nos forçar a comentar sobre algo ou alguma notícia que certeza teria muito alcance, mas que não chamou a nossa atenção. Podíamos ser mais “caçadores de click”, porém não dá gosto de escrever.
ALÊ: O Rub resumiu bem o que eu penso. Quero acrescentar que nós “consolidamos uma marca”. Como assim? Explico: para tentar nos diferenciar e afastar do que já vemos TANTO por aí, nós fizemos uma cara própria (que não é tão própria assim rs). É por isso que nós temos postagens colaborativas, tentando deixar a postagem mais próxima de vocês, na tentativa de envolver quem está lendo junto de nós. O mesmo vai para as demais postagens. Tento deixar o texto de uma forma ‘confortável’ de ler, algo mais íntimo ao mesmo tempo que não perdemos a linha nos “assuntos sérios”. Quando o assunto requer seriedade, sabemos como nos portar :). Como o Rub disse, falamos do que gostamos (às vezes do que não gostamos também por esporte XP). Eu fiquei fazendo impressões de “Runway de Waratte” a temporada toda e pouquíssimas pessoas leram. Me importo? Não, porque eu gosto do anime e continuei até o final. Inclusive, preciso terminar as impressões de “ARTE”.
Vocês têm checklist das postagens regulares?
RUB: Não exatamente. Conversamos sobre as ideias de posts que iremos lançar e temos alguma previsão, só que pode acontecer imprevistos que atrapalhem esse ritmo. Acho que o mais próximo de cronograma é o que fazemos nos posts de primeiras impressões, que ali nós sentamos e conversamos por algumas horas sobre o que fazer e quais animes da temporada comentar.
ALÊ: O que acaba sendo mais definido mesmo são os animes que cada um vai comentar mesmo, porque precisa de mais organização. Uma semana antes da temporada começar, nós fazemos uma lista com o que cada um vai assistir e vamos vendo o que cada um tem interesse em comentar, ou empurrar para o outro XP.
O que é efeito doppler?
RUB: Não é algo relacionado a um observador e o fenômeno das ondas emitidas em aproximação ou afastamento em relação a esse indivíduo? Faz tempo que não estudo isso, então há uma chance de equívoco no que eu disse. (Até já sei quem fez essa pergunta xP)
Que mangá ou anime (série ou filme) vocês acham indispensável para se conhecer??
RUB: Vou tentar ser diferente, até para não repetir as mesmas respostas. Em anime: Sangatsu no Lion. Mangá: Okaeri Alice (parece promissor) Série: How I Met Your Mother (aviso que eu gosto do final). Filme: Corpo Fechado.
ALÊ: Faz MUUUUITO tempo desde que assisti a uma série ou a um filme (que não seja animação nipônica). Então essa eu pulo hahaha. Sobre mangá, eu vou indicar meu queridinho do momento e que provavelmente vai me dar um gatilho (pelo menos) até o final da história, que é o já mencionado “Boku ga Otto ni Deau Made”. Recomendo também “Minha Experiência Lésbica com a Solidão” que tem resenha no blog \o. No geral, gosto muito de obras com teor realista ou baseadas em experiências reais. Tenho um fraco muito grande por introspecção de personagem e não é atoa que amo tanto Kuzu no Honkai.
E que mangás queriam muito que fossem publicados aqui no Brasil, mesmo que não tenham nenhuma chance?
RUB: Bokurano. Quase ninguém fala e eu gosto muito da história.
ALÊ: Já perdi a esperança por Kuzu no Honkai no Brasil, além de não ter ficado popular. O tempo que estava no auge foi por motivos errados, já que há falta de interpretação por parte do povo otaku e estavam apenas taxando a obra como “sexo e traição” -_-. E qualquer shoujo que eu venha a gostar. Sabemos que a demografia não é muito bem recebida no país.
Que tipo de dificuldades havia inicialmente no blog?
RUB: Dificuldade mesmo nenhuma. Acho que foi tempo para mim (Até hoje é uma dificuldade minha). Assumo muitas paradas que eu sei que vai faltar tempo, mas ainda insisto em fazer.
ALÊ: De minha parte, eu vou dizer que tive minhas crises que quase me fizeram desistir. Em alguns momentos eu não sabia o que produzir, então ficava um tanto desesperado, ainda mais que o blog nasceu de uma hora para outra e sem qualquer planejamento.
Quais os “padrões” de anime que vocês acham aceitável? E até onde vocês acreditam que dá para beber da mesma fonte de outros materiais sem a história ficar maçante, ou completamente igual as outras?
RUB: Eu acredito que ter uma padrão não é ruim. Só precisa ter um enredo minimamente bem construído, que o resto dá para considerar se você conseguir se divertir ou apreciar aquele anime. Quanto a beber da mesma fonte, eu gosto de pensar da seguinte forma: O anime pode ter o MESMO ESQUELETO de um outro famoso, só que ele PRECISA apresentar algum diferencial marcante, até para chamar sua atenção em assistir aquela obra. No momento em que o espectador só ver SEMELHANÇAS com outros animes, a experiência de consumir aquele entretenimento fica enfraquecida, se tornando chato de acompanhar.
ALÊ: Primeiramente que essa pergunta foi excelente. Segundo, eu AMO clichê bem feito! Principalmente para o romance shoujo. O padrãozão é tudo para mim e não resisto nunca. Mas como o Rub disse, o fator “novidade” mesmo dentro do clichê é sempre muito bom para mim. “Furi Fura” mesmo, eu estou amando e ele quase não tem nada demais que você já não tenha visto em outros mangás por aí. Mas a forma que a autora conduz a história e o ritmo excelente da obra, me deixam sempre no maior hype para o próximo volume. “Kishuku Gakkou no Juliet” é um shounen de romance padrão, mas que acerta muito sendo clichê. Acredito que em parte vai de pessoa para pessoa e de como ela dosa aquilo que consome. Até hoje não enjoei de romance padrão, mesmo lendo o mesmo estilo narrativo durante anos. Muito se fala de isekai, mas ele só é de certa forma irritante, porque não sabem dosar e fazem aos montes por temporada e acho que entra nisso também.
Como é decidido quem vai cobrir as bombas?
RUB: Eu jogo tudo nas costas do Alê. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Falando sério, depende da disposição nossa naquele momento. Eu não estava a fim de pegar muita merda para assistir e peguei uns dois apenas nessa temporada. O Alê que foi ponta de lança e pegou tudo de ruim que tinha no catálogo de estreias para comentar. É a vida e temos que aguentar as escolhas que fazemos. xD
ALÊ: Digo o mesmo para o Rub. O que dá, eu empurro para ele XP. Nessa temporada eu peguei quase TUDO que tem de pior para comentar, mas no geral a gente revesa e nossa sintonia é boa para definir quem fica com o quê hahaha.
Como vocês sabem tanto do mercado de anime e mangá e há quanto tempo estão nesse meio?
RUB: Eu sei mais de animes do que de mangás. O especialista nessa área é o Alê. Entendo mais como a indústria do entretenimento funciona do que animação em si. Como minha primeira paixão foi cinema, depois jogos e séries, toda a minha experiência aprendendo um pouco sobre como funciona a 7ª arte, é o que me dá essa base que eu tenho hoje. (e nem é tão grande assim, porque nunca fui afundo ou fiz faculdade/cursos na área…quem sabe um dia no futuro.)
ALÊ: Para eu ter tido interesse em mercado, três fatores foram fundamentais: Primeiro foi eu ter resolvido responder dúvidas do público nas páginas das editoras de mangás, sobretudo da NewPOP, que é que eu mais me dedico até hoje. Segundo que eu sempre fui curioso para entender como as coisas que eu gosto/tenho interesse funcionam. Então sempre saio procurando informação para incrementar o que quero saber. E terceiro, a Biblioteca Brasileira de Mangás, eu aprendi MUITO lendo os posts de lá. A partir dali, comecei a criar interesse nos mercados internacionais e quando criei o blog, essa vontade aumentou. Eu bebi muito de lá e ainda me inspiro muito no trabalho do Kyon e acho maravilhoso. Na parte de animes, o que mais me chama atenção da parte técnica é a animação em si (produção de frames) e acabamentos artísticos. No meu perfil pessoal eu vivo comentando que quero aqueles livros que são coletâneas dos frames originais dos animes. Sou apaixonado nisso *_*. E trabalhos artísticos eu estou sempre elogiando nas minhas postagens e recentemente virei fã do trabalho de arte da Naoko Yamada (descanse em paz). Então é uma parte que me interessa. No demais, assisto animes desde janeiro de 2017 e coleciono mangás desde junho/julho do mesmo ano.
RUB: E enquanto eu escrevia esse post, surgiu uma novidade. Acho melhor deixar ela se apresentar para entenderem a situação:
Olá!
Me chamo Débora Rodrigues e sou a nova integrante do blog. Prazer em conhecê-los. 🙂
Passo meu tempo assistindo animes, filmes, séries. Também escuto muita música e leio livros. Gosto de experimentar coisas novas. Curto programas culinários especialmente os que envolve confeitaria. Costumo ver documentários e programas que envolvam história, ciência, geografia e afins.
Serei a encarregada pela conta do blog no Instagram. Enfim, eu espero fazer um bom trabalho ajudando o blog. ^^
Pois é, e nem foi armado nem nada XP. A Débora vai ser a nova integrante do blog. De vez em quando ela fará posts de notícias e estará interagindo com o pessoal lá no Instagram.
Acho que é isso. Agradeço por nos acompanhar (e nos aguentar) por esse um ano de blog. Espero conseguirmos manter o blog ativo e conversar com o pessoal para trocar umas ideias no futuro.
Muito Texto, não quero ler kkkkk
Brincadeiras a parte, bela comemoração e fico feliz por ter conhecido vocês e esse blog. É, sempre bom conhecer conteúdo que destoe do nicho preconceituoso otaku, mas vocês são aquilo que falta no mundo nesse nicho.
Aliás, Rubs e Alex meus parabéns pela iniciativa e que vocês continuem nessa iniciativa.
Eu também gostaria de fazer parte da equipe, mas ninguém vai querer um academicista para falar de Arq-Urb e Antropologia nos mangás.