Uma estreia interessante, mas que teve seus tropeços.

Uma estreia interessante, mas que teve seus tropeços.

Voltamos para mais um dos animes que irão receber primeiras impressões. “Kitsutsuki Tanteidokoro” é um dos últimos animes que eu tenho que fazer primeiras impressões. Só tenho ele e “Olympia Kyklos” para comentar. Enfim, Kitsutsuki Tanteidokoro teve um primeiro episódio interessante, mas apresentou falhas ao longo do desenrolar do mistério sendo trabalhado no episódio.

Sinopse: “A história do romance se passa em 1909, durante a era Meiji do Japão, e se concentra em versões fictícias do poeta da vida real Takuboku Ishikawa e do linguista da vida real Kyousuke Kindaichi, que eram conhecidos na vida real. No romance, Takuboku dirige uma agência de detetives particulares para sustentar sua família. Ambos começam a investigar um caso de supostas aparições de fantasmas no prédio Asakusa Juunikai, também conhecido como Ryouunkai.”


Quando o anime começou, eu achei que ele queria me falar de uma coisa, quando na verdade era uma outra totalmente oposta, ou nem tanto se nós considerarmos as palavras do Ishikawa haha. O fato é que eu estava achando que o anime ia falar de literatura, não de investigações criminais!!! Mas o anime consegue dialogar bastante com as histórias, em especial com a poesia e acredito que será mantido nos demais episódios. Acho bem interessante, principalmente se a poesia conseguir ser relacionada com os casos que serão abordados no decorrer do anime. E como eu já mencionei outras vezes, eu não costumo ler as sinopses dos animes antes de assistir. Nesse caso aqui eu só fui saber a sinopse do anime na hora que eu vim escrever o post. Achei um tanto curioso a obra ter dois personagens baseados em pessoas reais e reimaginando as suas vidas. Passada essa introdução, vamos ao anime ^^.

Novamente temos mais um anime mostrando algum evento do passado/futuro e voltando ou avançando no tempo. Aqui apresentou um uso mais interessante e melhor montado do que os demais animes da temporada que fizeram algo semelhante. O episódio apresenta o Kyousuke pensando no seu amigo que morreu 10 anos atrás. O ponto interessante aqui é que ele chega na casa e a partir de um objeto, começa a lembrar dos tempos que seu amigo era vivo. Essa montagem é mais interessante e funcional, porque acredito (e espero muito) que o Kyousuke irá servir de um meio para irmos para o passado e presente no anime, com sua narrativa. Em cada episódio (ou em quase todo), ele deve ver algo, ou lembrar de algo que o faça reviver momentos do seu amigo. Acho que assim nós vamos chegar no momento da morte do Ishikawa.

Falando do caso desenvolvido durante o episódio, os eventos relacionados fluem, mas de uma forma não muito natural se considerarmos alguns fatores. Pode até ser conveniente demais ou sem sentido. O envolvimento do Kyousuke e do Ishikawa no caso é por obra do destino, sorte. O Ishikawa esbarra em um cara e deixa uma mancha de sangue na sua roupa. Ele acha suspeito e entra em um bordel encontrando um corpo. Se fosse só isso, é até ok. Mas eles se envolvem mais ainda no caso e a minha grande questão é por que o Ishikawa entrou mais no caso? Ele não necessariamente tinha que se meter, ainda mais que ele nem conhecia o suspeito. Seria senso de justiça? Protagonismo?? Por que sim??? Não me desceu muito bem.

E meu outro probleminha com esse episódio é com a resolução do caso. Assim como em “Fugou Keiji” (primeiras impressões aqui), que também tem essa temática investigativa, o caso abordado aqui acaba em aberto. Deixam pontas muitas soltas aqui e ali. Por exemplo, além de eu achar bem estranho o Ishikawa se envolver no caso para tirar as suspeitas do Oguri, ele cria uma suposta carta para eliminar as suspeitas do cara, sendo que ele sequer sabe se o Oguri não matou mesmo o cara. O Ishikawa também contrata um investigador – que eu acredito que foi com esse investigador que ele gastou o dinheiro do aluguel onde ele vive – porém, não exploram o que ele queria de fato com esse detetive. Mas apesar de terem deixado em aberto essas pontas, diferente de Fugou, acredito muito que irão retomar o caso e explorar mais essas pontas soltas que deixaram nos episódios seguintes. Afinal, o assassino verdadeiro não foi pego e eu acho que esse assassino será envolvido em outros casos.

Eu tenho a impressão de que essa história vai usar muito o recurso “por sorte” ou “ao acaso”. Nesse episódio, os eventos que levaram em si, foram convenientes. No fim do episódio enquanto o Ishikawa caminhava e conversava com o Kyousuke no caminho de volta, o Ishikawa menciona que por sorte havia uma descrição de como era a carta encontrada ao lado do corpo morto. Eu espero que não utilizem isso em excesso porque pode e vai estragar toda a narrativa o abuso desse recurso.

Passando para a parte técnica, estou surpreso pela LIDEN FILMS estar oferecendo um anime com um trabalho artístico tão bom e com uma produção bem decente. E eu só tenho a agradecer as pessoas que fazem acontecer esses animes com trabalhos artísticos tão maravilhosos. O trabalho com as cores, não só dos cenários, como as usadas nos próprios personagens, usando iluminações com tons nada usuais e com uma margem bem grossa (exemplo abaixo), mas que não quebra o restante da paleta de cores usadas, é espetacular. Parabéns!

A animação em si é bem bonita, consistente, e espero que se mantenha. Se tem um momento que eu tenho para destacar aqui e não é nem pela animação, mas sim pela cena. Foi quando o Ishikawa simula a destruição da carta. Toda a representação que ele faz e a sonoplastia no momento ficaram excelentes. A atuação é tão boa que é fácil ficar imerso na demonstração que o personagem faz. Foi perfeito!!


Esse post de primeiras impressões está saindo bem tardio. Ontem (segunda-feira) foi lançado o episódio 2 e aconteceu de de não estar muito disposto a fazer esse post. Não estava fluindo (estou nesse mesmo dilema com as impressões do segundo episódio de ARTE), mas saiu haha. Espero que tenham gostado ^^.

Olha esse frame que coisa LINDA!!!! E sim, é o mesmo frame da tumb. Eles usaram duas vezes no episódio em momentos diferentes, mas não deixa de ser lindo.

1 thought on “Kitsutsuki Tantei Dokoro #1 – Primeiras impressões

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