Todos precisam tomar alguma atitude/dar o primeiro passo se quiserem conquistar o coração de alguém (ou qualquer outra coisa).
Olá pessoas! Estamos chegando com essa postagem um pouquinho atrasada XP. Quem nos segue no Twitter (@LDesintoxicados) deve saber que eu (Alex) fiz um tweet falando que não estava me sentido muito bem e tudo mais. Demorou alguns dias para eu melhorar e após isso, voltamos as produções das postagens ^^. Tudo deve normalizar na semana que vem, ok? Enfim, chegamos na metade do anime de “Yesterday wo Utatte”. Para quem ainda não sabe, o anime terá 18 episódios no total. O nono episódio marca a metade da animação e o que posso dizer nesse começo é que todos os personagens do núcleo central desejam algo, mas precisam tomar um rumo. Mas é justamente que eles não conseguem fazer e apenas ficam esperando uns aos outros tomarem alguma iniciativa. Ninguém sai do lugar rs.
Rub – Mais uma semana Alê comentando o episódio 9 de Yesterday. Chegamos na metade (considerando o número de episódios que terá o anime) e a estagnação predomina em todo o elenco. Eu até diria que todo mundo quer alguma coisa, entretanto ninguém ousa a dar o primeiro passo. A começar que no inicio do capítulo temos uma tentativa da Shinako em tentar se reconciliar(?) com o Rou depois do abraço dele no meio da rua. Mesmo o Rou demonstrando arrependimento, não consigo gostar de jeito nenhum desse personagem. Teve toda a parada do ciúme dele com a Shinako, logo em seguida ele querendo que retornem para aquele padrão dela cozinhando e depois tentando monopolizar a guria numa tentativa de ficar mais próximo da professora com a desculpa que é para lembrar os “velhos tempos”. E não esquecendo que depois da reconciliação, ele ficou todo animadinho na escola, ignorando a preocupação do amigo em quase de uma atitude esnobe e infantil para se vangloriar. Não consigo gostar do Rou de nenhuma forma. A Haru tem a mesma idade do maluco e os dois são TÃO diferentes. Um parece infantil e birrento e a outra uma adulta completa. Sei lá…o meu desgosto pelo Rou só cresce conforme vai passando as semanas e eu só pensando que esse garoto está sobrando nesse roteiro. Até daria para tirar ele do enredo que não faria diferença alguma para o plot principal ou do arco de crescimento/superação da Shinako.
Alex – Dar o primeiro passo/tomar a iniciativa é algo que geralmente é difícil. Com os personagens, vejo que todos querem alguma coisa e ninguém toma a iniciativa. Meio que todo mundo fica esperando um deles dizer algo, resultando em nenhum avanço. Exemplo foi a Shinako no episódio anterior (?), “culpando” o Rikuo por não tomar inciativa como o Rou fez. E eu esqueci de comentar no episódio passado, mas na cena final, eu tive uma leve impressão do Rou ao chegar em casa, que a Shinako passava uma sensação de que “Dá um respiro, antes de falar com ele”, do tipo “Respira fundo e vamos lá” para manter as aparências e fingir que está tudo bem. E nesse episódio, ela fala que se sente desconfortável em estar com ele. E assim como você, eu não consigo gostar do Rou. Quando ele começa a se desculpar pelo que ele fez no episódio passado, eu estava achando ok. Foi ótimo ele ter se desculpado. Logo em seguida ele começa com o mesmo papo anterior a briga… OH MEU QUERIDO, ME AJUDA POR FAVOR! E até mesmo quando ele começa a se desculpar com ela, diz “Esse é o meu jeito” do tipo quem diz: “Eu sou assim e me aceite do jeito que sou”. Sabe, sem ter aquele esforço de querer mudar e me incomoda demais. Ele continua me passando a imagem de macho abusivo… E que garoto filho da puta. Enquanto ele está com problema, o amigo dele ouve e até aconselha (aconteceu duas vezes pelo que me lembro). Agora quando é o contrário, ele não se importa, finge que não ouve, tenta mudar de assunto… RANÇO!
Rub – Ainda tem a parada do Rou viver longe da realidade. O mundo dele é aquela casa, com a professora sendo uma empregada. Que BOSTA. Como uma pessoa que tem uma carreira artística pela frente ser tão arcaico na sua visão? Dá para entender que não é um sonho dele seguir essa profissão, porém trabalhar com desenhos, normalmente aprendemos a ver cenas/contexto com múltiplas perspectivas para ter o todo e criar algo próprio com esse conhecimento. Não é fora do comum pessoas em humanas desse tipo mais conservador, mas eu esperava uma mente mais aberta para esse personagem. E como eu citei a Haru, quando comparamos o dilema dela com o do Rou, parece uma elefante e uma formiga no quesito dimensão. Enquanto um está preocupado em o que a Shinako vai fazer de janta, a outra está preocupada em como abordar o Rikuo sem passar a impressão de pressão, ansiedade, ciúme ou desgosto para seu futuro pretendente? Como prosseguir e ainda tentar uma nova aproximação com alguém que te deu fora? Vale a pena? Como vai refletir na vida dela? A dona do bar em que a Haru trabalha pergunta o motivo de estar triste pelos cantos. Nem a própria percebe que o Rikuo faz muita falta na sua rotina. Ela conseguia viver sem ele antes. Só que agora ela, cujo já experimentou a convivência com ele, passou a ser essencial ter o Rikuo ao seu lado, mesmo sendo amigos. Tanto que a guria fica horas na frente da casa do maluco, passando frio, só para vê-lo antes de voltar para seu cantinho e descansar. É um BAITA esforço só para ter algumas migalhas de felicidade depois de uma rotina tediosa de trabalho.
Alex – Sim. O Rou passa a imagem daqueles pintores da época renascentista, com visão fechada e mulheres dentro de casa, cozinhando e cuidando dos filhos. As questões da Haru são bem complexas. Lembro até que já é a segunda vez que ela se pergunta em como será que a Shinako se sente em relação ao Rikuo. Porém ela não toma a iniciativa de perguntar e ela está sempre com a preocupação da Shinako estar próxima. O perigo é iminente por assim dizer. Eu gosto de como essas questões são palpáveis, porque é muito real ela não ter aquele sentimento de “Quero estar perto dele” quando ela não tinha contato e a partir do momento que muda, ela quer estar próxima, mesmo que pouco ou ou semanalmente. Ainda mais que até poucos episódios atrás, a relação deles estava indo super bem, saindo e comendo juntos…. Estavam muito próximos e novamente, entra o problema de não é só ela estar longe dele. A Shinako está ali, conseguindo progredir, de alguma forma. É um perigo real porque cedo ou tarde, vai caminhar para um lado, seja positivamente ou negativamente. E a termos de comparação, a chefe do bar que a Haru trabalha, é como aquele amigo do Rou. Escuta, conversa, aconselha. Porém, a Haru valoriza essa amizade, coisa que o Rou não faz. Só quer saber dos próprios interesses.
Rub – E a Haru está certa em temer que está perdendo a disputa com a Shinako. Se já não bastasse o próprio Rikuo ser um obstáculo, os amigos de faculdade estão dando um empurrão para a ‘professora’ e o ‘fotografo’ da turma da faculdade, fiquem juntos no final. É inacreditável que a Shinako passou anos sem saber os reais sentimentos do Rikuo por ela, pois todo mundo do círculo de amizades já tinham conhecimento. Também teve um reconhecimento do Rikuo pelo seu melhor amigo dar aquela força na carreira de fotografia que ele está seguindo atualmente. Gosto que além de ficar agradecido, ele constata que sua vida amorosa continua na mesma. Criou coragem para lutar profissionalmente, mas sua vida pessoal nada progrediu. O Takanori (creio que seja esse o nome do amigo) ainda se esforça para juntar os dois promovendo uma janta na desculpa perfeita para o Rikuo convidar sua antiga paixão. Porém veio a sua mente a devoção da Haru e o esforço dela em tentar passar algum tempo juntos. O protagonista parece sentir pena dela agora e cogita em retribuir de alguma forma. Uma pena que a Haru é um ‘plano B’. Se não der certo o convite com a Shinako, convida a Haru (essa foi a lógica do protagonista). No final, até para não ser algo forçado, o Rikuo desiste da ideia e não convida ninguém porque ele tem noção que usar a Haru como um tapa buracos é errado e não quer colocar a guria nessa situação. Ainda tem o lance da Shinako priorizar o jantar do Rou em vez de buscar uma felicidade para si sozinha. O refúgio dela também virou uma prisão.
Alex – É esse empurrão do amigo do Rikuo dá é um grande bom por justamente o empurrão fez o Rikuo tomar um rumo na vida dele e traçar uma carreira. O mesmo poderia acontecer com a vida amorosa do rapaz, embora pareça um pouco mais difícil do Rikuo tomar alguma atitude, ainda mais que ele tem alguns problemas em lidar com pessoas. Novamente temos mais um exemplo da valorização da amizade, coisa que o Rou não faz (Sim. Vou jogar na cara que o Rou é um lixo com os amigos dele toda vez que aparecer algum exemplo contrário as suas atitudes XD). Foi bom o Rikuo ter desistido dessa ideia, porque eu penso que ele estaria brincando com os sentimentos dela, alimentando esperanças, enquanto fica pensando a Shinako. O que me deixa mais dividido é que ao mesmo tempo que eu quero que eles fiquem juntos, não quero que ele dê esperanças para Haru enquanto a cabeça dele estiver centrada na Shinako. O foda é que ele não anda e nem desiste. Nenhum dos dois na verdade, porque ele poderia resolver tudo, mas não consegue (Não julgo, porém, me dá uma certa agonia ver toda essa situação). E a Haru segue sofrendo… Enquanto isso, do lado da Haru, quero que ela insista, porque ela que declarou a guerra pelo Rikuo e desistir assim, tão “”facilmente””? Por favor, não. Relacionamentos são complexos e por serem assim, fazem cometermos erros e acertos. Nos machucamos e reconciliamos. Nem sempre os relacionamentos dão certo, mas quero que a Haru ganhe. E também, ela é a melhor personagem. Então força Haruzinha!!!
Rub – Também torço para Haru. A professora é muito “parada” pro meu gosto e curto mais personagens que tomam atitudes. O que até queria comentar no final foi o estranhamento que a Shinako teve quando percebeu que estava sozinha com o Rou em casa. Tipo, eles já estiveram diversas vezes sozinhos e nada de reações como essas. Agora, repentinamente, a professora começa a olhar o garoto como homem? Ela não ver ele como da família? Eles não tinham brigados minutos atrás? Só porque ele ficou mais alto que ela ligou os pontos? Não teve nem preparação. Parecia muito uma cena de comédia, só que tanto a direção como o roteiro não te vendem essa cena como cômica ou de descoberta. Colocaram ali mais para cumprir uma checklist de clichês de animes românticos do que outra coisa. O que realmente eu gostei foi que ela FINALMENTE decidiu priorizar sua opinião em vez das dos outros e foi para festa Takanori. Parece que teremos algumas mudanças na história daqui em diante porque essa situação do triangulo amoroso não vai se sustentar por muito tempo. Alguém vai agir e teremos mais consequências dessas decisões.
Alex – É muito repentino. No episódio passado ela estava vendo o garoto como família e brigaram por causa disso porque o Rou queria que ela o visse como homem. Parece algo muito apressado, deslocado, porque não dão qualquer indício dela começar a ver ele como homem. Só começa a ver ele como tal… E a cena em si não combina com o momento. A direção trabalhando com o silêncio não parecia muita ‘comédia’. Lembro até que em diversos momentos do anime, usou-se momentos sem trilha sonoras para trazer cenas de peso. Com o silêncio no ambiente, já estava esperando algo que me deixasse impressionado, mas não aconteceu. E eu não gosto dessa ideia dela ver ele como homem, porque:
1. O Rou é bem escrotinho.
2. Eu não acho que os dois juntos dariam um bom casal.
3. O Rou é um tanto abusivo.
Fora que, ela ver ele como homem AGORA, só se for pela altura dele porque a mentalidade continua sendo de uma criança, imatura, mente fechada, um porre, dentre outros problemas. Essa decisão da Shinako de ir na festinha é que bem como você disse. A Shinako finalmente tomou uma atitude. E se for analisar, ela aceita muito a maré, porque se for ver, no episódio passado, ela “aceita” o que o Rou quer e, até certo ponto, se culpa por certos atos, que ela não tem culpa de nada. Quem está errado é a outra parte (no caso, o Rou). Para ela se meter em um relacionamento abusivo é “um dois”. Ela parece ser o tipo de pessoa que se alguém chegar a dizer “A culpa é sua”, ela vai aceitar… Ela me passa essa impressão.
Rub – Também não vejo futuro em uma relação entre os dois. E a produção até que está fazendo uma adaptação decente, cortando algumas coisas inúteis (o Rou bem que podia estar nesse meio XP) e acrescentando outras para incrementar a forma da narrativa. O negócio é como vão adaptar a outra metade da história. Não é difícil porque não tem nada de complexo para transpor em outra mídia. Mas, no original vão ter algumas conversas que serão importantes para o destinos deles que não podem ser deixados de lado. Torço para que mantenham essas partes essenciais para um entendimento melhor dos futuros acontecimentos que irão vir no anime. Meio que já dei aquela desanimada com Yesterday (até porque já sei o que vai acontecer), porém eu torço para que o anime resgate aquela impressão que eu tive nos primeiros episódios. Meio caminho andado, torcendo para ficar mais empolgado nessa segunda metade.
Alex – O Rou é um pequeno detalhe que poderia não existir XD. Eu estou aqui sem saber de nada. Não digo que estou animado, mas curioso??? Acho que seria um termo melhor para se dizer. E rapidinho porque esqueci de comentar. Acho bom “acabarem” com o triângulo, porque não vejo ele perdurando por mais 9 episódios. A trama precisaria incrementar algo a mais para conseguir se sustentar só nisso… De toda forma, espero que a produção faça as escolhas certas na hora de adaptar o material que ainda resta.