Anime merda avistado e tudo nos padrões até aqui!

Anime merda avistado e tudo nos padrões até aqui!

E aqui tenho minha estreia nesta Temporada de Outono de 2020 e já começo MARAVILHOSAMENTE BEM!!! Eu comentei na postagem com a lista dos animes que iríamos assistir nessa temporada, que eu não esperava muita coisa do anime e que ele tinha uma oportunidade (pela sua sinopse) de fazer algo mais cômico e despretensioso. Porém, pelos visuais e pelo pouco que vi dos PVs, a obra parecia ir na contramão do que eu particularmente queria, sendo algo mais ‘sério’. Dito e feito. A entrada do anime já levou por terra toda e qualquer esperança que tinha. Vejamos o quão fundo “100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru” pode chegar :).

Sinopse:Yotsuya Yuusuke junto com seus colegas Shindou Iu e Hakozaki Kusue foram transportados para um mundo estranho e desconhecido, habitado por criaturas mitológicas. Assim que chegam, encontram alguém que se chama o Game Master, que então lhes concede uma missão limitada no tempo. Para ajudá-los nessa busca, ele também concede a Shindou e Hakozaki os papéis de Mago e Guerreiro, enquanto Yotsuya recebe aleatoriamente o papel de… Um Fazendeiro ?!
É assim que uma vida agitada de aventuras começou para três estudantes que agora não têm escolha, mas para completar missões aleatórias por várias fases no mundo da fantasia, se eles querem permanecer vivos e proteger o mundo real dos demônios e monstros que encontram.”


Minhas expectativas foram seladas no caixão, porque a montagem desse começo funciona como uma grande tentativa de fisgar quem está assistindo por um DARK EDGY barato. Embora a coloração seja muito boa com tons de roxo, vermelho e azul com os cenários tendo um aspecto bem interessante parecendo pinturas, temos em cena o protagonista enfrentando goblins – que já é um recurso para obras semelhantes -, enquanto pensava em como ele odiava aquela cidade (Tóquio), como ele era melhor e que gostava de ficar sozinho. Mesmo correndo risco de vida, ele preferia aquilo. Bem papinho de incelzinho (que depois ele se mostra como um).

Assim de forma geral, a história aparenta ser bem medíocre. As explicações dadas são todas por exposição. Nada de informação é dado aos poucos e inseridos naturalmente. Tudo é por diálogos entre os personagens. Às vezes parece ser falas antecipadas, que não precisavam estar ali necessariamente naquele momento e que poderia ser tardado para o segundo episódio. Um exemplo disso é quando o trio de personagens centrais do episódio resolvem conversar sobre o porquê aquilo estar acontecendo com eles e até certo ponto, eu acho ok. Porém chega em um momento que me soa como algo para preencher espaço, para dar o tempo necessário que o episódio precisa ter. Outro exemplo é que para apresentar a Shindou e a Hakozaki, a obra utiliza de outros alunos conversando em segundo plano para comentar um pouco sobre as duas. Nisso você já entende que elas estão envolvidas em algo. É um recurso porco que é muito frequente para fazer essa introdução de alguém.

Eu não sei o que anda acontecendo com essas produções mais recentes que ando vendo, mas está lotado de animes que tem propostas ÓTIMAS (muito boas mesmo) para render uma galhofa, mas que jogam fora para abraçar um lado mais ‘sério’ e que acaba estragando boa parte do anime. Posso citar aqui “Maou Gakuin” e “Fugou Keiji”. Ambos são animes que terminaram na temporada passada e eles tem excelnetes com ótimas aberturas para ser uma comédia bobona e divertida. Há cenas excelentes de forma isolada por causa desse fator, entretanto, o primeiro vai para uma abordagem de “shounen padrão” com um protagonista overpower sem graça, enquanto o segundo quer colocar um drama que não me convenceu. E no caso de “100-Man”, a ideia de ter um protagonista com o “papel” de fazendeiro é uma boa situação para gerar boas cenas cômica. E nesse episódio, ele apresenta isso.

Tem uma cena maravilhosa de comédia com o protagonista não conseguindo fazer nada com as armas que têm em mãos. As duas disponíveis para ele quebram quando o protagonista tenta matar os goblins que estavam diante dele. Ele morre por não conseguir lutar. As duas gurias que estão com ele são de nível baixo. A Shindou (uma maga) faz toda uma preparação para soltar a magia dos ventos, mas ela é de nível 1 e só sai um ventinho. Enquanto a Hakozaki tem medo dos goblins e só atira a espada dela na cara deles. Essa cena, de longe, é a melhor que tem no episódio. Muito divertida e eu ri horrores com ela. O anime tinha potencial para ser isso: uma comédia idiota com adolescentes tentando sobreviver a monstros.

Mas não é o que ele quer fazer (infelizmente) e a desgraça já está à vista. Logo após esse momento maravilhoso de comédia, passa um tempo e o trio é atacado por um monstrengo. A maga é engolida e a espadachim teve o braço arrancado. O protagonista e a espadachim seguem para uma vila que é o destino deles e lá descobrem que precisam matar o monstro que os atacou mais cedo. Nisso o protagonista volta a manifestar seu lado “obscuro”, que não liga para ninguém e abandona a guria na vila porque é um fardo para ele. Como sempre a mulher é o peso morto, mas isso já era de esperar vindo daqui. E ainda temos direito a um flashback dele jogando um jogo e que deixa o ajudante (que coincidentemente é uma mulher) caído no chão pedindo por ajuda, enquanto ele mata o adversário. No fim, o ajudante morre. O anime termina com ele saindo da vila com uma cara distorcida, bem padrão para o DARK (peço desculpa por usar tanto isso, mas não tem definição melhor por hora XD).


Passando para aspectos técnicos, a direção desse negócio é terrível em alguns momentos e boa em outros. Tem uma cena logo no começo que achei muito estranha. O diretor faz dois cortes secos que são muito desnecessários. Eu sinceramente não sei o que ele tentou fazer nessa cena. É muito estranha. E não é só ali. No decorrer do episódio tem outros dois ou três momentos que corta do nada. Um ‘mais grave’ nesse sentido é quando o Yotsuya carrega a Hakozaki para longe de um monstro que estava atacando eles na metade para o fim do episódio. A cena corta com um quadro escuro e demora alguns segundos para voltar para os outros personagens. Temos um quadro deles dois parados em frente a um rio durante mais alguns segundos, até voltar para os diálogos entre eles. Já em outras situações, a direção acerta muito como no caso da cena de comédia. Além disso ela é bem mediana. Não acho que será ausente totalmente, mas deve ter seus momentos de mais destaque aqui e ali. A cena inicial e o trabalho de cores foram muito boas e eu gosto.

Sobre a animação ela está bem na média. Não há nada que se destaque. Em certas situações o character design parece entortar e ficar diferente do que é realmente. Pelo que apresentaram, provavelmente teremos cenas de ação no anime, mas não espero nada delas. Se fosse para apostar em algo, eu diria que o anime terá uma cena ou outra com cortes fluidos e o resto será bem precário. Deu para notar como eles estão limitados pelos movimentos dos personagens ao fundo não existirem, serem mal desenhados e/ou bugados. Ao menos pelo que vi comentarem, a produção do anime foi concluída antes da sua estreia (não passarei confirmação de nada, porque não tenho fontes seguras). Então ele não deve sofrer grandes baixas no decorrer da série, imagino eu.


Concluindo, a não ser que você queira ver algo seguindo os mesmos arquétipos que tanto já vimos em outros animes, não consigo recomendar a animação de “100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru” ou “I’m Standing on 1,000,000 Lives”. Ele provavelmente continuará nesse segmento de “DARK EDGY” e há uma certa tendência em pender para lados ofensivos em animes assim, então deixo o alerta sobre isso. Eu seguirei assistindo e é sempre bom lembrar que, independente de irmos até o final com o anime, voltaremos com mais uma postagem comentando o que achamos da animação até aquele ponto. Em caso de dropp, comentaremos o porquê dessa decisão :). Fiquem atentos porque estamos só no começo da temporada e ainda muita coisa ruim (e boa XP) para ser comentada por nós aqui no blog ^^

2 thoughts on “100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru (I’m Standing on 1.000.000 Lives) #1 – Primeiras impressões

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