Muito boa a temporada, mas o arco ainda não terminou.
Olá pessoas! Bora lá para mais um post de Review dos animes de temporadas passadas, agora falando da segunda temporada de Re:Zero (ou metade dela, já que parou no meio do arco). Voltamos eu e o Alê para conversarmos um pouco sobre nossas impressões, do que gostamos e do que não foi do nosso agrado. Fiquem com as nossas considerações sobre a parte 1 dessa season de Re:Zero.
Sinopse:“Natsuki Subaru, um adolescente comum, conhece uma linda garota de cabelos prateados vinda de outro mundo. Subaru quer ficar ao lado dela, mas o fardo que ela carrega é maior do que Subaru pode imaginar. Eles enfrentam o feroz ataque de monstros, traições, violência irracional… e, por fim, a morte. Subaru promete derrotar qualquer inimigo, qualquer destino, tudo para protegê-la. E assim, o pobre garoto sem poder algum obtém o “Retorno da Morte”, uma habilidade única que permite ao usuário voltar no tempo ao morrer. Usando esse poder, o passado é perdido e as memórias são reescritas. Subaru agora deve lutar contra o destino que o amaldiçoa para manter suas memórias escondidas, para serem para sempre derrotadas, para ver seu próprio coração fraquejar. Bota sua própria vida em risco, tudo para proteger aqueles que ama. Para conseguir voltar àquela preciosa época que ele tem quase certeza que devem ter existido.”
RUB: Alê, retornamos (um pouco atrasados) para comentarmos sobre Re:Zero segunda temporada – primeira parte. Enrolei um pouco para terminar o anime, pois eu já sabia o que veria na adaptação por estar lendo a novel, como também estava ocupado com a faculdade, dificultando um pouco esse semestre para mim. Então eu fiz uma maratona de episódios da reta final tudo no mesmo dia, o que me fez reparar em coisas específicas que até tinha notado durante a minha leitura das novels como problemas na narrativa, mas no anime ficou mais evidente esses pontos. Não quero me adiantar, então bora começar na ordem cronológica dos eventos da obra. Essa temporada começa exatamente no ponto que a primeira temporada terminou. Temos o Subaru notando o ‘desaparecimento’ da Rem como existência para todo mundo desse universo e o ataque dos seguidores do culto da bruxa em cima do comboio da Crusch no retorno ao castelo. Inclusive esse é o único episódio em que os representantes da Gula e Avareza aparecem nessa season. Já comentamos bem detalhadamente sobre essa sequencia de fatos no post das primeiras impressões que fizemos da estreia de Re:Zero. Entretanto quero puxar um aspecto que começou aqui a ser estabelecido, que seria o desenvolvimento do personagem do Subaru. É notável como o Subaru é muito egoísta em seus desejos de proteger a Emília e a Rem no processo de ‘reset’. Ao mesmo tempo que ele quer ser o herói em salvar todo mundo, ele esquece desse altruísmo a todo momento. Tanto que ele não quer que ninguém morra, mas usa todo mundo (os demais personagens) em planos malucos para salvar suas amadas, mesmo que essas pessoas que supostamente que ele queria mantê-las salvas, sejam usadas (ou mortas) para que ele conclua seu objetivo primário. E acontece exatamente esse ponto quando começa o arco da floresta. No momento que eles ficam presos no local junto com maioria dos personagens que moram na mansão, ele quase não cogita em salvar os aldeões no processo. O foco é exclusivo na Emília. Quando ele pede ajuda para os moradores é pensando na Emília. Quando começa os testes de provação para saírem dali, o Subaru fica preocupado com a heroína. Tudo é em cima de proteger com a Emília com a desculpa de salvar todo mundo. O autor constrói dessa forma para ficar evidente de como o protagonista não faz ideia do que fazer quando ele descobre várias informações que podem salva-lo em cada tentativa. E é nesse ponto que esse arco foca e vai focar (porque ainda não terminou) em evidenciar o personagem falho que é o Subaru. Já foi trabalhado alguns desses defeitos dele nessa temporada, no entanto faltam outros para o personagem crescer e ter uma resposta para sair da encruzilhada que se meteu.
ALÊ: Eu consegui ver essa season mais ou menos certinho e acabar ela no mesmo dia que saiu o episódio final. Porém, por ter passado alguns meses desde que finalizou, precisei rever algumas cenas aqui e ali, inclusive enquanto fazemos esse post hahaha. O plano do Subaru é salvar todo mundo, mas se não der, ele resgata só a Emília e a Rem que está bom para ele. Esse aspecto de egoísmo vem sendo apontado desde antes, mas ficou mais evidenciado nessa temporada. Tivemos aquele “gosto” disso no primeiro episódio em que ele pouco se importava com o que havia acontecido com a Crusch e até queria “encobrir”, de certa forma, que a culpa daquilo estar acontecendo era da Emília. Nós dois conversamos um pouco sobre esse lado do personagem no episódio 1, que verdadeiramente cega a si mesmo, não aceita a realidade, porque nunca o erro pode partir das pessoas que ele gosta. É como se fossem verdadeiros pedestais e se alguém criticar, ou de alguma forma ir de contra essa imagem que ele tem, o Subaru “ataca”. É interessante também que nessa fala dele de querer salvar todo mundo, mostra a hipocrisia ao ‘privilegiar’ as duas garotas que ele mais ama. E também junta com o fato de que em situações mais isoladas, ele volta a pensar nas pessoas ao seu redor, sobretudo quando ele vê elas morrendo, como vimos com os Coelhos, ou nas situações de clímax do anime, como quando aparece a Bruxa da Inveja. São nesses momentos críticos que ele lembra, mas nunca se esquece das duas. Elas sempre em primeiro plano. Ele e os demais em segundo, ou até em terceiro plano, dependendo do grau da situação, porque ele não se valoriza, essa sendo outras das questões abordadas na temporada, de como ele joga a vida dele fora, só por ter em mente que o Subaru tem o Retorno da Morte. Nós vimos até na primeira temporada que ele chegava a cometer suicídio. No episódio 1 dessa temporada ele faz isso, pois algo não tinha saído como ele queria. É um grau de desvalorização muito grande vindo dele.
RUB: Exatamente. Um dos aspectos trabalhado nessa temporada foi essa parada do Subaru pouco se importar com a sua integridade. Uma das provações que ele enfrenta naquele templo da Echidna são as consequências dos seus atos. Quando ele se mata quando descobre que a Rem teve sua existência apagada ou quando ele se joga do precipício ou do momento que ele é dominado pelo Petelgeuse… Todas essas situações podiam ser evitadas, pois a sua morte era a saída mais fácil para ele, mas quem ficava naquela realidade tinha que lidar com os traumas deixados pelos seus atos. O protagonista jamais pensou sobre o que achavam sobre ele ou de como era sua autoimagem. Para o Subaru, ele era somente um inútil que tinha um dom adquirido para ser focado em só salvar a Emília. Apesar de não querer ser o herói e evitar a todo custo essa responsabilidade, ele torna esse lado mais sociável um tanto difícil. Ainda tem o lance dele não querer transparecer suas fraquezas ou de pedir ajuda, dificultando um pedido de socorro para várias situações. Ainda relacionado a isso, tem a questão dele ser uma pessoa deprimida. Tivemos aquele episódio focado nos pais dele (aliás, o melhor episódio dessa temporada) em que nos é mostrado a dificuldade do personagem em ficar as sombras de um pai famoso. É aquela questão de como a sociedade japonesa pressiona os jovens a serem humanos extraordinários, mesmo que eles não tenham esse adjetivo fora do padrão. Essa cobrança vem de forma natural no momento em que o Subaru não consegue apresentar os mesmos resultados atléticos que o pai tinha na sua idade. Esta pressão o corroeu tanto, ao ponto dele não sentir vontade de levantar da cama, por justamente ser uma vergonha ser um filho de um grande competidor e não chegar aos feitos do pai. O autor trabalha esse aspecto sobre a importância dos seus atos, ao mesmo tempo em que trata essa questão de uma forma bem clara em que não podemos nos comparar com os outros. Devemos ter orgulho do que fazemos e como realizamos tais ações. Você é diferente dos seus pais, como é diferente dos demais. Não se deve ter uma competição social para uma autodestruição comportamental e sim essa “disputa” servir como parâmetro para sempre buscar mais e o melhor para ti. Gosto quando abordam o passado do Subaru nessa ótica em que mesmo não ganhando diversos prêmios, ele ainda será querido pelos seus progenitores.
ALÊ: Ele acaba entrando em uma situação de culpa também, porque se a merda aconteceu ou ficou pior naquele momento, é ele que não fez o bastante para intervir de uma forma que tudo fosse solucionado da melhor maneira possível. Tanto que se você observar, desde do último arco da 1ª temporada, o Subaru adota uma postura de “observação”. Ele observa o que está ocorrendo e vai buscando formas de resolver, enquanto morre no processo (e isso pouco importa para ele). Todo esse arco, ele se vê em uma situação complicada e os eventos seguintes são basicamente ele estudando e buscando alguma brecha para que ele consiga resolver tudo que estava acontecendo. Inclusive, a letra da OP conversa bastante com esse desejo de salvar a Emília e quem ele gosta, NÃO IMPORTA QUANTAS VEZES SEJAM NECESSÁRIAS para ele salvar à todos. Um dos “xeques” dessa situação toda de agora é que ele supostamente precisaria sacrificar algum dos lados. Ele está numa situação em que teria que se desdobrar em três. De um lado você tem a Elza na mansão, do outro têm os Coelhos demoníacos no santuário e ainda tem o teste da Emília acontecendo. A temporada é basicamente nesse segmento, dele tentando achar alguma forma de resolver essas três questões, enquanto vai morrendo no processo com certa tranquilidade, justamente por saber que vai voltar ter mais uma chance. Você pega alguns momentos, como a Patrasche tentando salvar o Subaru, ou até mesmo o Otto ajudando e o Subaru se perguntando o “porquê” de estarem fazendo isso por ele. É interessante que o mesmo acontece com ele. Periodicamente a Emília pergunta o motivo do Subaru ir tão longe para ajudar ela (já que a persoangem não lembra dos outros retornos) e ele dizendo que era porque gostava dela. Só que o inverso não poderia acontecer com ele. O Subaru tem uma autoestima muito baixa e vem justamente das questões da escola/de casa, a pressão social também que era algo muito forte com ele e que é reflexo da sociedade. Eu acho interessante que o autor trabalha o Subaru em dois pontos muito importantes. O primeiro sendo o lado merda, porque ele faz e toma decisões escrotas, mas também temos o segundo lado e que mostram DA ONDE VEM esse pensamento, porque ele não é simplesmente daquele jeito. Tem um motivo e uma origem. Quando falamos de sociedade, se aprende que nada é natural. Tudo é uma construção e com as pessoas essa mesma linha é aplicada. O Subaru tomar essas decisões são um reflexo da pressão que ele tinha para “ser alguém na vida”. Você PRECISA deixar algo que fique lembrado. É a mesma coisa em época de vestibular, que parece que se você não entrar na faculdade/Universidade naquele momento, tua vida acaba ali. Esse episódio é o melhor da temporada mesmo. É muito emocionante hahaha. Gosto muito do discurso apresentado ali. Os pais do Subaru são maravilhosos. Eu gosto muito dessas abordagens sobre família e amor fraternal. O final do episódio 4 foi do caralho, mesmo toda aquela situação não sendo real e sendo apenas uma moldagem da Echidna, foi bem gratificante de se ver.
RUB: Outra parada que eu gostei e é um aprofundamento do que já foi apresentado, seria a construção de mundo da obra. Já comentei algumas vezes no Twitter, pois mesmo sendo uma mistureba de conceitos nada a ver um com o outro, a unificação desses detalhes enriquecem demais toda a trama de Re:Zero. Nos é apresentado mais coisas e todas fazem sentido naquele universo. Mais apóstolos da bruxa aparecendo, o coelho demoníaco ser uma criação da bruxa da gula, seguidores da religião da Satella aparecendo onde menos se espera, a Ryuuzu ser uma espécie de casca para a Echidna para a vida eterna, a raça da Frederica e Garfiel, as aparições das antigas bruxas dos pecados capitais, as maldições, os segredos… é tudo bem encaixado para dar uma complexidade a essa história de maneira bem natural, sem soar bizarro ou estranho para o espectador. Outra coisa é como o anime soube dosar as cenas de violência mais brutais. A direção tem um mérito disso em tentar focar mais nas reações dos personagens do que nos impactos visuais em ver pessoas sendo mortas das maneiras mais brutais possíveis. Por exemplo não mostrar a segunda morte do Subaru pelos coelhos ou a morte da pequena que virou a nova empregada da mansão. São diversas cenas que eles poderiam abusar para o gore, porém preferiram o horror implicado pelos assassinatos do que nas ações em si. Outro detalhe que gostei foi que a White Fox conseguiu manter uma qualidade técnica bem parecida com a primeira temporada. Existia uma preocupação se teriam diferenças perceptíveis entre as duas seasons, mas até o momento, nada muito gritante ou que fosse perceptível para a maioria da galera que assiste notar. Estou tentando me lembrar de coisas que eu gostei aqui Alê, até para fechar essa parte dos elogios, porque meu próximo paragrafo vai ser focado nas partes que eu não gostei do anime. Não são muitas coisas, no entanto eu tenho que apontar certos detalhes que não curti. Para inicializar, uma parada que não fez muito sentido na minha cabeça foi a OP do anime. Nem estou falando da música e sim DO QUE FIZERAM COM ELA (ou não fizeram no caso). A opening tocou quantas vezes nessa temporada Alê? Umas 3 vezes apenas em 3 EPISÓDIOS? Assim, realmente tinha sentido ela não tocar como foi o caso do episódio dos pais, mas tem outros episódios que podiam ter tocado e foi retirado sem uma justificativa em tela. Tanto que eu maratonei esses últimos episódios e nenhum deles tocou, aí fiquei assim: “Tinha opening o anime?”. Eu não lembro da música Alê. Só recordei que existia revendo os episódios iniciais.
ALÊ: Exatamente. É um sentimento muito semelhante ao que tenho com “Honzuki no Gekokujou” (Ascendance of a Bookworm). A autora de Honzuki tem uma precisão enorme com o que ela quer contar. Tudo é muito bem segmentado de forma que fique fácil de entender, não seja expositivo e nada (absolutamente nada) soe estranho, do nada, ou quaisquer impressões semelhantes, porque ela vai deixando pistas, ‘sementinhas’ aqui e ali, para que ela volte e trabalhe realmente naquilo que ela mostrou no caminho. É maravilhoso demais! Voltando à Re:Zero, ao mesmo tempo que descobrir sobre esses eventos te choca, em momento algum você tem essa sensação de que aquilo é estranho, que saiu da casa do caralho. O que está sendo mostrado é novidade, intrigante, mas ao mesmo tempo você está familiarizado com algumas coisas que te ajudam na compreensão e aceitação daquilo que está sendo retratado na cena e claro, te deixa naquela vontade para saber cada vez mais e isso é ótimo. Mostra o quão rica é a narrativa que o Tappei Nagatsuki criou. Quando você acha que já viu de tudo, ou o máximo, ele vai e mostra mais coisas. Tanto é que em cada cenário que estivemos nos arcos, seja na capital no arco 1, na mansão no arco 2 ou na batalha com a Baleia no arco 3, sempre tem algum detalhe ou coisinha para gerar desdobramento. Concordo contigo em que a direção acerta muito bem nas cenas de violência. Eu gosto muito de como focam em olhos, pensamentos e nas vozes dos personagens. Funciona muito melhor do que se mostrasse a cena “crua” ali, o gore pelo gore. Tipo o que “SAO” fez em diversos momentos da terceira temporada. Era sangue jorrando para todo lado e um grande nada… E também concordo, pois tinha medo do trabalho da White Fox, porque as produções mais recentes deles estavam bem precárias na parte técnica e tinha receio de que pudesse impactar na animação. Felizmente se saíram muito bem nessa primeira parte da temporada. Quase não usaram CG e as partes que usaram estava bem decente. Mesmo com o fator COVID-19 atrapalhando, eles conseguiram se manter muito bem! Lembro da Crunchyroll fazer uma matéria falando que a partir do episódio 5, os funcionários estavam animando tudo de casa. O conceito de Re:Zero fazer o tema da OP tocar em 3 episódios, coitada da cantora hahaha. Eu só lembro da música, porque fiquei viciado demais na canção, aí ficava ouvindo ela em looping. Ah, já que vai partir para críticas, antes vou aproveitar para comentar algo que gosto bastante: as Bruxas tem um grande conceito (próprio nome) e elas meio que seguem aquilo sem ter um grande discernimento de limites. A Echidna já tinha verbalizado logo quando ela aparece que tinha feito coisas das quais se arrepende, apenas para ir atrás de conhecimento. Mas no decorrer dos episódios, vemos como ela manipula algumas informações só para conseguir o que deseja, além de “brincar” com algumas coisas só para alcançar o conhecimento de como aquilo vai reagir. São cenas tidas como cruéis até, mas pouco importa, porque a sabedoria é o que ela mais deseja e fará qualquer coisa para tê-lo. A mesma coisa com a Gula. Achei fabuloso quando ela diz que criou a Baleia por ser grande e que dá para satisfazer a fome de muitas pessoas, bem como o Grande Coelho que se reproduz infinitamente e assim, consegue alimentar muitas pessoas. É muita falta de noção, sabe. É muito bom. O mesmo ocorre com as outras bruxas, mas ainda não tivemos muito das outras para ter noção. Quero muito ver essa interação e como será daqui para frente.
RUB: Verdade, tem esse ponto realmente. Vale o destaque sobre como cada bruxa mesmo não sendo escancarado, estão representando seus pecados decentemente. Mais um ponto do autor em trabalhar esses conceitos sem apelar para a obviedade. Mas já que estamos falando das bruxas, tenho que falar sobre como o autor puxou BONITO o freio de mão na narrativa a partir daqui. Temos 3 personagens que sabem muitas informações: Echidna, Beatrice e Roswaal. São eles que serão os totens da exposição para o Subaru e que ESCONDEM mais coisas que ele precisa saber para avançar ou impedir os futuros ataques. Quanto a Echidna, eu entendo ela não falar tudo para o Subaru, porque a guria tem outras intenções que quer dele. Faz sentido até mesmo relacionando as suas ações e desejos sobre renascer novamente naquele mundo possuindo um outro corpo. Até aí, tranquilo. Mas e quanto o Roswaal e a Beatrice? Eles não tem motivos para não revelar tudo para o Subaru. Ficam contando migalhas, falando em formas enigmáticas e até vazias, arrastando muitos momentos a história de Re:Zero. Essa “ocultação” de informações por parte do autor se fazia presente nos outros arcos, no entanto tinha sentido no contexto do Subaru não saber de algum dado chave, pois a conversa ou as intenções dos outros personagens não levavam a eles a contarem a parada. Só que aqui não. Ambos querem falar de boas, sem problema nenhum para o Subaru o que ele quer saber. Mas o autor (também acontece na novel e deixa muito lento a leitura por vários volumes… a adaptação nesse sentido está fazendo a mesma coisa) de maneira um tanto artificial, estica a solução do arco, resultando com que seja muito arrastado e um tanto repetitivo as cenas. Há pelo menos umas 3 conversas entre o Subaru e o Roswaal que poderia ser resumida em uma apenas que teria o mesmo efeito. Tanto que isso prejudica, faz com que toda vez que o Subaru tem seu espirito quebrado e alguém o ajuda a se recompor para ser destruído de novo ao conhecer um novo detalhe e ser salvo de novo posteriormente… São repetições que podem anestesiar o público e até tornar a trama previsível de tantas vezes que esse recurso foi usado a exaustão. Nesse quesito, aí puxa um outro problema do anime que é o seu final. Tipo, é um final que não é um encerramento de nada. Simplesmente acaba e o próximo episódio daqui a 3 meses. Faltou uma reunião criativa para definir um desfecho melhor para essa parte. Quando o Roswaal fala que foi ele que contratou as assassinas seria um final bem melhor do que o Otto só batendo no Subaru e créditos finais subindo. Não parece um final e sim uma continuação que não terá por várias semanas. Faltou um senso de unidade parte essa primeira metade aqui.
ALÊ: Verdade. Se voltar lá trás, as exposições fragmentadas com diferentes personagens e situações, faziam muito mais sentido até pela questão de proximidade/afinidade que o Subaru tinham com eles. Lá no começo do arco da Baleia, o Subaru vai indo atrás de cada uma das candidatas ao trono para conseguir informações. Elas têm motivos para não contar tudo o que sabem para ele. Tanto é que em cada volta de pós morte, ele ia atrás de uma delas buscando uma pista que ajudasse a resolver o problema. Em geral, eram coisas pequenas que ele conseguia, até por ser aliado de uma das rivais do trono. Aqui nesse arco não tem isso, tirando a Echidna que tem suas próprias razões para ir revelando informações aos poucos, de acordo com seus interesses. A Beatrice como o Roswaal não tem o porquê de fazerem todo esse mistério. Ambos os personagens compartilharam de conversas mais longas sobre assuntos que o Subaru quisesse saber. E no fim, todo esse mistério acaba “não servindo para nada”, porque em uma das rotas o Roswaal conta tudo, que está armando um plano para a Mansão e que sabe que o Subaru volta no tempo. A Beatrice também revela um pouco mais em uma das rotas. Como você disse, daria para resumir os papos em um único mais enxuto que nem ficaria tão expositivo, mesmo juntando tudo. E concordo com esse teu ponto no final. O mal dele foi ser 2 cours e só acabar, porque da forma que terminou ali, parecia que teria mais na semana seguinte. O episódio fecha e não dá aquela sensação de “acabei uma parte da animação”, da mesma forma que não cria hype/senso de urgência para saber o que vem logo a seguir. Tudo bem que o Otto parece ter um plano mirabolante, porém não funciona como gancho para algo que só vou saber como continua daqui 3 meses. Até que foi uma auto sabotagem no próprio Japão, já que se tivessem acabado um pouco antes, poderiam resultar em aumento nas vendas da light novel original ou nas adaptações em mangá (por mais que o mangá só esteja no começo do arco atualmente). De longe esse encerramento do episódio foi o que menos gostei, porque até nessa enrolação do arco, eu nem me dei conta, porque estava bem envolvente. Como estava assistindo de forma semanal, nem reparei muito nesse aspecto.
RUB: Sim, eu notei por estar rushando vários episódios seguidos e fica evidente quando se assiste em sequência. Apesar de ter criticado alguns pontos, eu curti o anime como um todo. Esse arco eu já não curtia nem na novel, mas o anime tem um plus de ser uma experiência mais rápida de consumir do que no original, até tornando alguns defeitos em aceitáveis. Fiquei com o saldo bem positivo dessa temporada de Re:Zero e ansioso para a segunda metade do anime (tenho que fingir que não sei de nada xP). Continuo recomendando o anime para todo mundo e até afirmo que Re:Zero é um dos melhores isekais lançados atualmente no mercado (é fácil, porque a maioria é tudo ruim mesmo xP). Não espere muito para começar a ver, visto que a medida que mais temporadas forem lançadas, mais episódios você terá para assistir em sequência, podendo ser um desestimulo e tanto para quem não curte uma animação com várias temporadas. Fica a minha recomendação.
ALÊ: Digo o mesmo, porém diferente de você, eu não sei nada da conclusão do arco, então hype nas alturas hahahah. Estou animado para a próxima parte, só que com um pouco de medo da produção por motivos de pandemia, mas vou acreditar no melhor depois da boa apresentação nessa parte :). Recomendo Re:Zero e partilho da mesma opinião de ser um dos melhores da atualidade! Assistam Re:ZERO!!!!
Oi gente,
Posso dizer que esperei críticas bem negativas ao anime, mas o que encontrei aqui foram em maior parte elogios. Dá uma sensação de alívio quando um fã boy gado por RE:Zero como eu, ver que não está tão errado assim kkkkkk Bom, a segunda temporada pode não ter tido a animação impactante como foi a primeira, contudo a questão de enredo foi bem interessante. Recomendo bastante uma leitura no blog Sakuga Brasil, eles fazem umas análises bem interessantes sobre questões técnicas de animação nos animes recentes.
Não me lembro de todos os elementos que achei incríveis no anime, mas lembro da simbologia de algumas atitudes egoístas do Subaru, algo que vocês citaram aqui. Mano, isso é muito foda por aparecer num anime de isekai, um gênero de anime da qual sabemos a que tipo de público atende: É aquela mesma galera que vê SAO, isekai da mãe, Mahouka, No game no life e outros.
Falar sobre baixa estima, obsessão, exemplos ruins de relacionamento, e de vários problemas que afetam o público jovem (até agora de maneira saudável e forte), para mim já é um plus.
Cara, o mais legal mesmo é como vocês falaram, sensação de que o Tapei até aqui sabe fazer um enredo bem costurado nessa estória.
E de fato, o ultimo episódio, apesar de importante par trazer a dualidade/mistério da Satella e Emília, não foi um bom gancho. A série só cria esse hype por conta de todos os outros episódios
Dou destaque também as cenas de Gore, muito bem posicionadas nessa segunda temporada.
Nossa, que vontade de perguntar Spoiler para o Rub,
mas viu ficar quetinho, lendo as Light Novels e vend o anime.
Grande abraço, gente