Ainda não acreditando que estou vendo uma segunda temporada de Isekai Shokudou.
SINOPSE: O Western Restaurant Nekoya é um restaurante popular localizado em uma esquina de um bairro comercial de Tóquio. Servindo pratos tradicionais japoneses e ocidentais, este estabelecimento gastronômico é popular entre os residentes de Tóquio. Mas este restaurante aparentemente normal também é apreciado por outro tipo de clientela … Embora se pense que o restaurante fecha aos sábados, a verdade é que neste dia especial de cada semana, as suas portas estão abertas aos habitantes de outros mundos. De dragões e elfos a fadas e magos, este restaurante não tem escassez de clientes estranhos. No entanto, o enigmático chef conhecido apenas como “Mestre” estará esperando para servir seus pratos favoritos com um sorriso amável e fazê-los voltar nos próximos sábados.
Mais um anime de culinária diferente
Tenho que dizer que foi uma surpresa e tanto ter mais uma season de Isekai Shokudou. Não que o anime seja horrível ou coisa parecida. Era mais pelo fato de que é um slice of life da rotina de um restaurante multidimensional e que não tem nenhum apelo mais ‘extravagante’ com o público otaku. É literalmente o cotidiano pacato tanto dos clientes quanto do pessoal que trabalha no estabelecimento.
Na parte do roteiro, pode-se resumir que é o caso do dia (ou mais de um) cada episódio, em que acompanhamos todos os problemas enfrentados por algum personagem e que encontra um refúgio ou lugar de descanso comendo a comida do restaurante em questão. Não espere coisas megalomaníacas ou perigosas, pois a intenção da obra é despertar outras emoções, como gula, conforto, acalento, paciência, calmaria, entre outras coisas mais serenas e pacatas. Veremos alguém do elenco com seus hábitos diários e sua vida normal naquele mundo mágico, tendo alguma adversidade ou explorando um local, em seguida descobrindo uma porta enigmática, adentrando o restaurante, ficando deslumbrado com a evidente diferença cultural e descobrindo novos sabores com as receitas feitas pelo chefe protagonista.
O primeiro episódio foi assim em sua essência. Temos uma arqueira se aventurando em uma missão de exterminar goblins e que encontra em um local improvável, uma porta nada familiar, tendo a curiosidade como motivação para sua investigação desse objeto tão inusitado. Temos o que é de costume para qualquer pessoa que chega em um local estranho: desconfiança, medo de algum perigo não percebido, iniciativa para averiguar o que é, solicitar o que estão oferecendo, experimentar, gostar do que consumiu e desejar repetir o que lhe foi do seu agrado. De forma geral, são esses passos que acontecem quando um novo personagem conhece o restaurante e fica maravilhado com o que comeu que estava disponível no cardápio (obvio, sem aqueles exageros performáticos do pessoal de Shokugeki no Souma tendo orgasmos alimentícios durante a alimentação). Pior que vendo a mesma coisa, várias e várias vezes, ainda assim o anime é muito gostosinho de assistir. Do clima descompromissado, com a leveza que a direção conduz os episódios para deixar o espectador o mais tranquilo e relaxado possível, acompanhando as pequenas reações deixadas pelos personagens como uma recompensa emocional gratificante.
Tentando injetar novidades no padrão do anime
Como já aconteceu quando mostraram um flashback do Tenshu assumindo o restaurante, ou a origem da Aletta ou como a Kuro foi parar lá para trabalhar, a segunda metade do episódio da estreia foi focada no novo lar da Aletta morando com a Sarah. É uma expansão bem-vinda, dado que anteriormente, a Aletta vivia nas margens da sociedade por ser uma mestiça com demônio. A dinâmica entre as duas é muito boa de assistir. A Sarah sendo uma espécie de irmã mais velha e a Aletta como uma mãe preocupada com a amiga. E de praxe, temos mais algum prato sendo degustado e louvado pela dupla de personagens como fosse algo divino sendo feito somente pelo melhor cozinheiro.
Em relação a parte técnica, o anime consegue manter o mediano em sua execução. Exceto a direção, todos os demais quesitos são decentes, mas sem grande destaque perante as outras obras sendo lançadas nessa temporada em um comparativo direto. A animação usa muitos quadros estáticos e técnicas de economia nos desenhos dos frames, mas ainda apresenta uma consistência invejável a muitos animes com mais investimento do que aqui foi dado.
Recomendo?
Mesmo que não seja um anime dispensável no conceito geral, para quem quer assistir uma obra do tipo leve, descompromissada e capaz de alegrar o seu dia, pode ir ver Isekai Shokudou. O único empecilho seria começar, porque são 12 episódios na primeira temporada e mais os que já foram lançados da segunda. Ver todos em sequência pode ser bem cansativo. Recomendo assistir um ou dois episódios por dia, que você chegará nos atuais logo mais.
1 thought on “Isekai Shokudou 2 #1 – Primeiras Impressões”