Seria mais emocionante assistir as Cataratas do Iguaçu do que o episódio dessa semana de Mushoku.

Seria mais emocionante assistir as Cataratas do Iguaçu do que o episódio dessa semana de Mushoku.

Olá pessoal! Mushoku decidiu ir a 10 km/h em uma rodovia federal, e nós (Alê e eu) tentamos tirar conteúdo de um episódio bem parado e que tinha tudo para ser emocionante e catártico, mas no final não foi. Então bora lá tentar compreender o relacionamento de pai e filho dessa obra.

RUB: Vamos lá Alê, porque essa semana vai ser difícil. Nem falo que foi ruim o episódio dessa semana de Mushoku, mas que, NOVAMENTE, teremos que fazer muito esforço para tirar algum conteúdo daqui para uma discussão. Vou resumir a nossa situação meu caro. O episódio 6 de Mushoku teve apenas TRÊS CENAS em mais de 20 minutos. 3 APENAS. Isso sem contar que boa dos nossos comentários que iremos fazer, só vão reforçar o que conversarmos semana passada. Mas bora tentar, porque estamos aqui para isso e ver se adicionamos outros aspectos para discussão geral do anime até então. A introdução mostra como o Paul e a irmã do Rudeus pararam naquela situação. Ao que dá a entender, os dois estavam abraçados no momento do teletransporte e que ambos foram movidos para um outro local, porém ainda no mesmo continente, permitindo seu regresso de volta para casa. Aí temos um slideshow, em que os dois retornam para a cidade, porém poucos sobreviveram ou conseguiram voltar, fazendo o Paul montar essa party de resgate maluca, com uma guerreira que veste BIQUINI como armadura. Até não impliquei com essa personagem tanto no episódio passado, porque boa parte das cenas que ela aparece e fica em foco, foram naquele galpão escuro e os ângulos de câmera ficavam muito próximo da personagem, não permitindo evidenciar toda dimensão dessa merda que não faz sentido de termos uma guerreira que usa pouca roupa para lutar. Só que agora temos uma fotografia muito clara e distante, mostrando uma parada que você reclamou para caralho Alê, que NÃO EXISTE COERÊNCIA TERMOS UMA LUTADORA QUE USA TÉCNICAS CORPO-A-CORPO TER UMA ARMADURA DE SUTIÃ E CALCINHA DE FERRO, SENDO QUE O RESTO TODO DO CORPO DESSA CRIATURA ESTAR EXPOSTO A QUALQUER ATAQUE! O QUE ELA VAI PROTEGER COM AQUILO? MAMILOS??? PENTELHOS??? PORRA, CORAÇÃO, CEREBRO, PULMÃO, ESTÔMAGO E OUTRAS AREAS FRÁGEIS DO CORPO HUMANO ESTÁ ALI COMO ALVO PARA SER ATINGIDO CARALHO!!! NÃO TEM LÓGICA ESSA PORRA! Mas beleza, vamos ignorar essa merda por agora, porque ainda temos o Geese dando bronca no Paul. Eu não sei você Alê, mas quando foi que o anime mostrou toda essa SABEDORIA para a personalidade do Geese? Quando isso aconteceu? Desde quando um malandro tem toda uma maturidade para dar sermão em um pai de família? E o pior que ele mandou bem nos comentários feitos para o Paul. Tipo, gente, do nada? Alguns segundos atrás nem sabia que ele era amigo do pai do Rudeus. Mais uma coisa que cai de paraquedas nessa história e temos que aceitar que era assim anteriormente.

ALÊ: Eu acho que daria para a gente comentar esse episódio em 2 parágrafos, mas vamos tentar fazer render. Alguns episódios atrás eu comentei que gostaria que usassem o espaço que é da OP para mostrar cenas mais interessantes, que seriam úteis e que dessem desenvolvimento a alguma coisa e olha só, esse episódio teve isso. Gostei de como usaram todo esse trecho para dar o contexto do lado do Paul sem dizer uma palavra sequer, apenas mostrando a viagem dele com a filha e exibindo um pouco da região que eles passavam, como por exemplo, no momento que ele chega onde seria a terra deles e não tem nada lá. Achei muito bom mesmo. Agora, saindo de algo bom e passando para o lado terrível, a guerreira lá, puta que pariu. Episódio passado poderia até cogitar que sei lá, a guria estava se trocando, mas nesse não tem nem como. Aquela é a ‘roupa’ dela mesmo. E pensando que ela fica assim no calor, no frio, na chuva… ELE SE VESTE DESSA FORMA EM QUALQUER OCASIÃO. Nada é protegido e torna a luta dela com o Rudeus semana passada PIOR. Esse é um dos motivos para dizermos que o Rudeus não é o único problema desse negócio. Ele é o principal, mas está muito longe de ser o único. “Arrumar ele” não vai transformar isso para BOM. E sobre o cara lá, é estranho que do nada ele vire um sábio, sendo que nem o próprio Paul parecia ter consciência desse lado do amigo. O cara era um completo inútil enquanto estava lá preso, se ‘protegendo’ atrás do Rudeus, não sugerindo ou pensando em nada. E agora, do nada, o cara vira um puta conselheiro. Ele poderia ter esse lado sem a gente saber? Claro que sim, mas o que torna isso no mínimo estranho é que já tivemos contato com ele e em momento algum dá a entender algo do tipo. Essa parte teria sido melhor se o personagem não tivesse sido introduzido antes e fosse colocado somente agora na narrativa.

RUB: Estou contigo nessa. O Geese teria que ser melhor desenvolvido nesse aspecto, até para aprendermos coisas sobre o personagem, nos dando uma base do que ele é capaz de fazer. Ele sequer teve algum momento relevante. O Geese sobra aqui e ele ser o conselheiro da treta entre o protagonista e o Rudeus, deixa tudo ainda pior, porque até agora eu não sei NADA do personagem. Suas intenções, afinidades, medos, receios… É um figurante de luxo. Para o autor dessa bagaça, foi suficiente para ele mandar a real para o Paul e o incentivar a falar com o Rudeus. Aí temos a segunda cena desse episódio que é a conciliação dos dois personagens. E resumindo essa conversa, foi o que basicamente comentamos no post anterior. O Paul reconheceu que estava muito afetado com o sumiço de geral, que ver o Rudeus feliz da vida em meio daquela desgraça toda o afetou, que ele estava exigindo demais do seu filho pequeno e que estava arrependido do que fez. Pelo lado do Rudeus, o protagonista reconheceu que estava levando essa viagem como fosse uma quest de um jogo, que ele tinha esquecido de sua família, que não teve empatia nem com sua família ou com os pais da Eris e que ele precisa melhorar nesse aspecto de se importar com outras pessoas além de seus próprios interesses. TUDO ISSO já falamos, porque ficou claro no episódio passado. E aí que é o maior problema com o capítulo dessa semana. O episódio deu voltas nos mesmos temas levantados e enrolando ao máximo em mostrar a resolução desses problemas que sugiram. Foram mais de 20 minutos para uma perdão mutuo entre pai e filho e só. A quantidade de cenas com silêncio e panoramas contemplativos, estão de sacanagem. NÃO ACONTECE MAIS NADA ALÉM DISSO no episódio. E como esses personagens foram mal desenvolvidos até aqui, acaba que temos nenhuma empatia com esse drama. Parece uma enrolação sem fim. E já conhecendo como a obra Mushoku trabalha, será que esse momento irá impactar os personagens no futuro? Será que o Rudeus irá melhorar no decorrer da narrativa daqui em diante? Ou continuaremos igual, com o personagem fazendo as mesmas merdas?

ALÊ: Exato! Não sabemos nada do Geese. Ele viaja por aí, deixa o grupo para trás, depois de um tempo volta e vai embora de novo. Não temos um pingo de noção sobre ele e pelo que parece, o personagem ocasionalmente vai voltar a aparecer para alguma coisa. E pois é, o miolo do episódio é uma grande volta em algo que já havia sido deixado claro no episódio passado. A cena é muuuuito longa. Poderia ser compactada. A impressão que passa é que alongaram o conteúdo original para fechar um episódio inteiro, fora os momentos de pausa, sem fala alguma, focando em cenários ou coisas sem relevância que reforçam essa ideia de que parece ter sido esticado ao máximo. A cena em si é bonita, mas cara, a essa altura eu estou muito foda-se com qualquer coisa que venha a acontecer com o Rudeus. O Paul não é essa maravilha toda (muito pelo contrário), mas ainda é melhor que o protagonista. Tanto que a cena pesa mais pelo lado dele. Só que novamente, não consigo me importar. Aconteceu tanta merda até esse ponto da história que pode ocorrer qualquer coisa com os personagens que não vou ligar, e olha que gosto muito de tramas e momentos familiares (vide que estou adorando “Saihate no Paladin”), mas não cola. Fora que me incomodou um tanto que rolou uma puta passada de mão na cabeça, porque assim, ambos reconhecem erros cometidos, sendo do Paul por cobrar demais de uma criança e sendo mais um reflexo do que ele queria ter conseguido fazer e o Rudeus pelo lado de tratar tudo como uma grande brincadeira e não se importar com a família. Só que deu aquela sensação de que para o lado do Rudeus, a parte de assédios e outros problemas do personagem também foram ‘perdoadas’. Reclamamos do final do episódio passado que a Eris e o Ruijerd confortaram ele minimizando o problema e meio que isso volta a acontecer aqui. Pelo menos por agora, PARECE ter tido uma evolução do personagem, só que entra naquelas: é Mushoku e não seria a primeira vez que a obra confronta as ações do personagem e não muda em nada mais adiante. Não boto minha mão no fogo. Acho que vamos voltar quase que a estaca zero em breve, mas no momento, é esperar para ver…

RUB: Sim, porque temos a Eris também interagindo com o Paul e com o Rudeus levando a Eris para casa, prometendo para o pai que vai o ajudar a resgatar o resto da família. Termina em um tom otimista, mas não sei até quanto Mushoku irá trabalhar nessa problemática do Rudeus só se importar de si mesmo. Ainda não acredito que o autor aprendeu e vai continuar rolando diversos absurdos ofensivos na nossa cara. Se for para ser otimista, só espero que não tenha mais piada, de agora em diante, com o Rudeus de pau duro com alguma menor de idade. Não é pedir muito, né Alê? Muito fácil de fazer, mas nem no básico esse autor está acertando. Complicado…

ALÊ: Considerando o histórico daqui, pode ser que seja pedir muito, rs. Mas o que foi apresentado nesses 2 episódios mais recentes, pode rolar uma maquiada nessas questões. O tempo dirá o que vai rolar.

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