Uma conclusão de arco excepcional!
Olá meus queridos. Com esse 5° episódio, nós chegamos ao fim do primeiro arco de “Saihate no Paladin”. E a conclusão dele não poderia ter sido melhor! Fiquem com nossas impressões do episódio 🙂
RUB: Alê, depois de uma queda de qualidade no anime, voltamos a normalidade no episódio 5. Não que esteja de encher os olhos, principalmente considerando a luta que teve nos primeiros minutos, mas o anime soube contornar a maioria das limitações em boa parte de sua exibição. Até porque, continuamos acompanhar o exato momento que terminou a narrativa semana passada, com o William correndo desesperado para salvar sua família. Apesar da luta ser concluída de uma forma esperada, tivemos algumas surpresas. Temos o protagonista derrotando o Stagnate com auxílio da Gracefeel e da Mater (deusa que a Mary ora diariamente), com direito a reforço dos votos que ele fez para sua Deusa no semana passada. O que chamou minha atenção foi todo esse embate ter sido resolvido sem ‘grandes problemas’ inicialmente. Cogitei que não iria restar ninguém e que o protagonista seria o único sobrevivente. O autor foi bem nesse trecho, porque me fez acreditar que estaria tudo bem a partir dali, porque temos a Mary e o Blood planejando dar presentes para o William como uma recompensa pelos seus feitos, mas quando eles caem, recordei que eles prometeram suas almas e que o prazo de validade se esgotaria em 200 anos depois. Eu tinha esquecido. A cena vai te conduzindo para algo bom, no entanto ainda existe coisas a quitar e era vez deles partirem. A cena é muito bem conduzida, porque tem toda a carga dramática do protagonista ter relaxado, como aconteceu com os espectadores, ao vencer o inimigo, só que o William ainda precisava se tornar um adulto de fato. Ele precisava vivenciar uma perda e valorizar os melhores momentos que passou junto de seus pais até ali. Não cheguei a chorar, porque quando acontece a revelação do Blood e Mary iriam morrer, meio que eu estava preparado desde semana passada. Acho que fui me acostumando com a ideia que o William iria seguir a jornada sozinho e que o Blood e Mary encerrariam suas participações ali. Visto também que a opening não dava tanto destaque para os personagens, e de como a história estava encaminhando até ali, o meu consciente só assimilou o momento triste como algo que faz parte do ciclo da vida.
ALÊ: Sim, o episódio 5 estava muito melhor em termos de acabamento e animação em relação ao seu antecessor. Os quadros estavam bem mais polidos, as movimentações, sobretudo as partes dramáticas estavam bem mais fluídas. Só os momentos iniciais que estavam um pouco estranhos, tipo aquela cena do Will correndo, mas fora isso, todo o episódio foi bem competente. Acho que tiveram que priorizar alguns episódios e no caso, moveram mais da atenção para o encerramento do arco. Inclusive, uma das coisas que reclamei no episódio passado foi o uso da trilha sonora e nesse episódio, achei ela bem melhor. As músicas tinham mais presença e souberam utilizar bem elas durante os momentos necessários. Assim, quando eu estou muito envolvido com o episódio, animes que eu gosto e tal, geralmente “não consigo” pensar muito no que pode acontecer adiante. Acaba ajudando em momentos dramáticos, principalmente visto que normalmente eu não vou esperar por que está por vim, e assim, me rendeu boas surpresas durante o episódio. Gostei da aparição da Deusa Mater, em especial pelo lado de que se tinha uma construção – da perspectiva do Will – de que era uma punição para Mary. No fim, não era tão preto no branco assim. Ficou muito bonita a cena da Deusa ajudando e também pela Mary, pois ela foi contra o que a Deusa queria e isso gerou sua culpa, mas nem por isso ela estava sozinha ou tinha sido abandonada por Mater. Durante esse segmento eu quase chorei (quase mesmo). Já disse antes que tramas familiares mexem muito comigo e despedidas então, nossa, me pega de jeito. Durante esse episódio, eu olhava a timeline e como ainda tinha tempo, dava para imaginar que ainda teríamos mais alguns desdobramentos. Eu arrisco a dizer que ia chorar se eu não tivesse meio que lido um spoiler do episódio. No sábado, eu vi um tweet do autor traduzindo aqueles extras curtos em formato de chibi dos personagens. Aí ao invés do burro aqui só dar RT e seguir a vida (porque eu não tinha visto o episódio ainda), fui inventar de ler. Logo nas primeiras falas, uma delas era da Mary falando algo como: “Agora que não estamos mais no anime…”. Na hora eu me toquei e saí dali. Mas enfim, eu meio que ainda estava apegado a ideia, ou melhor, ao desejo de que eles saíssem vivos, por isso acabou pesando muito mais para mim. Mas ao final do episódio, o sentimento foi de que era necessário, tanto para o Blood e a Mary, como para o Will crescer como pessoa e ter aquela experiência era importante. Portanto, o sentimento final foi de paz e até satisfação.
RUB: E temos a primeira vez que mostram o rosto do Blood e da Mary com clareza antes da maldição, Alê. Tínhamos somente contornos faciais no episódio 3, mas aqui não tem truque de iluminação para ocultar os detalhes. Eram bem o que eu esperava. Até para ser mais detalhista, eu achava que o Blood tinha barba. Ele falava tanto sobre crescer e ser um guerreiro e tal, que veio na minha imaginação uma barba em seu rosto. Acho que eu tenho uma figura de guerreiro um homem com barba, sei lá. O Gus já tinha seu rosto normal, não gerando essa expectativa. Mas dos demais, suas aparências foram mudadas drasticamente e foi legal ver suas formas originais. Em seguida, temos eles comemorando, bebendo e se divertindo, até que os limites vitais de Blood e Mary se exaurisse, com a Gracefeel conduzindo suas almas para novas reencarnações. Coitada dessa Deusa. Ela basicamente trabalha conduzindo milhões de almas para novas oportunidades SEM PARAR, igual motorista de ônibus, dirigindo o veículo até o destino sem ganhar ao menos uma folga xP. O que me deixa tranquilo é que os personagens terão novas chances em outros mundos por aí, podendo até se encontrar novamente em diversas oportunidades. Gosto desse conceito de que uma vida é só uma passagem no tempo, porém sua alma é um somatório de vidas passadas de outros mundos, sempre se movimentando, em busca de um equilíbrio espiritual. Ainda tem uma outra coisa que me pegou desprevenido que foi o Gus ter ficado. Para mim, ele também iria junto com os outros dois personagens. Aí temos toda a explicação que ele RENEGOCIOU sua permanência naquele mundo para ainda continuar protegendo o selo do local. Por consequência, também descobrimos que o Blood e a Mary escolheram morrer por já estarem cansados e acharem que já passou a hora deles retornarem para o meio espiritual. Creio que deva ter relação também de ensinarem o protagonista sobre o valor da família e de sua perda, e que por isso passaram o sermão sobre ele ter que seguir em frente, mesmo sem terem o apoio dos pais por perto. E pensando aqui, coitado do Gus ter que vagar por 10 anos, sozinho, naquele templo sem ter a companhia de alguém ao menos para conversar.
ALÊ: Sim, a Gracefeel tem um trabalho imparável. Só de ter que administrar as idas e vindas de almas de milhões, ou até bilhões de pessoas/seres deve ser puxado (queria falar cansativo, mas aí lembrei que é de uma Deusa de quem estamos falando). Gostei muito do trecho do Gus falando que a Mary e o Blood foram que escolheram partir, pois se assim não o fizessem, eles iriam querer ficar cada vez mais tempo com o filho, sempre estando preso à terra e a vida que já passou, sem querer seguir o caminho natural das coisas. Tudo tem um começo, meio e fim, e isso faz parte da natureza. Gostei demais de como foi trabalhado e da forma que foi feito. Nós chegamos ao final do episódio com aquela sensação de paz, de que está tudo bem e que é natural. Você tem a parte do Will não querer que eles vão, afinal, é o mais normal a se fazer quando se trata de alguém que amamos e nos importamos, para logo depois chegar na parte de se conformar e que é o melhor para ele. Eles até podem não estar mais fisicamente, mas as lembranças e seus ensinamentos vão ser perpetuados e carregados por onde ele for. Eu também gosto de pensar que mesmo depois de mortos, eles vão estar lá com ele, o protegendo quando necessário. Acho muito bonito toda essa parte (vontade de chorar voltando). Gus ter ficado também foi uma surpresa para mim. Desde o momento que ele sai para ir buscar a bebida e os pais do Will começam a ficar fracos, ali mesmo eu me perguntava o que aconteceria com ele. No fim, não aconteceu nada. Ele ter ficado mostra que parece não ser tão complicado a negociação com os Deuses. Eles parecem serem um pouco maleáveis. E sim, ele passou 200 anos ‘vivo’, mas pelo menos ainda tinha tinha a companhia da Mary e do Blood. Agora vai ter que ficar alguns bons anos lá, sozinho. 10 anos é um tempo bem menor que 200, mas estando sozinho, deve acabar sendo uma eternidade para todo mundo.
RUB: Depois da despedida, vem a tona todo o sentimento de nostalgia, com o Wiliiam se dando adeus a sua casa em rumo à uma nova aventura. O Gus, como presente de despedida de vô, dá dinheiro e um sobrenome. Bem que achei estranho antes, porque tanto no Wiki do anime quanto no Myanimelist, todos tinham o nome completo do protagonista e ninguém citou esse fato até agora. Também é esquisito ter o sobrenome com o nome dos pais, mas faz sentido dado ao fato que faz parte da cultura dos elfos criar sobrenomes para seus herdeiros baseados em suas origens. Agora sim é entendível ter aquele sobrenome um tanto inusitado, junto com a inicial do apelido do Gus (William G. Maryblood). Em seguida temos a ending e tomei um susto, porque faltava mais 5 minutos para terminar o episódio. Tentei adivinhar o que ainda tinha para exibir, como talvez alguma cena no futuro, ou uma outra cena envolvendo o protagonista logo após começar sua jornada andando por aí. Mas quando mostra que é flashback do Blood e da Mary enquanto ainda eram humanos, foi um encerramento perfeito para os dois personagens. Ao menos confirmou o que eu suspeitava que eles tinham algum relacionamento amoroso anteriormente. E pelo que aparenta, toda essa parte seriam momentos antes deles terem suas humanidades presas em uma maldição. Não teve nenhum casamento depois e eles não concluíram suas promessas, uma pena. E eu gostei da interação entre os dois, coisa que não foi apresentada dessa forma nos episódios passados. Sempre víamos os dois interagindo e conversando sobre o William e não sobre eles mesmos. Foi excelente de assistir, deixando aquele sentimento de QUERO MAIS , nem que seja em um spin-off contando um pouco sobre seus passados. Acho que foi uma decisão sábia encerrarem o primeiro arco dessa forma. Não sei se vem do original ou a organização da narrativa desse episódio foi decisão criativa da produção do anime, entretanto estão de parabéns, pois terminaram esse arco introdutório maravilhosamente bem, gerando sentimentos acolhedores, de saudades e de despedida no público com esses 2 personagens. Perfeito.
ALÊ: Sim. Eu estranhei o sobrenome do Will, porque acho que seria melhor o inverso: “Bloodmary”. Mas fora isso, gosto disso, porque traz a ideia de que ele estará carregando os pais consigo, e ainda deu um jeitinho de incluir o Gus também, tendo toda a sua família em sua história. Como disse parágrafos acima, fui vendo o tempo que restava para o fim do episódio ocasionalmente e quando rolou a despedida, vi que faltava um espaço enorme para terminar o episódio. E nem colocaram a ED animada. Foi o fundo preto com os créditos da produção subindo. Fiquei na expectativa. Cogitei que poderia ser um trecho mostrando alguma cidade vizinha que o William vai passar com algum problema que ele irá encontrar, mas não, recebi algo muito melhor e muito mais do que eu esperava. Que encerramento LINDO. Ali me pegaram de jeito MESMO. Não esperava ter aquele repertório de suas vidas antes deles virarem mortos-vivos. Tinha essa lacuna de qual seria o relacionamento dos dois. Como nunca teve algum clima entre eles, achei que só eram parceiros. Mas foi ótimo ter esse pequeno trecho e como você disse, fica aquele gostinho de QUERO MAIS. Fica a dica para o autor fazer um spin-off sobre os dois XD. Em resumo, apesar de não conseguirem ter o filho deles ‘em vida’, a família surgiu exatamente como queriam. Foi lindo e um encerramento perfeito. Parabéns aos envolvidos.
RUB: Acabou que o episódio dessa semana foi muito bom Alê. Em contrapartida o da semana passada, o episódio 5 foi uma baita finalização de arco do começo do William e dos demais personagens. A produção conseguiu executar e compor um senso narrativo muito bom, abrindo novos caminhos para a história mais para frente, tanto para o William, quanto para nós. A partir de agora, tudo será novidade e estou curioso pelo que está por vim. Aguardaremos o que nos reserva semana que vem Alê.
ALÊ: Sim, foi muito redondo. Até comentei contigo que se terminasse por aqui, seria igualmente perfeito. Mas vamos ver onde vamos ir a partir daqui, sobre os personagens, do mundo e dos cenários. O máximo de referência, no momento, é o que teve na OP e ED. Estou curioso. Nos vemos na próxima semana!