Um belo desenvolvimento para o Menel.

Um belo desenvolvimento para o Menel.

Passamos da metade de “Saihate no Paladin” e nesse episódio, tivemos o desenvolvimento do Menel, personagem apresentado no episódio passado. Além disso, começamos a entender um pouco mais do mundo e isso atiça ainda mais a nossa curiosidade para sabermos sobre outros temas abordados.

PS: antes de começar a postagem, reforçamos o que dissemos na nossa conversa: essa semana não teremos um novo episódio por problemas de produção. Então não esperem nova postagem sobre o anime na próxima semana 🙂


RUB: Alê, voltamos para mais post comentando semanalmente sobre Saihate no Paladin. O episódio da vez é o 7, sendo esse focado no personagem do Meneldor. Faz sentido, porque no momento precisamos conhece-lo melhor para ganhar a nossa empatia conforme assistindo a adaptação. E achei uma decisão bem acertada em desenvolver o personagem agora, até para não atrasar a narrativa e a partir daqui, seguir embalado na aventura dos dois personagens. Também adorei que a fonte da magia que o Meneldor consegue manipular vem das fadas. Enquanto que o William usava inscrições magicas no chão como proteção, o Meneldor manipula a natureza a sua volta como abrigo e fortaleza para possíveis perigos. Deve ser uma características élfica da obra, porque mais para frente ele disse que viveu por um longo período sem ajuda de ninguém e que aprendeu a se virar por si próprio. Essa afinidade com todos os elementos naturais, ao menos nesse começo, deve ser algo próprio das raças dos elfos, e que mesmo sem instrução, alguém pertencente ao grupo consegue usá-la. Um outro fato que vale destacar nesse inicio é que o Meneldor odeia pessoas abonadas e que vivem no conforto além de suas necessidades básicas, porque graças ao comportamento educado do protagonista, o elfo parte da suposição que o William não é uma pessoa realmente preocupada com os demais e que vive fazendo esse altruísmo e socorrer os mais necessitados como um passatempo. E o William é bem curioso, porque ele quer aprender mais sobre os elfos, além do que leu nos livros. São interações excelentes, porque cada um tem o seu jeito de lidar com o próximo, porém que precisam trabalhar juntos para um objetivo em comum. Até porque, como eu disse semana passada, o William se tornou um guerreiro surreal, pois ele é muito forte e extremamente habilidoso com magia, além de se virar com outras tarefas domésticas. O Meneldor até fica intrigado, porque como um sacerdote, aos seus olhos, consegue ser tão forte nos combates, ao mesmo tempo tão devoto? Pessoas religiosas desse mundo não devem seguir um perfil parecido para ser a causa do estranhamento que o Meneldor tem ao ver William derrotar um bando de mortos-vivos sem grandes dificuldades.

ALÊ: Gostei também de desenvolverem o personagem nesse episódio. Foi a melhor decisão pensando que o Menel vai acompanhar o protagonista a partir de agora. Caso não tivessem dado esse destaque para ele agora, dificilmente conseguiriam fazer o mesmo futuramente, e caso não fizessem, qualquer coisa que viesse a acontecer com ele, seria um grande distanciamento emocional com o personagem. E essa cena foi feito de forma excelente. Também acredito que o uso das fadas e da natureza, como forma de proteção e de conseguir o que é necessário para sobrevivência, seja uma característica própria dos elfos. Não tenho muito contato com histórias fantásticas, mas pelo que me lembro das eu que li e vi, elfos tem uma maior conexão com a natureza, sendo um tanto defensores dessa harmonia, acreditando nessa força. Eu gosto que tanto o William como o Menel não tiveram contato com pessoas parecidas antes. Tudo é novidade para eles. Enquanto o Menel tem uma visão errada sobre o Will, achando que na verdade ele não se importa realmente com as pessoas, mantendo apenas uma postura de bonzinho, o Will quer conhecer mais sobre os Elfos, como eles vivem, a relação deles com o tempo, com as fadas e a natureza. Como um tem pouco conhecimento sobre o outro, ao mesmo tempo que o Menel desconfia ou estranha ações do protagonista, o Will é mais empolgado para conhecer mais do (futuro) novo amigo, gerando interações maravilhosas de ver. Parte do que achei no post passado (ou retrasado, não lembro) parece estar certo. As pessoas que vivem nas regiões, não parecem ser tão religiosas ou devotas (o próprio Menel mostra isso nesse episódio) e há um certo estranhamento sobre ‘virtudes’. Como você bem apontou, o Menel estranha alguém tão forte ser fervoroso devoto. Parece que uma coisa não encaixa na outra. Ou você é um, ou você é outro. Estou bem curioso para saber como prosseguirá essa relação futuramente, conforme eles avançam nas vilas e, principalmente, quando chegarem em alguma cidade melhor desenvolvida.

RUB: Até devemos comentar da cena do Meneldor encontrando um menino quase morto, com o corpo completamente queimado. São esses momentos de construção que acho fabuloso no roteiro do anime. O Menel tem todo uma pose de não se importar com o que acontece a sua volta, entretanto, no momento em que desastres acontecem com pessoas que ele conhece, o personagem fica sem saber o que fazer. Tanto que a hesitação dele quando o menino tenta o tocar, é um misto de emoções, porque é a sensação de incapacidade de fazer algo para o garoto nos últimos momentos de sua vida, ou do que o Menel está pensando, da angustia dele de não saber o que dizer, ou do medo do desconhecido, pois o que o personagem irá decidir? Ele encontrará outras pessoas no mesmo estado? Ele deveria estar ali? O receio dele em ajudar, talvez seja o medo de ver outras pessoas serem mortas ali próximas? O Meneldor tenta se proteger, emocionalmente, de qualquer coisa que possa a se tornar um trauma para ele, mas ao mesmo tempo, não consegue ficar parado assistindo atrocidades por aí. Tanto que graças ao William, com sua calma em abraçar a criança e rogar uma benção para seguir o caminho espiritual, o Meneldor se recompõe e também conforta seu conhecido, também orando para que tudo ocorra de forma tranquila de sua passagem para uma outra vida. São essas cenas que servem muito para construir e desenvolver os personagens para os espectadores. E isso é reafirmado quando eles vão de encontro com Marple. Ela foi uma espécie de família para o Meneldor por um tempo. Ela serve para nos mostrar um pouco mais do background do personagem, em como se conheceram, a origem do Meneldor e o aconteceu para levá-lo ao caminho do crime. Inclusive, o Meneldor se preocupa com a Marple, porque ela seria a figura materna para o personagem no momento. E faz sentido quando conhecemos a história dos pais biológicos dele. Mas focando mais na Marple, ela realmente se preocupava com o Menel. Tanto que ela não foi para o ‘caminho da luz’, porque queria ter certeza que outra pessoa seria capaz de acompanhar o seu querido familiar adotivo nas aventuras que ele iria rumar. Ela até dar as coordenadas onde estaria o ninho dos demônios para que o William consiga destruir aquele local e restabelecer a paz na região. Até outro detalhe seria passagem de tempo que varia entre os humanos e elfos. O Menel não envelheceu quase nada, enquanto que a Marple demonstra sinais de idade muito mais aparente.

ALÊ: SIM! Aquela cena foi muito muito boa! Conseguem passar muito bem a relutância do Menel, sua angústia e sua dor que sente por não poder fazer nada pelo garoto. E o autor é bem sagaz de usar uma criança para esse momento, pois pega mais no emocional de quem está vendo (Quase chorei? Sim, quase). O Menel é meio tsundere. Não é muito de se expressar, mas se importa com aqueles a sua volta ou que conviveram com ele. Ele tenta se blindar, até por já ter passado tanto pela experiência de abandono e rejeição (pelo próprio povo), como pelo lado de que ele tem um período de vida muito mais longo. Enquanto ele não mudava quase nada da aparência, as pessoas ao seu redor iam morrendo e ele não podia fazer nada por elas. São camadas muito interessantes e boas para o personagem. Tanto no sentido de ter medo de se ferir emocionalmente, como pela “eternidade” de sua vida sobre o quão duro pode ser ao longo da vida. Ver as pessoas que você gosta, se importa e ama, falecendo enquanto você fica em um ciclo que se repete de novo, e novamente… Quando chegamos mais lá no final do episódio, ele revela ter vontade de morrer. É tão palpável e faz tanto sentido, porque é uma construção excelente em tão pouco tempo. E até acho que por mais que a produção seja limitada, esteja passando por problemas, eles sabem onde depositar suas fichas. Essa cena foi muito bem feita, tanto em termos de direção, como a própria animação que estava boa. O Will entra ali bem como alguém para ajudar o Menel nesse sentido, a conseguir se despedir das pessoas da vila, inclusive o garotinho principalmente, já que foi o primeiro a ser encontrado e o que causa um choque inicial no personagem. O Will ajuda ele a não assustar o garoto, a tranquilizar de que está tudo bem (vai ficar, no caso) e a se despedir do mesmo. Conseguiram fazer aquela alma descansar em paz. A partir dali, o Menel se recompõe e vai ajudando um por um a entrar no caminho da luz. A Marple era quem faltava para fechar o entendimento do personagem. Ela quem deu o fechamento final do personagem, se recusando a partir por se preocupar com o filho, sabendo que não iria ficar bem se estivesse sozinho daquela forma. A Marple serve bem para ilustrar as diferentes configurações de família que o autor apresenta na obra (e eu amo demais isso). Com o Will a gente tinha ele como sendo adotado e vivendo com Blood, Mary e o tio/avô Gus. Aqui o Menel foi rejeitado por aqueles que deveriam ter lhe acolhido (há também a questão de preconceito por ele ser meio-humano) e foi encontrar refúgio com uma desconhecida, que o aceitou. É ótimo para ilustrar que família é quem nos cria e quem a gente considera. Laços de sangue não são tudo ou o mais importante (com o adicional de que foi uma mulher sozinha criando ele). Acho muito legal e importante o autor trabalhar esse lado.

RUB: E puxando o assunto, a produção do anime deu uma caída de qualidade nessa semana. A edição estava meio estranha com uns cortes bem esquisito em certos momentos e a animação estava bem inconstante, tendo variação entre os designs dos personagens. Não deve estar sendo fácil para o pessoal, porque não terá episódio semana que vem. Pelo menos a equipe de produção ganhou mais alguns dias para animarem sem pressa. Alê, agora o Willam ganhou um novo amigo na party, com até direito a promessa do Menel por devoção para a Gracefeel, se tornando um novo devoto a sua religião. Gosto dessa parte final dele contanto sobre o seu passado e pedindo perdão por ter preconceito com o protagonista no primeiro momento. Ao que dá a entender, o Menel será um personagem recorrente em Saihate Paladin. William o ver como alguém querido e importante para sua jornada. Por enquanto serão os dois se aventurando por esse mundo. E já passamos mais da metade da temporada Alê. Ainda tem um monte de personagens que mostram na OP ou ED, e sequer apareceram ainda na história. Será que vai dar tempo? Mais cinco episódios será suficiente? Muitas perguntas Alê para o que vai acontecer com a obra. Tomara que der tudo certo para o resto da temporada do anime Alê.

ALÊ: Sim. Os quadros mais próximos e estáticos eram bem desenhados, mas era só se mexer e/ou o enquadramento afastar que o design entortava e fica inconsistente. Não é atoa que tendo sido anunciado que não teremos um novo episódio essa semana. Espero que essa pausa ajude a produção com os episódios finais, mas é uma tristeza que ele e outros bons animes da temporada estejam passando por tantos problemas. Gosto muito da sequência final, já que agora, enfim, o Will conseguiu um amigo e o Menel também terá alguém com quem contar a partir de agora. Vejamos por onde esses dois vão perambular. Estou um pouquinho preocupado com a reta final da série, porque normalmente eu esperaria que faltando 5 episódios para o fim, que já começasse a preparação para o clímax, mas não parece ser o caso aqui. E com tantos personagens que ainda nem apareceram, espero que não seja um indicativo de que vão correr com o material original. Sigo na torcida pelo melhor da série.


Fofo!!!

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