Eis que surgem personagens que brotaram do vácuo.

Eis que surgem personagens que brotaram do vácuo.

Chegamos num ponto de “Platinum End” que é meio enfadonho comentar o anime.Oss mesmos problemas se repetem, mas de certa forma, sempre tem alguma novidade para reclamar. Estamos nos aproximando da metade e ainda temos um longo caminho pela frente… Fiquem com as impressões do 11º episódio.


RUB: Alê, quando pensamos que estamos acostumados com as loucuras de Platinum End, o anime nos surpreende (NEGATIVAMENTE) com mais absurdos ainda. O episódio dessa semana sintetiza o que estou dizendo, porque o Hajime tem uma EPIFANIA ao ser acertado pela flecha da Saki. Ele literalmente descobre o segredo do UNIVERSO. O personagem tem uma iluminação que NASCEU PARA IDOLATRAR UMA PESSOA QUE NUNCA VIU NA VIDA E QUE ESTÁ FANTASIADA DE GATINHA, VOANDO POR AÍ. Alê, esse poder da flecha vermelha é uma INCONSTÂNCIA que dói de ver. Acho que o próprio autor tem consciência disso, visto que ele faz com que os PRÓPRIOS ANJOS FICAM SURPRESOS AO DESCOBRIR QUE VARIA DE PESSOA A PESSOA o poder da flecha vermelha ao atingir um humano. Aí tem uma porrada de piadas sexistas aqui, com ela tentando se esconder deixando o rabo balançando, com o Hajime enfartando, ou quando tem aquela montagem ridícula dele agradecendo aos pais (com direito ao pai dele espancando a mulher de fundo, enquanto ele está de pau duro em formato bebê) por terem o criado dessa forma, já que era para ser assim e que isso auxiliou a VALORIZAR o VERDADEIRO AMOR para uma colegial. Alê, é patético a cena, porque além de banalizar a mulher tanto pelo fetiche OTAKU de uma personagem estar de gatinha, a mãe do Hajime estar sendo agredida como FORMA DE AGRADECIMENTO, o que deixa pior todo esse começo. Para completar, o Hajime, ESSE MESMO JOVEM QUE DESCOBRIU QUEM ERA O METROPOLIMAN, cara mais inteligente que a policia, decide inventar uma desculpa que estava com vontade de cagar para o Uryuu e ir em direção para a guria falar com ela. Alê, os personagens ficam burros de uma hora para outra. O Metropoliman deixa o Hajime lá sem vigiar direito, sabendo que ele pode trair ou ser flechado por alguém, COMO ACONTECEU, e ainda acredita na desculpa esfarrapada do outro estar com diarreia e que queira cagar naquele momento em que age estranhamente. Mas esse Ohba é uma merda para construir uma cena com algum principio de lógica. É só no foda-se. O autor estava tão nem aí, que ele esqueceu que a porra daquela casa de vidros TINHA UMA PORTA. Em vez do Hajime liberar o pessoal por ali, ELE DECIDE FAZER ISSO COM UMA ESPADA E FURAR UM VIDRO A PROVA DE BALA. ALÊ, QUE ROTEIRO DE MERDA. Como eu disse semana passada, se o Hajime com uma ESPADA conseguiu quebrar o vidro, o Mukaidou com aquela roupa tática mais resistente, se ele fosse de encontro com aqueles vidros em alta velocidade, eles TAMBÉM IRIAM CONSEGUIR ESCAPAR. O próprio Ohba criou esse furo na história. Que bosta.

ALÊ: Essa semana os personagens estavam INSUPORTÁVEIS! Assim, no geral, Platinum End é bem chato, com diálogos desinteressantes. Só que ÀS VEZES, como no episódio passado, consigo me divertir com os absurdos falados e apresentados visualmente. Nesse episódio as cenas estavam MUITO LONGAS, com muita coisa, no mínimo, idiota acontecendo e quando não era isso, só é ofensivo mesmo. Esse episódio foi difícil de ver por causa disso. O cara está lá agradecendo por ter vindo ao mundo, porque agora ele encontrou uma garota e que descobriu estar apaixonado (meio que sem sentido, porque ele chega nessa conclusão sem ter base do que seria o amor), enquanto a mãe dele está lá sendo espancada pelo pai. É uma coisa tão horrorosa, nível de desserviço como na OP que incita suicídio. Nesse caso é até pior, porque índices de violência contra mulher são muito altos (não só no Japão ou no Brasil, mas no mundo em si). Não só violência física, mas como psicológica e de outros tipos. Enfim, um completo show de horrores. O autor não tem mão e nem um pingo de consciência para fazer essas cenas. Ele sempre dá uma glamourização e romantiza muito essas questões. As próprias tentativas de suicídio dos personagens são vistas como virtudes. É nojento. Sempre trataram o Metropoliman como ‘Ô inteligente’, como ‘Ô desconfiado’ de tudo e todos, para ele vir e acreditar numa desculpa dessas de coco. E tipo, o cara estava praticamente encenando uma peça de teatro em cima da casa de espelho e o Metropoliman não desconfia de absolutamente nada. Eu quebrei com o Hajime estourando o vidro da casa com uma fucking espada (que parece ser bem vagabunda, diga-se de passagem) sendo que armas de fogo praticamente não conseguiram fazer um arranhão no vidro. Sério gente, o que está se passando na cabeça desse autor? Não é possível isso. NÃO É!!! Me irrita mais ainda o Metropoliman ficar lá gritando com o Hajime ao invés de ir lá e meter a porra duma flecha na branca no maluco. Ele fica falando “EU VOU MATAR VOCÊ” e pensando que não pode deixar o Hajime sair dali ao invés de simplesmente ir lá e matar todo mundo.

RUB: Mas essa cena Alê fica pior, porque o Metropoliman não fica de papinho só com o Hajime. Ele decide FAZER UM GRUPO DE AUTO AJUDA COMO TODOS ALI. Começa com o discurso e ele NÃO PARA MAIS DE FALAR. E tem toda sequência do novo grupo dele aparecendo, com uma criança de mascara de Trump, um ex-militar lunático que adora cravar o dedo no gatilho, e a enfermeira que se veste como se estivesse em uma boate, não combinando em NADA com o resto (exceto o moleque) que ESTÃO VESTINDO ALGUMA ESPÉCIE DE PROTEÇÃO. E quem dera se fosse isso, porque o Mirai e o Mukaidou conseguem escapar e os VILÕES FICAM PARADOS, esperando todos se reorganizarem para que tenha um frame patético com todos em formação, tipo Power Rangers. Alê, eu não consigo me divertir vendo isso. O anime testa a minha paciência. Não dar nem para levar como uma piada involuntária, porque o anime se leva a sério demais com discursos rebuscados, porém vazios. Mesmo nessa tentativa, o Ohba fracassa MISERAVELMENTE em manter a tensão da luta. O Metropoliman decide dar uma colher de chá para os protagonistas, permitindo que eles levem a família do Mukaidou para o esconderijo deles. Alê, novamente eu pergunto, CADÊ O VILÃO INTELIGENTE QUE MATA PRIMEIRO E DEPOIS PERGUNTA, coisa que acontecia nos episódios iniciais? Não dá para tolerar essa justificativa de TEREM UMA LUTA JUSTA. Depois tentam fazer um malabarismo de argumentos, falando que os bonzinhos JÁ NÃO TERÃO MAIS CHANCE, PORTANTO O METROPOLIMAN NÃO PRECISA SE PREOCUPAR. Olha essa desculpa Alê. O Uryuu não se arriscava assim antes. Tanto que ele VIVE FANTASIADO para proteger o rosto, POR QUE CARALHOS ELE VAI DAR UMA CHANCE PARA SEUS ADVERSÁRIOS??? É CONTRADITÓRIO ESSA MERDA. Aliás, esqueci de comentar, porém graças a flecha da Saki, o Hajime está do lado deles agora. Ele até GANHA A PERMISSÃO DE EXECUTAR O METROPOLIMAN da guria. A Saki foi MAIS CORAJOSA que o protagonista até aqui. Tanto que se ela fosse a protagonista e o Mirai morresse, até teria algum elogio a fazer, porque ela tem a iniciativa de ir para frente, ao contrário do protagonista que fica nessa punheta de DEIXAR TODO MUNDO VIVO. O METROPOLIMAN MATOU DEZENAS DE PESSOAS, INCLUINDO UMA CRIANÇA, A SANGUE FRIO, COM GERAL VENDO, MAS ELE NÃO MERECE MORRER, MESMO QUE OUTROS HABITANTES DA CIDADE ESTEJAM CORRENDO RISCO DE VIDA. Quando o Mirai começa com esse dilema de matar, a vontade que tenho é EU MATAR ESSE FILHO DA PUTA DE TÃO CHATO QUE ELE É, PUTA MERDA.

ALÊ: O que acho absurdo nessa história toda é que ela basicamente inválida o que a gente assistiu nos dois últimos episódios, já que tudo começou quando o Metropoliman pede para o Hajime sequestrar a família do Mukaido, porque reféns são ótimos nesses casos e tal, para no fim ele não só deixar a família do alvo ir, como permite ESPERAR a Saki ir e voltar DUAS VEZES com as vitimas. Deixam até o Mukaido se despedir da filha. É uma discrepância ENORME entre uma situação e outra. Episódios atrás o Metropoliman matou uma criança friamente depois de torturar a bichinha, com todo mundo vendo e sendo transmitido na TV. Todo esse miolo do episódio é INSUPORTÁVEL. Brotam 3 personagens DO NADA. Posso falar por dois deles que aparecem nesse episódio e tem maior destaque. Puta que pariu, que péssimos personagens. Eles abrem a boca e dá vontade de morrer. Nada é orgânico ou natural. São diálogos estereotipados para personagens genéricos e que a única característica é seguir um arquétipo. E é isso. Eles querem GRITAR e isso irrita demais. Maluco com todo tipo de arma e quer ficar detalhando cada uma das características do seu armamento. Meu irmão, FODA-SE ISSO. Não é relevante. E o cara sai de cena minutos depois após ter o braço decepado. Se foder. A outra segue praticamente a mesma linha da yandere de episódios atrás. É uma doida (por mais que eu goste de vilões que mexem com química ou coisas mais ligadas a natureza) e que fica gemendo toda vez que abre a boca. ‘Sassuga’ Ohba. Sempre trabalhando personagens femininas da pior maneira possível. Parabéns!!! É aquilo que falei em outro post: toda vez que Platinum End vem com seu ‘pseudodiscurso’ pacifista, uma fada morre. É completamente desbalanceada as proporções do negócio. Protagonista quer manter essa pose para um cara que não pensaria duas vezes em cometer um genocídio se fosse para alcançar seus objetivos. Inclusive, o Uryuu seria um personagem melhor se o objetivo dele fosse só esse, acabar com os seres humanos porque sim, sem aquela coisa com a irmã dele. Tornaria o personagem bem mais tragável.

RUB: Mas para e pensa sobre o plano Alê. O Uryuu contrata um MALUCO que só sabe atirar e mais nada. Também coloca uma LUNÁTICA que tem um VENENO CAPAZ DE MATAR TODOS OS SERES HUMANOS, INCLUSIVE O PRÓPRIO METROPOLIMAN, E DE BOAS O GRANDE VILÃO ESTAR ALI, DE BOAS, DO LADO DESSA GALERA. CARALHO, ele não ficou ao lado do HAJIME que era mais de boas, visto que ele só tinha uma espada. Para o Metropoliman, é tranquilo ele ficar junto desses GENOCIDAS (ele é também, mas ao menos pensava e era cuidadoso nos planos, coisa que foi para o caralho nessa parte, por nenhum motivo aparente). Sério, eu juro que quero compreender esse roteiro que estabelece uma seguinte forma para um personagem, e LITERALMENTE esquece o que foi construído anteriormente. E todo mundo nessa reta final adora falar. A enfermeira do mal só faltou apresentar um TCC ali sobre seu veneno e TODO MUNDO OLHANDO, sem fazer ataques surpresas ou armar um plano. O grupo dos principais só ficam ali fazendo cara de assustado, com direito a cara de idiota do Mirai para fechar com chave de ouro. Sério que ninguém pensou que quando ela começasse a GARGALHAR de forma espalhafatosa, ninguém voasse e atacasse ela de surpresa. Certeza que conseguiriam matá-la. Essa personagem cria tantas aberturas para ataque, sendo que nem a própria roupa dela serve como proteção. É mole acabar com esse problema. MAS NÃO. Precisa desse exagero dramático do protagonista sendo coagido a obedecer ordens dessa cosplay de pobre da enfermeira de Silent Hill e ter um GRANDE GANCHO para semana que vem, porque se ela morrer, o chip no coração espalha o veneno também. Alê, sério, mesmo sabendo o que vem a seguir, ainda sinto que estou sendo um trouxa por assistir essa merda. Por incrível que pareça, o anime está POTENCIALIZANDO AINDA MAIS os defeitos que notei lendo o original. Mesmo que o mangá exagere nas expressões dos personagens fazendo caretas cartoonescas em momentos emocionais principais, o ritmo do anime deixa a adaptação INTRAGÁVEL para mim. E se seguirem o mangá, não vai ser semana que vem o fim desse arco. Vai ter mais episódio para encerrar esse trecho de merda. MEU DEUS, QUE PORRE ESSA HISTÓRIA ALÊ.

ALÊ: Eu fico levemente impressionado em como o autor está estendendo esse arco SEM NECESSIDADE. Já tiveram MUITOS momentos em que tudo poderia ter sido resolvido. Eles terem fugido ou qualquer coisa do tipo. Mas o autor quer fazer render e fica tirando coisas do cu para isso. Os 3 personagens que aparecem agora, não tem qualquer menção ou preparo para algo assim. A primeira Yandere pelo menos, em um dos episódios, termina com ela sendo um gancho e trabalham o caos gerado por suas ações, muito diferente desses 3 aqui que brotam do inferno. Estava chato para um caralho, porque todo mundo quer fazer palestra. O cara queria mostrar o calibre das suas armas e a capacidade de tiros de cada uma. A outra queria mostrar a funcionalidade de cada arma biológica que ela tinha e porra, que merda. “Combinei muitos vírus para criar o mais forte do mundo”. Sério? Os personagens só faltavam dizer para quem está assistindo: “VOCÊ ESTÁ VENDO? OLHA ISSO AQUI! OLHA COMO É MORTAL, MUAHAHAHA. VOCÊS TÊM NOÇÃO DISSO!???”. Essas coisas ficam mais potencializadas no anime, porque estamos vendo os personagens se mexerem e pior, estamos OUVINDO seus diálogos, coisa que no mangá nós só lemos textos imaginando a entonação e é isso. Não tem aquele referencial audiovisual para se embasar. Fora que é bem mais rápido ler um volume do mangá do que ver 2 episódios do anime. Tem essas questões que acabam tornando o anime pior, muito embora enxugue partes do original. Imagine se fosse fiel e adaptasse certinho?

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