2022-01-24-8
Episódio excelente em quase todos os sentidos.

Episódio excelente em quase todos os sentidos.

Como falamos na postagem de primeiras impressões, pretendíamos comentar “SABIKUI BISCO” de forma semanal no blog e vamos fazer isso! Os comentários do episódio #2 acabaram atrasando bastante, porém do capítulo 3 em diante, a espera deve ser menor. Esse episódio continuou explorando duas linhas temporais com a união deles, embora a execução disso tenha sido tão boa quanto sua estreia. Mesmo assim, ainda continua sendo um anime excelente ^^


RUB: Alê, vamos lá para mais um post de Sabikui Bisco. Bem, se semana passada não tínhamos total certeza de comentarmos o anime semanalmente, no episódio 2 do anime confirmamos diversas coisas e a vontade de falarmos dessa obra aqui no blog regularmente. Até porque o segundo episódio de Sabikui manteve a excelência de sua estreia, e vamos bora conversar mais sobre os nossos pontos de vistas da obra. Vou começar elogiando a Opening da obra. Além da música ser excelente, a animação com um estilo e traços distintos dos designs usados na animação, casou perfeitamente com a batida e ritmo empregado nesse 1 minuto e meio musical. Essa sequência coloca o espectador com um ritmo mais acelerado por causa das melodias puxadas ao rock, deixando todos que assistem em um clima mais agitado, coisa que ocorre na narrativa de Sabikui em que temos dezenas de situações e eventos acontecendo em um curto espaço de tempo e que temos que estar atentos e nessa velocidade para absorvermos tudo. Gostei de terem mostrado a forma como Bisco invadiu aquele local. Dava para entender o que aconteceu e como ocorreu somente com aquela pergunta do chefe da fronteira que foi deixada no ar no episódio passado, mas que ainda foi bacana e necessária para ilustrar todos os instrumentos disponíveis que eles podem usar durante as lutas. Por exemplo, alguns animais ganharam novos atributos e tamanhos, como um caranguejo (ou siri, não sei diferenciar apenas no visual) GIGANTE que serve não só como locomoção, como uma espécie de blindado para qualquer tipo de atrito ou impactos externos contra quem o controla. E usam os bichos para tudo. Tem até hipopótamo com metralhadora acoplada em suas costas. E que conceito bizarro e maravilhoso. Esse sentimento de estranheza, porém de fascínio de minha parte, sobre esse novo modo dos humanos e seres vivos sobreviverem nesse local bem inóspito, torna a experiência fantástica. E isso que nem estou contando com os cogumelos, que agora vimos que serão elementos vitais para o enredo, tanto como forma medicinal, como na maneira que o Bisco usa esses fungos para lutar e se proteger. Ainda temos a introdução do Jabi e ao seu grau de proximidade com o protagonista. Esse personagem seria como mestre ou tutor do Bisco que ensinou todas as técnicas de dominar essa habilidade de fazer multiplicar e crescer os cogumelos. Ao que parece, esse meio tempo entre o desastre que destruiu o Japão até o presente da história, houveram estudiosos dessa ‘arte marcial’ (acho que posso chamar dessa forma) que usa os cogumelos para os embates contra os inimigos e proteção para a ferrugem que se espalha. Interessante esse conceito de evolução de um grupo de pessoas que dominaram essas técnicas e que repassam por gerações.

ALÊ: Eu gosto muito da JUNNA (canta a música da OP), principalmente quando ela está cantando aberturas e que tendem a serem mais ‘animadas’. Esse ritmo combina bastante com ela. Aliás, a abertura em si serve muito bem para apresentar o clima da obra em si, sendo uma coisa um pouco mais maluca e criativa, com ritmo mais frenética. Se alguém te perguntar sobre o que é SABIKUI BISCO, dá para perfeitamente mostrar a abertura para a pessoa ter uma introdução de como é a série e de sua ambientação. Pós abertura continuamos a ver as coisas do lado do Bisco e como ele de fato entrou na cidade. Interessante terem explorado mais desse lado, principalmente porque introduziu quem era o velho que estava ferido com ele no final do episódio passado, além de claro terem mostrado mais do tipo de armamento que aquele mundo possui. Ainda não sabemos o motivo que levou o crescimento dos animais, porém te mostram que pelo menos alguns são usados como meios de locomoção e de defesa (Inclusive, fiquei com uma dó dos hipopótamos coitados. Morreram todos os bichinhos), além de cada um possuir características vindas de seus próprios corpos “originais”, sendo aumentados na narrativa. E sobre esse fascínio que você sente, eu compartilho do mesmo. É ainda mais ‘especial’ para mim, porque eu vejo detalhes de biologia que me deixam mais empolgado com a animação. Por exemplo com o caranguejo, o casco dele é duro por natureza, e aqui ele aguenta até tiros. Não sei se vamos chegar a ver, mas é possível que possamos ver esse animal cortando a própria pinça. Eles cortam quando se ferem (ou quando ficam estressados) e cresce de novo tempos depois. Pode ser que vejamos algo nesse sentido. Outro ponto muito bem explorado é o scargot acoplado no avião. Alguns tipos de caracóis transmitem e não sei se vai ser aprofundado esse aspecto na obra. E continuo achando muito interessante que eles tratam tudo com cogumelos. Essas coisinhas me fazem ficar muito maravilhado com o anime. Sobre Jabi, ele começa a abrir mais questões a respeito do próprio mundo, até dos cogumelos mesmo, como controlar eles, o tipo de cada um e até o tamanho que vão possuir. Também tem a relação dele com o Bisco, de onde se conheceram, além de claro, o objetivo deles além de curar o Jabi. Importante também que a doença também os afeta. Mesmo sendo um fungo, não é algo que eles possam exercer total controle de suas propriedades.

RUB: Teve uma coisa que me incomodou muito nesse episódio e não foi a minha tripofobia, e sim a edição das cenas, mais precisamente sobre eles alternarem entre o passado e o presente do Bisco. Elogiei esse mesmo aspecto na estreia, porém aqui acho que a produção exagerou na montagem. Esse recurso de duas timelines distintas foi usado na estreia para deixar mais dinâmico a apresentação da dupla de protagonista, coisa que foi bem-feita no primeiro episódio, usados de maneira bem mais contida no roteiro com seu ritmo entre alternar aos eventos, interligando alguma coisa para servir como ponte para outra parada que estava ocorrendo no passado e vice-versa. No episódio 2 eles estavam aprofundando mais sobre o background do Bisco, porém as cenas alternava de maneira brusca entre esses tempos, até me confundindo um pouco sobre o que estava passando naquele instante. Tipo, essa cena na fronteira em que eles usam o caranguejo gigante para pular a muralha da divisa, tinha a necessidade de picotarem em 3 pedaços essa parte e ficarem mudando entre esse momento com a cena do laboratório em que a dupla de protagonistas estavam conversando? Dava para tranquilamente passar toda essa luta da fronteira, para depois irmos ver o que está acontecendo na cidade com os dois. Teve 2 momentos que eu demorava alguns segundos para me contextualizar sobre o que estava sendo exibido, pois tinha algum corte brusco que mudava o ambiente totalmente e eu tinha que analisar: “Ah, então voltamos para a cena da fronteira.”. Essa montagem mais atrapalhou do que ajudou a mostrar sobre o que teve no passado e o que levou o Bisco com o Jabi para a casa do Milo. Faltou um pouco de cuidado em não deixar os espectadores perdidos com essas transições, como aconteceu na estreia. Mas para mim, esse foi a minha única critica ao episódio, porque o enredo continua crescendo, e nós só vamos embarcando nessa jornada inusitada com cogumelos e animais modificados. Aliás, sensacional a policia local usarem lagartos como motos e a chefe policial, irmã do Milo (Paw), dirigir uma motocicleta de fato. São detalhes que eu quero saber mais sobre seus funcionamentos e motivos que cada cargo ‘dirige’ veículos diferentes. Outra coisa que chama atenção é que a policia não é a autoridade máxima da cidade, e sim a guarda particular do prefeito que estão mais alto na hierarquia em manter a “ordem” na cidade, coisa que já vimos que não é bem assim, porque se aqueles seguranças com cabeças de coelho não ligam para o Milo e vão o matar se necessário, significa que existe uma cadeia de segredos que os altos escalões tentam ocultar ao caçar tantos os terroristas, quando qualquer curioso que esteja em buscando saber a verdade sobre a doença ou o que aconteceu no passado em que quase exterminou a população local.

ALÊ: É como comentei contigo em uma outra conversa, acho que tentaram manter a mesma pegada até o ponto de coincidir os dois momentos da série, para só então unir de vez. Só que concordo contigo que a execução disso não foi tão boa como na estreia. Eles picotam demais o que poderia ser unido de uma vez. Parte de mim acha que é por querem dosar as informações, mantendo a questão de ir passando as coisas aos poucos (mesmo que a quantidade de informações expostas já sejam relativamente dosadas). Nessa ideia de transições, teve um momento em específico que eu fiquei bem perdido, que é quando o Bisco e o Jabi estão jantando. Quando começa essa cena, eu achei que ali era a continuidade da cena com o Milo, porque tinha escurecido. E a questão de dia e noite que ajudava a demarcar essa diferença de tempos até então. Era um local estar de dia enquanto que o outro momento era de noite. Quando escurece no passado, me causou uma confusão, porque o maior referencial que eu tinha se foi e a transição é brusca. Até eu ver que o Jabi não estava ferido, eu não tinha sacado que tinha feito a troca, ainda mais que o Bisco e o Milo estavam fugindo. Mas enfim, entendo a escolha de tentarem manter o mesmo estilo do episódio passado para ir dosando essas informações que servem para fundamentar a relação do Bisco e começar a trabalhar o personagem, porém a execução não é das melhores. São muitas trocas sem alguma necessidade clara ou necessária. Mudando de assunto, estou curioso quem pode ou não usar veículos automotivos e as relações de poder envolvendo esse tema. Mas quem vai querer andar de moto quando se pode andar de lagarto??? XD. Até que um dos membros da polícia reclama que o governador passa por cima deles, fingindo que não existe a força de proteção da lei e ordem, mandando e desmandando tudo e todos. Moveram um esquadrão para o local e o cara mandou de volta. São relações que despertam o interesse em querer saber mais deles, o quanto sabem sobre a doença, ou se estão dispostos a matar sem qualquer receio, vide o episódio passado com o governador tentando passar o Milo para o lado deles. Nesse episódio, os caras atiram para matar, mesmo sabendo que o Milo está no laboratório. Falando nessa guarda particular, a guria de cabelo rosa me chamou atenção. Ela deve acabar sendo recorrente na trama (ela aparece no poster promocional e suponho que vá ter destaque). Gostei dela e achei seu humor muito bom, querendo subornar o Bisco com medo de matá-la, fugindo de fininho em seguida.

RUB: A Chiroru com certeza vai ter algum destaque, porque além dos trailers promocionais, ela é a única da guarda que tem seu rosto e nome revelados. Quando na história eles revelam o visual e como é chamado um personagem que aparentemente não tem importância, significa que essa personagem não será apenas uma figurante qualquer que será morta em uma luta aleatória. Tem uma cena lá no começo que a Chiroru está tomando bronca do prefeito por ter falhado em matar o Bisco e que ela conta que o protagonista tem uma força descomunal, visto que conseguiu derrubar uma aeronave com apenas um arco e flecha. O prefeito até pensa que é mentira, pois é um absurdo isso acontecer, entretanto alguns minutos adiante, essa cena do Bisco e Jabi jantando mostram que era tudo verdade, que o protagonista tem habilidades de derrubar diversas coisas mesmo que tenham espécie de blindagem. Aliás, mais um conceito de aeronave maluco espetacular. Só no visual essa animação já encanta. Até para não deixar passar em branco, o Milo decide ajudar o Bisco e Jabi, mesmo sabendo que pode ser acusado de vários crimes em auxiliar o terrorista. Na real, ele acaba ficando sem escolha do que fazer, porque até a segurança do prefeito estar o caçando, mesmo o Bisco afirmando que fez o cientista de refém. O Milo percebeu que sua chance de sobrevivência é maior ao lado do outro personagem principal. E aproveitando a situação, sua bondade fala mais alto e decide tratar o Jabi para o controle da ferrugem e do veneno que dominou seu corpo. O que também merece destaque é a estratégia do Bisco em fazer distrações em outros locais da cidade para chamar a atenção do pessoal para o outro lado do esconderijo, em vez da direção em que o Jabi e o Milo estão. Temos essa cena que você comentou da Chiroru suplicando por clemencia, enquanto que tem todo um exercito de dezenas caras de coelhos caídos e derrotados pelo Bisco, com direito até piadas e comentários irônicos da personagem que não sabe o que mais fazer para sobreviver. Logo após aparece a irmã do Milo, com uma informação incompleta de que o Bisco atacou seu irmão e buscando vingança contra ele. Vale o elogio que a coreografia desse primeiro embate está muito bem feita. Todo esse trecho final do episódio é muito bem dirigido, com cada personagem mostrando um pouco de suas habilidades físicas tanto para ataque quanto de defesa. Isso que ainda não estamos falando da intriga politica que está acontecendo em segundo plano e que promete render ainda mais daqui para frente sobre os segredos da doença e do porquê o Bisco é considerado como o terrorista mais perigoso da região.

ALÊ: Sim! Pelo que parece, quando ele fica irritado com algo, o personagem atira as flechas com maior força, como foi com o avião quando a Chiroru acertou o Jabi. O mesmo quando a irmã do Milo consegue acertar ele. Creio eu que nessa raiva do Biscom acabe impulsionando seus ataques, os tornando potencialmente destrutíveis. Nessa correria toda, o Milo meio que só segue o fluxo. É tudo muito rápido e como ele é médico, não vai deixar o Jabi morrer, nem deixar o Bisco ferido. Ele está lá ajudando. Fora que como o personagem já teve contato com o Bisco e o ajudou, mesmo que fingisse que não era com ele, provavelmente iriam matá-lo e hesitaram nem um pouco em atirar na casa/laboratório sabendo que ele estava lá dentro como suposto refém. Nessa luta final, gosto muito da tensão nos olhares dos personagens. Os closes bem próximos aos rostos, misturados com surpresa e o impacto dos ataques, como quando a flecha do Bisco atinge a espada e ela para bem próxima do olho da personagem. Realmente bem cativante e que causa impacto. E a staff do anime comentou que o projeto já está todo concluído, então devemos ter algo desse nível para cima. Estou bem empolgado e feliz pela staff que, aparentemente, não tiveram muitos problemas com o cronograma da adaptação. Ainda quero saber de onde vem essa imagem construída do Bisco e como ele de fato se encaixa nessa história, além de seu apelido assustador. Muitas coisas no ar que deixam o ambiente bem instigante ^^.


Shipando? Sim, claro, com certeza!!!

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