E o prêmio de pai do ano vai para...

Olá pessoal, espero que estejam todos bem a medida do possível. Cá estou eu para comentar mais um episódio de “Senpai wa Otokonoko” no blog. Chegamos na metade do anime e esse episódio deixou a Saki em segundo plano, enquanto deu maior atenção ao Ryuji e ao Makoto.

PS: Esse post foi escrito por volta do dia 20/21 de Agosto, antes do lançamento do episódio #7, porém, acabou demorando para ir ao ar, por isso, não há comentários sobre o 7º episódio.


O episódio começa com o Ryuji adoentado relembrando/sonhando brevemente com os eventos do episódio anterior, com ele dizendo para o Makoto que a pessoa que ele, Ryuji, gosta é alguém que ele conhece MUITO bem. Na sequência, o Makoto aparece para visitá-lo e a autora faz uso das mais clássicas cenas desse tipo de situação: o Makoto (meio tapado) continua acreditando que o Ryuji gosta da Saki e ele vai lá falar que está tudo bem, vai apoiar os dois e tranquilizá-lo de que a Saki não gosta mais dele, o que é um completo choque para o coitado do Ryuji, que nem em sonho poderia prever aquilo vindo. Eu gosto muito da forma como a autora se aproveita dessas cenas clichês para fazer comédia, porque desde o começo da cena, é muito claro o que o Makoto iria dizer e, no entanto, ela tira de letra para fazer comédia. É ótimo!

O Ryuji começa a perceber que o tempo dele com o Makoto está acabando, no sentido de que o tempo que eles possuem para ficar juntos como estão na escola está terminando, e a partir dali, existe a grande possibilidade que cada um siga um rumo muito diferente e naturalmente, acabem se distanciando. O Ryuji tira boas notas, então ele pode almejar entrar para uma universidade melhor conceituada. Então é o momento do Ryuji de começar a se mover realmente, especialmente se ele quiser ter pelo menos uma chance de ficar com o Makoto, ou pelo menos não ter arrependimentos no futuro. E nesse ponto da história, tanto ele como o Makoto estão nesse período de “transição” de decidir algo para suas vidas, além da questão de crossdresser (que pode evoluir para uma de identificação de gênero), o Makoto recebeu um convite para entrar para o clube de basquete, o que naquela altura do campeonato, pode não ser tão ‘proveitoso’, já que logo ele estaria no 3º ano e, consequentemente, teria que dar mais atenção aos estudos.

E é por volta de 7 minutos do episódio que temos a melhor cena do episódio. O episódio em si foi muito legal, mas nada superou o momento em que o pai do Makoto o chama para dar uma volta e eles conversam sobre o futuro. Ficou acordado entre os dois que o Makoto usaria a escola – que o pai dele encontrou – para tentar entender como ele se sente quanto a questão de se vestir de garota e agora, eles retomaram o assunto. O Makoto questiona sobre o que o pai pensa se ele dissesse que gostaria de ser uma garota e a resposta do pai não poderia ser a mais perfeita, gentil e encantadora: apenas que ele pensaria muito sobre o que ele poderia fazer para deixar o filho feliz. A mãe provavelmente iria surtir com aquilo, mas que para ele, não teria problema, ele daria o seu jeito para resolver, o mais importante é que o filho seja feliz da maneira que se sinta melhor e que se o Makoto não sabe o que ele quer ser, que ele pode continuar pensando e tentando descobrir tranquilamente. Ali, naquela cena, eu quase chorei. É muito lindo, o cuidado e o carinho que há. É dito na maior naturalidade, porque é assim que tem que ser e acho que isso deixa o momento tão mais especial. O mundo seria genuinamente melhor – seria menos um problema – se houvessem mais pais e mães como os do Makoto e menos pais e mães como as do Makoto.

Aqui eu chorei

Voltando ao Ryuji, uma outra parte do episódio foi dedicada a ele retomar aqueles pensamentos internalizados de uma impossibilidade de relacionamento com o Makoto. Duas das 3 situações que ele cogita após o Makoto saber dos sentimentos dele são ligadas à aversão, mas pelo menos em um cenário ele consegue pensar em uma resposta positiva e começa a fantasiar sobre coisas que eles fariam juntos enquanto casal e por sinal, das coisas mais bregas possíveis, o que eu amei hahaha! Mas acho que mesmo dentro desse cenário positivo ele não consegue se enxergar beijando o Makoto…

Já o último segmento do episódio foi dedicado ao festival escolar e temos alguns aspectos interessantes como o Makoto conversando com a Saki depois de algum tempo e ela dando um conselho para ele sobre o clube de basquete, em que ele não precisa escolher, obrigatoriamente, entrar ou não (como sendo excludente), o que de certa forma, creio que vai ressoar na (possível) questão de identificação de gênero dele. Além de uma cena curtinha, mas muito bacana, do colega de classe da Saki vendo o Makoto, conversando brevemente e chegando a conclusão de que ele é uma pessoa normal, como qualquer outra, quebrando a ideia dos pré-conceitos que se constrói por ele ser “diferente” da norma estabelecida.

E por fim, o ponto mais importante do episódio: o Ryuji vestido de maid-, não, brincadeira. Quer dizer, está relacionado com, mas enfim. O Makoto vai lá dar uma mãozinha para a turma do Ryuji, eles trabalham a tarde inteira e conversam ao fim do evento, enquanto o pessoal está próximo da fogueira típica do encerramento desses eventos, e o gancho do episódio é quando o Ryuji derruba a carteira dele e cai aberto justamente na foto que ele tem do Makoto dormindo, deixando o Makoto surpreso e o Ryuji com uma cara de “puta merda, fodeu”. De novo, não é nada inovador, mas é aquilo: a autora executa muito bem as ideias que possui e estou curioso para saber se o Ryuji vai desconversar, se ele vai admitir que gosta do Makoto, se vai desconversar… estou curioso, ainda mais que já chegamos na metade do anime, então a parte mais dramática vai ter que começar (e sabemos que ela existe por causa da OP). De toda forma, foi mais uma episódio muito bom, com uma cena em especial excelente – e praticamente todo episódio tem uma cena que é bem memorável – e vejamos o que virá a seguir.

Novamente, não prometo que volto para comentar próximos episódios, mas já sabem, qualquer coisa, estarei aqui ^^

Deixe um comentário