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Restam 3 capítulos para o fim...

Em suas redes sociais, a Akira Oosora compartilhou que “Kurahime to Koikarasu” (昏姫と恋烏) terminará em 3 capítulos e sendo assim, a obra será encerrada com apenas 3 volumes.

Para quem não sabe, há algumas semanas, quando o volume #2 da obra está em vias de ser publicado no Japão, a autora comentou no Twitter/X que o mangá tinha risco de ser cancelado e que ser ou não encerrado dependia das vendas do volume 2, principalmente nas próximas duas semanas seguintes ao lançamento da obra. O comentário causou muita comoção, dentro do Japão, mas principalmente da comunidade Shoujosei internacional que tentou ajudar comprando volumes físicos (quem podia) e volumes digitais. Tempos depois, a notícia do cancelamento…

“Kurahime to Koikarasu” é um Shoujo escrito e ilustrado pela Akira Oosora. Começou a ser publicado em Setembro de 2024 na revista LaLa, da editora Hakusensha. Conta com 2 volumes lançados (o segundo, publicado em 5 de Novembro). O mangá terá 3 volumes ao todo.

Sinopse: “Asaki Hibana (16), membro da família Hibana, uma prestigiosa família de exorcistas, é uma prodígio que surge uma vez a cada século. Porém, por conseguir ver demônios que pessoas comuns não veem, ela é considerada estranha por todos ao seu redor e teme não conseguir fazer amigos. O avô de Asaki, atual chefe da família Hibana, impõe a ela a condição de deixar de ser exorcista: capturar o inimigo jurado do clã Hibana, o clã Yatagarasu. Enquanto Asaki luta para encontrar Yatagarasu, um misterioso aluno transferido, Amabara Ten, aparece diante dela, beija sua mão repentinamente e diz: ‘Eu sou Yatagarasu, o corvo cuja vida você salvou’.”

A Akira Oosora é uma mangaka jovem. Estreou em 2020 na LaLa, inicialmente publicando apenas one-shots, até ter a oportunidade de fazer sua primeira série em 2021: “Ryuuou no Kagehime“, concluído em 2023 com 5 volumes.


O mais triste é que, para além do cancelamento tão precoce, a autora respondeu um fã internacional dizendo que o mangá está sendo cancelado por incompetência dela. Eu acho verdadeiramente deprimente que a Hakusensha, uma das casas mais tradicionais do mangá feminino, trate suas autoras assim e as façam se sentir dessa forma, como se a culpa fosse delas. Comentei, quando noticiamos o fim de “Yamada no Gakkyuu Nisshi” (publicado na Hana to Yume/Hakusensha), que a maneira que a Hakusensha tem se comportado com suas obras é muito predatória, pois não dá tempo para as autoras desenvolverem suas histórias (cancelar um mangá com 2 volumes, recém lançados, é um absurdo). E para além de criar uma cobrança nas mangakas e minar a diversidade de obras (“Kurahime” é uma obra de fantasia e ação; “Yamada” lembra o estilo do Shoujo escolar dos anos 1990/2000), é triste que estejam agindo dessa forma com os seus Shoujos e com suas autoras, ainda mais considerando que o Shoujo é o que basicamente sustenta a editora…

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