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Tomara que melhore, porque quero crer que algo de bom irá sair daqui.

Tomara que melhore, porque quero crer que algo de bom irá sair daqui.

Olá pessoas para mais um post de primeiras impressões! Agora falando do anime de Tappei Nagatsuki e que não é Re:Zero. Eu e o Alê comentamos sobre Senyoku no Sigrdrifa, que teve uma estreia bem abaixo do esperado. Fiquem com os nossos comentários.

RUB: Alê, mais um post de impressões semanais da Temporada de Outono de 2020 dos animes e temos aqui mais uma estreia que digamos, dado o autor/roteirista dele ser o mesmo de Re:Zero, foi algo abaixo do que eu queria. Até diria que foi bem esquisito ver uma história escrita por ele ser tão “normal”. Mas bora lá, falar um pouco de Senyoku no Sigrdrifa. A introdução do anime é até eficiente para estabelecer algumas regras daquele mundo e contra quem estão lutando. Lembra muito Kancolle em que termos garotas novas (colegiais) que entram em uma escola militar para formação de combatentes para defenderem a Terra dessa invasão de seres desconhecidos. Inclusive é o segundo anime a ter uma trama familiar, pois tivemos o Assault Lily: Bouquet também nessa temporada. Assim, entendo porque os produtores gostam de apostar nessa temática, porque dá muito dinheiro por causa dos jogos para celulares com vendas de produtos associados as personagens favoritas do pessoal, porém está ficando saturado esse mesmo tipo de história. E infelizmente por ter um roteiro EXTREMAMENTE familiar para mim, acabou sendo um empecilho enquanto assistia, pois só pensava: “Mais do mesmo”. Até por ter o autor de Re:Zero no meio, esperava que ele fosse explorar outras vertentes, até para diferenciar esse anime dos demais, entretanto não aconteceu. E eu gostei da luta inicial, em que a direção foi energética e dinâmica nas transições entre os planos, passando um senso de urgência eficaz em distintos momentos. Um ponto positivo nesse caso. Só que teve duas coisas que não consegui engolir. A primeira foi que um avião da época da primeira guerra (aeronave da protagonista) voar na mesma velocidade que caças de ataque. Como não tivemos base de nada, o susto e a estranheza foram os sentimentos que vieram primeiro. Não tinha como eu não reparar no contexto da primeira batalha. E a segunda coisa foi o guri lá que é o Odin. Ele ficar velho e depois novo, NÃO FAZ O MENOR SENTIDO. Quando inseriram essas paradas nórdicas como esse Deus e Valquírias, fiz uma expressão de insatisfação, pois estava indo para um caminho que não queria. Tudo foi bem jogado nesses primeiros minutos, que eu não estava preparado e até nem compreendendo qual a finalidade daquilo tudo.

ALÊ: Sendo sincero, eu me sinto um pouco decepcionado com a estreia de “Senyoku no Sigrdrifa”, justamente por termos o autor de “Re: Zero” na criação e escrita do roteiro. Eu imaginei algo melhor escrito, com uma trama mais bem pensada, coisa que o anime não aparenta ter por esse episódio inicial. Pelo primeiro visual e uma coisa aqui e ali, dava para ter uma ideia de que ele teria uma premissa um tanto básica, porém, assim como você, eu esperava que ele fosse explorar outros caminhos e desse sinais de que faria isso. Se pegar Re:Zero, ele tem essa ideia simples de Isekai, mas não demora muito para ele já começar a mostrar à que veio e segue crescente. Em Senyoku não acontece, mesmo com quase 1 hora de episódio. Eu não tive qualquer sinal de que ele sairia daquilo para explorar outras coisas mais interessantes. Me soa como se Senyoku seja só uma oportunidade para gerar dinheiro fácil, porque investiram muito no anime. Não sei como será o resto, mas esse episódio inicial estava lotado de animação fluida e momentos muito bonitos nas partes de calmaria. Eu gosto da introdução (a batalha, no caso). Ela funciona bem e te deixa curioso para saber/entender o que caralhos é aquela coisa. Fora que já te dá uma noção de que armas “normais” não são o suficiente para combater essas criaturas. Só que logo depois já começa a desandar. Vem a exposição com os governantes conversando, que eu entendo que está ali para te situar mais ou menos o que está ocorrendo e que aquilo é em escala global, porém quando entra o menino que se diz Odin, fica complicado. Meu problema não está nem com ele ser Odin, mas sim com ele ser um guri do nada. Não tem fundamento aquilo existir. Se ele fosse o velho constantemente, seria mais bem mais aceitável para mim. Só teve uma cena que gostei, mas foi por causa da animação/direção da cena. A câmera está com o foco no Odin e tem um cara sentado na cadeira em primeiro plano. A visão vai rodando e conforme vai girando, o “Odin velho” é coberto e sai como o “Odin pirralho”. Fora que já estou saturado e cansado desse papo de Deus. Vi uns 3 ou 4 animes com Deus(es) no meio. Agora sobre os aviões, por algum motivo que desconheço, eu consegui comprar. Ele vende um pouco essa ideia de absurdos e gostei dos aviões trazerem um visual “retrô”. O que não gostei é que eles junto das garotas, conseguem destruir as criaturas, mas as armas comuns não??? O que elas têm de especial? Está certo que se passaram 5 anos após essa entrada do Odin na ‘ONU’, entretando ainda não consegui engolir essa ideia…

RUB: Ainda tem o drama da protagonista que é inserido nesse começo. Que coisa chata. Faz sentido eles tentarem construir empatia com o espectador, só que podiam ter construído algo mais complexo ou que rendesse mais episódios. Mostrar agora e já terminar esse arco aqui foi muito rápido. Acho que funcionou bem mais aquela parte de slice que teve no meio do episodio para construir as relações das gurias do que a superação da personagem principal. E nem falo que o trauma dela é fraca, entretanto só ter isso para ser um freio emocional da personagem é muito raso. A Miyato, a Sonoka e Azuzu são bem simpáticas. Pelo menos nessa parte funciona, pois todo o elenco que está naquela base militar é muito boa e interessantes. Também gostei que tem personagens masculinos, porque geralmente nesses animes, eles não colocam homens na história para atrair o público (velhos, basicamente) que preza as “purezas” das garotas. Ter um elenco misto e interações mais humanas entre eles, fazem com que eu curta o que estou vendo no anime. Uma coisa que me chamou a atenção foram os detalhes que a produção teve nessa animação. A parada de mostrar o general trocando de meia enquanto conversava, a guria jogando futebol de fundo enquanto as outras estão tendo exposição no primeiro plano, moradores no mercado e até os mecânicos a distância tem uma animação caprichada. É inacreditável como nesse aspecto técnico está muito bom nesse sentido. O que eu posso dizer foi a falta de uma trilha sonora mais presente. Muitas vezes, principalmente nas lutas em que precisava de algo mais ritmado ou empolgante, eu nem percebia que tinha algo tocando. Cheguei até conferir se o meu volume estava baixo ou algo nesse sentido, porque nem notei a OST. E vendo a staff aqui, o diretor é novato Alê. E a maioria dos animes que ele trabalhou, só foi na função de assistente, sendo que a maioria das obras dessa lista são BEM merdas. Ele pode ter acertado nessa estreia, porém mais um detalhe para nos preocuparmos com o andamento desse anime.

ALÊ: Acho que essa drama meia boca mostra ainda mais a simplicidade do roteiro. Eu entendo que eles precisavam de algo para tentar te prender no episódio e deixar atraído para o próximo, ao mesmo tempo que queriam fazer algo emocionante. Mas não deu certo. Assim, as garotas e o pessoal que trabalha com elas tem seus carismas. A dinâmica entre elas é muito boa, agradável e ainda meu rendeu algumas risadas. Porém, o drama da personagem é muito aquém. Não é que ele seja ruim, mas querem construir isso em um curto espaço de tempo. Nem exploram tanto os sentimentos e medos da personagem diante daquilo. O que vemos é só o que ela diz ou pensa em voz alta e pior ainda. Ele é solucionado ali mesmo. Era uma trama que podia ter sido estendida por mais alguns episódios, tanto para gerar mais empatia com a personagem, como para desenvolver melhor essa parte. Acho que Senyoku peca um pouco com as personagens. Eu gosto delas, são simpáticas e funcionam muito bem. Mas se vermos Jujutsu Kaisen, em poucos minutos ele conseguiu me vender um carisma tão grande do elenco, que eu fiquei sentido com a morte de um personagem que aparece durante cerca de 2 minutos. Bom ter puxado para os personagens masculinos, porque em situações assim, é comum estarem ali para formar casais sem necessidade, ou como tu mencionou, ausência deles para apreciar ‘pureza’ do casting feminino. Eles são bem simpáticos, animados e geram bons momentos de humor. A animação foi algo que me saltou os olhos. O A1 abriu a carteira para anime que não seja SAO é algo MUITO raro. Tem diversos momentos extremamente bem animados, que normalmente deixariam estáticos. As batalhas estão bem movimentadas e fluidas, cheias de cenas de ação e explosões muito bem feitas. Eu fiquei maravilhado com a cena do cara pondo a meia. Extremamente bem desenhada. Também tem a Claudia olhando o pôr do Sol. Achei lindíssima. Espero que o A1 dê conta do recado e que a produção esteja adiantada/perto de ser concluída para ao menos manter esse aspecto técnico impecável. Eu não sou de prestar atenção em trilha sonora, mas concordo que fez falta nas cenas de ação para maior empolgação.

RUB: Vendo por uma visão mais ampla, achei essa estreia bem meia boca. Não se justificou ter sido um episódio duplo e ainda tem todo o lance dramático ser corrido e muito derivado em sua narrativa. Eu pelo menos esperava algo mais profundo para comentar, principalmente vindo do autor de Re:Zero. No final, não tivemos nada para conversar ou discutir com as nossas perspectivas, além do essencial. Nem reflexões sobre alguma atitude ou personagem conseguimos fazer, mostrando que o roteiro nesse primeiro momento fica restrito apenas a clichês populares no meio otaku. Assim, visto que estamos na metade do caminho nessas estreias dessa temporada, vou recomendar para esperarem um pouco e verem se não terá animes melhores, porque Senyoku no Sigrdrifa foi bem mediano em sua execução.

ALÊ: Sim. Eu ainda alimento um fio de esperança de que o anime ainda irá compensar essa estreia mediana, aprofundando e indo para caminhos mais complexos no decorrer dessa história, até porque se seguir assim até o final, a decepção não será minimizada. Vai ser triste haha. Foi uma estreia muito bem animada, com um roteiro bem mediano. O que eu mais achei legal daquele mundo foi o design e o sistema diferenciado de cada criatura. Cada uma funciona como uma grande colônia e cada parte exercendo uma função. No resto, só ‘meh’…

1 thought on “Senyoku no Sigrdrifa #1 – Primeiras Impressões

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