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Um pouco atrasado, mas antes tarde do que nunca

Mais um anime e mais um post de primeiras impressões. Atrasado, eu sei. Daqui em diante, sairá post de primeiras impressões de animes que estou enrolando para ver por preguiça, porque sendo bem sincero, já cansei de escrever post de primeiras impressões (faz tempo que não escrevo tanto, então mereço um desconto). Esse post eu acredito que será mais sucinto, então borá lá!

Sinopse: “Em seu 16º aniversário, a órfã Himari Momochi herda uma propriedade ancestral que nunca viu. A Casa Momochi existe na barreira entre o reinos humano e o espiritual, e Himari deve atuar como uma guardiã entre os dois mundos. Mas no dia em que ela se muda, ela encontra três belos rapazes já morando na casa, e um parece já ter assumido o papel que era dela!”


Quando vi o anúncio do anime, muitas pessoa comentando que ele era uma mistura de “Kamisama Hajimemashita” com “Fruits Basket” (dois Shoujos famosos dos anos 2000). E assistindo o episódio, tenho que concordar. Embora nunca tenha visto “Kamisama”, entendo onde querem chegar com o “parecido”, sendo representado pelo personagem Aoi, que provavelmente vai fazer par com a protagonista feminina, e a parte de “Fruits” fica um pouco com o fato da protagonista ser órfã, mas mantendo a alegria e bom humor, além de se impor frente as dificuldades. E além de tudo, o clima geral do anime parece com algo que mescla essas duas obras, mas também trazendo uma carinha própria na hora de contar a sua história.

Se ela falasse que “tudo de ruim que acontece na vida, é para melhorar” e sacasse uma massa de bolo, eu diria que a Maria da Paz (de “A Dona do Pedaço”) reencarnou em uma personagem de anime

Eu gostei do ritmo que a história é contada. A narrativa é boa, a comédia é bem acertada, tornando o episódio mais tranquilo e gostoso de acompanhar. Tirando uma ou outra cena que a execução fica mais truncada, o resultado final é bem tranquilo. Acho que todo mundo até aqui segue mais ou menos um arquétipo, sendo o Aoi com aquele jeito gentil e avoado; o Ise aquele cara mais explosivo, mas que tem sua gentileza quando quer e só não sabe lidar bem com as emoções; o Yukari tendo sempre aquele ar de elegância e de estar sempre no controle, o que traz um contraponto ao Ise, e ao mesmo tempo, um certo equilíbrio entre os dois; e a Momochi, que é a protagonista levemente sofrida, porém que está sempre tentando o seu melhor e sorrindo o máximo que pode.

Algo que gosto também é como aos poucos, todo mundo que mora na caso Momochi será uma família (e não são apenas 4 personagens), é uma temática que gosto muito e pelo que vi aqui, pode sair algo legal de ver sendo desenvolvido.

O anime tem seus momentos de ação e eu genuinamente torço, pelo bem dos nossos olhos e pelo bem da equipe desse anime, que eles não sejam frequentes, porque meu kami-sama do céu, o CG que temos aqui é dolorido. A animação já é truncada com os personagens se mexendo para FALAR. Não quero nem ver o que será dessa produção se eles tiverem que ficar animando cenas de ação. No entanto, não acho que essa seja a proposta da obra em si, claro, imaginando que vez ou outra a autora coloque alguns momentos movimentados para servir de clímax e para mexer com a história mesmo, afinal, são 16 volumes de mangá. Haja história para a autora contar aqui.

KADOKAWA segue cometendo crimes e ninguém faz nada!

No geral, acho que posso dizer que é um anime legal, bacana e que você precisa relevar muito a produção. Eu não sei explicar o motivo que me faz pensar isso, mas fato é que durante todo o episódio eu não consegui tirar da cabeça que “legal, é bem contado, mas parece melhor no mangá”. E acho que é isso que ele representa para mim. Eu só poderia dizer com certeza se eu fosse ler o mangá para comprovar essa sensação. Eu vou ler? Provavelmente não, porque sou um vagabundo. Irei continuar com o anime? Não tenho motivos para não continuar, mas também não tenho aquela vontade de continuar também. Tem mais alguém que se sente como eu? Por favor, se manifeste 🥹

Quem está na direção do anime é o Bob Shirahata, um diretor experiente e que não dirige um anime faz uns bons anos. Nesse meio tempo ele esteve trabalhando como storyboarder e diretor de episódio em diversos animes, incluindo BL (como “Super Lover”). Para o primeiro episódio e com uma série de limitações que o estúdio Drive (Konosuba! 3; Fumetsu no Anata e 2) tem, ele se sai muito bem! Não deixa a peteca cair, embora tropece em momentos ocasionais.

Como disse mais ali em cima, eu não tenho motivos para não assistir o anime, mas não fiquei animado para ver o que vem a seguir (e já tem mais dois episódios disponíveis). Apesar disso, deixo a recomendação, especialmente se você gosta desse tipo de temática, podendo servir de bom entretenimento. E fica a minha torcida para a produção do anime não derreta mais do que o que vi no 1º episódio.

Gosto desse trio e da ideia de família que eles constituem ^^

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