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Uma história à lá "Cinderela" com toques de épico dramático!

Depois de “Silent Witch”, que teve uma ótima estreia (leia aqui), foi a vez de assistir a “Zutaboro Reijou wa Ane no Moto Konyakusha ni Dekiai Sareru”, outra adaptação de material de demografia feminina da Temporada de Verão. E se “Silent Witch” eu saí muito satisfeito, aqui eu terminei o episódio de estreia com um sorrisão largo, indo de fora a fora no meu rosto!

Sinopse: “Marie, a segunda filha da família de um barão pobre, é tratada como uma criada pelos pais. Até na festa de aniversário de Marie, sua bela irmã mais velha, Anastasia, é a estrela. Lá fora, Marie encontra o Conde Kyuros Granado, que se apaixona por ela à primeira vista. No entanto, devido a um mal-entendido, o Conde pede Anastasia em casamento. Após um trágico acidente, Marie precisa se casar com o conde!”


A Marie, a nossa protagonista, é a segunda filha de um barão falido. Na casa, são os pais, a irmã mais velha (primeira filha), ela (a do meio) e um irmão mais novo. E o que nós temos aqui é quase uma “Cinderela”. Ela se acha feia e desinteressante. Além disso, é tratada como apartada dos demais, sendo obrigada a realizar as tarefas domésticas e até mesmo, o trabalho do pai. Sofre na mão do pai e da mãe, não tem roupas decentes e, na verdade, usa roupas caindo aos pedaços, mas tem seus momentos de esperança e um deles, era o seu aniversário, que ela acreditava que iria ter algum momento de celebração e de felicidade. Spoiler: não teve. Quero dizer, teve, mas por outros motivos.

Confesso que ri dela chorando por ser feita. Entendo a diva :'(

No dia da festa, ela estava longe de ser o centro das atenções, pelo contrário! Os pais dela se aproveitaram da ocasião para promover a filha mais velha, Anastasia, na tentativa de conseguir um marido (rico) e de quebra, livrar eles da falência iminente. Desolada com tudo aquilo, ela corre para o jardim, lamenta por ser terrivelmente feia (ela diz isso), em uma cena que eu ri, até que o conde Kyuros aparece e a confunde com uma empregada. Explicando a situação, ele entende e eles logo começam a conversar, isso porque a Marie é uma leitora curiosa e por acaso, conhece sobre a nação do Kyuros (Ipsandros), o que o deixa terrivelmente encantado… tão encantado que, pouco após a festa, ele manda uma carta a pedindo em casamento. O problema é que ele acreditou que a Marie era a filha mais velha (ela é mais alta que a média das garotas), então acabou pedindo a Anastasia em casamento.

Eu estava achando aquela irmã dela sonsérrima, porque bem, é a irmã mais velha e a criatura não fazia um “A” pela irmã mais nova que ela dizia ser tão querida? A Marie era tratada pior que lixo, enquanto ela recebia roupas boas, bom tratamento, tinha tempo e era amada e querida pelos pais. Digo, não é como ela realmente pudesse provocar uma mudança real, afinal, ela é uma mulher e dependente dos pais, mas daí não falar nada, nem que seja manifestar uma revolta junto da Marie, aí não, aí já é demais. Mas “””okay”””. Até que na metade do episódio e completamente do nada, a menina MORRE. Morreu num acidente, justamente enquanto ia para se casar com o conde.

Na tentativa de contornar a morte da filha e ainda tentar manter o casamento, os pais da Marie a enviam para Ipsandros para substituir a irmã. Confusões aqui e dali, a Marie é rapidamente reconhecida pela Mio, a empregada da casa e a chama para entrar. Quando o Kyuros a vê, é que ele entende que ela era a filha mais nova e a mantém com ele na residência e ‘expulsa’ o pai dela (divo). A Marie, claro, não entende nada do que está acontecendo, mas segue o baile. Quando ela é levada para tomar banho e trocar de roupa, pelo tratamento que vinha recebendo até então, ela acredita piamente que o Kyuros a enviou para lá para LIMPAR o lugar.

A sequência final do episódio é com ela toda linda, maquiada, com roupas novas, tendo a autorização da (belíssima) mãe do Kyuros aprovando o noivado dos dois e ela, toda confusa, dizendo que não pode aceitar aquilo, deixando a todos boquiabertos.

Acho que em alguns momentos do episódio, você precisa voar (como diria Glória Perez), como quando ela diz ser TERRIVELMENTE FEIA e ela não é, nem de longe, mas um pouco da graça vem justo desse exagero da coisa toda. Só sei que eu comecei a rir em dado momento do episódio e não parei mais. Eu tinha cada riso, cada reação de surpresa e espanto (parte pelos absurdos, parte pelo inesperado da coisa toda) que eu terminei esse episódio mais do que satisfeito!

Se você não consegue abraçar esse exagero, meio que metade da graça se esvai, porque bem, é isso que a trama é, um grande dramalhão, e é nesse aspecto que digo que a história tem um Q de épico. E ser tudo exagerado é o que dá charme a história. Não fosse isso, ela provavelmente seria sem sal ou “ok” apenas. Tem gente que achou justamente isso, o que acho uma pena, de verdade, porque pelo menos para mim, isso daqui é ouro.

Eles são muito competentes em vender essa aura de conto de fadas e de encanto

E se o anime é tão divertido assim, é graças a direção do Takayuki Kitagawa que aqui, assume seu primeiro papel de diretor em um anime para TV. Eu vejo que ele realmente entendeu o espírito dramático da série e diversas vezes, eleva ainda mais esse tom e potencializa a diversão/entretenimento com o anime. Por esse primeiro episódio, é um trabalho bom, não só nesse aspecto de entender a obra, como no todo mesmo, faz um ótimo trabalho.

Minha surpresa, aliás, está na qualidade visual do anime. Quem está animando o projeto é o LandQ studios, que vem de projetos menores e pouco expressivos como “BEM” (2019) e aqui, está entregando uma animação consistente, detalhada em vários takes e conservando bem os designs de personagens lindíssimos do Yousuke Kikuchi. Fiquei positivamente surpreso com a qualidade entregue nesse episódio e torço para que consigam manter assim até o final!


E bem, a história provavelmente vai criar alguns mal-entendidos entre os personagens e o grande plot deve ser conseguir fazer a protagonista desenvolver alguma autoestima, já que ela não tem NENHUMA graças a criação tenebrosa dos pais. E falando neles, provavelmente vão voltar para criar mais conflitos, afinal, a Marie se entender com o Kyuros, meio que acabaria a história, rs.

De toda forma, recomendo muitíssimo! Sei perfeitamente que vai ter gente que não vai curtir, mas acho que vale ao menos tentar e mais importante, se deixem levar pelo absurdo um pouco, afinal, “pobre de quem não sabe voar” e aproveitar uma farofa quando está diante de uma. Até breve para outro post de primeiras impressões aqui no blog. ^^

1 thought on “Zutaboro Reijou wa Ane no Moto Konyakusha ni Dekiai Sareru (Betrothed to My Sister’s Ex) #1 – Primeiras Impressões

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