Só um shipp (que nem carisma tem…) não vai ser o bastante para me segurar nessa trama!
Um dos hypes dessa temporada foi criado após a estreia do primeiro episódio e estamos falando de “Fugou Keiji: Balance:Unlimited”. Sendo sincero, não é tudo isso que andaram falando! Nem de longe! Não foi uma estreia ruim, mas toda a confusão criada no anime, não faz jus ao que me foi apresentado no episódio. Os personagens não foram carismáticos, não consegui me apegar a eles, o que tornou o episódio mais arrastado para mim, e o principal: Esse shipp não tem fundamento ALGUM!!!
Sinopse: “A história gira em torno do milionário Daisuke Kambe, herdeiro de uma das famílias mais ricas do Japão, designado como detetive da Força-Tarefa de Prevenção ao Crime Moderno (também conhecida como MCPTF), no Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio. Aproveitando ao máximo sua vasta riqueza, ele não economiza para solucionar crimes complexos e tem a tendência de avaliar tudo, incluindo vidas humanas individuais em termos de seu valor monetário. Haru Katou, um detetive de coração compassivo que acredita que dinheiro não é tudo, é escolhido como parceiro de Kambe, mas é repelido por sua atitude materialista. Tendo personalidades diametralmente opostas, testemunhe como os dois se unem para enfrentar crimes e mistérios aparentemente insolúveis!”
O parágrafo acima mostra um pouco de como me sinto em relação a esse anime. Por esse começo, ele não foi uma má estreia, mas ele beira muito ao mediano. Os personagens não me prenderam nem um pouco, me passando uma sensação bem semelhante ao que eu senti com os personagens de “ID: Invaded”. O design dos personagens me passam uma imagem apática, principalmente no olhar. Mas diferente de ID, em que esse sentimento é com todos os personagens, aqui é somente com os dois protagonistas (ao menos por enquanto). Os dois personagens de apoio que complementam esse episódio, são mais carismáticos e a dinâmica deles funciona muito melhor do que a dupla principal (embora com ressalvas).
O que eu imagino que o anime deva seguir é uma esquemática “episódica”, sendo que cada capítulo deve contar um caso e ali no final deve ter alguma trama mais elaborada e longa para fechar o anime. Os eventos devem seguir uma certa linearidade e devem impactar no próximo caso/episódio, principalmente no relacionamento dos personagens. Nesse primeiro caso, ele é bem interessante porque o crime em si é grande, mas a dupla de ladrões entra no meio e acabam misturando as duas tramas, tornando os eventos subsequentes algo mais espalhafatoso (não sei se é a melhor definição. Foi a que eu pensei no momento). Você tem uma bomba em um carro e por uma série de eventos, a dupla entra dentro e acabam se envolvendo nesse crime maior, sem ter a mínima noção do que está acontecendo ali.
Que por falar nessa dupla de ladrões, eles foram a melhor coisa desse episódio. Os dois funcionam bem e geram bons momentos. Eles escolhendo qual joalheria assaltar baseado na aparência/porte físico de quem estava recepcionando ou fazendo a segurança da loja. E no final eles confundem uma loja que vende chocolates com uma joalheria, gerando toda a confusão com eles roubando o carro que contém os explosivos e toda aquela sequência que por si só, foi bem divertida. A ressalva que eu tenho com a relação deles é que lá no final, o cara abandona a guria dentro do carro. Basicamente ele deixa ela se foder sozinha, ainda correndo o risco da garota morrer, visto que o burguês ia derrubar o carro no mar. O ponto principal disso é que logo em seguida, ela é salva e perdoa o cara que deixou ela para morrer. PORRA dá um soco nesse desgraçado minha filha!!!
Eu cheguei a comentar com a @MisuRose sobre o episódio, que achei que ela tivesse perdoado ele por eles serem irmãos. Ela já acredita que eles são namorados. Em um determinado momento, a garota fala que ele gastou o dinheiro todo com mulheres (sassuga homens). Então estou nessa dúvida, mas não é como se fosse relevante agora; Acho que eles nem devem aparecer no anime. Se aparecerem, devem ser estilo alívio cômico para as cenas. E o que me incomodou nisso, é que eles não tem um final. O conflito maior foi resolvido, evitaram uma destruição maior que seria gerada pela bomba, mas eu não senti que houve uma conclusão do caso. Não vemos as consequências geradas, sequer vimos quem estava planejando tudo isso, o que me causa uma sensação de vazio. Criou-se uma situação, tivemos o desenrolar e a conclusão ficou largada. Tenho a impressão de que foi apenas um episódio mal pensado, feito apenas para dar uma introdução ao local, aos personagens e fazer os dois protagonistas se encontrarem.
Se continuar dessa forma, Fugou Keiji: Balance:Unlimited é um forte candidato a se tornar uma das grandes decepções dessa temporada. Não estou dizendo que ele será, afinal, não sei como ele vai continuar, mas minhas esperanças de sair algo bom daqui diminuíram bastante. No fim, o que causou esse hype toda foi um shipp que SEQUER tem química.
Os dois caras nem interagiram durante o episódio. A única cena entre eles foi na reta final e ainda com o Kambe sendo um filho da puta e deixando o Kato cair da ponte. Eu não vejo sentido lógico em criar um shipp entre esses dois, pelo contrário. Dá é vontade de dar um soco na cara do Kambe durante boa parte do episódio, por ser simplesmente detestável. E o Kambe é o tipo de personagem que eu não consigo imaginar tendo uma grande mudança durante a trama. É um burguês metido/nojento, e aparenta continuar sendo desse jeito… Típico personagem que eu odeio :).
Quanto ao Kato, apesar de também não ser carismático, ele é bem melhor do que o Kambe. Ele consegue te segurar um pouco mais nessa trama (arrastada) e quero saber porque ele saiu do Primeiro Divisão. E dentre tudo, o que mais me mantém minimamente interessado é a mulher que aparece na OP. Quero saber qual a relação dela com o Kambe e como ela será inserida nessa trama, mas como nem tudo são flores: POR QUE ELA TÁ NUA???? Virou mania colocar mulher quase nua na OP? *e depois “ARTE” que é feminista demais…*
Em aspectos técnicos, a direção é bem funcional. Na parte de animação, o anime é bem competente e a produção parece estar mais adiantada. Talvez ele sobreviva até o fim, sem grandes baixas geradas pela COVID-19. O CG as vezes destoa na movimentação dos carros principalmente, quando são colocados para correr em alta velocidade. Não passam a sensação de peso e não parece que eles estão encostando no chão. Causa um estranhamento na hora que se vê. Eu gosto de alguns momentos do uso de sombras, a paleta de cores é mais fraca e toca em um ponto fraco meu com essa apresentação visual.
Dou destaque para as animações da OP e da ED. Há momentos ótimos, brincando com as cores e as composições delas e as cenas de ação são muito bem feitas. As músicas que eu não gostei. Adorei foi o uso da trilha sonora em algumas cenas pontuais. Ora ela é usada de maneira muito boa, ora eles erram. É usado uma música principalmente nesse episódio que parece remeter a alguma série de ação estadunidense, usada principalmente com o Kambe, mas não é um acerto toda vez. Em algumas circunstâncias, ela começa muito do nada, abrupto, com uma batida movimentada….quebra a cena.
Não estou animado para o próximo episódio, nem um pouco. Mas vou continuar assistindo. Não acho que o anime será tão ruim ao ponto de eu droppar, entretanto, se isso ocorrer, eu volto para comentar o que achei do anime até o episódio que eu assisti ^^.
Uma última coisa. Se essa bagaça continuar da maneira que foi esse primeiro episódio, um shipp não vai segurar essa trama e não vai ser uma boa animação que irá me prender. Espero que melhore, mas como eu disse, não estou com expectativas.
2 thoughts on “Fugou Keiji: Balance:Unlimited #1 – Primeiras impressões”