O conceito de "É horrível, mas ao mesmo tempo é bom."!

O conceito de “É horrível, mas ao mesmo tempo é bom.”!

Finalmente consegui assistir “Kimi to Boku” e meus amigos… Que estreia ruim e boa ao mesmo tempo. Já aviso logo que provavelmente é só empolgação minha com o anime que eu simplesmente não sei de onde veio, mas que me pegou de tal forma, que eu terminei o episódio rindo… Falarei de tudo o que há de ruim e uma das únicas coisas boas do anime, o casal principal ^^

Sinopse: Há uma grande guerra há anos entre o Império cientificamente avançado e Nebulis, o reino das meninas mágicas – até o cavaleiro mais jovem a receber o título de mais forte do Império encontra a princesa da nação rival. Embora sejam inimigos jurados, o cavaleiro é tomado por sua beleza e dignidade, e a princesa é movida por sua força e modo de vida. Será que a briga entre eles poderá terminar?


Assim, quando eu olhei para o visual, vi o ‘Kirito e a Asuna’ MAIS UMA VEZ, já esperava por uma apresentação pobre, um roteiro precário, personagens vazios, cenas ecchi/ofensivas e olha só, tive tudo isso. Vou deixar para falar do que eu achei de bom no final. Então vamos às críticas: primeiramente a apresentação do mundo. É uma típica guerra entre dois países que nem sentido tem. Os próprios personagens pensam isso e não aparenta que irá apresentar algo muito trabalhado. O enredo não precisa disso necessariamente, mas nem o básico se esforça para entregar. De início te entrega suas cartas principais para saber que: o protagonista masculino – Iska – foi preso por libertar uma bruxa prisioneira, ele precisa matar a Bruxa Gélida não sei das quantas – Alice -, além de estabelecer mais algumas coisas como o próprio conceito de bruxas e de como há descendentes ‘puras’ de Santos Discípulos que são encarregados de matar elas, junto da divisão de territórios e a guerra entre essas duas nações.

Eu confesso que fiquei surpreso com a ambientação do mundo. Só havia visto um pedacinho de um dos PVs, dos visuais da animação e pela sinopse. Eu imaginei que a história teria um cenário mais arcaico, porém para a minha surpresa, o background em que ele se passa é moderno. Há grandes construções, instalações de alta tecnologia, grandes prédios e até reatores *_*. Eu me pergunto sobre como essa história prosseguirá. Sabemos que os protagonistas querem acabar com a guerra e não deve demorar muito até rolar o love dos dois. Como eles são ‘inimigos naturais’, deve acontecer as cenas de tragédia estilo Romeu e Julieta. Em algum momento desse roteiro, eles vão se rebelar. A questão é quando e eu não consigo pensar nele indo muito longe com um plot desse, ao menos não por enquanto.

Sobre personagens, com exceção do casal, é uma grande disputa para saber quem é o pior. O Jhin é um completo nada. Foi o que menos chamou atenção e não tenho muito o que dizer dele além de ser sem sal. A Nene é irritante, além da sua voz fininha para deixar mais infantil a situação é muito desagradável. Uma coisa estranha da personagem é que ela aparece de primeiro momento em um café atendendo cliente e depois descobrimos que ela é uma engenheira??? A guria é um faz tudo, é isso mesmo? E a mais irritante de todas, a capitã Mismis. Igualmente a Nene, tem a voz dela fina tentando passar a impressão de jovialidade, mas é só (MUITO) estressante.

E se já não bastasse as duas serem um grande nada, ainda tem a questão do ecchi. Meu pai amado, é peito pulado em animação fluida, que por sinal é mais animada do que muitos takes do episódio. É roupa com saia de corte em V aparecendo calcinha da personagem feminina, é mais seio em primeiro plano… Foi uma situação caótica nesse episódio… Não estou nem um pouco surpreso, dado que é meio um padrão para esse estilo de história.

Agora o que mais gostei na estreia foi o Iska e sua interação com a Alice. Eles fazem o papel de “casal de idiotas” e eu amo isso. As duas situações envolvendo os dois são super previsíveis. A primeira chega a não ter sentido, porém a dinâmica deles é muito boa e a direção funciona muito bem nesses momentos. Eu rio genuinamente e é divertido. A primeira cena que falo é no meio da luta dos dois, a Alice sobe em cima de um pequeno barranco que claramente está há pelo menos 3 metros de distância do Iska, mas ela magicamente consegue cair dali e sem mover um dedo de onde estava, o Iska consegue pegar ela no colo. Rola um clima que para muitos vai soar muito sem graça, mas comigo deu certo certo (sofro). A segunda é a cena que fecha o episódio que eu acho fabulosa. Alice está aos prantos assistindo uma peça de teatro (a cá Romeu e Julieta), um guri oferece um lenço para enxugar as lágrimas, as luzes acendem, ela vê o Iska e acaba naquela reação de surpresa… Eu ri para um caralho ali. As coisas acontecem de uma forma totalmente clichê e sem graça, mas eu acho fabuloso. Não consigo explicar.

No geral, a comédia do anime não funciona, mas quando é entre esses dois, eu rio demais! É completamente idiota e a obra precisa explorar melhor isso, porque é a única qualidade de destaque nesse negócio. Pelo amor de deus, usem esses momentos e me deixem feliz pelo menos nesse aspecto.

Eu não tenho problema com histórias clichês quando elas são bem feitas. Pode sair algo muito agradável de se assistir, fora que há muitas obras que acertam muito ao abraçar o clichê. É o caso de “Rakudai Kishi” e lembram-se que na postagem com a lista de animes que iríamos assistir na temporada, comentei que “Kimi to Boku” me vendia um carisma que eu não sabia da onde vinha? Então, pesquisando um pouco, vi que um dos diretores desse anime é o mesmo de Rakudai, que é um anime que gosto muito. Talvez isso justifique um pouco desse carisma que senti.^^


Sobre a animação e direção, tem dois diretores aqui e salvo alguns momentos, parece que não tem alguém dirigindo a adaptação. É um sentimento semelhante à “Maou Gakuin”, anime da temporada passada. A animação tem dois momentos de destaque, sendo essas duas cenas de batalha no meio do episódio: a primeira com a guria vestida de empregada (é a cota ter a garota maid) e a segunda com a luta do prota com a Alice. No resto, ela oscila muito. O character design muda bastante em alguns momentos. Tem quadro estranho, animação travada, o que é preocupante por estarmos no primeiro episódio ainda. A SILVER LINK. está trabalhando com 1 anime por temporada e desde “Otome Game” (exibido na Temporada de Primavera), eles vêm tendo essas oscilações. No caso de Otome, foi na reta final e em Maou Gakuin jera mais ou menos da metade para o final. Agora nesse está desde o começo. Imagino a situação que estará na reta final… Houve alguns momentos estranhos. A animação não é ágil e cria momentos de lentidão nos movimentos dos personagens para que o inimigo ataque. É muito estranho, porque em algumas cenas os tratam como rápidos. Em outros acontece isso. Há um problema na montagem das cenas e soa forçado para gerar essas reviravoltas nas lutas.


Em resumo: esse provavelmente será meu guilty pleasure. Ele tem tudo para ser ruim (e já está sendo), mas se continuar a pegada de casal idiota, tem tudo para eu continuar gostando. Só espero que não abusem da minha tolerância com as cenas ecchi -_-. Eu gostaria que ele fosse mais parecido com Rakudai, um chiclêzão, mas com um roteiro decente e bem feito. Entretanto é esperar demais da obra hahahaha. E só para constar, o Kirito desse anime é mais bonito do que o original!

Fofos (por favor, não seja machista). Me cancelem!

3 thoughts on “Kimi to Boku no Saigo no Senjou, Aruiwa Sekai ga Hajimaru Seisen (Our Last Crusade or the Rise of a New World) #1 – Primeiras impressões

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