Um episódio “estranhamente” bem humorado 🙂
Seguindo com as postagens de “Yuukoku no Moriarty” na tentativa de tirar o atraso e acabar com as impressões semanais da animação antes do ano terminar, vamos comentar o 8º episódio que bem diferente dos demais, foi muito humorado durante boa parte desse capítulo 🙂
Bem, esse 8º episódio foi maioritariamente focado no Sherlock e tenho que dizer: foi estranho. Até então o enredo tinha foco no Moriarty e na sua turminha do crime. Vemos toda a sua linha pensamento, forma de agir e como eles lidam em diferentes casos ou em diferentes situações, o que foi muito diferente deste capítulo do anime. Não foi ruim, longe disso. O ponto é que não estamos habituados à isso dentro da animação.
Esse episódio tem função narrativa de introduzir o John, parceiro de investigação do Sherlock. Para pessoas que já consumiram algo da série de Sherlock, o novo personagem já familiar (provavelmente). No entanto para aqueles que assim como eu nunca encostaram um dedo na franquia, eles precisavam apresentar e introduzir o personagem de alguma forma na trama. Até porque se apenas ‘jogassem’ o John ali, como se ele sempre estivesse presente, seria algo muito abrupto e até forçado, afinal, de que infernos o personagem saiu? Então narrativamente falando, entendo perfeitamente a escolha e mais para o fim do episódio, fizeram uma coisa bem interessante que me deixou satisfeito com a montagem do episódio. NOTA DO REVISOR: O Alê vai chamar o personagem de John pessoal, mas para que ainda não reconheceu é o Watson. Só para deixar claro quem é ele.
Ainda falando dessa escolha de apresentação do John, é sempre bom reforçar que “Moriarty” é uma releitura da obra original, e que por isso algumas coisas são mudadas de forma que melhor se adeque à narrativa que o autor do mangá pensou para essa história. Por exemplo, uma amiga minha (@agustaex_) comentou sobre como ela acha estranho o Moriarty estar envolvido em TUDO que acontece, sendo que no original, ele só aparece vez ou outra. Outra diferença é que o próprio autor dessa releitura está moldando os personagens para melhorar ou piorar os traços de suas personalidades, afim de aproximar ou afastar o leitor deles. É o caso do próprio Moriarty que é bem mais “gostável” e parece “bom” na obra e o Sherlock tem uma personalidade/trejeitos um pouco diferentes para, acredito eu, distanciar o leitor do personagem e se apegar mais à persona principal da obra.
Uma coisa que me despertou atenção é como o Sherlock e o John tem boa química. Esse primeiro contato deles acontece em poucos minutos, sendo tudo muito rápido, mas a interação entre os dois é muito boa e convence quem está assistindo. Acredito que muito disso venha pela maneira que eles se encontram, em que parecia uma cena de tentativa de assassinato do Sherlock (confesso ter achado que era Moriarty tentando silenciar ele hahahaha). Na verdade era só ele dormindo haha. Então a produção já estabelece que o John tem conhecimentos médicos e que esse aspecto desperta o interesse do Sherlock. Além disso, ainda temos um pequeno sinal de alerta e que claramente será um inconveniente para os planos do jovem Moriarty, já que Sherlock conseguiu produzir uma solução que detecta sangue em objetos mesmo tendo muitos meses depois do crime. Provavelmente essa solução será usada nesse caso com a finalidade de tirar a acusação de assassinato da barra dele, porém eu imagino que deve vir a ser usado em mais histórias a serem contadas e será um problema para os vilões da série. Quero ver como Moriarty vai conseguir (ou não) driblar o obstáculo, fora os próprios recursos que o Sherlock deve ter na manga para desvendar os mistérios.
Eu gosto de como Moriarty consegue apresentar muitas coisas em pouco tempo sem parecer forçado, ao mesmo tempo que tudo se encaixa muito bem. Acho divinamente impressionante como fazem essas amarras na tama. Conseguiram encaixar o John, apresentar a (maravilhosa) Sra. Hudson, a dona da pensão, além de mostrarem e darem indícios de que o invento do Sherlock será usado em algum momento do futuro, enquanto dão as cartas de sua funcionalidade.
Em meio à tudo isso, tenho que dizer que nesse capítulo a comédia esteve muito presente. Pode ter parecido um pouco estranho para quem só consome a animação, visto que os outros episódios quase não continham cenas assim. Só momentos bem pontuais e dispersos, mas como eu comecei a ler o mangá também (li 1 volume), sei que a obra originalmente é bem mais humorada que o anime ^^. De primeiro momento fiquei um tanto impressionado, mas é bem divertido. Ficou evidente que não se tinha para onde fugir, então tiveram que incluir mesmo esse tom. Ficou um pouco discrepante dos demais capítulos até então? Ficou, mas não sei dizer se é algo ruim realmente… Há até uma certa quebra em tons narrativos, porque até metade do episódio você tem muito humor (muito bom por sinal) e na metade seguinte acontece do Sherlock ser acusado de um crime para logo em seguida irmos para a cena do assassinato e tudo mais. A roupagem do episódio muda bastante.
Sobre o assassinato ainda não há muito o que dizer, além do que já era esperado: Moriarty está por trás. Quando o Sherlock começa a dizer que esse crime tem um mandante e que parece ter sido arquitetado por alguém, igualmente como foi dentro do navio, na hora estava claro quem estava manipulando tudo. MAS uma coisa que eu adorei foi como conectaram o Moriarty nessa história toda, porque estava acabando o episódio e nada do homem aparecer, para dar aquele sorrisinho que só Moriarty sabe fazer e que é puro encanto. O que mais gostei é que montaram toda uma situação em que conseguem introduzir os personagens novos, o crime e ligar com o Moriarty, fazendo todo um ciclo muito bem feito, sabe? E ainda a direção que meu Deus… aquele giro de câmera que fizeram na cena final do episódio, com o ambiente todo avermelhado. Achei fenomenal. Não consigo encontrar palavras para descrever o quanto eu adorei essa parte final, mas foi muito incrível (Alexsander está empolgado!!!).
Por fim é bom ressaltar que o Moriarty mais uma vez está usando alguém para fazer seus planos correrem. Nesse caso ainda ficou mais grave, porque o homem vai morrer de todo jeito. Então a lógica aqui é: “Por que não usar à meu favor?”. Apesar dos pesares, Moriarty não é bom e é uma das questões da obra, porque não dá para avaliar os personagens como “bons” ou “maus”. Não é preto e branco ou coisas muito bem determinadas. Eu gosto muito disso e veremos a conclusão do arco no próximo episódio. Se for para chutar, acredito que o homem doente vai ser morto. O que mais me deixa interessado é saber se vão chegar próximo do Moriarty, como ele vai se relacionar mais com esse caso e como será a conclusão dele. Se teremos mais algum tipo de suspeita para cima do personagem, ou nada parecido. Intrigante hahaha.
Mais uma texto bem escrito, apelas a palavra trama faltou um R, mas isso é besteira !
Te compreendi perfeitamente <3
Mesmo cansado você fez um texto que é bacana e convidativo de ler
Sobre o episódio
Mano, foi um impacto forte não ver o Moriarty e ter que lidar com o "protagonismo" do Sherlock.
O John é uma gracinha, conseguiram posicionar bem a dupla Sherlock e John dupla, acho que nos próximos episódios teremos mais do John, espero que ele não fique sobrando ^^
Agora vamos falar da icônica Sra. Hudson
Cara, eles fizeram uma mudança absurda de boa nessa personagem, de uma quase figurante, para uma personagem bem determinada, cachaceira, independente de alguma forma
Adoro como ela é desbocada rsrsrs
Enfim, já te aviso que a direção do próximo episódio vai te surpreender
quer dizer, assim espero rsrrs
Agora é seu momento de descansar (Não responda isso imediatamente)
tenha uma boa noite de sono e um momento para relaxar de verdade
Cuide-se ^^
Logo eu corrijo o “trama” ^^
Aaaa que bom que fizeram essa mudança, adorei a personagem hahahaha.
Curti demais a introdução do John e da Sra. Hudson. Esse episódio foi bem legal e serviu pra ressaltar a excentricidade do Sherlock
Siim!! Concordo!