3 minutos de episódio completamente desperdiçados, mas ainda temos um episódio interessante.
Chegamos ao 3º episódio de “Fumetsu no Anata e” e temos divergências de opiniões! Enquanto o Rub achou o episódio mais ou menos, eu (Alê) adorei ele. Na postagem vamos comentar o que achamos do episódio e o que fez um gostar mais do episódio do que o outro (embora nem eu saiba exatamente o que me fez adorar ele), além de comentar sobre expectativas para o futuro da série ^^
RUB: Alê, voltamos para comentarmos mais um episódio de Fumetsu e teremos um caso raro aqui. Um de nós dois gostou demais do episódio e o outro nem tanto. Geralmente concordamos em várias coisas, porém acontece essas divergências de experiências e vamos expor como foi para cada um depois de termos assistido o episódio 3 do anime. A primeira coisa que eu quero abordar e que eu acho uma merda É A PORRA DO RESUMO SOBRE O QUE ACONTECEU ANTERIORMENTE NO COMEÇO DO EPISÓDIO. Já reclamei disso em Tokyo Revengers e aqui aconteceu a mesma coisa. A produção falhou miseravelmente em preencher de conteúdo o episódio que tiveram que esticar ainda mais o resumo. Eu sei que já teve casos de animes com quase 8 minutos de resumo inicial antes de começar o episódio, mas Alê, são 4 minutos de 20. 1/5 do episódio me mostra o que eu já vi nem faz 14 dias. É desperdício de tempo inacreditável. Eu ainda tenho que fazer um aviso, porque eu li boa parte do mangá. Um amigo estava conversando comigo e me falou: “Nesio, leia o mangá, porque você vai ter uma noção do que esperar. Você gostou do inicio, mas te conhecendo, tenho certeza que você vai mudar de opinião no meio do caminho.”. Depois do conselho, fui ler o original e talvez isso explique esse meu desânimo agora com Fumetsu. Como agora eu sei para onde está indo, a minha empolgação abaixou consideravelmente. Então eu já não estava muito empolgado, ainda a produção do episódio toma certas decisões um tanto estranhas na segmentação do roteiro, que quando eu terminei de assistir eu fiquei: “É…”. Talvez o meu erro eu ter lido o original. Focando no episódio em si, temos toda a parte da March sendo capturada de novo e se despedindo do seu filho/cachorro(?). Ainda mostra o lado primal do Fushi (agora podemos chamar assim finalmente, já que a guria deu o nome para ele) em não saber portar como humano e a Parona tentando se livrar de suas amarras depois de capturada. Uma coisa que é reforçada nessa parte é que ninguém sabe se realmente existe um Deus ali para oferecer o sacrifício. Tanto que quando aparece o urso, ninguém o reconhece como essa entidade divina que tanto rezam. Basicamente é aquele lance de crer em algo ou em alguém que nunca viu como o seu salvador máximo. Cogitamos que era o urso esse tal Deus, mas para essa galera, é uma parada que não tinha uma definição corpórea estabelecida. Podia, sei lá, ser um guaxinim carnívoro que matava os sacrifícios que dava na mesma. Como na crença do Cristianismo (lembrando que não estou falando mal de sua religião. Só estou comparando os elementos de cada crença), o pessoal crer em um Deus onipresente, mas que jamais foi visto por aí ou que se tem registros comprovados de milagres. Apenas escrituras que muito bem podiam ter sido distorcidas com o tempo, não passando a real mensagem do criador delas. Só cremos na figura e não no ser divino em si.
ALÊ: Até comentamos brevemente o que tínhamos achado do episódio e na hora que vimos a divergência de ideias ali, já achamos melhor ir logo escrever o post e aqui vamos entender melhor em que ponto nós discordamos (talvez eu mude de ideia com relação ao que achei do episódio, mas veremos). Em Tokyo Revengers, a recapitulação no 2º episódio realmente se mostrou ser um resumo para ocupar espaço, porque no episódio seguinte (3) ficou normal. Aqui o episódio começou dando continuidade aos eventos do capítulo anterior. E eu concordo muito nessa parte, porque é uma merda. Eu entendo que os episódios de animes são montados para encaixar perfeitamente na grade 30 minutos dos canais de TV japoneses, então eles precisam daquele tempo na mesma faixa para seguir a programação. Só para nós que vemos o episódio “direto” por streaming (e até para quem vê na TV nipônica), é muito ruim por ser só ocupação de espaço sem propósito. E essa cena inicial conseguiu ser AINDA MAIS LONGA (e menos dinâmica) do que a de Tokyo. São quase TRÊS MINUTOS DO EPISÓDIO NISSO! É MUITO tempo em recapitulação de algo que, como você disse, tem menos de 15 dias desde que vimos. Eu achei que teríamos mais ceninhas da March com o Fushi antes de serem capturados de novo. Até poderiam ter usado aqueles 3 minutos para aumentar essa cena, porque eu acreditava que eles criariam mais uma relação de mãe e filho(?) e ensinaria mais coisas para ele. Acabou que o máximo que tivemos nesse início é ela tentando ensinar ele a segurar uma fruta como uma pessoa e a cena do episódio passado com ela movendo a boca dele para dizer “Obrigado”. Eu sigo não tendo lido, mas anos atrás um amigo comentou que não estava gostando do mangá. Não quis saber o porquê e em vista dos seus comentários de agora (que normalmente batem muito com o que eu acho), prefiro não saber mesmo e aproveitar ao máximo o que o anime pode me oferecer XD. Eles servem um Deus que nem sabem ao certo o que é (não criticando religião), mas quando o Urso aparece lá e os soldados acham que é o tal Deus, a Hayase diz: “Não creio que realmente exista”. Nem a própria que oferecia o sacrifício acreditava na existência do Deus aparentemente (ao menos não na existência presencial dele). Mas me chama a atenção é de que os próprios soldados sabem que não é um “Urso comum”. Aparentemente teremos mais coisas místicas no anime e isso me deixa interessado.
RUB: Sim, tem todo esse esquema de estarem fazendo algo, mas não compreendendo completamente os motivos de tais tradições. Igual a tantos fanáticos religiosos por aí que pregam a palavra do salvador, mas pouco entendem o real significado dos mandamentos ou do que está escrito em seus livros sagrados. Tanto que a maioria das religiões pregam a convivência pacífica com os diferentes (inclusive o catolicismo), porém os fiéis distorcem as palavras e fazem ações contrárias ao que supostamente deveriam seguir. Dá para fazer um paralelo perfeito aqui, porque a guria líder dos guerreiros tem uma satisfação enorme em jogar as pessoas para o sacrifício. Quando ela fala “Deixem ela, porque ela será mais uma na oferenda” quando a Parona invade para salvar a March, ela não diz em tom de tristeza. Ela fala debochando da situação. O que supostamente a líder deveria fazer por uma causa nobre, ela faz por diversão e prazer na matança que irá acontecer. Inclusive é outra que está oferecendo uma vida em troca de algo e sequer tem ideia do ser divino ou de como ele é para darem uma criança de tão bom grado assim. Novamente é batido na tecla da religiosidade cega e de atitudes bárbaras em nome de uma fé ou da salvação. Só que toda essa cena poderia ser melhor montada. Tem uns diálogos um tanto vazios em todo esse trecho. Muitas vezes tem exposição e explicações que não precisava ter. Sabe aquela parada que temos personagens falando em voz alta algo que ele já sabe? E foi um recurso do anime, porque no mangá todo esse segmento é bem mais dinâmico do que foi na animação. Até para o pessoal ter uma dimensão e explicando o porquê de terem inserido o resumo no começo do episódio, a estreia adaptou somente o capítulo 1 de 80 páginas. O episódio seguinte adaptou o capítulo 2 e 3, que juntos dão umas 80 paginas também. Só que o episódio dessa semana adaptou o capítulo 4 de 28 páginas apenas. E depois de ter lido o mangá, o episódio ficou MUITO ARRASTADO. Inseriram diversos diálogos vazios e alongaram demais certas partes, que o ritmo foi para o caralho. Por isso que colocaram uns 4 minutos de nada no começo e puxaram o freio de mão bonito para caber nos 25 minutos de duração tradicional. Com alguns ajustes, puxando algumas cenas do episódio 2 para cá, a narrativa teria uma pegada bem mais dinâmica do que foi no final.
ALÊ: SIM! Exato! Pensei exatamente na questão do fanatismo religioso. Os guarda-costas falando que o Oniguma era só uma lenda, a guria que nem acreditava plenamente na entidade, mas estava lá realizando a tarefa que lhe foi dada. Todos sinais de estar cego pela religião (no caso da Hayase eu acho que é ainda mais embaixo esse caso). E me pergunto quem “criou” essa ideia de sacrifício e como começou essa distorção toda. E Hayase realmente só queria sacrificar a March mesmo. Quando a Parona chega lá para salvar a March, a Hayase apenas taca o foda-se e deixa as duas lá e que irão ser comida para o Deus. Naquela altura do campeonato, ela nem estava mais se importando com a ordem correta do ritual. Parecia ser apenas pelo prazer de fazer aquilo, ainda mais considerando que a March deu trabalho para ela. Puxando para a realidade, é igual o que acontece por aqui. Por exemplo, com catolicismo/evangélicos que pregam que LGBT+ é a própria manifestação do mal da sociedade e querendo praticamente a cabeça dessas pessoas (incluindo eu e passo por isso periodicamente). Não estou dizendo que são todos, mas é inegável a perseguição que acontece. Depois de você ter apontado a exposição dos diálogos, eu fui ver quem era o compositor de série e temos um problema: ele é novato. Exercendo essa função, ele fez apenas outros dois animes (que nunca ouvi falar) e fazia scripts de episódios de Pokémon (ele fez bastante isso). Dá para supor que ele está mais acostumado com narrativas mais simples. O que deve ter acontecido nos dois primeiros episódios foi ele ter feito o Crtl C + Ctrl V do mangá (ACHO, lembrando que não li) e quando chegou nesse episódio que adapta 4º capítulo, ele deve ter ficado perdido. No caso da direção, revendo algumas cenas, realmente fica mais evidente que alguns diálogos poderiam não existir e faltou um pouco da mão do diretor em deixar tudo mais dinâmico. Eu espero que esse seja um caso pontual, porque temos um conjunto que tem potencial para gerar algo um pouco desastroso aqui. Estou receoso com esse compositor de série. Concordo que alguns ajustes poderia ficado melhor, principalmente quando você leva em conta que o episódio desperdiça 3 minutos inteiros em recap. A minha questão com esse episódio é que eu estava tão imerso nele, que nem me dei conta dessas pequenas pontas (com exceção do problema inicial que foi gritante). As coisas apenas fluíam muito bem que fiquei preso nele. Vi o episódio num instante e nem vi a hora passar. Quando menos esperava, acabou o episódio hahaha.
RUB: Teve uma outra parada que chamou a minha atenção (no mal sentido) que foi a animação. Ela estava inconstante. Não estavam conseguindo manter consistência entre um frame e outro. Tem uma cena que é pavorosa quando chega o urso gigante para comer a March. Há pelo menos uns 13 cortes nesse trecho e em cada um o urso tinha tamanhos diferentes. Teve um que parecia que as gurias eram do mesmo tamanho que ele, sendo que o bicho era para ser imenso. E nas cenas que tinham mais movimentos como a fuga da Parona ou na sequência final, parecia que faltava alguns frames ali. Sabe quando você está rodando um game muito pesado em um PC mais lento? Era essa sensação que eu tinha vendo o episódio. Tudo do nada congelava por alguns microssegundos e continuava a animação dos movimentos sem uma equivalência nos desenhos. Teve outra parada que detestei e o anime usou como recurso barato foi a tentativa forçada do espectador chorar. No original não tem toda essa carga dramática, mas enquanto eles estavam montando um altar, o diretor forçou demais para elaborar uma cena sensível em praticamente tudo. Só faltou literalmente cortar cebolas nos olhos da pessoa, fazendo-as chorar de forma artificial. Também foi uma decisão que não veio do original e além de esticar todo um drama desnecessariamente, queria dar uma de AnoHana para construir uma cena emotiva ao extremo, coisa que eu odeio. Eu tenho que chorar pelos dramas dos personagens e não quando o diretor acha que eu deva me emocionar. Odeio essa artificialidade que muitos dramas usam e que não era necessário ali. Só que vem do mesmo problema que citei anteriormente. Como tinha pouco material, bora esticar as cenas colocando coisas que não precisava ou encaixava direito na narrativa. O que salva o episódio para mim foi o final, que abre várias possibilidades para a história no que ela quer abordar dali para frente. Agora que todo mundo sabe que o protagonista é um “monstro” imortal, o que irá acontecer? Para onde a Parona e a March vão agora? Elas não podem voltar para vila, senão quebra totalmente a fé dos seus amigos e familiares na religião. O que vão fazer? Qual é a tribo desses guerreiros que estão cuidando do ritual? (mostra na prévia do próximo episódio, mas vamos considerar que ainda é uma dúvida para geral xP) Agora que um dos “deuses” morreu, terá alguma troca de santidade ou irão fingir que nada aconteceu para manter o controle do pessoal ali a partir de sua fé? São questionamentos interessantes levantados depois que o Fushi agradece pela comida. Inclusive essa cena no mangá é mais fofo do que foi no anime, porque o traço do original mostra a felicidade e a dificuldade do protagonista em falar aquelas palavras.
ALÊ: Eu já discordo sobre a parte da animação. Acho que só tem uma cena que achei meio estranha que é quando o Ursão vai dar a patada na Parona. Aquela parte eu acho estranha mais pela montagem do que por outra coisa. Tipo, o Urso usa a para dele, em seguida a Parona sai rolando como se tivesse sido acertada, mas ela não se machuca tanto assim (considerando o tamanho do bicho, era para ter feito um estrago), e logo em seguida aparece a pera(?) que a March deu para o Fushi (e o próprio logo depois). Eu não sei exatamente se ele jogou a fruta ali, se ela estava no altar e voou junto da Parona com o ataque do bicho, não sei… Sobre o tamanho do Urso e animação em geral, eu realmente não notei essa diferença. Um bicho daquele tamanho deve ser muito difícil de manter extremamente parecido, ainda mais que ele estava o tempo todo em 2D. Não teve uma cena que estava em CG e isso deve ser um trabalho do caralho para animar. Ainda mais que nos takes mais próximos, os quadros eram ainda mais carregados de detalhes, cheio de marcas de pelo e sombras dessa pelagem. Os frames do rosto tendem a ser mais detalhados no anime e se manteve no episódio. O que acho que pode ter variado mais é nos momentos que focavam em alguma parte específica do corpo do bicho (a pata, por exemplo) que davam a impressão de ser menor do que realmente eram. Tirando isso, achei muito bom! Eu ODEIO drama forçado. Já comentei isso muitas vezes e em diversos posts, porque se tem uma coisa que pode me fazer detestar um anime, é quando ele tenta me forçar drama (em especial quando é constante). Porém te juro que achei a cena bem aceitável. Ela não me causou vontade de chorar (passou até longe disso), mas nesse ponto do episódio eu estava um tanto apreensivo com o que ia vir logo em seguida, então talvez tenha ajudado em eu ter comprado o momento. Supondo aqui que o diretor tente aumentar carga dramática em algum momento “inapropriado” novamente, pode ser que eu perceba e ali eu ache ruim, mas até aqui, achei aceitável. Acho que o que aconteceu comigo nesse episódio é muito de estar imerso na trama. Como vi 2 episódios e estava adorando, eu fui ver o episódio 3 esperando algo do mesmo nível. Como eu tinha certa confiança no andamento da obra, eu fui confiante no episódio. Acredito que tenha sido muito importante para eu não me importar e até não perceber essas cenas. Em outra circunstância, se fosse um anime que oscilava bastante entre momentos bons e ruim, existiria a possibilidade de eu achar a cena dramática ruim. Uma coisa que estranhei foi o Fushi conseguir voltar a forma de lobo. Jurava que a partir do momento que ele assumia uma forma, ele não podia voltar para a forma anterior. Foi uma surpresa voltar a ver a forma do lobo. Agora a parte final do episódio foi o que mais me deixou interessado. Principalmente com a prévia do episódio 4, que deixa mais aparente que vão tentar fazer experimentos com o Fushi na tentativa de descobrir os segredos da imortalidade. O que me deixa intrigado é sobre as pessoas daquela vila saberem o que elas estavam adorando. Será que eles sabem o que estavam cultuando? Ou será que são mais parecidos com a Hayase e estavam mantendo a tradição pelo prazer de ter que sacrificar alguém? Como não temos qualquer conhecimento do povo da Vila, não dá para ter uma noção exata se são todos fanáticos e em que nível de fanatismo religioso eles podem estar. Imagino que vai dar muita merda e novamente a Parona vai ter que fugir dali com a March e o Fushi. Só não sei pensar em quanto tempo eles vão ficar naquela vila, mas espero que seja tempo o suficiente para conhecer um pouco mais do aspecto religioso e dos outros deuses que esses povos da região podem cultuar.
RUB: Vou tentar assumir uma posição que eu não sei de nada na história, até para eu ver de como a adaptação irá se virar com certos arcos que estão por vim no Fumetsu e da forma que irão lidar com certos problemas que tem no mangá e que eu achei tenebroso conforme eu lia. Só que a produção tem que se ajudar. O anime tem que corrigir os problemas da história e não acrescentar mais durante os episódios. Cai na armadilha de ler o mangá e eu perdi todo o meu entusiasmo com a obra. Nessa semana o que eu posso recomendar é que não vão ler o original. Pelo menos não leiam os capítulos que não foram adaptados. Vão lendo conforme o anime progride, porque talvez vocês não fiquem tão desanimados assim como eu estou no momento depois de ter passado o final de semana lendo e ficar com aquele gostinho amargo depois da maratona de leitura.
ALÊ: Estou receoso com o compositor de série, mas se pelo menos ele seguir o que tem mangá, não deve dar tanto problema. Não sei quais são esses problemas, mas torço para que a direção corrija eles, ou pelo menos tente arrumar. Em todo caso, vou torcer pelo melhor vindo do anime e vou ir lendo o mangá conforme a NewPOP for indo publicando. Só lembrando que começa a ser lançado em maio com o título “Uma Vida Imortal” ;). Acho que é isso. Nos vemos na próxima semana e vamos ver no que dá.
Capa nacional do volume 1
Uma pergunta: quais são esse problemas que o Rubnesio relatou? São problemas de roteiro? Tipo o ritmo ou desenvolvimento dos personagens?
Não precisa spoilar, só fiquei na dúvida se são problemas que prejudicam a experiência da leitura ou só do anime
Sem dar spoiler, eu digo que o maior problema do original é a falta de ousadia da autora. Sabe aquele esquema de levantar vários questionamentos filosóficos, porém não aprofundar nenhum na história? Isso acontece direto em Fumetsu. Eu estava muito empolgado com a obra, muito pelas possibilidades que a autora estabelece em estudar a antropologia usando os personagens em volta do Fushi e desenvolver outros aspectos sobre a vida ou questões mais filosóficas como a representatividade da vida humana na Terra. Só que a autora somente citar o tópico e jamais temos essa construção. Tudo é muito superficial e básico. Tem momentos que a história literalmente para e enrola em determinados eventos narrativos que se resolvia em poucas páginas, porém vira algo enfadonho e raso. Resumindo, a história podia ser muito mais do que apresentou por enquanto até o capítulo 133 (onde eu estou). É aquele sentimento de oportunidade perdida. Não é ruim a história, longe disso. Mas depois do primeiro (que é o ponto alto da obra) capítulo, considerando toda as mensagens passadas sobre o ser humano e solidão, todo o resto fica no limite do mediano. E pior que dá para ver o meu desânimo de uma semana para outra. Do episódio 2 para 3, passei de um empolgado com a história para um desacreditado com o que eu sei. xP. Por isso que a minha sugestão é sincera para o pessoal não correr para ler o original por agora, porque uma galera iria dropar o anime com facilidade se soubessem o rumo narrativo de Fumetsu. E torço para que a adaptação corresponda e CORRIJA a falta de ousadia da autora em trabalhar vários aspectos, para ao menos tornar interessante a experiência da galera que está vendo o anime. E também porque iremos comentar semanalmente o anime por aqui. Se adaptarem a risca, fudeu porque chegará em um ponto que não teremos assuntos do que falar em diversos episódios.