Episódio super divertido, mas com alguns pequenos probleminhas...

Episódio super divertido, mas com alguns pequenos probleminhas…

Olá queridos! Espero que todos estejam bem! Chegamos em Junho e estou triste que ainda não estou em dia com as postagens de Moriarty. O JBC Festa sugou toda a minha alma. Foi extremamente cansativo, desgastante e roubou meu tempo… O episódio #18 trouxe mais um caso isolado e dessa vez, revisitamos o passado para ver uma pequena ponta da vida do Louis e do Moriarty antes da adoção. Tivemos também alguns aspectos que me incomodaram um pouco nesse episódio. Então vamos lá ^^


Vamos começar pelas reclamações, daí partimos para as partes boas, ok? Bom, “Moriarty” desde o começo do anime, tem uma forma muito boa de apresentar os nobres como sendo uma parte podre da sociedade. Por exemplo, no episódio #1 (que é original), a direção usa recursos visuais para mostrar os crimes cometidos pelo aristocrata. Mostram elementos que te passam tensão e sem dizer uma palavra, conseguem construir toda a cena e o terror da vitima naquele momento. O cenário é escuro, usam um vermelho vibrante, focam nos olhos, bocas e expressões faciais para passar a tensão sentida pelo personagem, ao mesmo tempo que te faz sentir raiva, nojo, passando sentimentos negativos quanto ao criminoso. Foi se repetindo em todo o decorrer da série, por exemplo, no episódio #4 quando o nobre da região nega atendimento médico ao filho dos camponeses. A cena é montada evidenciando o desespero dos pais. O nobre que sequer tem o rosto mostrado, o contraste de luz e sombra e o choro da mãe do bebê que não pode fazer mais nada pelo filho doente.

Porém quando chegou nesse episódio, não foi bem isso que foi mostrado e acho que foi um problema. A história do episódio é sobre um mercador que engana uma das gerentes do orfanato e dá um calote na coitada, deixando o orfanato que o Moriarty e o Louis viviam em uma situação financeira muito difícil. Essa guria conta ao pequeno Moriarty o que estava acontecendo e temos um flash do que aconteceu com esse empréstimo, ou melhor dizendo, do roubo disfarçado de empréstimo. O Louis e o William vão ao encontro do cara para negociar a divida. Eles conseguem fechar um acordo e se retiram. Quando eles saem de cena, o Baxter abre um sorriso, ficando com uma cara meio maquiavélica e começa a rir, expondo umas falas completamente desnecessárias. A produção usou esses sorrisões para expressar um pouco da satisfação dessas pessoas em fazer os crimes que estão fazendo, porém era mais como apenas um recurso visual acompanhado de outros para formar um todo. Aqui não. Juntam esse bando de funções narrativas pobres e jogam lá. É como se a produção quisesse forçar em você essa situação: “Olha como ele é mau, muahahaha”. Pareceu muito os vilões de “Sword Art Online” em algumas situações, ou aqueles vilões dark edgy de animes ruins, sabe? E ter noção disso me deixou com um sabor bem amargo, porque Moriarty não precisa disso. Nunca precisou até agora. Senti muita falta de uma direção forte, porque se você corta aqueles diálogos e a expressão bizarra na cara do personagem e incrementa outros recursos, a cena ficaria boa. Não sei exatamente o que aconteceu aqui, se foi a produção que não soube fazer a coisa funcionar de uma maneira melhor, porque eles sabem fazer a direção corretamente. Temos outros 16 episódios de prova. Pode ter vindo do mangá também. Todavia, independente de onde tenha origem, não ficou bom. Não é um problema gritante visto que é uma cena bem pontual, mas não poderia deixar de apontar aqui e torcer para que a obra não volte a cair nisso…

Se por um lado o episódio pecou inicialmente nessa apresentação do ‘vilão’, por outro lado a condução de todo o restante foi simplesmente MARIVILHOSO! Dou destaque principalmente para a cena no julgamento. Sério, fazia tempo que eu não via algo tão meticulosamente bem-feito, tão interessante, tão empolgante, tão… TUDO! Provavelmente é só empolgação minha (como de costume quando se trata de Moriarty), porém minha nossa senhora, a perfeição! Vamos pelo começo dessa construção: gosto muito do cuidado que a produção teve enquanto mostrava a conversa do William com o Lorde. Enquanto o cara dizia que não tinha o dinheiro, pedia para eles esperarem os negócios dele lucrarem no mês que vem para só então pagar o empréstimo, a produção mostrava o ambiente. Mostravam as porcelanas, prataria, móveis, quadros… A ambientação nos mostrava o que estava sendo passado por ele era mentira (não é surpresa, claro). Contudo gostei muito dessa preparação, pois lá na frente durante o julgamento, o cara começa a inventar história e você já tem em mente que é só conversa fiada.

Minha filha, é por justamente ele ser um nobre que você não deveria confiar…

Agora o julgamento em si, eu acho impressionante que é uma cena rápida, sendo longa em duração. Ela começa antes da metade do episódio e se arrasta até a casa dos 20 minutos. Desde do inicio até o momento final, é um show a parte técnica de como fazer uma direção funcional. Pode soar como sadismo da minha parte, mas quando o Moriarty jogou sua cartada de cobrar a divida em forma de meio quilo da carne do devedor, eu comecei a rir/gargalhar enquanto assistia. Eu vi o episódio na cozinha enquanto ajudava meu irmão mais novo com a lição de casa dele e lembro ficar com uma cara meio o_O. Eu estava batendo palmas, super empolgado com o que aconteceria adiante. Quando o Moriarty mostra seu trunfo, colocando em xeque a declaração do sangue, meus amigos, eu estava gritando (internamente, pois tinha criança na cozinha…) “CARALHOOOOOOOOO!!!” hahahaha. Fazia um bom tempinho que eu não me divertia tanto com uma sequência do anime. Sério, foi algo bem “tocante”. Parabéns direção, ‘nunca’ decepciona. O uso de cores excelente, os tons vermelhos nas bordas, ressaltar a cor dos olhos do William e no avermelhado, ao mesmo tempo que deixa outras cores mais opacas, ângulos mais próximos, deixando uma sensação mais angustiante e claustrofóbica (?!), ainda mais considerando o medo do Baxter em ser cortado e morto, consequentemente. Não sei se foi só impressão, mas a sonoplastia parecia mais evidente nessa cena. Os passos do Moriarty, respiração, o barulho do canivete… Acredito que tenha sido mais uma forma de passar o terror do nobre naquele momento. A movimentação dos personagens também funcionou muito bem nos momentos que era mais exigente… Quando falo que a produção de Yuukoku no Moriarty sabe onde destinar seus recursos, é em momentos assim. Quando precisa, eles entregam e é tudo muito bom!

A pressão foi tanta, que o cara ficou completamente aterrorizado, passando todos os seus bens para o Moriarty e agora sabemos o que aconteceu pouco antes de rolar a adoção deles. Depois desse caso chegamos a conclusão de que o William é um demônio desde cedo. Tudo bem que ele já fez coisas piores, vide incêndio na mansão, MAS ainda assim é um feito e tanto para uma criança, hahaha.


Outro aspecto ruim, ou melhor, confuso desse episódio vem no final da história contada. Depois que tudo é desenvolvido, voltamos ao Moriarty do presente e descobrimos que o protagonista previu que alguém poderia ir investiga-lo, só que eu senti que faltou alguma coisa para deixar a situação mais palpável. Ele fala que tinha deixado o documento do caso como uma isca, entretanto faltou um “PARA QUEM??”. Nós sabemos que o William é super inteligente, muito estrategista e tudo mais, mas em todos os casos que ele articulou, nós vimos toda a linha dele, como fez para chegar aquela conclusão e os meios que ele irá tomar. Porém aqui nós não tivemos isso. Não falo nem pelo fato dele ter deixado o documento mais vulnerável, mas sim por não ter tido um contexto para quem ele havia deixado a tal prova. Se ele pensava no Sherlock ir investigar, ou se ele tinha em mente que alguém poderia ir atrás de informações dele caso desconfiasse de suas ações (mais provável). Nessa situação, da forma que foi apresentada, eu tive a impressão de que ele sabia por saber, porque ele é foda e pronto, sabe? Novamente não sei se é um problema que veio do mangá ou se a limitação de tempo do episódio não permitiu que tornassem a cena um pouco melhor no entendimento, com a finalidade de deixar a situação mais plausível. Fato é que agora o William sabe quem o está investigando (e eu achando que ele não ia descobrir isso tão cedo… tolinho) e a regra foi passada: exterminar o Charles! O palco para um grande espetáculo está pronto. Tenho meus medos e receios, principalmente por temer pela vida de algum dos meus personagens favoritos. Seguimos nessa luta e mais ansioso para os próximos episódios ^^


É isso! Como já disse e repeti muitas vezes, eu sou bem empolgado com essa obra, mas me divirto muito com ela e comentar aqui é igualmente divertido. Então fico feliz de conseguir expressar pelo menos um pouco da minha empolgação e amor pela obra <3. Nos vemos em breve com a postagem do episódio #19, vulgo episódio em que começa a construção da tragédia.

Apreciação do Louis sorrindo!

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