O buraco segue ficando mais fundo…
Olá meus queridos leitores, seguimos com nossas impressões de Platinum End. A cada novo episódio, o anime se esforça mais para afundar e ficar pior, chegando a ser deveras impressionante o quão amador é esse roteiro (ainda mais considerando que o autor tem anos de carreira). Conversamos mais sobre esse episódio logo abaixo 🙂
RUB: Alê, eu quase dormi vendo esse episódio. MEU DEUS, QUE NEGÓCIO CHATO. Tipo, eu ainda estou tentando ver esse anime como algo CALHOFA, porque talvez assim eu me divirta vendo ele. Do jeito que está, estou quase usando o anime como pílula do sono. O episódio começa imediatamente na cena final do capítulo anterior, com o anjo descobrindo o protagonista. Do nada a Saki está lá atravessa o maluco com uma flecha vermelha. Admito que tomei um susto, pois aconteceu tudo muito rápido. A cena até teria mais impacto para mim se eu não soubesse o efeito da flecha vermelha. Sabia que iria vim alguma bosta pela frente. Não deu outra. Quando o protagonista virou um ‘zumbi’ apaixonado pela Saki, igual um usuário de drogas na ‘seca’, ficou um negocio SUPER ESQUISITO, MAS TÃO ESQUISITO, que se víssemos essa cena isolada, eu pensaria que é uma comédia romântica pastelona feita por um autor amador. Só que estamos falando de PLATINUM END. Um anime, entre muitas aspas, “BATTLE ROYALE”. Literalmente o anime mudou o disjuntor e virou outra parada, um outro gênero. Que merda. Desculpa, mas a comédia dessa obra não funciona comigo. Parece imbecil toda essa sequência dele lunático por ela, obedecendo feito cachorro, indo para o quarto dela e esperando sentado de forma passional, parecendo um escravo sexual excêntrico. Alê, não dá para elogiar esse negócio. Parece que a equipe de produção não conseguiram animar tudo, porque tem uns cortes tão bruscos entre um frame e outro, que parecia animação em flash múltiplas vezes. Além de que o Revel é outro personagem vazio. Aparece ele, todo fodão e analítico, para no minuto seguinte, virar mais um anjo comportado de servidão ao humano, igual a Nasse. Nada funciona. Nada. Até mesmo a porra da flecha vermelha não serviu de nada. Se perdeu UM TEMPÃO de todo mundo desconfiando do protagonista, para quase no final do episódio, o Revel concluir: Ok, você é confiável. Ah não, Alê. Ah não…
ALÊ: Eu vou começar falando dessa cena inicial, porque assim, na postagem do episódio #2 eu deixei um pequeno spoiler lá. Essa cena da Saki enfiando a flecha no protagonista é o final do volume #1 e se tivessem terminado o episódio naquele ponto, teria sido bem mais impactante e mais interessante do que só terminar o episódio com o anjo encarando o Mirai. Não que terminar o episódio com aquela cena fosse resultar em uma melhora realmente, mas que funcionaria melhor de forma geral, isso aconteceria. Eu, por outro lado, consegui aproveitar (com muitas aspas) esse episódio, no sentido de ter sido melhor de assistir em relação aos outros dois, pelo simples fato de que o Mirai não estava com aquele semblante vazio de depressivo. Nossa, ele ter perdido isso tornou o episódio TÃO mais tragável, que foi “maravilhoso”. Só era absurdamente irritante, porque TODA HORA ele pensava “Eu te amo” e faziam questão de deixar da perspectiva do pensamento dele, sendo uma desgraça completa. Mas sim, fato é que esses momentos foram uma completa quebra para o episódio, visto que é um ‘Battle Royale’ e o que você espera é um completo clima de tensão. Para completar, o autor parece querer chamar o público de burro, porque caralho, de uma hora para outra o Revel chega a conclusão de que: “Ah, tudo certo. Vamos nos aliar. Você vai proteger a Saki e tudo certo”, virando completamente comédia na sequência. É bizarro, porque o anjo começa com um plano de jogar o Mirai como isca para ver o que rolava, a Nasse aparece, desmancha o plano dele e o anjo ainda pede desculpas???? Meu querido, isso é um Battle Royale. Por que raios você está pedindo desculpas por algo assim??? Mas bem, se por um lado tivemos cortes bruscos, por outro a polidez dos quadros e o acabamento de alguns takes estava muito melhor que nos outros dois episódios. Nesse episódio até fizeram brilho dos olhos, ficando mais bonito visualmente (créditos a diretora-chefe de animação do episódio, Cindy H. Yamauchi).
RUB: Ao menos temos algo para comentar que foi bom nesse episódio. Agora Alê, eu quero levantar um ponto que acho MUITO BIZARRO estar nessa história que era para ser uma competição de vida e morte. Quem joga GAMES vai entender melhor, mas quando você está em uma competição de CADA UM POR SI, você espera que exista ferramentas e armas que o auxiliem a pessoa a ganhar o jogo. O esperado era termos poderes NÃO cooperativos, tipo as próprias flechas ou as asas para fugir. Tanto que tem TODA AQUELA DIVISÃO DE ANJOS ESPECIAIS mostra que o jogo é bem desbalanceado. Porém Alê, DO NADA, temos um poder da CORDINHA que UNE os participantes do Battle Royale, possibilitando que dividem o poder do VOO. Tipo, gente, É FREE-FOR-ALL essa merda? Qual a finalidade de ter um poder (não dito anteriormente) cooperativo? Não faz sentido ter algo do tipo em uma competição que só premia apenas UM VENCEDOR. MAS AÍ QUE EU PERCEBI O QUE FIZERAM AQUI. Alê, não sei se você lembra de Death Note ou Bakuman, mas TODAS AS PERSONAGENS FEMININAS que esses autores fazem em suas obras são TOTAIS DEPENDENTES de alguma figura masculina. TODAS, SEM EXCEÇÃO. Quando me mostram que a protagonista vai ser a PROTEGIDA, só fiquei puto. Até aqui a mulher é a mais fraca que o protagonista, só para termos uma cena NADA romântica deles voando no ar e com ela sendo conquistada pelo ALTRUÍSMO do seu GRANDE herói. QUE MERDA ALÊ. Sério, eu queria mandar o roteirista dessa merda (Ohba) se fuder. Ele basicamente fez todo um RANKING MALUCO ENTRE OS ANJOS (que não faz sentido narrativamente falando, principalmente considerando que o prêmio é virar um Deus, então devia ganhar o melhor e não quem tem mais vantagem) só para colocar a Saki na posição de protegida. Caralho mano. É difícil tankar isso. E eu ainda não gosto desses designs dos anjos. Acho as coisas mais feias possíveis. As asas do Revel sai da bunda, o que não faz sentido considerando que é algo para voar. Era para esse maluco viver com o rosto fudido por sempre estar voando com a cara arrastando no chão. A anja do maluco do Tokusatsu é outra coisa esquisita que parece um pavão gigante. Nada visualmente combina com qualquer elemento da tela. Temos colegiais, anjos esquisitos, um maluco fantasiado…. Parece gororoba matinal esse anime.
ALÊ: Sim, o design dos anjos não é nem um pouco funcional. É para parecer estiloso, mas só não funciona e não faz sentido (esses anjos soltam tanta pena que devem ter lotado um rio inteiro com elas). Você mencionou que a competição era para ser de vida ou morte, MAS, por volta de 9 minutos, o Revel diz que a pessoa que se tornará Deus será ESCOLHIDA após uma DISCUSSÃO levando em conta seus atos, discursos, etc… WHAT??? Quer dizer então que vão ESCOLHER o sucessor? Esse pedaço inteiro do diálogo diz que os ‘jogadores’ não tem necessariamente que matar entre si. Ele até diz que o Metropoliman tem o objetivo de matar todo mundo e que ele não concorda com o cara sendo adequado para suceder Deus. Se for isso mesmo, então a escolha do cara lá doido por Idols torna tudo ainda mais inconsistente, porque se vão ESCOLHER e irão considerar as ações de cada candidato, por que caralhos aquele doido foi escolhido??? Não tem sentido um negócio desses. O mesmo vale para a flecha vermelha. A tia do Mirai quando foi atingida ficou completamente doida de amores (românticos), mas o Mirai não ficou da mesma forma. “Ah, mas ele já era apaixonado pela Saki”. Então tá, e os bandidos que o Metropoliman foi atrás? Absolutamente NENHUM deles ficou da mesma forma, muito pelo contrário. Ficaram “normais” e se entregaram para a polícia. O mesmo vale para os repórteres e os envolvidos nessas situações que foram atingidos por uma dessas flechas. Quando se fala que o roteiro parece estar sendo feito por alguém de 14 anos, é verdade, porque a cada novo episódio, o autor tira do rabo alguma informação que nunca foi mencionada ou que tenham dado a entender que poderia existir, isso quando ele simplesmente quebra o que foi dito anteriormente, como foi o que mencionei acima. E novamente se repete com a parada de poder compartilhar as asas e as flechas, além de todos os participantes da competição serem japoneses, porque a taxa de depressão no Japão é muito alta???? o_O. Não assisti nem “Death Note”, nem “Bakuman”, mas já falaram tanto de DN, é quase como se eu tivesse assistido. E Bakuman, o meu namorado estava lendo o mangá uns tempos atrás, então sei desse lance das personagens femininas que inclusive, segundo ele, é bem mais evidente o machismo do autor. Aquela cena é tão merda, que enquanto eles estão lá voando, ela ainda diz que quer ser feliz. Todo esse tempo e agora ela veio perceber que quer ser feliz. Pelo amor de deus. Como a guria é o par romântico do protagonista, vão arrastar isso até pelo menos próximo do fim e não duvido NADA que ela venha a se sacrificar por ele no futuro, porque né, ele é mais importante -__-
RUB: Sim, essa parada que eu ia falar sobre as regras que mudam do nada. Antes era quem sobrevivesse. Agora vai ser por DEMOCRACIA a escolha do Deus. Que anime merda. E Alê, a dupla de protagonista ficaram 33 DIAS PARADOS NO QUARTO, SEM FAZER NADA. Literalmente mais de 1 mês e nada acontece. Os personagens tiraram umas férias. Foram para o litoral, pegar um sol e aí voltaram para a competição de “morte” em ser um Deus. Mas uma coisa que me irritou profundamente foram os diálogos na segunda metade do episódio. Parecia que voltei para o Death Note onde personagens falam, pensam, cogitam, refletem, filosofam, planejam, discursam, porém nada acontece. Não chega a lugar nenhum todas as considerações que os 4 chegam naquele quarto. Inclusive, temos o Metropoliman fazendo A MESMA COISA, conversando sobre possibilidades, mas que ninguém age de fato. Me irrita todos os personagens serem analíticos dessa forma. Outra mania do Ohba em EXPOR as ações dos personagens dessa forma. Em DN e Bakuman é lotado disso. Até em história de AÇÃO ele faz dessa forma tão chata e monótona. Logo após isso, temos o plano mais IMBECIL que eu já vi na vida. O Metropoliman decide chamar atenção de geral, marca um encontro com os participantes (sem nem pesquisar quem é quem, porque pode ter militar ou assassino na jogada) e que vai lutar contra todos ao mesmo tempo, com todo mundo assistindo. Eu não sei que merda esse autor quer fazer, porém não faz nenhum SENTIDO dele querer ganhar essa competição se expondo dessa forma. Ainda mostra que tem MAIS PODERES que não foram mostrados e que o autor vai tirar mais coisas do rabo dele para justificar as aleatoriedades que ele for colocar no caminhar dessa história. E nem vou falar que os protagonistas foram para o estádio em vez dos anjos. A bagaça vai passar NA TV, mas que POR ALGUM MOTIVO, eles tem que estar presentes em vez de mandarem os anjos para essa armadilha. O roteirista dessa merda fez a dupla de protagonista DEMORAR MAIS DE UM MÊS PARA ANALISAR A MELHOR SITUAÇÃO E FOI ISSO QUE DECIDIRAM??? Show de bola. GENIAL! Aí meu Deus, me ajuda nessa. xP
ALÊ: Deus não pode te ajudar nessa, pois o coitado está cansado e procurando um sucessor Rub. Literalmente “Deus nos abandonou” XD. Falando sério, o autor quer parecer inteligente quando não é. Só infla as cenas e diz o óbvio. E olha que esse óbvio ainda pode ser uma constatação bem errada. O Metropoliman declara em plena TV que existem 11 inimigos no mundo e que precisa derrotar cada um deles para algum tempo depois, chegar na TV de novo e dizer que não não são perigosos hauhauhauhau. Nenhum personagem guarda o plano para si e age. Eles PRECISAM contar cada detalhe. O autor poderia só colocar algo como: “Tive uma ideia”, corta a cena e mostra o personagem agindo, mas isso não ocorre. É tudo feito tão errado e em coisas simples, que minha nossa… Eu penso que até faz sentido o Mirai e Saki irem para lá, porque iriam se misturar no meio das pessoas e tal, mas os anjos fariam muito mais sentido, até por ser mais fácil para eles se esconderem ou despistarem os demais casos sejam seguidos. Com os dois lá, ou os anjos estarem lá também, não faria diferença, afinal, era só manter distância e tudo certo. Porém os anjos ficam em casa vendo pela TV e os dois trouxas no estádio acompanhando tudo que vai acontecer. Eu estou me perguntando como que o autor vai fazer para render tanto assim a história. São 13 participantes, 1 já morreu, 3 nós já sabemos quem são (protagonista, a guria e o Metropoliman) e no final desse episódio já apareceram mais dois lá no estádio. O prazo é de 999 DIAS. Para onde isso vai caminhar? Imagino que vamos ter esses saltos temporais aleatoriamente, igual aconteceu nesse episódio que pularam um mês. Mas do jeito que está indo, não deve demorar muito até surgir uma barriga enorme para cobrir essas lacunas. E eu não tenho certeza, mas parece que essa parte no estádio ainda vai alongar um bocado. Acredito que teremos mais ou menos uns 3 episódios nisso, a depender da velocidade que vão adaptar o mangá…
RUB: Uma coisa que fiquei curioso é de quanto material o anime adaptou agora, porque se cortaram coisas e ainda ficou nesse ritmo enfadonho, imagina se adaptassem normalmente… ia ser um filme de 3 horas só essa parte. Eu senti sono vendo esse episódio Alê. Eu prefiro que esteja acontecendo coisas, mesmo que sejam ruins, do que passarem 2/3 do episódio conversando dentro de um quarto. Que chato isso. Pelo menos teremos ação no episódio de semana que vem (ao menos é isso que eu espero). E bora lá para mais um sofrimento semanal assistindo essa obra de merda.
ALÊ: Exatamente! Inclusive, se alguém que leu/lê o mangá puder nos falar quanto mais ou menos e que ponto do volume 2 o anime parou, vai ajudar muito para nós termos noção de onde estamos em termos de adaptação. Como teremos os caras com roupa de Tokusatsu, imagino que vamos ter CG destoante na tela. Vejamos o resultado disso. Nos vemos em breve para falar do 4º episódio.