Estamos nos aproximando do clímax.

Estamos nos aproximando do clímax.

Chegamos ao 10º episódio de “Saihate no Paladin”! Tivemos a resolução da tensão política instaurada no episódio passado, apresentação de novos personagens (encerrando o cast principal) e agora, rumamos para a luta final da temporada 🙂


RUB: Alê, bora lá para mais um post comentando semanalmente o anime de Saihate no Paladin. E estamos no episódio 10 já, bem perto do final da temporada. Até para não deixar passar batido, conversarmos sobre terem 2 personagens que não tinham sido apresentados na história e que apareciam na Opening e Ending. Nessa semana já sanaram nossas preocupações com ambos sendo introduzidos no decorrer do episódio atual. Mas indo de forma cronológica, temos no anime o encerramento da conversa entre o príncipe Ethelbald com o William sobre como recompensar o protagonista sem prejudicar os interesses da realeza. O protagonista foi no ALL-IN. Acreditou que se fosse sincero, talvez o tom daquela discussão mudasse totalmente, pois até aquele momento, o Will estaria morto, com o príncipe mentindo para a população que o grande salvador foi envenenado pela maldição dos demônios, sendo uma fatalidade “previsível”. O Ethelbald tinha todo um plano B para caso não aceitasse o pedido do protagonista. Essa cena evidencia a forma como ele é desconfiado e precavido sobre quaisquer cenários em relação ao seu reino. Sorte que a simpatia e franqueza do Will nas suas justificativas, o fez conquistar a confiança do Ethelbald. E como um bom negociador, o príncipe cogitou outros caminhos que possam beneficiá-lo de que alguma forma. Mais uma coisa que aprendemos nesse momento é como o poder politico da cidade Whitesails está dividido entre a realeza e o clero, sob o poder do bispo Bagley, tentando interromper ou reverter qualquer acordo feito anteriormente, pensando na possibilidade de que a igreja esteja perdendo força para influência do príncipe. Ao que dá entender quando os dois estão conversando, que a igreja tem metade do poder político da cidade enquanto o príncipe fica com a outra parte, e que tudo é decidido em comum acordo ou que precisam informar o outro para verem se aprovam ou não decisão. Por isso que o bispo viu como uma ameaça o príncipe negociar direto com o Will, pois isso significaria que a própria igreja que abriga o grande salvador do Wyvern, não o recompensou devidamente. Como tudo são por interesses e influências, o bispo não pode deixar passar essa reunião. Tanto que esse debate entre as duas forças ajudou DEMAIS o protagonista, porque assim ele vai ganhar ajuda dos dois lados, com o príncipe permitindo que juntem um pessoal para a missão de destruir o ninho principal dos demônios, com a igreja fornecendo outros materiais (e conhecimento) para auxiliar o Will nessa jornada. Nessa mesma sala, temos a Anna, lá de fundo, só escutando toda a gritaria, pensando nos problemas que terá que resolver depois com o bispo todo estressado resmungando a todo momento.

ALÊ: Acho interessante o rumo do diálogo. De forma geral, tudo acabou terminando bem e com o Will saindo no lucro, por assim dizer. Gosto de que dentro da situação, o Will cogita agir por força bruta, pensando em derrubar os dois guardas. Mas como ele não conhece o príncipe, nem o castelo em si, ou as habilidades ou armas que podem estar ali guardadas, poderia ser um risco maior, ainda mais que ele não tem plena noção do quão evoluída é a nação. Como ele viveu isolado e somente com os pais, o conhecimento que tem é baseado no que o Blood, a Mary e o Gus sabiam. Ou seja, são noções de mais de 200 anos atrás. Não restando outra opção a não ser conversar e reverter a situação para o lado dele. O que acaba fazendo o príncipe ceder é o Will falar que vai chutar o tal ‘Desespero’ e nós assistimos que algumas vezes, o Ethelbald parece remeter uma imagem um pouco mais “moderna” em relação a cultura do local, como pela forma de falar, vestir e algumas de suas ações não parecem tão tradicionais como geralmente são retratados nas histórias medievais. Até mesmo pela forma que o príncipe fala com o bispo. Esse lado mais franco do Will encanta ele, de forma que o próprio parece um pouco mais brincalhão. O Will demonstra que a reação do Ethelbald não era exatamente o que ele esperava. Não fica explícito, entretanto acredito que a divisão de poderes da cidade seja exatamente como você falou, com o príncipe e a igreja dividindo o poder sobre as decisões. O Bagley devia estar pensando muito do Ethelbald querer matar o Will e ele acabar perdendo dinheiro, porque o Will salvou a cidade. O protagonista é muito popular e está ‘hospedado’ no templo. Querendo ou não, é algo que vai atrair público, como também na possibilidade dos dois acabarem fechando um acordo entre eles e a igreja ficar de fora do contrato, o que também acarretaria na perda da oportunidade de ter benefícios com a situação. Ou não necessariamente dinheiro (de forma direta), mas na própria imagem que o povo tem deles. Eles precisam preservar ao máximo a visão que a população tem do clero. A impressão que fica é que a igreja intervém principalmente em acordos que há dinheiro envolvido e assuntos mais diplomáticos. Na própria questão de acabar com os demônios ao redor da cidade, fica mais a cargo do príncipe/reinado. Ou seja, fiel a realidade, rs. A Anna coitada, tem que ficar resolvendo e intermediando as confusões que o pai arruma. Ela não apareceu ou teve muito destaque no episódio, mas simpatizei com ela só pelo trabalho que teve para amenizar os problemas causados pelo velho hahaha. O que gostei é que mais uma vez colocam o tema adoção na história. A Anna foi adotada e gosto do assunto na roda mais uma vez, sendo um algo tão importante na temática geral dessa história.

RUB: Até o Bagley fala que teve que se “vender” para conseguir o que desejava. Para ele, mesmo que por usando de subterfúgios escusos, fez de tudo para que a igreja ganhasse respeito e credibilidade naquela cidade. Ele comenta sobre fé e o quão “forte” é sua devoção para ao Deus que o personagem é devoto. Para o Will, ter a benção de sua Deusa é algo de muito orgulho e que acarreta em vários deveres baseados nos valores que ela prega como ideais a serem seguidos, como benevolência ou solidariedade. Só que para o bispo, não devemos pensar no agora e sim no futuro. Precisa de poder para angariar mais fieis. Também precisa de dinheiro para subornar outras pessoas que ajudem nesse objetivo. Deve fazer favores para os poderosos, para que lá na frente você possa cobrar o retorno dessas ajudas em busca de conseguir outras vantagens. E para ele, como o povo vivem em um habitat para lá de hostil, com animais e demônios para todos os lados, ele precisa ser energético em sua fala, como também representar uma liderança, ganhando respeito na base do medo. Naquela sociedade, ganha quem gritar mais alto. Por isso que o bispo chama o Will de inocente o tempo todo, principalmente quando percebe que o jovem foi ensinado com conceitos clérigos antigos, ultrapassados até para a época. Nesse dialogo eu percebo que o bispo não é líder religioso do mal. Na verdade ele tem uma visão bem PESSIMISTA das pessoas, não acreditando na lado bom delas. Assim considerando todos como pecadores, ele usa essas mesmas ferramentas para favorecer sua religião. Também tem interpretação que esse dogmas principais são ensinamentos do Deus em que o bispo é devoto, entretanto só comentam sobre o assunto rapidamente e pulam para um outro tópico. Para o Bispo você ser um REAL DEVOTO QUE AGRADECE SUA BENÇÃO RECEBIDA, PRECISA SER UM LEÃO, que briga para garantir o que é seu, servindo de inspiração para pessoas que pensam ou acreditam nessa mesma linha de raciocínio, como também contribuindo financeiramente para que essa religião se propague para todos os cantos daquele mundo. Sejamos sinceros, mas essa linha de pensamentos que o Bispo segue é bem extremista, porque excluem os necessitados e os fracos da equação. Lembra MUITO o nosso atual governo Alê, que em vez de liderar com sabedoria, sendo um exemplo de pessoa e de bondade, o presidente adota uma posição agressiva e até segregadora, porque como na religião apresentada no anime, sua crença é gerada a partir de um egoísmo e não pensando no lado do povo. O pessoal frequenta o templo buscando graças ou ajuda para seus problemas diários, mas são considerados como apenas números no meio da multidão. Gosto dessa dicotomia que temos entre as ideias do Will com a maneira de pensar do bispo.

ALÊ: O episódio acabou mostrando que o bispo não é alguém ruim. Ele tem aquela postura por acreditar ser o melhor e o mais seguro para aquilo que almeja. Achei muito interessante por ser uma quebra de expectativa. Te introduzem ele como sendo um cara chato e que possivelmente seja um interesseiro, não se importando com o resto, e agora, não é bem assim como foi semana passada. É muito legal esse lado por trabalhar com pontos de vista e a forma que construímos primeiras impressões das pessoas, que podem ou não estarem certas. Como não sabemos de todos os deuses e o que cada um prega de fato, não dá para afirmar com 100% de certeza, mas creio que essa forma do Bagley agir tem a ver com o Deus e também com experiências geradas pelos anos que viveu na cidade. É uma visão ruim, pois é excludente com aqueles que são ou estão mais vulneráveis. Nós termos alguém para se espelhar ou que seja aquele que vá servir de inspiração é algo bom, mas que não dá para colocar TODOS nessa mesma reta, porque as condições de cada são muito diferentes, ainda mais considerando que você está dizendo que se ele não for DAQUELE JEITO, então a fé dele é fraca ou mesmo inválida. Eu espero muito que o Bagley sirva como uma espécie de contraponto ao Will, porque como o bispo é velho e evidentemente, ele tem ideias retrógradas. Como o Will é novo, a cabeça dele pode ser mais abeta e ir moldando essas falas, pegando um pouco da essência dos ensinamos do Bagley e de seus pais, mas também aprimorando e melhorando a forma de visão dele. Quem sabe até mudar algumas dessas formas de pensar nos outros. Mas como já estamos na reta final, provavelmente não será nessa temporada que iremos poder ver o desenrolar dessa questão. Espero ainda ver, em algum momento, uma certa mudança de postura/pensamento do Bagley, ou quem sabe, uma mudança geral na cidade, que é mais ou menos a proposta da obra no momento, já que a Gracefeel prega esse maior acolhimento para as pessoas.

RUB: Indo para o último trecho do episódio, é exibido no anime toda a preparação do protagonista para sua missão em ajudar a população que vivem no interior do continente. O Meneldor dá dicas sobre como identificar pessoas capacitadas, e acima de tudo, corajosas. Tendo em vista que a missão é para lá de complicada, com uma alta chance de morte, era óbvio que teria uma galera pulando fora. Mesmo que pagasse uma boa grana, teriam guerreiros e aventureiros que não iriam aceitar essa expedição suicida. Acho justo a galera achar um absurdo essa missão, até ridicularizando quando o protagonista pergunta para todos na taverna se aceitariam ou não o trabalho de destruir o ninho principal dos demônios. Somente o Reystov que se interessa e decide interrogar as intenções do Will em busca de confirmar a determinação do protagonista, pois ele pode ser um louco qualquer que quer correr perigo de forma desnecessária. Semelhante ao que ocorreu com o príncipe, o Reystov simpatiza com o plano do Will e aceita a missão, gerando uma comoção no local, incentivando o grupo de guerreiros a também entrar na Party do personagem principal. O que eu gosto dessa parte é que a Robina já conhecia o Reystov graças a sua personalidade de ser bem restritivo sobre contar coisas pessoais ou de seus feitos. Nessa situação, a Robina precisa saber das conquistas dos guerreiros, porque ali são suas fontes de inspirações para declamar as histórias por onde passa, além do obvio, faturar um dinheiro com todo o teatro que ela faz como forma de atração. Seria uma troca em que ela fica responsável por espalhar a fama desses guerreiros especiais, garantindo que seu nome fique por gerações, e que a própria consiga ganhar seu sustento. Também deixa evidente para os espectadores que o personagem do Reystov é MUITO FAMOSO (ao menos dentro do grupo dos trovadores). Ele deve ser forte ou ter uma habilidade de batalha acima da média, visto que a Robina fica decepcionada por mais um novo NÃO que ela recebe ao insistir que o Reystov a dê permissão de contar sobre suas histórias pelas cidades. E ele como um grande guerreiro, só quer enfrentar grandes desafios. O Reystov até promete que se o Will ganhar dele em um duelo, ele permite a Robina fazer o que quiser. Coitado do protagonista que além de demônios, ele vai ter que se preocupar depois em ter que lutar contra alguém que aparenta ser forte demais até para alguém treinado pelo Blood. No encerramento, temos o Will sendo condecorado como cavaleiro e ele partindo com seu grupo em direção ao ninho dos demônios.

ALÊ: Exato! É uma missão muito arriscada. Se pagando bem provavelmente não iria convencer, já que do que adianta pagar bem, se dificilmente irá voltar vivo? E não tendo uma boa recompensa então, fica pior ainda. Acredito que tenham deixado claro que esse lado de “mostrar a determinação” vai ser um recurso tanto frequente no caminho do protagonista. Já tivemos uma situação parecida com o Príncipe e agora com o Reystov, fora outros episódios que também trabalham com situações semelhantes a essa. Não só determinação como troca de olhares também. Não desviar os olhos enquanto fala e coisas do gênero. Aprecio esses detalhes. Legal a parte da criação das trovas. Parece ser um dos meios mais comuns de se propagar a fama de pessoas naquela realidade, até mais do que livros, porque as canções você ouve e consegue reproduzir ou passar para frente com maior facilidade. Gosto bastante desse trecho ser focado em comédia, com momentos de respiro que a obra sabe fazer muito bem. Os personagens são muito carismáticos e a interação entre eles torna a experiência ainda melhor. O Reystov apareceu nesse episódio, mas a interação dele com a Robina faz o público ir ainda mais com a cara dele. O roteiro sabe bem o que fazer para criar bons momentos e tornar esses personagens mais simpáticos para o público, como se já tivessem ali por muito tempo. Um momento que gosto nesse contexto é a proposta da luta entre Reystov e o Will. A reação dele era de surpresa completa e quando o Reystov demonstra gostar da ideia, ele esboça uma linda reação de: “NÃO HOMEM, NÃO ERA PARA VOCÊ ACEITAR!”. Maravilhoso. Imagino que o próximo episódio (penúltimo) será focado na ida deles até o ninho e o começo do confronto entre eles. A próxima semana deve ser mais movimentada e volto a ficar preocupado com a produção e como vão lidar com as limitações de tempo e orçamentária.

RUB: Como teremos lutas, talvez a animação seja bem variável nesses momentos mais exigentes. Estou mais curioso com as resoluções posteriores a destruição do ninho dos demônios. Como ficará o continente? A população? E o reino? O que farão depois das mudanças? Essas são minhas dúvidas para o final. Não sei se será tudo respondido, mas ao menos eu quero ver o que irá acontecer na história. Nos vemos semana que vem.


Mini-anime traduzido pelo autor de “Sahate” no Twitter:

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