Estreia deveras divertida 🙂
Chegamos na estreia do anime que promete ser um dos animes mais lindos da Temporada de Inverno. Estamos falando de “Akebi-chan”. A obra mostrou ser um slice of life tranquilo e gostoso de assistir ^^
Sinopse: “A história do mangá gira em torno de Komichi Akebi e suas colegas de classe em uma prestigiosa escola de ensino médio para meninas, onde aprendemos sobre suas vidas como adolescentes e podemos acompanhá-las conforme o tempo passa.”
RUB: Alê, voltamos para falarmos de um slice dessa temporada, Akebi-chan no Sailor-fuku. Até para puxar o assunto, como dissemos no post de expectativas dessa season, escolhemos esse anime só pelo visual, não tendo base alguma sobre o mangá ou indo atrás de informações do mesmo pela internet para ver o que nos aguardava. Ao menos a beleza nas animações foi atendida. Aliás, me chocou demais essa estreia pela qualidade visual. Eu tinha elogiado Sono Bisque, porém aqui eram sakugas que não faltava mais. Chegou ao ponto em que eu procurei cenas estáticas no decorrer de sua duração, pois eu estava meio incrédulo que o pessoal iria animar quase tudo com frames distintos. Ou esse anime estar sendo feito há pelo menos um ano, ou só foi o bait do primeiro episódio que tentaram fazer aqui para chamar a atenção no primeiro momento e ser mais econômico no restante dos capítulos. O que dá para confundir sobre o que se trata a história é graças as familiaridades que a introdução mostrou cenas de uma apresentação de alguma idol enquanto que a protagonista caminhava na estrada. Meio que bugou a minha mente, porque pensei que fui enganado e que seria esse o foco. Jurava que seria a Komichi em busca de ter amigas na nova escola em vez de outra animação focada nesse subgênero do entretenimento japonês, com garotas fofinhas cantando músicas usando sintetizadores artificias para corrigir afinação, forçando as vozes para parecerem mais novas do que são geralmente. Mas no resto do episódio ignoraram essa apresentação, por algum motivo. Talvez mais adiante mostrem que esse era o desejo da Komichi em ser famosa ou idol (torço para que não seja), porém o real sonho dela é de estudar em uma escola com as alunas usando uniformes de marinheiro no dia-a-dia. Interessante, para não dizer exótico demais. Por um lado é bacana ter outros tipos de anseios para diferentes histórias que assistimos, entretanto é bem estranho em termos esse tipo de motivação e narrativa abordando um tema bem supérfluo como um uniforme escolar servir como determinante das ações da Komichi (apesar que Slice of Life vale de tudo, inclusive jogos de tabuleiro). E é nisso que a primeira metade dessa estreia é focada, no quanto a Komichi é determinada em usar esse tipo de vestimenta e o quanto se esforçou para atingir seu objetivo. Ao menos a família dela e suas interações deram um clima bem agradável de assistir nesse primeiro momento.
ALÊ: Como eu comentei no Twitter de forma breve, por de trás deste fofo e alegre anime, deve ter tanta gente sofrendo e pedindo socorro. Eu nem acho que seja isso exatamente de produção adiantada, porque como os prazos da indústria de animes em geral estão apertados, “Akebi-chan” não deve ser a exceção à regra. Tem uma equipe muito talentosa e experiente trabalhando na adaptação. Só me preocupo, porque o último trabalho da CloverWorks em condições semelhantes foi “Wonder Egg Priotiry” e o negócio desabou completamente na reta final. Enfim, também achei que tinha sido enganado pela proposta quando começou o episódio. Começou com uma introdução mostrando uma idol e com a Komichi fazendo altas acrobacias. Achei que seria mais um anime de idol e fiquei com um grande “Ué?” na cabeça. Acho que quiseram mostrar mais como a Komichi sendo fã da idol mostrada, tanto que ela tem um pôster dessa celebridade no quarto e que inclusive, essa idol estava com roupa de marinheiro. Pode ser dali que venha o pontapé inicial da personagem ter o sonho de usar uma roupa no estilo, ou talvez tenha simpatizado com a personalidade por estar usando algo em comum que ela queira usar. Ou talvez, no fim, seja uma das aspirações da personagem, ainda mais que ela tem toda uma preocupação com o peso e estar em forma. Achei meio estranho a grande motivação da personagem estudar na escola é ter a chance de usar o uniforme de marinheiro. Ela inclusive fala isso na entrevista da escola. Como você disse, no slice of life vale de tudo. O mais trivial e supérfluo está valendo aqui. É diferente e caramba, passam metade do episódio nessa construção do desejo dela em usar o uniforme, na ansiedade da protagonista e na produção do mesmo. E o melhor: não é chato!
RUB: A mãe da protagonista e a Komichi são muito avoadas. Meu Deus, como assim nenhuma das duas perguntaram qual seria o uniforme desse ano? Puta merda, que pessoas são essas de não se interessar pelas regras da escola que vão ingressar? Gente, como assim? Sério, que mãe é essa que não se preocupa com a organização da filha? Ao menos é bem bonitinho toda a sequência da mãe costurando o uniforme da filha. Todas essas interações são bem agradáveis de assistir, como esperado desse tipo de anime. A irmã caçula é muito fofa e a conversa entre as três é bem natural. A vergonha da filha ao falar com o pai sobre coisas pessoais é um outro exemplo. A protagonista tem mais intimidade com a mãe do que o pai, o que é normal tanto para a realidade japonesa quanto para nossa. Geralmente o pai deixa essa responsabilidade de cuidar dos filhos com a mãe. Isso que nem estou considerando separação e que a guarda dos filhos fica com o lado materno. Eu mesmo tenho mais intimidade em falar coisas pessoais com a minha mãe. Não tenho tanta intimidade assim para conversar com o meu pai sobre certos assuntos. Tenho uma boa relação com o meu pai, porém sinto mais confortável em ter diálogos mais aberto como a minha mãe e isso é ainda bem presente na maioria das casas brasileiras. Visto a situação ainda bem patriarcal do Japão, devemos ter algo bem semelhante com a nossa realidade. O que também podemos ver é de qual o cotidiano de uma cidade pequena no roteiro. A protagonista estudou na região, porém devem ter poucas crianças para manter uma escola, fazendo assim a protagonista ter que estudar sozinha com professores particulares, o que evidencia que o contato familiar é bem maior do que com outras pessoas fora desse círculo. Talvez isso explica toda sua excitação sobre fazer novas amizades, coisa que ela não teve oportunidade anteriormente. Muito engraçado a cara dela na aula inaugural da escola com a protagonista toda perdida ao ver as demais alunas com outro tipo de uniforme. Aliás foi um dos poucos momentos cômicos dessa estreia. A comédia não deve ser recorrente em Akebi-chan no Sailor-fuku.
ALÊ: Eu vi essa parte de não prestar atenção sobre o tipo de uniforme da escola como uma grande desculpa para fazer o roteiro andar. Mas assim, eu não estranhei tanto essa parte, porque era a escola que a mãe dela estudou e não é muito corriqueiro que se mude o uniforme escolar. Passou de boas para mim. E ainda culminou na cena maravilhosa da Komichi passando vergonha ao ser a única com uniforme de marinheiro na cerimônia de abertura. A reação dela com a de sua mãe é maravilhosa demais! A irmã da protagonista é a melhor personagem!!! Sem dúvida alguma! Adorei muito ela. Normalmente acho crianças nessa idade insuportáveis (o que é natural), mas ela é muito simpática e gostei bastante dos diálogos entre elas. As reações da personagem e a forma direta de falar em alguns momentos é maravilhoso. Sabe ser fofinha e seu jeito manhoso não é irritante. Todo esse trecho da convivência das três na casa é muito bom. É a rotina delas, sem nada de mais e funciona tão bem. Mesmo o pai que sequer aparece, parece ser simpático só pelas mensagens que mostraram. Não tenho uma boa relação com meu pai e quase não falo com ele. Até prefiro manter distância. Mas mesmo que eu não tivesse esse problema com ele, acredito que não teria intimidade para falar de quase tudo como é com minha mãe. O cenário ao redor já te mostra que não tem crianças ao redor, que é uma região de interior, com muitas plantações. No meio do episódio é dito que a irmã mais nova terá que ir para a escola sozinha. Talvez ela só não tivesse conseguido se enturmar com as demais. Até ressaltam esse medo dela, porque como ela seria a única com uniforme de marinheiro, isso traria um destaque e poderia fazer as outras alunas acharem ela estranha, levando a personagem ficar isolada. Aliás, muito bom esse aspecto. Acredito que o foco da obra será mais o slice mesmo. O que eu acho que irá acontecer é da personagem fazer amizades um tanto “excêntricas”, porque vai se destacar pelo uniforme e a primeira garota que conversa tem uma tara de cheirar o próprio pé. Talvez essas vindouras amizades sejam nessa pegada.
RUB: Nessa parte do segundo dia foi bacana pelo lance da ansiedade tanto da protagonista quanto da personagem loira. É normal em qualquer eminência de novidade marcada, você criar um sentimento de antecipação quanto ao que vai acontecer. No dia da primeira aula, é comum você criar expectativas quanto ao que vai acontecer no futuro, principalmente considerando a adolescência. A atitude da protagonista de chegar cedo, considerando todo sentimento dela de não fazer mais cagadas, é esperado visto que o uniforme dela já vai a destacar. Lembrando que tem um ditado no Japão sobre isso que ‘Prego que se destaca, merece ser martelado’. Aquilo que o japonês não PODE ser excepcional em alguma área. Ele tem que ser mais uma engrenagem apenas e que se contente com isso. Como a protagonista afirma, e que funciona eu posso garantir, simpatia e bom humor é a maneira mais fácil de amenizar ou escapar de possíveis perseguições ou bullys. Óbvio que conta a personalidade da pessoa, porém fica a dica de ser descontraído e bem-humorado nas diversas situações possíveis, mesmo em cenários que você não queria estar ali. E a cena do pé foi engraçada. Todo mundo tem suas manias que não gostam de mostrar. Desde de fazer barulhos com a boca ou cheirar o próprio pé. Curti bastante esses detalhes que dão personalidades para as gurias. Sabemos que ela é da cidade grande e que também anseia fazer amizades na nova escola. Como ela está no pôster promocional, certamente será uma personagem com relevância de agora em diante. Bem, de maneira geral, curti o anime e achei bem impressionante a produção dessa adaptação. Recomendo essa obra somente para o pessoal que curte slice ou que goste desse tipo de narrativa de acompanhar o cotidiano escolar. A estreia foi boa e torço para que se mantenha dessa forma até o final dessa temporada, sendo mais provável dar merda visto o histórico recente do estúdio. Ao menos já ficaria contente de não ter nenhum adiamento. É o que nos resta de opção nessa temporada bem parada.
ALÊ: Sim! Eu adorava chegar cedo na escola nos primeiros dias de aula. No dia anterior ao primeiro dia de aula, eu deitava mais cedo, mas não conseguia dormir de ansiedade. Até acordava cedo sem problemas (e olha que odeio acordar de manhã). São reações um tanto naturais e que acabam sendo bem convincentes pela personagem. Se mostrar estar aberta, por assim dizer, pode ajudar nesse começo de fazer amizades. Se você consegue falar mais abertamente com as pessoas, já ajuda muito nisso. E sim, a guria loirinha é uma das personagens principais da série. Ela vai ser recorrente e importante para a Akebi. Antes de encerar, preciso dizer que tem coisas que me deixam agoniado: diretor, não faça muitas cenas com pés se mexendo, pelo amor de Deus. Me deixa incrivelmente “coisado”. E segundo, vão me julgar, mas acho o design dos personagens… É estranho, para dizer o mínimo. Eles têm mais nariz do que rosto quando estão de perfil. Quando ficam de lado, é um horror puro para mim. O formato dos olhos também não ajuda. Oscilo MUITO entre achar os personagens bonitos e bisonhos. Mesmo eu que não gosto tanto de slice, curti essa estreia. É relaxante e as personagens não são chatas (ao menos não por enquanto). O ritmo é bom e divertido. Mas assim, não deixem acumular episódios ou caso aconteça, não tentem ver mais de um episódio ao dia. O ideal é ver espaçado, porque senão vai ficar tedioso.
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