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Uma das maiores hypes da Temporada de Primavera chegou e começou MUITO BEM!

Um dos maiores hypes da Temporada de Primavera chegou e começou MUITO BEM!

Dando continuidade as nossas postagens de primeiras impressões dos animes da Temporada de Primavera, dessa vez para falar de uma das, se não for A estreia mais aguardada dentre os lançamentos dos animes, “SPY x FAMILY”. O anime estreou e viemos aqui compartilhar o que achamos desta obra maravilhosa que sim, teve uma estreia incrível!
Quero aproveitar e deixar o convite para comentar o que acharam do anime na postagem. Como trocamos de blog, isso conta como engajamento, o que ajuda o Google a recomendar nossos textos. Vamos as nossas opiniões 🙂

Sinopse: Há décadas, as nações de Ostania e Westalis promovem uma guerra fria sem fim. Para investigar os movimentos do presidente de um importante partido político, Westalis mobiliza Twilight, seu melhor agente, a montar uma família falsa e se infiltrar nos eventos sociais promovidos pela escola do filho do político. Mas por um acaso do destino, Twilight acaba adotando Anya, uma jovem com poderes telepáticos, e se “casando” com Yor, uma assassina profissional! Sem saberem das identidades uns dos outros, este trio incomum vai embarcar em aventuras cheias de surpresas para garantir a paz mundial. Fonte: Crunchyroll


RUB: Alê, bora lá comentarmos mais um anime dessa temporada e iremos conversar sobre um dos HYPES dessa temporada, que é SPY x FAMILY. E como já conversamos antes durante uma de nossas lives que fazemos lá na Twitch, nós 2 conhecemos o mangá. Você sabia mais ou menos a história e eu estou acompanhando todos os capítulos lançados até o momento. Diferente de Shokei, nossos comentários não serão 100% a nossa primeira experiência com esse enredo. Estou dando esses avisos, até porque é inevitável não fazermos alguns comparativos entre a adaptação com o original durante esse post. Fiquem tranquilos que não soltarei spoilers, porém as minhas considerações estarão nessa linha do que eu gostei ou não do que foi adaptado nessa estreia. Dito tudo isso, ainda achei MARAVILHOSO o anime. Beleza que a staff já passava uma certa confiança que a animação não seria cagada, mas só temos a devida certeza quando de fato vimos o episódio. O anime até não perde muito tempo na introdução, logo já colocando todas as informações possíveis, usando o auxilio de um narrador para passar o máximo de coisas possíveis. Sabemos que a trama se passa em um país fictício europeu recém-criado a partir da divisão de uma nação maior, em que formou o lado oeste e leste da região. Ainda existe todo um clima de animosidade, pois partidos e pessoas importantes não aceitam tão bem essa separação e veem o outro lado como inimigo. Acredito que até para fugir de possíveis comparações com a vida real, o autor fez bem em criar países fictícios para não rolarem associações e focar na trama de espionagem com diversos momentos de comédia. Mesmo com o Loid (ou “Twilight”) fazendo toda uma pose de sério, ele é um personagem com uma veia cômica muito forte. Ele comentando que odeia se disfarçar por familiar e que JAMAIS se casaria, e no segundo seguinte sua missão é constituir um casamento arranjado com uma filha adotiva e ter acesso ao seu futuro alvo. O pessoal que ainda está conhecendo a obra, já deixo um aviso que o enredo é quase que focado totalmente na comédia situacional entre pessoas estranhas tentando enganar os outros de que são uma família feliz. Não esperem lutas ou coisas complexas, pois a ideia de Spy X Family é te arrancar risadas do que um outro sentimento. Terão sim momentos mais dramáticos, entretanto não fiquem preso nisso. Tanto que se a comédia não te fisgou agora, certamente a obra não será para ti. Mas continuando, tendo o personagem tão certinho assim e sendo um anime completamente cômico, é necessário um contraponto. Ou melhor dizendo, UM CAOS para a vida do espião mais temível da região e que será sua primeira ‘parceira’ nesse disfarce. A Anya é uma personagem necessária, não só pensando em estrutura de roteiro, como a própria personalidade dela traz um sentimento paternal ou maternal com quem está assistindo. Uma guria extremamente carismática em que seu maior sonho é virar uma espiã, semelhante ao que assiste na TV em seu programa favorito, e que vai ter essa oportunidade de realizá-lo ao ser adotada por esse espião altamente procurado. Aliás, vale muito o comentário da malicia que a personagem tem para conseguir chamar a atenção do Loid para ser adotada. Já que ela é telepata, a Anya impressiona ao fazer palavras cruzadas de jornal e se exibindo que se sabe ler, sendo que é o completo oposto. Mente a idade, fica na ponta do pé para parecer mais alta, responde só o que é conveniente… literalmente esse programa televisivo que ela assiste a “treinou” a ser tão mentirosa tanto quanto seu futuro pai.

ALÊ: Eu li um pouquinho do mangá em 2021. Foi mais ou menos no começo do ano e nem cheguei a ler o 1º volume inteiro. Acredito que li uns 3 capítulos e parei (por preguiça, provavelmente). Como sabia da qualidade da obra como um todo, tinha gostado do mangá pela parte que li e não tinha motivos para não acompanhar o anime. Minhas memórias com o mangá eram bem vagas. Lembrava de alguns pontos, portanto assistindo esse episódio foi quase como se não conhecesse nada da série. Dito isso, também achei maravilhoso o que foi feito na estreia. Começaram de forma EXCELENTE e já levou minhas expectativas com os rumos da série lá para cima! Eu gosto do cenário criado pelo autor, não só pelos países ficcionais, como ele pode se desprender mais da realidade para suas piadas. Tudo bem que já temos a questão da Anya ser uma telepata, porém quanto mais o autor cria esse senso de distância da realidade (apenas se apropriando de roupas, estilos de vida e arquitetura reais), ele tenha maior liberdade para criar e inventar situações para sua obra. Normalmente eu acho narradores um artifício de roteiro bem pobre, mas SPY coloca ele apenas em momentos específicos que funcionam bastante. É um pouco semelhante ao que “Kaguya-sama” faz para a construção de algumas de suas piadas. Gosto bastante de dessas quebras de expectativas que fazem com relação ao personagem princiapl, como no caso do casamento e ter um(a) filho(a), ou de como ele tenta se manter distante da Anya, até para não gerar apego, e no fim das contas, não tem esse tipo de tato por ser muito nova, causando algumas situações fofinhas nesses primeiros momentos dos dois. Um exemplo disso é deles combinando como ela deveria chamar ele respondendo a uma senhora com um: “Sou filha do papai há muito tempo”. E claro, o fascínio dela com espiões e achar muito divertido a ideia do pai dela ser um. Da mesma forma que o Loid não tem o menor senso de como cuidar de uma criança, a exemplo dele deixando a Anya andar sozinha e sendo arrastada por uma multidão, o que mais uma vez, rende risadas pelo pequeno demoninho (com todo carinho) que ele encontrou. Gosto de como todos que compõem essa família são mentirosos e precisam serem assim para manter seus personagens de família feliz, tranquila e normal.

RUB: Fica o meu elogio ao autor de SPY X FAMILY que conseguiu fazer uma personagem infantil que realmente parecer uma criança. Pode parecer algo banal, porém nos animes, raramente os autores criam personagens com pouca idade e que apresentam uma personalidade correspondente a sua faixa etária. Ou fica aparecendo muito um adulto em corpo de criança, ou é uma personagem bem idiota em atitudes, quase como uma caricatura de uma criança malcriada. Além de ser bem verossimilhante ao nosso conhecimento, a Anya toma decisões baseadas no que ela sabe ou conhece dada a sua idade. Ela é muito impulsiva e energética que odeia estudar, mas que ainda não conhece tudo que a rodeia. Tipo, ela consegue ler as mentes das pessoas, mas ainda assim realiza ações com muita inocência, sem a devida noção de perigo. Ela sabe que o Loid é um espião e que irá atrás de pessoas ‘más’. Só que sua curiosidade e iniciativa ainda a domina e ela o segue para vários lugares. Ela tenta ocultar sua presença, replicando o programa que a personagem gosta para seguir o protagonista, porém falha miseravelmente. A Anya ainda tem esse aspecto lúdico em sua personalidade e que torna o clima da história mais ameno. Até porque, ela sabe que o pai está se escondendo para não ser atacado, porém está cagando e andando para esse aspecto, pois como uma criança deve ser, ela ainda não tem dimensão do que pode ou não fazer, como também suas consequências. E coloque nessa equação o lance da espionagem e grupos de assassinos contratados por ambos os lados em busca de eliminar um ao outro. Ela está SUPER PERDIDA nessa guerra de interesses políticos. Tudo ainda para a Anya é ainda uma brincadeira. A própria cena dela pedindo uma pistola de silenciador para o Loid, pois acha LEGAL um espião ter uma arma por causa do que ela assiste na TV. Depois que a Anya ver uma arma de fogo em ação durante seu sequestro, a personagem muda total de opinião e que passa a ter uma dimensão que talvez não seja aquilo que ela esperava. Até reforçando esse aspecto inocente da Anya, quando ela encontra todos os aparatos e equipamentos de espionagem do Loid, a única preocupação dela era ser devolvida para o orfanato que estava antes. A Anya não pensa nos inimigos de seu pai ou o que aconteceria se apertasse todos aqueles botões no aparelho de rádio. São essas pequenas coisinhas que fazem a Anya também ter um grande destaque nessa estreia e ser a personagem favorita da maioria das pessoas que leem o mangá (também me incluo nesse grupo dos fãs dessa garotinha telepata que usa adereço de cabelo parecendo pequenos chifres xP).

ALÊ: Siim! Acho que falta um pouco de moderação na hora de criar personagens crianças. É muito bom ver essa inocência dela em experimentar as coisas, de achar legal e tentar replicar. Não só é palpável com a realidade, vide que crianças fazem tudo por imitação, mas também é muito divertido. Você citou a arma silenciadora que ela viu no programa e que achou legal, mas no sequestro, viu que “Putz, isso daqui não é legal como eu pensei.”, em meio a caras e bocas maravilhosas, diga-se de passagem. Ou na ocasião que o Loid pensa que segurar na mão da Anya dificultava a locomoção dele em caso de haver algum inimigo a espreita e a reação dela é ir se esconder, ficar acuada, olhando para os lados. Ou ainda quando ela foi atrás do equipamento do Loid, procurando a bendita arma silenciadora e encontrou um comunicador, mandando uma mensagem para o lado inimigo. Além de situações mais divertidas com o Loid tentando render a criatura em casa e achando que era meramente uma brincadeira de esconde-esconde. A Anya não tem noção do que é perigoso, do que pode ou não realmente. Nem tem ideia do problema que foi metida. Ela só acha o pai legal por ser um espião e que pode ajudar a salvar o mundo, além de querer ter a garantia de que o pai não irá devolvê-la ao orfanato. Por enquanto, não tenho uma predileção por algum personagem. Como não tenho tanto conhecimento do mangá, é quase como se eu não os conhecesse. O Loid é gostoso e carismático, mas vendo a estreia, os pontos fortes da comédia vão mesmo para a Anya. Ela sendo o contraponto ao Loid e diversas das construções de humor são feitas entre as oscilações do modo da Anya ver a situação e de como o Loid vê, sendo o protagonista o ponto mais racional da história, e a garota com seus poderes e modo inocente de levar a vida. Acho que o conjunto dos dois que me agrada DEMAIS(!!!), principalmente nas tentativas do Loid de criar a garota e essa relação fraternal que se forma no final do episódio. Creio que conforme os episódios passam, mais vai ficar demarcado sobre cada personagem, e a partir disso, que eu passe a ter meu favorito.

RUB: Sim, o relacionamento entre eles vai crescendo conforme a história for indo adiante. Até porque meio que mostra que o Loid é bem mais humano do que tenta não aparentar. Durante o próprio sequestro ou quando descobre que a Anya foi sequestrada, o personagem demonstra ter alguma afeição a garota, surgindo um sentimento de proteção que ele tem como lema e que o levou a se tornar um espião, com o objetivo de levar a paz da região e evitar que novos órfãos surjam a partir desse conflito. O que não podemos esquecer de comentar é a produção da animação. Primeiro que o anime tem bons momentos de sakugas de qualidade, principalmente nas cenas mais movimentadas, como a fuga e as lutas. Segundo, o pessoal está caprichando com as caras e bocas dos personagens. Você citou e de fato merece um destaque, pois o mangá também utiliza muito esse recurso e na animação não pode faltar esse aspceto. E terceiro seria a direção da adaptação. Apesar de eu achar que algumas piadas se perderam pelo timing cômico deslocado, ainda é oferecido o mínimo possível para o anime conseguir funcionar, tanto para quem conhece ou não o mangá. Os demais aspectos como edição, trilha sonora ou os dubladores estão fazendo jus ao hype. Chegamos até comentar na live, mas tanto você quanto eu tivemos um estranhamento inicial com a voz da Anya no primeiro minuto. Só que depois que acostumamos com a dubladora, o episódio fluiu que foi uma beleza. Também merece um destaque todo o trecho do encerramento, com uma música tranquila, o Loid caindo desmaiado pelo cansaço e a Anya desesperada pensando que seu pai adotivo morreu repentinamente. Muito engraçado, com direito a um fechamento com chave de ouro de um momento fofo dos 2 deitados abraçados, como pai e filha. Mas como o episódio mostrou, ainda falta conhecermos a mãe dessa família ‘diferente’. Não é tanto spoiler esse comentário visto que na imagem promocional revela tal ‘ocupação’ da personagem, mas a Yor (próxima personagem que será apresentada) também tem um segredo que guarda e que essa família de mentira irá servir como camuflagem para todos continuarem a fazerem o que foram treinados a realizarem. Fica como uma curiosidade e que não podia deixar passar, mas os dubladores da Yor e do Loid são os mesmos que fizeram Yukino e Hachiman em Oregairu, respectivamente. Ao menos na qualidade da dublagem está garantida em SPY x FAMILY.

ALÊ: Sim. Primeiro ele tem a reação de tirar ela dali o quanto antes, depois guiar a personagem para algum local de maior segurança, e posteriormente temos o flash com o motivo dele ter se tornado um espião. Inclusive, foi um momento bem rápido, mas esse pequeno background para o Loid foi muito bom. Essa cena entra na questão de que um conjunto torna bem especial esse momento. Em menos de de 20 minutos, o autor e o anime conseguem construir um vínculo excelente entre eles, potencializando demais suas relações familiares. A Anya chorando, sem saber muito bem o que fazer, enquanto que o Loid tira um pouco daquela feição rígida dele quando lembra de seu passado solitário. E além de tudo isso, acho que o ponto máximo do episódio foi a preciosidade de sair o resultado do exame, a Anya ter passado no teste, o Loid ter sentido um alívio ao ponto de conseguir relaxar por alguns momentos e depois, em casa, conseguir dormir tranquilamente à tarde, isso com a Anya indo e se enfiando entre os braços do Loid. Foi o ponto alto do episódio para mim e creio que para muitos de vocês que estão lendo esse post. Algo que me impressionou no anime foi o ritmo dele. Normalmente tenho a mania de ficar vendo quantos minutos faltam para acabar o episódio e faço isso mesmo com animes que gosto bastante. Só que não fiz isso nem uma vez sequer com SPY x FAMILY. Ele tem um ritmo TÃO BOM, me envolveu completamente e quando menos vi, estava terminado o episódio. Eu espero muito mesmo que esse sentimento permaneça ao longo dos episódios da série. Gosto muito do elenco de dublagem do anime. As vozes escolhidas foram ótimas, mesmo com o estranhamento inicial com a voz da Anya. A direção é boa, e quanto ao timing, ele pode ir corrigindo ao longo do anime (vão ser 25 episódios, então tempo ele terá). Em geral, gostei do que ele fez aqui, principalmente quanto ao ritmo das cenas. A animação está vindo de mão cheia, mantendo a expressividade dos personagens, entregando sequências de ação e movimentações muito bem feitas, além de ter um puta design bonito. Estou bem entusiasmado com o anime, ansioso para a introdução da Yor e veremos quais serão os próximos passos desta família um tanto não convencional, rs.

RUB: Visto o que comentamos aqui, obviamente recomendamos o anime SPY X FAMILY para todos. É daqueles animes que tem muito potencial de fazer sucesso e seguir o mesmo caminho de Kaguya no quesito de atingir uma grande parcela do público que se diverte assistindo esse tipo de história. Agora que sabemos a organização de ambos os estúdios participantes da produção e quem será encarregado de cada episódio, só torço que funcione essa adaptação, pois é um dos meus mangás favoritos atualmente e que merece toda qualidade possível para mais pessoas conheçam essa obra.

ALÊ: Também torço pelo melhor e recomendo muito o anime (bem como o mangá que é publicado no Brasil pela Panini). Espero que o cronograma de produção esteja decente ao ponto de que não colapse futuramente.

O anime está disponível na Crunchyroll


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