Mais um impressões semanais, agora com o episódio 2 de PET. Mais papo que tive com Alexsander sobre nossa impressões do anime.
RUB: Alê, se terminamos o episódio anterior com o começo e o final da lobotomia que o dono do bar sofreu, nesse segundo episódio, temos o processo da lavagem cerebral que o maluco sofreu. Basicamente, por uns 95% do tempo desse episódio, tivemos a parte que foi “tirada” da estreia (Achei acertada a decisão de deixarem as explicações para depois). E até que enfim, temos na pratica como funciona essa “invasão mental” que foi citada anteriormente. Senti que compreendi mais o que se passa na historia e não fiquei tão perdido como estava no começo do anime.
ALÊ: Concordo. Nesse começo do segundo episódio (até uns 9 minutos) eu estava perdido, mas aos poucos, no decorrer da segunda metade as coisas vão se encaixando e fazendo mais sentido. Eu gosto de como isso funciona muito bem. Foi a mesma coisa com o episódio anterior. Você começa não entendendo quase nada do que está acontecendo e termina com as coisas fazendo mais sentido. PET também não entrega toda a explicação logo de cara e guardaram a maior parte de como essa lavagem cerebral funciona para contar nesse episódio. E pouco é verbalizado. Muito é mostrado “na prática” por assim dizer e eu gosto muito disso (os animes deveriam fazer mais isso).
RUB: Se você olhar para as representações visuais e de como era trabalhado as cenas dentro das cabeças das pessoas, são sensacionais essa arte sensorial. O exemplo que eu dou é quando tem um mini flashback e mostram como o cara da cicatriz (você estava certo…ele é o mesmo moleque do começo do episódio anterior) invadindo a cabeça do mano que se jogou com o carro do barranco na estreia e destruindo o “vale” do seu consciente (foi sem querer, mas deu muita merda). Assim, explicam os perigos de alterar os vales e picos das pessoas sem ter os diálogos expositivos. Aquele passado sendo representado por pés gigantes é muito maluco e ao mesmo interessante. É algo associado a morte do irmão dele e aquele é o resultado (do pai ser muito maior como aqueles pés, perto de uma criança que foi morta). E mostram o que acontece quando o teu “pico” ou “vale” são alterados ou destruídos (pessoa perde a vontade de viver). Então temos regras nesse mundo sendo explicadas pouco a pouco. Perdeu algum dos dois (pico/vale), ficara lesado no momento seguinte.
ALÊ: Siiiiiim! Acho maravilhoso essas representações. Destaco também para o amigo do cara. Na infância, a madrasta dele o batia e a representação disso é muito boa. A distorção da face dela, a extravagância da maquiagem. Tudo ali aumentando as sensações do cara, porque ele realmente tinha medo dela. Maravilhoso isso. E essa parte dos picos e vales também traz uma coisa interessante, de como ambos são importantes para as pessoas. Mesmo experiências ruins, elas compõem quem somos. Logo, elas são de extrema importância. Um amigo comentou comigo que mesmo coisas ruins que acontecem, ele tenta ver como algo que vai o “ajudar” de alguma forma para a sua formação como pessoa no futuro. E no caso do anime, mexer com isso traz muitos perigos. Exemplo mesmo é o próprio Kenji, que já sabemos o que aconteceu com ele depois que “brincaram” sem cuidados…
RUB: Eu gosto de como não são só momentos extremos, mas como as situações ou acontecimentos mais banais estão ligados ao que compõe a persona do ser humano no anime. O pico do Kenji foi uma conversa durante uma missão que ele e o amigo estavam fazendo para o Chaminé (que agora não é mais Chaminé graças a ilusão que o protagonista de cabelo claro colocou nele). Uma simples conversa durante o mergulho, a confidencialidade e a parceira foi muito importante e que o marcou profundamente. E teve a cena do bordel de quando eles se conheceram. Eu ri quando apareceu uma vagina falante. É uma comédia bizarra e maluca que foi engraçada pelo esquisitíssimo. E como as lembranças da pessoa distorcem os fatos. Jamais foi daquela forma que ocorreu, porém o Kenji lembra dessa forma.
ALÊ: Sim, uma coisa “comum” se tornou o pico dele. Lembro uma frase da Kaori em Shigatsu Wa Kimi no Uso, que diz: “Não é engraçado que as coisas mais inesquecíveis sejam tão triviais”. Nesse caso aqui, essa frase casa muito bem haha. Foi meio triste essa parte da alteração, porque era um momento tão bonito que teve que ser alterado para manter o cara vivo, porque o chaminé é um lixo ¬__¬. Aquela cena no bordel foi muito boa, as vezes as amizades não começam nas melhores situações risos. E de novo as coisas visuais bizarras. Meu pai, aquela vagina falante hahahaha, muito boa a cena.
RUB: E no meio dessa doideira descobrimos que para entrar na mente das pessoas, você precisa compartilhar o que tem na sua mente no processo. O próprio maluco da cicatriz fala que precisa guardar com uma “senha” os próprios picos e vales para não correr perigo. Aí que vem a parte que achei legal. O pessoal invasor tem que expor suas mentes, senão entrar na mente das pessoas se torna impossível. Também precisam de ter contato fisicamente para aumentar a ligação e ter que personificar algo relacionado ao vale para conseguir acessar as memorias das pessoas. O Hiroki precisar ser um peixe e do Tsukasa ser um anão, tem a ver com seus passados traumáticos que precisam ser expostos para conseguir transitar no subconsciente do alvo. É basicamente, a pessoa precisa mostrar sua fraqueza para conhecer a fraqueza do outro. Arriscado
ALÊ: Eu lembro que comentei com você sobre o peixe. Cheguei a pesquisar se o peixe que aparecia de forma recorrente quando o Hiroki estava presente (na capa do mangá está lá e nos visuais também), assim como a borboleta que aparece com o Hayashi (carinha de cabelo comprido do primeiro episódio) tinham relação. Então fui olhar e não achei algo que pudesse ser relacionado. Acabou que eles tem ligação com o próprio passado do Hiroki. Achei bem legal isso e me surpreendeu. Outra coisa legal é o compartilhamento do pico. O Tsukasa compartilha o pico dele com o Hiroki, assim como aconteceu com o Satoru (acho que esse é o nome do garoto) quando ele era criança.
RUB: Sim. Acho que as únicas questões que ficaram foram justamente o passado do Hiroki, do Tsukasa e do Satoru. Por que um é anão e o outro é peixe quando entram na cabeça das outras pessoas? Por que estão ajudando o Chaminé? Eles não querem fazer maldades, mas existe algum perigo em desobedecer a ordem do chefe? E o mano da cicatriz? Por que ele entrou nesse meio? São perguntas mais relacionadas em como os personagens chegaram a tal ponto do que o entendimento do enredo em si. Ainda estou intrigado com o anime.
ALÊ: Fora que além de ser anão, o Tsukasa vem com a forma de água. Acho isso também intrigante. Suspeito que o Satoru entrou nesse meio como uma forma de gratidão pelo Hayashi ter salvo ele quando criança, mas isso vai ser respondido mais à frente. No próximo episódio, o anime deve abrir mais um leque de dúvidas. Ainda tem muita coisa para acontecer. Vale lembrar que o Hiroki conseguiu expulsar eles da mente do cara. Salvo engano, isso nunca tinha acontecido antes na fala de um dos personagens, então quem é o Hiroki? Continuo intrigado e MUITO interessado com o anime. É um dos meus favoritos da temporada.
RUB: Como o mangá está finalizado, estou com altas expectativas que o anime consiga adaptar de forma decente o original. Só nos resta torcer para que a história se mantenha nessa qualidade nos próximos episódios e não decaia seu ritmo.
ALÊ: Sim. Que a autora não me decepcione. Estou colocando minhas fichas em ti. Acho que a atenção da produção do anime foi para esse episódio hahaha. Tiveram algumas cenas muito boas, como quando eles encontram o pico do dono do bar é linda.
RUB: Esperemos que os adiamentos no lançamento, corresponda como ocorreu no episódio da semana. Não são frames bonitos, mas que cumprem sua proposta minimamente.
ALÊ: Aham. Que a produção segure até o final. Uma última coisa, estou aqui me corroendo, então vou comentar haha. Aquela cena do Katsuragi (lembrei do nome da Chaminé) falando que o Hiroki estava com ciúmes e a sequência depois disso, eu só consegui pensar “hummmmmm, sei… Isso se chama casal”. Não deu, não deu…
RUB: Pior que nem pensei dessa forma. Levei mais como uma conversa de acusações que todo mundo perde quando invadem a mente da galera. Depois tenho que ver isso novamente nessa ótica.
ALÊ: Ai Rub, tão inocente risos. Eu já vejo eles como um casal não oficial hahahaha. Essa não seria a primeira cena sugestiva com eles. No momento de loucura do cara no primeiro episódio, teve uma cena bem “peculiar” nesse sentido. Está certo que era delírio, mas não deixa de ser sugestivo.
RUB: Até mesmo na loucura, tudo pode virar realidade. E realmente sou puro perto de você. xP
Mas enfim, estamos ansiosos para o episódio de semana que vem. Que não nos desaponte PET.
ALÊ: Você tem muito a aprender jovem ancião XD. E estamos falando de uma autora e com duas cenas tão sugestivas assim eu logo penso “Tu é do lado fujoshi de ser né??!!!”. Enfim, estou ansioso também, com um hype bem alto para o que nos espera nos episódios seguintes.
RUB: PET está sendo uma excelente pedida nessa temporada.