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Que dramalhão CHATO!

Que dramalhão CHATO!

Olá queridos e amados, estamos regularizando os comentários de “Platinum End” no blog e dessa vez, vamos falar do episódio mais recente, este que grande parte foi focado no drama da Saki com o Mirai.

Você Sabia? Toda vez que ‘Platinum End’ vem com eu discurso vazio de felicidade, uma fada morre!

RUB: Alê, estamos aqui para conversarmos sobre o episódio 8 de Platinum End, em que foi focado na Saki e os seus motivos que a levaram a ser uma escolhida do trono celestial. Revel até conta que a encontrou vagando no mar, perto do inverno, e a água salgada estava congelando. Dito isso, pouco vai importar esses detalhes que ele contou. Quente ou gelado, são detalhes que de nada ajuda mais para frente. Depois temos a OP Alê, e chegamos em um TRECHO que achei FABULOSO nesse episódio. O Uryuu é descoberto pelo seu amigo, Mizukiyo, que é o Metropoliman (pesquisei os nomes desses personagens, porque não decorei quase de ninguém desse elenco, além da dupla de protagonistas) E meu caro Alê, temos umas das cenas MAIS PATÉTICAS do ano. O Mizukiyo fica apavorado que está DIANTE de um assassino. Ele teme por sua vida e quer avisar a policia. Só que ele conhece o poder da família do Metropoliman. São perigosos, pois fazem armamentos avançados. Em resumo, ele passa 1 minuto cogitando todas as possibilidades possíveis de dedurar o amigo às autoridades. Só que ele recua e decide seguir um OUTRO caminho. Mizukiyo estava todo medroso e DO NADA, REPITO, DO NADA, ele muda totalmente seu olhar e decide: “Vou interagir com ele como sempre fiz.”. A solução dessa cena toda foi voltar aonde estávamos anteriormente. CARALHO, mas o Ohba está de brincadeira também. Perdemos alguns minutos, só para o personagem FINGIR que nada aconteceu e vida que segue. Nem uma ação, pensamento ou dedução além da identidade do Metropoliman foi feita. Ele só aceita e é isso. Se fuder. Em seguida voltamos para o núcleo CHATO desse anime. Sério, é um tédio assistir a Saki ou o Mirai com a cara de criança que deixou o sorvete cair na areia. Um saco. Nem me refiro aos dois estarem em estados emocionais abalados ou depressivos, e sim a forma como é feita. As motivações dos 2 estarem daquele jeito que não encaixa ou é superficial demais, porque os personagens mesmo em situações adversas ou que necessitam reações, eles ficam temerosos ou repetitivos, como é o Mirai com esse lance de trazer felicidade para todos. Um saco. O Mukaidou parece ser o único ser humano dali, porque ele age de acordo com sua personalidade e sentimentos, passando essa sensação para os espectadores. A dupla de protagonistas é o oposto. Quem por raios dos infernos irá convidar um cara estranho para dormir de conchinha com ele para contar um terrível segredo envolvendo o próprio? Sério, a cena não tem coerência já nesse inicio, porque essa ação da personagem só serve de escada para a piada de duplo sentido da Nasse. Muito ruim essa parte Alê.

ALÊ: MARAVILHOSO!!! Simples assim! Essa cena é ouro! A começar que o guri ENTRA NA SALA, olha o Uryuu e tem uma expansão mental em que ele liga todos os pontos e chega a conclusão de que ele é o Metropoliman. O guri é mais eficiente do que a polícia. E o grande trunfo da cena: ele, após cogitar quinhentas opções de ações do que poderia fazer, vira para a câmera e diz “Ah, vou agir como sempre faço” (falando isso com uma cara séria). PERFEITO! É esse tipo de cena que queria ver em Platinum End. A obra já é ruim e não vai melhorar. Então que abraçasse a galhofa. Seria muito melhor. Mas falando sério agora, qual a necessidade da cena? Assim, ela literalmente não serve para nada (ao menos por enquanto). É um momento completamente isolado, que não contribui em nada para o andamento da narrativa. Bem provável que vão retomar esse amigo – já que ele vem tendo bastante atenção – mas fica estranho, porque depois dela, corta e não conecta com mais nada do episódio. Fora que né, o próprio personagem mata alguma possibilidade de caminhos no momento que ele diz que vai agir como sempre. Teriam vários caminhos que poderiam ser trilhados com ele tendo aquela informação. Agora passando para a parte CHATA, eu estou a ponto de cometer um crime de ÓDIO se mais alguém vier com essa porra de papo de FELICIDADE. Estou no ponto de desejar morte e tristeza -__-. Não é nem porque sou amargurado, mas é que os personagens NÃO SAEM DISSO. Parece papo de coach. TUDO é envolta de “Mas você precisa viver para ser feliz” e não AGEM para tal. O autor quer usar isso como a grande motivação dos personagens, mas puta que pariu, é um horror por ele não saber como fazer isso andar. É uma conversa vazia, que não sai do lugar de jeito nenhum. Os personagens não passam profundidade, porque literalmente todo mundo tem O MESMO DISCURSO. Os flashbacks são os piores, porque é o pai, a mãe, o próprio Mirai e a Saki falando nisso. Parece um bando de robô surtado que fica repetindo a mesma palavra. Só cansa. Sem contar a questão de depressão e de novo faz parecer que o autor está glorificando suicídio. Sério, se fosse só ruim, era ok de acompanhar, mas é chato e arrastado. Minutos parecem HORAS nisso. Para fechar esse trecho, o timing cômico é PÉSSIMO. Meu senhor amado, todos os momentos de humor são absolutamente feitos na hora errada e nada tem graça. Isso quando as piadas não vem em momentos completamente inapropriados, como a dita por você anteriormente com a Nasse fazendo piadinha de duplo sentido.

RUB: Para mim o que foi ruim de fato é a motivação da Saki em se matar. Como eu comentei em OFF contigo, é um Koe no Katachi, só que piorado. Em Koe, além do Shouya ter feito bully com a protagonista, ele prejudica toda a sua família na tentativa de ser o engraçadão da turma. São as consequências desses atos que constroem o personagem todo depressivo, com tendências ao suicídio por não se achar bom o bastante. Em pouco minutos de filme (ou de capítulos se você tiver lido o mangá). você entende toda a complexidade da culpa que o Shouya carrega na adolescência. Agora voltando para Platinum End, de jeito nenhum o roteiro passa esse background na personagem da Saki. Na real, eu sequer sinto dó dela, porque parece muito uma atitude infantil, porque ela fez o bully no protagonista, porém EM MOMENTO ALGUM suas ações tem algum revés para a própria. Aliás, ela nega amizade com o protagonista até minutos antes dele tentar se matar. Melhor dizendo, O COMEÇO DESSE EPISÓDIO é a personagem, NOVAMENTE, negando qualquer envolvimento com o Mirai, como fosse uma vergonha estar perto dele. Ela nem o defende diretamente. Você está vendo Alê que as ações da personagem não corresponde ao suposto arrependimento PESSADO dela com o que fez no passado para o Mirai? Eu não senti que ela estava sofrendo com o bully que ela incentivou. E o roteiro também não ajuda a construir isso, pois ela só se arrepende do que fez, no momento que a Saki acredita que o Mirai morreu ao pular do prédio. Inclusive, ela não viu ele saindo voando? Por que não sei se o pessoal lembra, mas a Nasse aparece naquele instante e o resgata. Era para a Saki ter visto um corpo flutuando. Como ela não viu se estava assistindo de “camarote” o protagonista a poucos metros do chão? Mais um furo de roteiro, porém vamos ignorar por agora, porque o GRANDE MIRAI virou o SUPER-HOMEM nesse instante. Todo o medo que ele sentia antes do Metropoliman SOME no roteiro, para o personagem servir de GUIA emocional para a Saki. Os dois saem voando, com direito ao Mirai sendo aquele herói caladão, que não conversa, mas que está ali para dar uma lição de moral para a personagem feminina. Do nada ele a solta, só que os eventos da física da nossa realidade não funcionam nessa obra e a Saki dar um impulso no ar (???) e consegue pegar a mão do Mirai novamente , gritando que não quer morre. A personagem é pior que sismógrafos em terremoto. Oscila de opinião em milésimos de segundos.

ALÊ: E bota piorado nisso. É exatamente como você disse. Em momento algum é dado um background para a Saki que CONVENÇA o público das ações dela. Na verdade, só é muito controverso. Ela entra na onda dos demais de zoar o Mirai (até aí ok), mas no presente, quando ela deveria demonstrar que de fato está arrependida do que fez no passado, não, ela fica quieta. Não defende, nem nada do tipo. Enquanto conversava com a amiga, a Saki até se tira da reta, como não tendo muito a ver com ele. Nas palavras dela, ela se arrepende, mas também não faz nada como algum tipo de compensação. Não só naquele momento, como em qualquer outro episódio. Não tem nada nesse sentido. Adoro que os dois, primeiramente, mandam os anjos para fora de casa e eles nem disfarçam, ficando longe da casa ou coisa parecida, e muito menos se importam com a questão das asas à mostra (sendo alertados pela Nasse e ignorando). Os personagens só agem temerosos quando lhes convém. Nos momentos que não ‘precisa’, é um grande foda-se. A cena dela dando um impulso no ar é fabuloso. O autor claramente quer tentar dar alguma carga dramática, do tipo: “Olhem, ela percebeu que não queria morrer e segurou na mão dele” e ignora a física totalmente no processo. E no fim, todo esse segmento só serve para mais uma vez diminuir a Saki. Porque no fim, toda a culpa é jogada para ela. Ela se culpa, ela que fez tudo errado, e claro, ela se sujeita ao cara. Tem diversas falas que fica bem clara as intenções do autor. É muito machista. Desde o momento que os dois estão deitados na cama, até o momento que ela decide morrer, desiste e começa a implorar por perdão. É um trecho horroroso demais. Estava me dando um nojo terrível. Principalmente no momento que DO NADA o negócio vira um dramalhão, a Saki começa a chorar repentinamente e segue assim por vários minutos. Depois o Mirai age como aquele ‘maduro’, que a conforta e que vão seguir em frente. Isso sem contar que posteriormente a isso, a garota muda COMPLETAMENTE. Deixa de ser aquela de momentos atrás e até começa a pensar sozinha, o que de certa forma é bom, já que ela passou a tomar mais iniciativas com algumas coisas, mas tudo isso em função de um homem, e depois dela ter implorado um bocado pelo perdão. Enfim, é um trecho muito, muito, muito ruim. É chato e que só reforça o machismo do autor.

RUB: Até para não deixarmos passar, mostram um pouco da família do Mukaidou também. E como você bem disse, essa parada do machismo do autor é muito presente, pois até quando o Mukaidou tenta justificar o que está fazendo para mulher durante o jantar, é daquele jeito estereotipado, estilo macho alfa, pressionando a mulher grávida contra a parede. Lá no final também tem a cena da filha dele comentando que o quer vivo durante seu futuro casamento, típico pensamento do autor que pensa que as mulheres só sonham com a união com outro homem. É muito ruim isso. Não são cena com machismo escancarado, porém as mensagens e o subtexto desses diálogos, evidenciam as intenções do Ohba ao escrever essa história. Agora estamos em um ponto de que a dupla de protagonista decidiram tomar as decisões e combater o Metropoliman, o Mukaidou tem o seu câncer tomando todo o seu corpo (coisa que não apareceu anteriormente, porém surge nesse momento crucial) e aparece um novo personagem que tem um visual bizarro, e que saí por aí cortando geral com uma katana. E Alê, quero ver a tua reação semana que vem com esse personagem novo. Quando mostrarem o seu passado e suas intenções, tenho certeza que você terá um surto de raiva. Prevejo mais ódio vindo semana que vem Alê. Espere e aguarde. xP

ALÊ: Exatamente. A filha dele é uma criança e ele já está pensando em casório. É bem isso mesmo. Não é algo escancarado como a obra já apresentou em outros episódios, ou mesmo como nos momentos com a Saki, mas nessas pequenas ações que o autor vai destacando suas ideias tradicionalistas e retrógradas. E por sinal, o Mukaido faz de tudo um pouco, né? Porra, faz até vestido de noiva. Agora sobre o personagem novo, eu vi o design dele e me veio um mal presságio na hora. Tenho uma suposição na minha cabeça, mas vou aguardar para ver. Se for algo que estou pensando, pode ter certeza que vou estar ‘tiltando’ no próximo post XD.

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