As aparências enganam… Nem tudo é simples e pode conter algo a mais sendo escondido.
Voltamos para mais uma review de um dos animes da Temporada de Inverno de 2020. Dessa vez com um dos mais populares da temporada e estamos falando de “Jibaku Shonen Hanako-kun” (Toilet-bound Hanako-kun). Novamente, estamos aqui com a @MisuRose, este sendo o quarto post dela comigo aqui no blog e é sempre bom dizer que, ela é sempre muito bem vinda, além de trazer algumas visões interessantes. Enfim. falemos mais de Hanako-kun :).
Sinopse: A Academia Kamome é uma escola rodeada de rumores e superstições conhecidas como os “Sete Mistérios”. Uma dessas histórias indica que no banheiro feminino do terceiro andar do antigo prédio da escola, viveria um espírito chamado Hanako, e este poderia conceder qualquer desejo quando convocado. Nene Yashiro, uma garota do colegial interessada em ocultismo e que sonha em viver um romance, decide ir até o banheiro amaldiçoado, mas o espírito que ela encontra não se parece em nada com o que ela imaginava… Hanako é o espírito de um garoto!”
Alex – E vamos para mais uma review. Essa é nossa segunda review juntos Rose :). A segunda de muitas tenho que dizer haha. Esse é o nosso quarto post juntos e a segunda vez que vamos falar de “Jibaku Shonen Hanako-kun”, anime que era para ter sido feito comentários semanais, mas que acabou não dando. Enfim, fizemos as primeiras impressões dele e agora vamos fazer as considerações finais de tudo o que vimos. Discutir aspectos positivos e negativos, e lá no final, eu quero conversar com você sobre o mangá da obra, ok? Mas falando do anime, ele desde do início, apresentou um conceito diferente de fantasmas, aparições e eu gostei muito dele. Estava empolgado pelo meu diretor favorito estar no anime e claro, com o que Hanako-kun tinha para me contar. Minha experiência com o anime foi maioritariamente composta de ótimos momentos, mas tenho algumas ressalvas com o anime. Mana, me dê uma visão geral de o que você achou do anime, para nos aprofundarmos mais no que o anime nos contou :).
Rose – O anime em si foi ótimo. Ele tem personagens carismáticos, uma animação única e a trilha sonora é impecável (aquela OP com certeza foi uma das melhores da temporada). Gostei do que foi adaptado. No entanto, poderia ser melhor. O anime mudou a cronologia do manga e pulou arcos MUITO importantes. Não sei se posso ser considerada uma fonte confiável, porque eu tenho um carinho enorme pelo material original e no anime, o desenvolvimento de alguns personagens me pareceu apressado e prematuro. No entanto, se analisarmos o material separadamente, a experiência do anime foi muito agradável para mim. O que acha Alex?
Alex – Interessante. Vi algumas pessoas desmerecendo o anime por causa do mangá, mas eu não queria ler porque queria avaliar o anime e assim dar sua nota. Depois eu irei ler o mangá e já estou me preparando para isso 🙂 (caso alguém tenha curiosidade, acredito MUITO que o mangá virá para o Brasil). E avaliando o anime, eu acho que ele funciona muito bem, mas foi bom você ter falado desses detalhes, porque tem algumas coisas que eu acho que poderiam ter ficado boas também, e outras que se tivessem mais tempo, poderiam ter sido saídos melhores. E assistindo o anime, eu tenho plena consciência de que eles tiveram que correr nessa adaptação. Depois da metade principalmente, fica mais evidente que eles estavam correndo com o roteiro. Fico triste porque se tivessem dado 20 episódios, eles poderiam fazer algo melhor do que ele foi. Mas também temos problemas com a Lerche, mas isso é assunto para mais tarde, então calma caro leitor! Logo falaremos da produção do anime.
Rose – Sim! O anime fez um bom trabalho com o material que recebeu da maneira que pode. E mais importante: a obra não perdeu sua essência. Eu fui capaz de experimentar emoções agradáveis. Meu entendimento é que, apesar de alguns problemas, a adaptação conseguiu ser especial da sua própria maneira e acredito que será uma grande oportunidade para o material original crescer em popularidade. Tomara que esteja certo sobre o publicação do manga no Brasil, meu caro Alex. Mudando de assunto… Aqueles cenários são um ponto forte para o anime. Simplesmente amo as cores e como elas conseguem entrar em contraste com os personagens.
Alex – Sim! E temos que dar os créditos para a staff. O diretor sabe o que está fazendo e o compositor de série, o Yasuhiro Nakanishi, é bem experiente e dentro do que ele pôde fazer, se saiu muito bem. Hanako-kun foi um dos agraciados com a beleza estética dos animes da Temporada de Janeiro. Eu AMO aquelas cores, os contrastes, as cores vivas, tons fortes, mas que sabem ser usados em momentos dramáticos. A direção de arte do anime foi EXCELENTE! Diversos cenários belíssimos, juntamente com o trabalho de cor dos personagens. Foi um trabalho lindíssimo. Mas acho que já está na hora de falar dos acontecimentos do anime. Eu diria que Hanako-kun é bem gradativo, começa muito bem e vai melhorando, sempre apresentando ou dando indícios aqui e ali do que vai ser abordado em episódios futuros. Acho bom começarmos pela Misaki, que foi o primeiro arco do anime e um dos que mais gostei. Adoro a condução do roteiro que te dá sempre uma faceta dos personagens e trabalha com eles. Ele te dá uma imagem do personagem e ele é de outra forma Gosto muito disso.
Rose – Misaki foi um arco muito importante no anime. Ele é belíssimo e nos apresenta como os rumores afetam os sobrenaturais, ao ponto de torná-los “assassinos”. Gosto muito da dinâmica do trio principal nesse arco. Como o Kou é completamente desconfiado e a Nene faz o possível para ajudar hahahah. Sem falar no próprio Hanako, que parece despreocupado.
Alex – Igualmente, é uma história linda contada ali. “Rumores afetam os sobrenaturais”, foi bom você ter falado porque na temporada estava passando “In/Spectre” e ele trabalha também com essa temática, no caso, os rumores dão vida a criaturas. Eles apresentam até uma criatura gerada a partir da mente humana. Em Hanako, temos algo bem semelhante com os rumores espalhados pela sala de transmissão que acabam distorcendo a imagem real das aparições. E uma parte legal, é que lá na frente, a Misaki conta que aquela é uma parte deles. A imagem pode ser diferente, mas aquilo ainda são eles que é uma parte forçada a sair. Algo muito interessante e gosto desse conceito. São desejos/vontades internas colocados para fora e que eles apenas não tem como controlar. Eu gosto de ver a interação do trio e como eles progridem. Principalmente o Kou, que consegue ficar mais à vontade com o Hanako. Mas o Hanako consegue ser bem assustador as vezes. A personagem que eu acabo não gostando tanto assim é a Nene. Acho que ela produz boas piadas, mas alguns amigos comentaram, e eu acho bem verdade, é que a personagem em algumas circunstâncias é passiva, dependente demais do Hanako. Tem uma cena que ela simplesmente fica pedindo por socorro, bem ao estilo “princesa em perigo”. Mas ainda acho que ela protagoniza bons momentos, além de trazer bons temas e tentar entender o Hanako.
Rose – Sim, sim! Misaki me passou um questionamento importante sobre todos os sobrenaturais inseridos naquele universo. Tsukasa mesmo diz: “O dever do Amane é fazer o desejo dos vivos se realizar. O meu é fazer o dos mortos”, algo nesse contexto. No meu entendimento, Tsukasa quer ver sobrenaturais cedendo a suas próprias vontades, renunciando a “moral” que os impedem de machucar os vivos. Gosto muito de como o Kou evoluiu, apesar de considerar o desenvolvimento dele no mangá mais aprofundado. E realmente Hanako consegue ser assustador as vezes. Nem consigo imaginar o que aconteceria se os rumores dele mudassem como aconteceu com Yako… A questão da Yashiro é um aspecto muito importante e precisa ser debatido. Ela é a protagonista, mas concordo que ela é passiva demais (pelo menos nesse começo). Mas não podemos esquecer que ela era uma adolescente normal antes de conhecer Hanako. Ela não sabia da existência dos sobrenaturais, acreditando que eram apenas uma fantasia na escola. Ela não teve treinamento como os irmãos Minamoto e não tem poderes sobrenaturais como os fantasmas. Ela cresceu bastante no mangá e perdeu um pouco desse “complexo de princesa”. Mas eu não seria sincera se dissesse que não quero que ela se torne mais forte e independente.
Alex – Sabe, eu estava me perguntando uma coisa. Não sei se foi mencionado no anime e se foi, eu não lembro, mas as aparições dos mistérios da escola, eles não podem descansar em paz? Tipo, tem algo prende eles na terra e não vai ter algum momento em que eles vão poder seguir em frente? Minha memória não é das melhores, então queria aproveitar e trazer essa duvida para cá. O Tsukasa me assusta MUITO mais que o Hanako, porque parece um psicopata! Nem me fale dessa possibilidade de mudar os rumores do Hanako, mas não é algo que eu vejo sendo impossível. Na verdade, seria bem plausível se a gente considerar que qualquer aparição está sujeita a isso. Mas acredito que se isso for usado algum dia, vai ser mais na reta final do mangá (não faço a mínima ideia de como está o mangá). E foi MUITO bom você ter falado isso da Nene. Aquele não é o mundo dela, e vendo por esse lado, é bem compreensível a postura dela nessas situações. Cada aparição/ mistério novo é algo que até pouco tempo, ela não fazia ideia de que era real ou que sequer existia. Mas, esse é só o começo dessa história. Ela ainda tem muito o que ver e eu acredito muito que o autor vai fazer uma gradativa na personagem. Mas sendo sincero, quem não ficaria com o c* na mão diante do Tsukasa? Hahahaha. E antes de falar mais dele, eu quero falar do arco seguinte ao da Misaki que na minha opinião, esse arco é o melhor que foi apresentado. Foi muito bom e triste conhecer um pouco do passado do Amane. Vemos um pouco de tudo, mas ainda estamos no escuro para o que está acontecendo. Dão alguns trechos aqui e ali, mas nada que dê para juntar tudo e ter uma conclusão concreta.
Rose – Sobre a questão dos sobrenaturais não poderem descansar em paz, acho que isso foi tratado em um dos arcos que o anime pulou – no caso o arco do exorcista. Nele, o próprio Hanako afirma que ele não pode simplesmente desaparecer por causa dos pecados que cometeu em vida. Ele precisa continuar existindo no mundo humano para pagar por seus delitos. Realmente, Tsukasa é muito assustador. Diferente do próprio Hanako, ele não vê consequências para suas ações. Realmente acredito que na reta final o autor queria mexer com os rumores do Hanako. Adorei o arco Misaki. Desde do início ele nos leva a questionar os sobrenaturais e os próprios 7 mistérios da escola (cujo dever é proteger os humanos, mantendo uma boa relação entre eles e os sobrenaturais). Todo flashback da Yako acabou comigo. É triste saber que ela nunca mais vai ver aquele Misaki. E mais triste ainda é não ter cenas concretas do passado de Hanako e Tsukasa.
Alex – Ah sim, entendi. O anime pode ter pulado o arco, mas você vê como “não faz falta” no momento? Fica como sendo apenas mais um dos mistérios da obra, mas já é muito bom saber que se tem indícios de que irão trabalhar com isso. Eu realmente gosto dessa camada diferente que Hanako-kun traz, porque os mistérios não são só ‘mistérios’ e acabou. Foram pessoas, têm sentimentos e eles têm um porquê para serem assim. Sabe o “Não julgue pela aparência”? Ou melhor, por rumores. A Yako é um bom exemplo. Ela gostava do Misaki, que foi gentil com ela, mas ela não vai poder mais ver ele e tem que carregar isso com ela. É muito triste. O Amane é outro bom exemplo. Ele é todo para cima, mas sabemos que aquilo é só uma das facetas dele. Como é o Amane de verdade? O passado dele é muito nebuloso porque ele vivia machucado? Porque ele mudou o próprio destino dele? O que levou ele a querer mudar? E o anime ainda faz questão de terminar com aquela bomba de que o Amane matou seu irmão. Aquilo foi muito “WOW! CARALHO!!!”.
Rose – Sim! Gosto muito de como Jibaku Shounen Hanako-kun trabalha seus próprios mistérios. O anime sabe como deixar o expectador curioso hahaha.
Alex – Mudando de assunto, eu queria falar da produção, que apesar de ser belíssima de forma geral, ela acabou sendo prejudicada pelo tempo e pelo próprio estúdio. Pelo que Hanako-kun apresentou, ele não teve muito tempo de produção, e mais. O estúdio estava com mais projetos do que pode. A Lerche tinha feito a pouco tempo “Kanata no Astra” e “Given”. Além disso, eles estão produzindo o filme de Given e ainda tem anunciado um anime de Idol (que agora sabemos que vai estrear na Temporada de Janeiro de 2021). Além disso, Kanata no Astra contou com a direção do Masaomi Andou também. Acredito muito que esses fatores acabaram atrapalhando a produção do anime. Conseguiram se manter consistentes durante todo a temporada. O anime ser estático na maior parte do tempo não me incomoda (um dos meus animes favoritos é uma composição de quadros estáticos), mas quando entra na parte de ação, a staff não consegue entregar e em alguns momentos fica uma animação dura. As vezes parece que você pulou uns 5 segundos do anime. Infelizmente essa limitação acabou prejudicando o anime. No todo, acho que eles se saíram muito bem, ainda mais com essas limitações :). O que você acha disso?
Rose – Como você mesmo disse, a Lerche estar trabalhando em mais projetos e ter pouco tempo para executar a adaptação de Hanako-kun foi um fator prejudicial para o anime. Eu não me incomodei com os quadros estáticos, no entanto, esse fator limitou as cenas de ação e muitas vezes os personagens me pareceram tortos e vesgos.
Alex – Sim, tinha a parte de acabamento dos personagens também, uma pena. Os estúdios já estão lotados de projetos e com o pouco tempo de produção que muitos recebem (é até raro ter um anime com tempo de produção decente), eles acabam sendo prejudicados. Mas apesar dos pesares, duas coisas se saíram de forma brilhante e linda, e eu me refiro a OP e a ED do anime. Não só na parte artística, mas também nas suas canções. Mana, você lembra que lá nas impressões do episódio 1 eu te disse que o Masaomi SEMPRE tem algo para nos contar sobre os personagens, ou sobre a trama em si, nas aberturas e encerramentos? Aqui, mais uma vez ele mostrou isso e cara, que coisa linda e triste. Eu vou deixar a tradução das letras das músicas abaixo desse meu comentário, então leiam e no final do post, tem um link para a música completa. Então assistam também, será importante.
Opening – No. 7 por Jibaku Shonen Band
“E agora, então vamos fofocar? No. 7.
Eh? Hã? Em um instante feliz e triste, no passado e no futuro
De dentro dos rumores surgem duas sombras (paixão transformada em nada),
Uma doce fruta maculada com o irreal (é apenas uma história).
Ok, ok, mesmo se eu te contar de novo e de novo
Vê, vê, você não está escutando atentamente (paixão transformada em nada).
Depois de tudo, a coisa chata é a dura realidade (uma história sem fim).
Manhã, tarde e noite, como dez ventos e cinco tempestades, os rumores circulam
Sem me converter em um coração puro, dando as costas para um espelho imutável.
Se quer alguma magia dos “sete mistérios”, não somos perfeitos,
Estamos lutando porque somos incompletos.
Balançando a espada, as palavras, para longe usando a máscara sorridente da mentira (você, naquele lugar…)
Fomos feridos pelo bem de outro alguém
Entre o pecado e a punição
No lugar onde ninguém existe
Ele certamente está lá
Então, vamos fofocar? No. 7.
Hey, continue a me contar sobre aquela história.
Ending – Tiny Light por Akari Kito
“Uma voz tocada pela gentileza.
O calor restante ainda não desapareceu.
Se eu pudesse dizer “eu te amo”,
Meu coração se sentiria melhor?
Por trás dessa porta trancada,
Consigo ouvir uma voz fraca.
Nem ao menos tenho como avançar,
Estou amarrada a minha solidão.
Dentro do meu peito continuo a sentir,
Esse sentimento é como uma pequena lâmpada.
Sem deixá-lo ser levado pelo vento ou ser molhado pela chuva, sempre o segurando.
Eu só queria ter a força para seguir adiante,
Meu frágil ser só consegue se afogar em lágrimas.
Se não tivéssemos nos conhecido por acaso,
Eu nunca teria encontrado o meu destino.
O mundo mudou por você estar aqui comigo.”
Eu diria que a OP fala dos personagens da trama e em diversos momentos ela menciona acontecimentos envolvendo a Misaki, o Mitsuba (esse não diretamente), o bibliotecário e outros. Enquanto que a ED, eu inicialmente pensei que ela falava sobre o Hanako e a Yashiro, MAS quando eu fui rever a música e a letra, eu percebi que ela fala sobre o Hanako, sobre como ele se sente diante da Yashiro (ao menos no meu ponto de vista). A música como um todo, parece uma cartilha, uma declaração de como ele se sente sobre o que mudou na vida dele e como é essa relação deles.
Rose – Concordo. A OP me pareceu tratar sobre os sete Mistérios (em especial o Amane) citando acontecimentos e personagens que apareceram tanto no anime quanto no mangá. Gosto muito da letra porque além de revelar o passado, ela nos mostra algumas pistas sobre o futuro (coisas que não aconteceram nem mesmo no mangá, nos permitindo teorizar hahahah). “Mudei-o uma vez, então o vou mudar de novo”. Isso está explodindo na minha mente desde que ouvi na tradução. Tenho a mesma opinião sobre a ED. Numa primeira interpretação, é fácil deduzir que a musica é sobre a Yashiro. E acredito fortemente que toda a letra é uma mensagem do próprio Hanako para ela. Sobre como o mundo dele era sombrio e sem cor antes dela aparecer e como de repente ele se lembrou da sensação de estar vivo. É algo agridoce e muito tocante. Sinceramente, eu não sei como lidar com isso tudo. Porque as vezes me esqueço que cada mistério (com algumas exceções) já tiveram suas próprias vidas e suas respectivas famílias. Uma citação que gosto bastante da OP é “Estamos lutando porque somos incompletos”, diz muito sobre os sobrenaturais, em especial o Hanako que mudou seu destino, o que resultou na perda de seu futuro. Jibaku Shounen Hanako-kun é um anime extremamente enganador, assim como o próprio Hanako, que apesar de sempre sorrir, esconde um passado conturbado que o marcou para a eternidade. Ele não é só sobre fantasmas e sim um anime sobre traumas e relações interpessoais. Tsukasa não consegue esquecer de Amane, assim como Amane não consegue esquecer do Tsukasa. O passado desses dois é um verdadeiro mistério.
Alex – Hummmmm querida, ansioso agora hahaha. Sabe que esse pedaço que você cita, me parece um pouco com o (pobre) Mitsuba. O Tsukasa mudou a forma dele para supostamente realizar o desejo dele e no inferno dos espelhos ele faz isso de novo, mas talvez represente algo mais profundo. A música tem muito a nos contar. Talvez algo que parece x agora, mude de sentido quando se aprofunda mais na história e passa a ser y. Como um verdadeiro quebra-cabeça. Eu tenho uma depressão toda vez que eu escuto a ED. Antes mesmo de eu saber da letra da música, ela mexia comigo de uma forma tremenda. Eu fui escutar a música para vir escrever esse post e quase chorei no processo hahaha. Vai num ponto do meu coração que nossa, é triste. Mas é bem como você falou, um pedaço da letra que eu simplesmente AMO é o que diz: “Se não tivéssemos nos conhecido por acaso, eu nunca teria encontrado o meu destino. O mundo mudou por você estar aqui comigo”. Mostra bem como é a relação deles e não só isso. Para mim, esse pedaço mostra como o tempo estava parado. Não só do Amane, como o das outras aparições também. A Yashiro ter ido ao banheiro fez o tempo de todos começar a ser mexer e conforme ela vai avançando dentro das histórias dos personagens, esse mundo é colocado em movimento novamente. Porque pensa, se o bibliotecário sabe do passado do Amane e eu acho que ele tem um senso de preocupação e de responsabilidade por ele, então imagina a dor que ele deve sentir. Jibaku Shonen Hanako-kun trabalha muito (e muito bem) com as máscaras. O Amane, está sempre sorridente e feliz, mas ele está um caos internamente. Ele não pode ver o Tsukasa que já despertam sentimentos fortes que vazam para o exterior. A música também fala de como ele é apaixonado pela Yashiro, mas… “Antes que desapareça um dia, a única coisa que eu quero, é alcançar você. Esse sentimento é como uma pequena lâmpada, sem deixá-lo ser levado pelo vento, ou ser molhado pela chuva. Para sempre te abraçando, eu só queria ter a força para seguir adiante. Meu frágil ser só consegue se afogar em lágrimas.”. Eles são de mundos diferentes. A animação linda com aquele visual todo rabiscado, representa essa diferença muito bem, quando no final dela, o Amane empurra a Yashiro para o céu, enquanto ele afunda sozinho e eu ainda fico muito interessado no que representa toda a composição da cena. Os pássaros acredito estarem ali para representar a vida e a morte. Mas só suspeitas.
Rose – Nosso pobre Mitsuba… eu sou tão apaixonada por esse menino (mas sabemos que o Kou é mais hehe) Não consigo perdoar o Tsukasa de jeito nenhum, mas o fato dele se tornar um mistério foi bem legal. Realmente as musicas tem muito a nos contar (em especial a ED, que diz muito sobre a Yashiro e seu destino. Mas esse spoiler é para outra hora). A relação Hananene é tão doce. A maioria dos casais do manga estão no estilo “Eu morreria por você” mas os dois estão inseridos mais em “Eu quero que você viva por mim”. É muito fofo e extremamente triste. No fundo sabemos que os dois não podem ficar juntos, mas mesmo assim uma chama de esperança brilha em nossos corações (e assim acabaremos queimados hahhahaha). Sinto que o mistério número 5 (as prateleiras as 16:00 hs) vai ser uma peça fundamental no futuro. Ele se culpa pelo que aconteceu com o Amane, porque sabia o que estava acontecendo e não fez nada (afinal, o destino do Amene já estava escrito). Todos os mistérios são importantes. A questão agora é: Será que existe a possibilidade de um oitavo?
Alex – Mitsuba só sofreu até agora coitado… Tsukasa conseguiu ser perturbador no psicológico dele. Kou ajuda ele, vocês se amam, a iludida achando que eles vão terminar juntos ahahah. Preconceito e preconceituosos, eu odeio vocês -_-. Autor, ajuda nessa pelo amor de Madoka. Eu fico muito triste pelos dois, em especial pelo Mitsuba. O Kou era e é uma pessoa importante para ele. Trágico ele ter morrido :'(. Eu gostei muito dessa frase “assim somos queimados”, porque sabemos que eles são de mundos diferentes. Não só os protagonistas, o Kou e o Mitsuba também, mas nós ficamos torcendo para acontecer alguma coisa e nós sabemos que provavelmente, não vai acontecer. E eu gosto muito da relação do Amane com a Yashiro. São muito fofos juntos. Mas, temos uma possibilidade da Yashiro ir para “o outro lado”, porque no último episódio oferecem para ela se tornar uma sereia. Então me questiono se há como ela acabar ficando junto do Hanako… E essa última questão, acho que pode acabar se ligando com a Yashiro. Não temos como saber por hora.
Rose – Concordo. Mitusba e Kou tem que ficar juntos! Por tudo que eles sofreram ma mão do Tsukasa (e pelo que vão sofrer). Autor, eu nunca vou te perdoar se esses dois não ficarem juntos! *E a oportunidade da Yashiro ser uma sereia não e a unica oportunidade cof cof*.
Alex – Meu Deus mana, você vai me fazer ler o mangá por causa da ansiedade ahahahaha. Eles precisam ficar juntos. Muito sofrimento para dois personagens. O autor não pode dar uma de Banana Fish porque já somos traumatizados demais hahahah. Enfim, gostei muito do que Jibaku Shonen Hanako-kun nos proporcionou nos seus 12 episódios. Ainda que com ressalvas, foi um bom anime. Acho que valeu sim ver o anime. Em breve eu devo ler o mangá e acredito que até o final do ano, o mangá será anunciado no Brasil. Então estamos no aguardo. Rose, quais são suas considerações finais? Algo a mais para acrescentar?
Rose – O anime foi ótimo! Ele adaptou o que conseguiu da melhor forma que pode. As emoções que senti vendo meus arcos preferidos animados são inesquecíveis. Aguardo a segunda temporada (se tiver 🙁 hahhahahha). Aguardo ansiosa para comentar minhas teorias sem pé nem cabeça depois que você ler o mangá.
Alex – Então aguarde, vou tentar começar a ler o mais rápido possível ^^. Espero que tenha uma segunda temporada. O anime parece ter feito um bom sucesso pelo mundo afora. Aqui no Brasil também, por isso que digo que o mangá virá para cá :).
Com isso, damos adeus ao anime de “Jibaku Shonen Hanako-kun”. A conversa foi bem longa e eu espero que vocês tenham gostado ^^. Ainda temos MUITOS animes para fazer review, então espero que vocês retornem para lê-las :).
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