Conhecendo mais a Maria e seu passado.

Conhecendo mais a Maria e seu passado.

E chegamos com as impressões do quinto episódio de “Otome Game no Hametsu Flag”, um pouco mais tarde, provavelmente na quarta-feira, pois eu tive alguns probleminhas no fim de semana. A produção das postagens acabou atrasando, mas enfim, aqui estamos nós ^^.


Alex – Voltamos para mais uma semana de comentários semanais de “Otome Game”, “Hamefura”, “Bakarina” ou do que você quiser chamar. Dessa vez um pouco mais atrasado do que o “normal”, devido aos meus contratempos. Minha autoestima não ajuda, mas eu precisava de um tempinho. Consegui ficar quase em dia com um mangá shoujo que gosto muito (Soredemo Sekai wa Utsukushi) e foi bem gratificante (e agora estou angustiado pelo rumo que o mangá está tomando no arco final hahaha). Enfim… quanto ao quinto episódio do anime tivemos um pouco de tudo: a comédia de sempre, exploração da Maria e o que ela passou/passa em sua vida, exposições por meio de flashbacks, MUITOS “QUE DELICIA”, a Mary se mostrando cada vez mais surtada pela Catarina…um pouco de tudo MESMO hahaha. Mas vamos por partes. Começamos o episódio lá na sala do Conselho. O presidente é um personagem que me interessa bastante e acredito que vamos ver mais e mais do personagem aos poucos nos episódios. Vemos que no jogo ele é só um coadjuvante, porém, eu acredito que após muitas alterações na história do jogo, ele deve acabar sendo uma das rotas para a Catarina. Sendo assim, devemos ter mais caminhos do jogo e está bem claro para mim. Nesse episódio já tivemos uma reação dele de surpresa quando a Catarina disse que o chá dele tinha um sabor suave (hehehe). Estou curioso para saber mais dele. Mas aí vemos a questão principal desse episódio: a Maria mantém distância da Catarina fora da sala do Conselho. Também acaba se aplicando ao próprio presidente, mas por enquanto ele está fora dos holofotes. Então o que acaba mantendo, ou melhor, segurando a relação entre eles é a sala do Conselho Estudantil.

Rose – É muito bom estar de volta! Comentar sobre Hamefura tem se tornado muito gratificante para mim. E espero, do fundo do meu coração, que você esteja bem Alex. Indo direto ao assunto, o quinto episódio de Otome Game me interessou muito. Principalmente por explorar mais dessa personagem tão amada da temporada que é a Maria. Ela é uma boa garota (como a própria Catarina diz). Tem uma personalidade doce, porém diligente e mantém uma boa relação com a Catarina no Conselho Estudantil. No entanto por ser uma estudante um pouco isolada do resto (devido ao status de plebeia), a relação não ultrapassa as quatro paredes do Conselho. É a partir daí que Catarina (ou Bakarina, para os mais íntimos) decide continuar “roubando” cenas dos rapazes. Assim, como consequência do vínculo criado nessas cenas, ela e Maria se tornariam cada vez mais próximas. (O que pode dar errado, não é? Até parece que Maria acabaria se apaixonando por Bakarina e vice versa hahaha). Acho inteligente você ter mencionado o Presidente e como todas essas alterações iram afetar o desempenho de seu “papel coadjuvante” junto com sua própria personalidade. Como leitora fanática da Novel digo: Os comentários da Catarina desencadearam muito mais do que você imagina, meu caro Alex.

Alex – Eu estou bem (por enquanto). Tenho minhas recaídas aqui e ali, e preciso de um tempinho ahahaha. E fico feliz que goste tanto de escrever sobre o anime ^^. É gratificante para mim também >w<. Eu acho interessante que a Maria, como eu posso dizer, mantém um papel que ela mesmo definiu e se limitou aquilo. Por exemplo, elas são amigas, mas por ser um plebeia, ela “”sabe o seu lugar”” e não se mistura com a Catarina e as demais pessoas fora da Sala do Conselho, até porque, ela já sofre nas mãos de outros nobres, então é bem compreensível ela manter essa distância. Como você disse, a Catarina mais uma vez chega roubando a cena e quem diria que um montinho de terra (aparentemente) inútil, serviria para alguma coisa? Hahaha. A chave de ouro da cena foi a cara de vilã da Catarina. Se ela tivesse em uma flag, isso a salvaria hahahah. O que não gosto (de forma positiva) é das próprias vilãs. Elas estavam atacando a Maria por ela ficar se achando, que o Conselho tem que lidar com ela por ser uma plebeia, que não sei o que. Enfim, eu ODEIO esse tipo de acusação. Atacam as pessoas por inveja, por mexer com o ego delas, ao invés de se esforçarem para tentar chegar ao nível de excelência. Preferem atacar com agressões verbais e físicas, que só não ocorreu por causa da intervenção da Catarina. E por falar nela, me pergunto o que passa na cabeça da Catarina. Ela rouba a cena dos rapazes e nem passa pelos pensamentos, que a Maria iria se apaixonar por ela. Idiota demais hahaha. Interessante essa parte final da sua fala. Estranhei bastante a reação do presidente porque não foi uma reação normal. Foi algo bem surpreso do tipo: “O que você ‘tá’ dizendo?”, “De onde você tirou isso?”, ou algo nesse estilo. Fiquei mais curioso com o personagem. Ficarei atento hehe.

Rose – Fico feliz (porém ainda preocupada) por você! Maria é uma personagem que tenho muito carinho. Ela é forte e aguentou o afastamento de suas “amigas” quando criança e ainda aguenta a implicância de suas colegas de status nobre (que a propósito, não são nem mesmo um grão de areia perto do elenco principal). Acredito que ela tenha mantido distância da Catarina fora do conselho por causa das “vilãs” (se é que podemos chamar elas assim, afinal são apenas figurantes egoístas e com um ego maior que a cabeça). Quando alguém sofre bullying, é normal não querer que seus amigos e familiares o vejam nesse estado. Digo isso, porque já tive experiências semelhantes no passado. Você acaba se sentindo culpado e se torna vergonhoso, o que limita suas ações e até mesmo suas relações com aqueles que são importantes para você. No final, a vítima nunca é a culpada. E é um tópico muito importante agora. Maria é uma garota dedicada, que por ironia do destino, recebeu o dom da Magia de Luz. Isso tirou muito dela e se tornou um alvo de inveja e mau olhares. Ela não quer que Catarina (ou que sua mãe – mas esse é um tópico que falaremos mais para frente) a veja assim, por medo de perde-la, assim como perdeu tantas outras pessoas na infância. Confesso que fiquei indignada quando vi a figurante mal-desenhada com intenção de atacar Maria com fogo. Isso já seria ruim nos tempos atuais, mas pensando no contexto histórico no qual Maria está inserida, se torna ainda pior. Uma cicatriz poderia acabar com suas chances de casamento e bom emprego no futuro. Pense em como Geordo ficou preocupado com um mísero corte na testa de Catarina. Agora pense em uma queimadura na região do rosto de Maria. Seria muito prejudicial para seu futuro. Mas graças a Catarina, nada de ruim aconteceu. E quem diria que 7 anos de treinamento resultariam em mini-montinho hahaha Mas no final, ele foi bem útil naquela situação. Catarina é uma garota com uma mente simples (para não dizer que ela é uma idiota sem esperanças). Ela não se deu conta de que roubando as cenas que fizeram Maria se apaixonar pelos rapazes, Maria iria se apaixonar por ela hahahah. Não entendo como os personagens conseguem lidar com alguém tão tapado assim hahahaha. Sirius é um personagem que me desperta curiosidade desde sua primeira aparição. Não tem como um coadjuvante ter cabelo vermelho e olhos acinzentados hahahah. Normalmente eles sempre vem com cabelos negros e olhos sem vida (como as “vilãs”).

Alex – Maria me surpreende, ou melhor, o(a) autor(a) da obra me surpreende. Ele trouxe toda uma construção para a personagem, provando que não é só um papel do jogo, ela está viva, tem uma história, tem um passado, muda e se transforma de acordo com as ações dos demais personagens. Depois de toda essa confusão com as vilãs, a Catarina conseguiu fazer com que a Maria interagisse com as demais meninas, mas acaba que Maria não pode sair. Elas não sabem, mas ela precisa ajudar sua mãe com os afazeres. As meninas acabam não tendo esse tipo de preocupação, afinal, são nobres. Nem julgo elas por não se darem conta disso também. E bom você ter falado desses valores, porque não tinha parado para pensar nisso. É muito legal e triste. Legal pela construção de mundo e triste por causa desses valores. A Maria sofreu demais e vamos já começar a falar do passado dela. Antes de falar do passado em si, o anime veio com uma coisa diferente, trabalhando com exposição por meio de flashback. Não vou dizer que não gostei, porque entendo a função dele ali perfeitamente. Entendo também que eles precisavam contar tudo naquele episódio, mas confesso que gostaria que esses flashbacks fossem melhor distribuídos nos episódios seguintes. Mas novamente, entendo que tudo precisa ser contado naquele momento.

Rose – O(a) Autor(a) teve bastante capricho com os personagens. Alguns só desenvolvem o protagonista e os resto que se lasque. Otome Game é um anime sobre pessoas para pessoas. Ele constrói seus personagens de forma realista e você entende as motivações e ações de cada um. Uma vez me disseram que você percebe que o anime tem bons personagens quando ele te faz gostar do tipo que você normalmente odeia. Não gosto do clichê de “Príncipe de Otome Game” ou de pessoas ciumentas. Mas estou aqui, amando o Geordo e a Mary hahaha. Maria conseguiu conquistar os corações de todos (claro, não de forma romântica) e fez novas amizades. Isso é ótimo, e me deixa feliz. É um grande desenvolvimento, muito maior do que aparenta. Não tinha reparado que as meninas não se deram conta que Maria ajudava a mãe nas tarefas domésticas. As garotas são nobres, então é natural. Não me incomodei com os flashbacks. Me surpreendi porque no mangá aquelas cenas só apareceram brevemente nos capítulos depois do que foi adaptado. No material original, aparecem, mas de uma maneira diferente (primeiro o presente é apresentado e depois o passado é contado no capítulo seguinte pela perspectiva da Maria e de sua Mãe). Achei interessante essa adaptação.

Alex – Achei um bom ponto. Também não gosto muito de alguns estereótipos. A Maria mesmo, ela é o tipo de personagem que eu não me importo ou que não gosto mesmo. Não gosto muito desse papel de “garota boazinha”, mas com toda a construção dada à personagem, já começo a olhar para ela com olhos diferentes. É sempre bom se ver construção de personagem, afinal, é isso que faz você se importar com eles. Personagens bem construídos são muito importantes para fazer sua história andar e até simpatizar com eles. A obsessão da Mary até agora, é mais para o lado cômico e eu espero que continue assim, porque se evolui mais, aí eu já não vou conseguir mais achar interessante e será problemático. Torço para que continue da forma que está. Na cidade da Maria, acabamos sabendo de algumas coisas.A primeira que ela é famosa ali por causa das suas habilidades e de sua magia. A segunda é que há os boatos a respeito da paternidade dela. E bom, o povo não sabe cuidar das suas vidas né? Conseguiram destruir a família da Maria e a infância dela. Eu não entendi muito bem o que houve com o pai dela. Não sei se foi eu que perdi alguma coisa, ou se só não mostraram. Não lembro de mostrarem o que houve com ele…se morreu, se foi embora, ou algo do tipo.

Rose – Em uma primeira impressão, Maria é a típica heroína talentosa e bonita. Aquele tipo que é naturalmente perfeita e que sempre será uma boa pessoa. Afinal, ela é a protagonista desse jogo. Mas quando conhecemos mais dela, percebemos que ela é muito mais. Ela se dedicou para ser quem é. E quanto a Mary, acho que podemos ficar tranquilos. Não consigo imaginar ela seguindo em uma rota yandere hahaha. Foi muito legal saber a respeito da origem da Maria. Acho que o fato dela ser famosa na região já era esperado, afinal é de conhecimento comum que apenas nobres possuam habilidades mágicas. E os boatos a respeito de paternidade dela… Bom, boatos são apenas boatos. Eles podem destruir vidas se levados a serio. Maria foi uma vítima disso. Perdeu sua infância e seus amigos por causa da fofoca. No material original, foi mencionado que o pai dela abandonou ela e sua mãe por causa desses boatos a respeito dela ser uma filha bastarda de algum nobre. Mas não se sabe ao certo o que aconteceu com ele. Se ele saiu da cidade ou ainda mora lá. Mas certamente, foi um choque intenso para Maria e principalmente para sua mãe.

Alex – Hummm, interessante. Agora ficou mais claro para mim porque no anime realmente não deixam claro. (Nota do revisor: a questão do pai ter abandonado foi cortada na adaptação animada.) E sobre o destino do pai dela, eu não acho que ele tenha ficado na cidade, porque os boatos destruíram a família dele, então não acho que ele permaneceria na cidade com as fofocas rolando. Acredito que ele tenha ido para algum local distante dali. Pelo que foi mostrado e ao que deu a entender, a mãe da Maria nem sai mais de casa né? Parece que ela fica confinada lá dentro para fugir dos boatos. Nos aproximando mais do fim do episódio, nós vemos que a Maria parou de fazer doces e a mãe dela ver ela fazendo doces foi uma verdadeira surpresa. A mãe da Maria se sente culpada por não ter conseguido ajudar sua filha no passado. Agora, ela ajudou a sua filha com os doces e no fim das contas, graças a amizade da Catarina, mas principalmente graças a sua visita, mãe e filha conseguiram reatar um vínculo. E uma coisa que acho legal é que em momento algum, esses momentos do passado foram contados um para os outros. A Catarina continua sem saber o que houve no passado da Maria e de sua mãe. Em momento algum, falam sobre o passado. Mas mesmo sem dialogar, elas “conseguem resolver” essas questões. Claro que elas ainda tem muito para conversar e restabelecer sua amizade de mãe e filha. Mas já foi um passo dado graças a Catarina, de novo, involuntariamente haha.

Rose – Maria perdeu muito, inclusive o próprio pai. Quanto a sua Mãe, acredito que ela tenha se isolado por conta dos rumores, só saindo para fazer compras quando Maria estava na escola. Por falar nisso, Maria e sua mãe não pareciam ter uma boa relação. Durante o episódio, antes de Catarina e Keith aparecerem, sua mãe evitou olhá-la nos olhos. Talvez por culpa ou por remorso. No final, ela não conseguiu proteger a filha, que a propósito, viveu uma infância isolada. Ser especial também significa ser diferente. E Maria nunca quis isso. Ela queria ser apreciada por quem ela é e não pelos seus poderes. Ela se tornou uma garota dedicada e aprendeu a cozinhar só para ser apreciada, mas suas amigas já estavam distante demais para isso. Ela mudou graças a Catarina e sua mãe também mudou. Agora as duas estão mais próximas e podemos notar ternura quando as duas se olham. Talvez elas nunca voltem a ser o que eram antes, mas só o fato de se amarem e respeitarem é o suficiente. Isso dá um ponto a mais para Catarina em relação aos antigos pretendentes da Maria. Sabemos que o par romântico de Maria no jogo foi capaz de apreciá-la pelo que ela era e não pela sua magia. No entanto, Catarina não sabia que Maria tinha uma relação complicada com sua mãe. Significa que essa relação mãe e filha nunca foi consertada no jogo.

Alex – Verdade, ainda mais que esse encontro na casa da Maria sequer era um evento do jogo original. Ela tomou um rumo diferente e fez algo à mais. Aquela troca de olhares no finzinho do episódio foi muito linda. Não foi dito nada, mas só a cena já disse por si. Elas podem não voltar a serem como eram, mas agora, elas podem construir laços mais fortes que antes. Restabelecer conexões não são fáceis, mas elas terão tempo ^^. E por fim, descobrimos a verdeira vilã do jogo… A mãe da Catarina hahahaha. Eu me acabei de rir na cena final do episódio. PERFEITA DEMAIS!!! AHAHAHAHA.

Rose – Me parece que Maria ficará ainda mais próxima de sua mãe graças a Catarina. Adorei a cena final. A mãe da Catarina é sem duvidas a mãe mais realista que já vi nos animes hahaah. Talvez Catarina tenha que ficar de castigo por um tempo hahhahaah.