ACABOOOOUUUU!!! É TETRA!!! É TETRA!!!!
Depois de longos 3 meses, FINALMENTE ESTA MERDA TERMINOU. Graças a Deus, porque eu não estava aguentando mais. Ainda teremos um outro post comentando de forma geral sobre o anime, porém eu e o Alê dificilmente voltaremos para assistir Mushoku se tiver outras temporadas. Fiquem com a nossa conversa sobre o episódio final dessa segunda temporada.
RUB: Alê, até para sermos diretos ao assunto (já que faremos review dessa segunda temporada), vou tentar ser mais objetivo nas minhas conclusões sobre o último episódio de Mushoku. E como previsto, esse episódio FOI UMA ENROLAÇÃO PURA. Como não tinha material, a produção inovou em tentar fazer paralelos da vida atual do Rudeus com sua vida passada, também colocando os demais personagens do elenco enaltecendo SUAS AÇÕES ALTRUÍSTAS, e que SEMPRE visava a segurança de todos. Gostaria de saber aonde temos esses trechos, porque acho que dormi por 23 episódios, pois o que eu assisti foi ao contrário. Esse negócio do autor tentar justificar as ações do Rudeus como certa É DE FUDER, PUTA MERDA. Ter a Eris falando e elogiando o protagonista de suas ações que a PROTEGERAM (ela esqueceu da cena do celeiro, do quarto da primeira temporada, do primeiro episódio da segunda temporada e da ameaça de violentá-la no barco… PARA ELA ISSO FOI PROTEÇÃO) e que NECESSITAVA FICAR TÃO FORTE QUANTO ELE. Vai se fuder!
Alê, o Rudeus não fez NADA para o Ruijerd. Se fez, foi em OFF, porque não vimos TODA ESSA DÍVIDA sentimental que ambos tinham com aquele adulto em corpo de criança. não consigo comprar esse discurso de redenção que a direção tenta vender para os espectadores. Compreendo que passar por bullying e exposição intima deve deixar qualquer um com fobia social. O problema é que acompanhamos TODAS AS AÇÕES DO PROTAGONISTA DESDE DO NASCER nesse mundo. De ficar excitado com o corpo de SUA PRÓPRIA MÃE, lançando olhares maliciosos para a empregada, até a consumir uma relação sexual com uma menor de fato E GOSTAR, agindo como fosse UMA OBRIGAÇÃO fazer sexo com crianças. As ações dele até ali não fazem ligação com essa “redenção” que querem vender. Tanto que quando eu vi a cena do bullying, o primeiro pensamento foi: ‘BEM FEITO, MERECEU’. E uma construção de cena desse estilo precisa estabelecer o background e uma jornada pessoal para criarmos empatia ou se comover com sua situação. Só que o Rudeus foi escroto em 90% do tempo. Até achei pouco o que ele passou. Só para você ter uma noção Alê de como essa parte emotiva em relação ao personagem principal NÃO FUNCIONA.
ALÊ: Finalmente chegamos “ao final” (ainda tem a review que sai no futuro)!!! Eu comentei contigo em OFF que provavelmente só não achei esse episódio tão ruim e chato, porque eu estava empolgado por finalmente estar acabando. O que estava me segurando aqui era a ansiedade de fechar o episódio e não ter que se preocupar com isso tão cedo, ainda mais que felizmente não anunciaram uma continuação. Mas enfim, falando do episódio em si, seguiu a linha de estender conteúdo e tirar leite de pedra. Acho que mais do que nos episódios passados. Esse em específico teve muita cena parada, sem literalmente nada acontecendo ou sendo falado. O que mais me irrita no episódio e no anime como um todo, são essas tentativas de vender a imagem do Rudeus como um bonzinho, um grande herói da porra toda. É uma das coisas que eu mais odeio da obra, só perdendo para o próprio personagem principal. Eles tentam empurrar para quem está assistindo a todo custo que o Rudeus mudou, que APESAR de TUDO que ele fez e FAZ, ele é uma boa pessoa. Tentou estuprar a garota, mas olhem TUDO o que ele fez por ela. E isso pesa DEMAIS que ele não mudou em porra nenhuma ao longo dos episódios. Essa suposta “desconstrução” do personagem simplesmente não aconteceu. Apesar de terem colocado o pai dele para chegar no personagem e dizer “Seu filho da puta, olha a merda que você tá fazendo”, passaram 2 episódios seguintes passando a mão na cabeça do protagonista e diminuindo tudo o que ele fez em prol de todo o resto. Uma coisa não deveria ser usada para ANULAR A OUTRA.
O que o autor fez não foi MUDAR o personagem, e sim CONTER. Porque agora, o que ele vai trabalhar é o Rudeus saindo da adolescência e passando pela fase jovem adulto. No fim das contas, o autor está tratando isso como uma grande brincadeira de criança. Ele fez tudo aquilo, por ser uma ‘criança’ imatura. A partir de agora, o foco do autor vai ser outro para o personagem. Não vou dizer aqui por ser spoiler, mas tem muito a ver com a forma que o autor escreve as personagens femininas na obra. É isso. Lá no começo do anime, no episódio 2 mais especificamente, o anime trabalhava todo o trauma do personagem com o bullying na escola, e até aquele ponto, nós tínhamos elogiado bastante. Foi um dos episódios mais bem-feitos da série. PORÉM, dentro do MESMO episódio, eles começam a quebrar o que constroem com piada de assédio, e pouco depois, descobrimos o lance dele se masturbar com pornografia infantil e, salvo engano, tinha até foto da sobrinha dele no meio. Sabe, NÃO DÁ. A obra quer trazer esse lado emocional e heroico para o Rudeus e NÃO DÁ PARA COMPRAR. Se fosse lá no começo, antes da gente ver todas essas merdas do personagem, provavelmente funcionaria melhor. Mas a essa altura do campeonato, quanto mais ele se foder, MELHOR, porque é isso que ele merece. Inclusive, o melhor personagem do episódio para mim acabou sendo o cara que ajudava a Eris com os assuntos do reino. Ele chega na tenda e manda a real para o Rudeus. Todo mundo sofrendo naquela porra e ele estava lá parado. Muito embora eu entenda que CADA UM absorva e lida com determinadas situações de maneiras diferentes, não consegui aceitar a depressão dele ser gerada pela Eris ter abandonado ele. Era puramente ego ferido. Enquanto isso, tem centenas de famílias desoladas, gente que não sabe se o parente está vivo ou morto, ONDE está a pessoa, que perdeu TUDO e o Rudeus triste por aquilo. A família dele está praticamente inteira e bem, já encontrou com o pai, com as irmãs e só falta só a mãe (que na real, ele nem demonstra se importar muito). Até a amiga de infância ele já tem noção que está viva. Toda aquela “tristeza profunda” tem um único nome: EGO FERIDO. A Eris fica nessa de “Nossa, ele é tão inteligente, tão forte e eu sou tão dependente, tão fraca, nunca pensei na possibilidade de morte. Como eu sou inferior, não sou digna de estar com ele”. Ah, mas vá pra porra. Mesma coisa com a obra querer DO NADA vender que o Rudeus ajudou o Ruijerd. Gente, foi literalmente o Rudeus falar que o pouco de maldição que restava saiu quando ele raspou o cabelo, que todo o azar do mundo saiu do corpo do homem. Desde o começo do encontro deles que o Ruijerd cortou o cabelo e a reação das pessoas era sempre a mesma: medo inicial. Ele ajudava e depois as pessoas ficavam UM POUCO menos receosas. Mas agora não. O cara fala numa boa, mostra pedra e mais não sei o que e fica normal. É uma mudança COMPLETA a partir do momento que o Rudeus fala sobre o assunto com ele e ainda querem me fazer engolir que foi ELE o GRANDE BEM FEITOR de todo. Pelo amor de Deus.
RUB: Retornamos ao assunto que o autor trata o Rudeus como uma criança, sendo que ele tem uma alma de um velho com quase 50 anos dentro daquele corpo. Não dá para aliviar diversas ações do personagem por justamente ter essa questão relacionada dele ser um reencarnado. Como uma pessoa não tem freio moral quando vai abusar de uma criança? Não interessa que na época medieval não tinha nada do tipo dentro dos costumes da época de se relacionar com menores de idade. O protagonista mantém as memórias da vida passada. Então ele TEM sua criação baseada na nossa moralidade conhecida. O Rudeus sabe o que é errado ou certo, e ainda sim faz merda. Sério, não dá para defender esse comportamento. Se ele não recordasse do que fez ou sobre qualquer coisa relacionada a sua primeira vida, eu aliviaria por justamente ter essa questão dele REAPRENDER tudo novamente do zero. Como não é o caso, o protagonista continua sendo um grande merda como pessoa e personagem nessa história.
Até para não deixarem a Roxy de lado nesse final, inseriram ela de qualquer maneira nesse roteiro do episódio 12. Até conversamos sobre isso e de como a montagem nesse último capítulo estava horrorosa. Trocavam de núcleos ou cenários sem qualquer sutileza. Era à moda caralha, com cortes bruscos e foda-se o ritmo. Mas voltando para esse trecho em questão, posso resumir tudo como FACILITAÇÃO DO ROTEIRO. Como já sabemos, esse autor tem uma dificuldade ENORME de escrever uma história sem usar ‘Deus Ex-Machina’ safado quando precisa. Por que caralhos a Demônia Loli estava ali? Sério que não tinha outra maneira da Roxy saber a localização da mãe do Rudeus se não fosse por essa forma? As paradas só caem do céu, sem contexto, sem nada, para assim a história progredir em um caminho MUITO ESPECÍFICO que o autor deseja. Sério que a Roxy passou MAIS DE 5 ANOS procurando geral e investigou todos os continentes em busca de informações dos desaparecidos, e PRECISOU DE UMA PERSONAGEM ALEATÓRIA FETICHIZADA PELO AUTOR DE MERDA FALAR O PARADEIRO da pessoa que é o objetivo dessa missão? Porra, é uma preguiça criativa GIGANTESCA. Além de que o autor fez com que TODA ESSA JORNADA DA ROXY FOSSE JOGADA NO LIXO, porque a personagem não serviu DE NADA para a trama principal. Isso me lembra, POR QUE CARALHOS TIVEMOS 2 EPISÓDIOS NESSA TEMPORADA DEDICADA A ELA, sendo que a mesma NÃO INFLUENCIOU EM NADA NA TRAMA ORIGINAL??? Olha essa perda de tempo Alê. VAI SE FUDER ESSA HISTÓRIA.
ALÊ: Sim! Exatamente. Não dá para aliviar algo desse gênero para um cara com 40 anos e que agora está na casa dos 50 mentalmente. Ele tem pleno discernimento do que está fazendo e faz mesmo assim, para depois a obra querer aliviar. E se a gente considerasse que ele não lembrava de nada da vida passada, parte dos pensamentos não aconteceriam, o que já diminuiria o desconforto com o personagem. E se caso ele viesse a assediar a guria e tal, aquele episódio do pai confrontando teria sido melhor ainda. Ressalto que mesmo que não acontecessem essas coisas, ainda teriam que alterar MUITAS PARADAS para tornar o personagem e todas suas situações que o envolvem tragáveis. O Rudeus é o problema principal da série no quesito personagens, mas não e está longe de ser o único. Trocando de assunto, a direção desse episódio estava no mínimo estranha. O que tinham acertado e se dedicado no episódio passado, parece que chegou nesse e foda-se. Diversos cortes secos e mudanças abruptas, que por vezes deixavam até confuso no que estava se passando.
Sobre a Roxy, para você ver como o autor não sabe criar esses pontos de conexão. A Roxy estava perambulando para cima e para baixo atrás de informações dos desaparecidos. Já que estavam nessa e sem muito rumo, não bastava eles apenas irem até aquela localidade onde está a mãe do Rudeus? Porra, eles estão sem rota mesmo, não seria nem um pouco estranho eles só irem para o tal local. Não precisava daquela loli (chata pra cacete) para criar essa facilitação. O autor joga a personagem para rodar o mundo durante anos e depois chega uma outra que só conta a localização aproximada de onde está a mãe com zero dificuldade. Maravilhoso. Realmente tentam dar um destaque para ela enquanto fazem o paralelo com o Rudeus, só que enquanto os demais personagens estão tendo flashs aqui e ali, como o Ruijerd conversando com os caras, a Eris declamando seu amor e o Paulo reencontrando a filha e a… Amante!? A Roxy fica tendo maior tempo de tela e o que ela fez nessa temporada? Qual a função dela ao longo dos episódios em que apareceu?? Para mim, em quase todos os momentos que ela teve destaque foi para tapar buraco e é exatamente essa a impressão que tenho com esse episódio final.
RUB: A direção foi cagada de fato. Não adianta falar que é algo, sendo que as ações dos personagens dizem outra, completamente oposta. É a máxima de: Não me fale o que está fazendo, ME MOSTRE. E é aqui que o autor não consegue avançar e ficar estagnado, rodando em círculos, não progredindo para lugar nenhum. Se em Platinum End temos temas abordados de forma repetida a todo momento, como protagonista de lá não matar, aqui o autor de Mushoku não consegue estabelecer algo simples que é o CRESCIMENTO (ou redenção, como quiser) do personagem, porque suas ações não combinam com a suposta proposta de mostrar o Rudeus evoluir nessa nova vida. Mas agora para encerrar, eu pensei que essa segunda temporada seria mais movimentada, só que foi pior que a primeira, tanto em ritmo como de enredo. Tirando o momento com o pai e o Rudeus enfrentando o Deus Dragão, não dá para considerar NADA do que foram mostrados como relevantes mais para frente. Tanto que eu dei uma olhada no mangá, só para ver o que vai acontecer daqui em diante. Já me adianto que se tiver mais temporadas, não vou ver ou comentar mais Mushoku. O próximo arco é um PORRE. E tem uma coisa lá que o Rudeus precisa se “curar” que é de bater cabeça na parede. Sério, não dá. E nem estamos na metade da história. Foram só 6 volumes adaptados de 25 no total. Dito isso, retornaremos para considerações finais de Mushoku na review da temporada e é obvio que não recomendo Mushoku para ninguém. Mesmo que você esteja na dúvida, eu vi 1/4 dessa história e posso dizer com toda certeza que não vale a pena. Assista 86, Paladin ou Komi-san dessa temporada que é mais negócio.
ALÊ: É ciclo constante. Não avança. Sempre passa nos mesmos pontos, mas nunca anda de fato. Penso o mesmo. Na época que terminei a primeira temporada, eu não sabia nada da novel, ou nenhum spoiler. E por mais que os episódios finais tivessem uma pegada um pouco parecido com o que teve nessa temporada como um todo, essa segunda metade foi muito mais parada do que poderia imaginar. Tem uns três episódios que são completamente esquecíveis e não fariam nenhuma falta para a narrativa em si. E sei do que está falando (do problema do Rudeus)!!! Sei de como é o próximo arco. E realmente não vale a pena comentar não. Fizemos impressões dessa temporada e em muitos episódios tínhamos que extrair leite de pedra. Não vale a pena mesmo. Teve um animador comentou que está trabalhando em algo novo para o Mushoku, então não, obrigado, eu dispenso. Tem coisa melhor para assistir e comentar com certeza.
