Depois de MUUUITO tempo, voltamos 🙂
Olá! Já faz algum tempo (meses…) desde a última postagem sobre o anime de “Yuukoku no Moriarty”. Dessa vez, vamos direto para finalizar os comentários. Eu prometi para uma amiga que a última postagem do blog do ano seriam as impressões finais de “Moriarty”. Daqui para o fim do ano, teremos mais 5 posts sobre a animação no site. Irei falar do episódio #19 do anime e começarei a rumar para o palco da desgraça dos episódios finais ^^
Esse episódio é bem mais como um capítulo de transição e introdutório, pois é um pouco mais “parado”. Ele apresenta novos personagens, no caso aqui o Whitley, como sendo o agente que se move como alguém que busca mudanças e isso interfere nos interesses da classe poderosa. Também é formado todo um contexto de como esse personagem vai entrar nesse barco e como será estabelecida a relação dele com as pessoas em sua volta. Por querer mudança para a parte mais vulnerável da população, ele atrai inimigos que o querem morto. E tem a relação da mídia (isso é muito importante) e como ela se comporta com a finalidade de difamar a imagem dele, além de claro, mostrar como a família dele e como o Moriarty vão atuar nessa história toda.
Vejo como sendo o grande destaque do episódio, a questão da mídia e de manipulação de informações. Todo o ponto de partida do episódio e o que ele fica batendo na tecla, é como você pode ser visto como inimigo no momento que busca defender e pensar em melhorias para a vida da maior parte da população, o que interfere diretamente nos privilégios dos nobres. Nessa mesma linha, entra a mídia para ocultação e manipulação de informações com a finalidade de proteger essa camada ínfima da sociedade. Não é sobre mentir necessariamente, mas títulos chamativos que são tendenciosos, como tirar determinadas falas de contexto, cortar um trechinho ali para dizer que estão falando outra coisa… A cartilha do autor – Ryosuke Takeuchi – para esse episódio é: não confie plenamente na mídia. Estamos no país que elegeu o Bolsonaro. Ele não chegou nesse feito “sozinho”. A mídia (e redes sociais) ajudou ele a chegar lá, e por vezes, fazem o que podem para tentar se manter no poder (porque não querem presidente de esquerda de novo).
É de interesse que o povo seja ignorante, não terem acesso à informação, e que se tiver, que seja nesse molde pré-determinado – que convém para os objetivos da minoria poderosa – pois o povo é quem movimenta as engrenagens do sistema e precisam deles controlados. Assim como também sabem e temem rebeliões populares, como foi abordado na série episódios atrás. Moriarty é uma obra de época, mas que está constantemente conversando com os dias de hoje. Eu já disse em outros posts que muitas vezes o tempo faz mudar os nomes e a forma como acontecem certos eventos, como práticas de trabalho abusivos, principalmente para tornar mais “bem-visto” aos olhos dos demais, mas a essência continua (quase) a mesma.
Diante disso, dentro do anime, a mídia atua com matérias difamatórias, tendo sido inclusive contratada pelo governo para tal objetivo, como destruir aos poucos a imagem do Whitley, acuando ele, destruindo o que possui e quem ele ama, para caso o personagem não desista de seus planos, podendo enfim dar sumiço nele. Uma passagem muito importante que o Milverton diz sobre terem contratado alguém para matar o Whitley é dele achar o movimento idiota, porque se ele morresse naquele ponto, uma vítima de um “”atentado””, o personagem passaria a ser visto como um herói, e provavelmente, seus ideais passariam a serem seguidos como símbolo, engrenando ainda mais na reforma dentro da Câmara por pressão popular. O próprio anime mostra um exemplo prático disso após a tentativa de assassinato quando ele escapa e faz um breve discurso que gera comoção nas pessoas ao redor.
Sobre o Whitley em si, confesso que quando assisti o episódio da primeira vez (já vi umas 3 ou 4 vezes), eu passei o tempo todo desconfiado da criatura. Eu sou uma pessoa completamente desacreditada no ser humano (embora sempre esteja me decepcionando com pessoas). Ele ter propostas tão ambiciosas e a obra vender como sendo alguém muito “perfeito”, com o ideal de igualdade, me soou muito suspeito. E o papo dele de “saber quais as intenções das pessoas apenas ao olhá-las” me aparentou ser bem prepotente. Porém a intenção era justamente acabar criando um contraponto, tanto com o Moriarty e os seus meios que toma para alcançar esse objetivo, como pelo lado de: “Até que ponto ele pode suportar a dor em busca dessa meta?”. O episódio vai deixando no ar algo que vai acontecer com o irmão dele e no final do episódio, vem a confirmação de que o parente é o alvo. Me pergunto como o Moriary vai atuar nessa situação.
Mas assim, apesar de não estar confiante no cara durante uns 15 minutos, confesso que ‘me quebrei’ no final do episódio, com a inauguração do parque e as crianças com deficiência brincando. Dei uma choradinha em todas as vezes que vi o episódio. Uma cena excelente, direção, até a iluminação, tendo cores mais brilhantes para mostrar que é uma conquista, que de certa forma é reconfortante, principalmente levando em consideração que o irmão dele tem deficiência e que o personagem lutou para que o projeto do parque fosse acessível para outras crianças nessas mesmas condições e que não tinham um espaço decente para brincar. Foi bonito!
O episódio 19, de forma geral, não teve tanto conteúdo para comentar. Foi uma introdução de arco e de personagens novos. O encerramento do capítulo foi muito bom. O diretor sabe onde encerrar os capítulos e como torná-los atrativos. Curioso para saber se o Moriarty vai tentar interceder de alguma forma no caso do irmão do Whitley, ou se a interferência máxima dele nesse caso foi ter dado os documentos que mostram o envolvimento do governo com a máfia. Não sei, não sei, mas vamos ver.
As impressões do episódio podem soar como se eu estivesse fazendo a sonsa para não falar dos eventos futuros, mas a real é que eu ainda não vi os próximos episódios. Sim, desde Junho e eu ainda não vi, porque sabia que iria voltar para terminar meus comentários no blog e bem, gosto de não saber de coisas sobre o futuro das obras que consumo. E também ajuda a manter o fator surpresa por eu não saber do que acontece adiante, não influenciando na minha opinião de agora, servindo como fator para manter hype. Embora eu saiba de algumas coisinhas da reta final, todo o principal eu desconheço. Tudo que eu escrevi agora foi sem ter noção de nada. Estava com saudades de Moriarty e de escrever sobre a série. Vejamos o que acontecerá ^^
