O fim de uma era...

O fim de uma era…

Chegamos ao fim! Foram longos meses acompanhando o anime – e outros muitos meses de atraso – mas aqui estamos para este final, que de forma geral, foi bem condizente com o que foi apresentado ao longo da série.

Curiosidade: Lírios brancos simbolizam pureza, inocência e amor puro.

O episódio começa exatamente da onde parou no episódio passado, com uma breve conversa entre o William e o Sherlock. É o momento dele pedir para levar a história do vilão e encerrá-la, combinando os últimos detalhes da localização, além de um bilhetinho para a obtenção de outras respostas. Como mencionei no post passado, a expressão do William é de alguém muito aliviado que tudo está chegando ao fim.

Posteriormente a OP, vemos um pouco mais de como os personagens pretendem se comportar durante toda essa situação. O Albert decidiu assumir a responsabilidade pós a (suposta) morte do William, sendo ele quem irá carregar a cruz em vida e ver as mudanças da sociedade. Enquanto que os demais, ficou definido que eles vão viver e acompanhar essas mudanças posteriores, ajudando a população no que for preciso para que aconteça. Essas demonstrações já começam no ato final, como o Moran fazendo um discurso (muito bom por sinal) para fazer os nobres cederem e abrirem os portões para conseguir a água a ser usada para apagar o incêndio. Inclusive, nobre é um ser tão burro. Mas do que caralhos iria adiantar não deixar entrar se o fogo iria chegar na mansão? Ou eles acham que o fogo ia magicamente parar quando queimasse todo o subúrbio? Voltando, acho interessante pela divisão de responsabilidades de cada um. O William vai encerrar os atos do Lorde do Crime com a morte dele, o Albert vai pagar pelos crimes, enquanto que os demais vão prestar ajuda o quanto for necessário para quem precisar.

Muito do que falei na postagem passada se confirmou nesse episódio. Então o William realmente queria criar um “demônio” que fosse um inimigo em comum entre os dois lados, sendo essa a maneira de apaziguar a população e fazer as mudanças acontecerem quando tudo passar. Da mesma forma que também acertei a questão do William estar com um peso enorme e só querer fugir. O Sherlock durante o embate dos dois, deu um nome a isso: ele queria fugir. Isso resume muito bem a questão toda. Agora sobre a relação Sherlock × William, assim, se tirasse o “amigo” das falas deles, virava declaração de amor. Não só na ponte como antes disso, quando o Jack entrega a cartinha que o William fez e explica o motivo de ter escolhido o Sherlock para ser a peça central nesses casos, sendo este pelo encontro divertido dos dois e sobre como o Sherlock tornava tudo mais divertido, leve, ao ponto dele poder esquecer momentaneamente as atrocidades que aquele mundo fazia e o peso de suas ações.

Conversem, namorem, casem e tenham filhos!!!

Enquanto que na ponte, como eles estavam distantes, as pessoas não tinham uma noção do que estava acontecendo. Só precisavam atuar para parecer um confronto final. Gosto dos diálogos e de alguns simbolismos desse momento, como o Sherlock tentar convencer o William a viver a todo custo, porque ele precisa pagar pelo que fez, porém também merece ver as mudanças que ele causou na sociedade. Apesar das dores causadas, ela está mudando para algo melhor (ao menos na teoria). O William até pensa em ceder por um momento, mas ele vê suas mãos ensanguentadas, pesa novamente na decisão dele de querer por um fim à sua vida. De novo entra naquilo que falei: se tirar o “amigos” das falas, viram declarações amorosas. Estava quase chorando quando ele começa a perguntar o porquê do Sherlock ir tão longe por ele (É AMOR WILLIAM!!!) e quando aparece o reflexo de um pássaro nos olhos dele simbolizando o Sherlock indo até ele quando se joga da ponte. No primeiro episódio de “SK8” (primeiras impressões aqui), tem uma cena que um dos personagens é refletido nos olhos do outro e eu acho incrível. Quero muito que isso vire um padrão, ao ponto de ser considerado estereótipo de “estou apaixonado”. Muito lindo.


Como eu disse na postagem passada, os 5 minutos finais do episódio são originais. A partir do momento que tem a transição (sinalizada pelo quadro do Moriarty cercado de lírios) começa a narração do Louis do ponto de vista dele dos eventos, de como tudo se acertou entre as pessoas envolvidas. Além do Albert ter sido preso, foi doada a fortuna da família (sem envolver o nome “Moriarty”) e o Louis quem assumiu o comando da família. É revelado também o acordo entre o Sherlock e a Rainha sobre derrubar as vantagens da Câmara dos Nobres sobre as dos Comuns, tornando assim as conversas mais igualitárias e facilitando a aprovação de projetos voltados para a maioria da população. Tem uma simbologia bem legal nesse final com os três corvos representando cada um dos irmãos. Não lembro exatamente se comentei em um dos posts ou se foi apenas no meu Twitter pessoal, mas na ED cada corvo representava um membro dos Moriarty e como os três estavam juntos nesse final, estão unidos pelas coisas que fizeram. Como a primeira ED começa com os três como crianças pintando murais (moldando o mundo ideal!?), toda colorida, com um ambiente mais alegre, termina com eles adultos, com uma paleta fria, simbolizando a realidade da vida. Nessa segunda ED, as cores são um pouco mais apagadas, com os personagens em um ar melancólico, finalizando com cores mais vivas e os três sorrindo como um sinal de esperança, que é muito sobre o que esse final passa ^^

Olhar para frente, em direção ao futuro!?

Esse fim deixa coisas em aberto, afinal é um tempo muito curto para fechar tudo realmente. Todavia, ele encerra a série de forma bem condizente com o que foi apresentado. Por cortar muita coisa do mangá, alguns backgrounds de personagens são deixados de lado, e mesmo o desenrolar dessa sequência final de episódios teve que ser apressado. Foram quase 10 volumes em 13 episódios, uma quantidade muito maior que na primeira parte em que foram “só 5”. O cenário ideal mesmo é que tivessem adaptado até meados do volume 10 e que numa terceira temporada/parte fosse anunciada dos volumes 11 ao 14. Quando chegamos nos 4 últimos episódios, algumas resoluções precisam ser feitas rapidamente, como foi o caso do Milverton, que toda a construção dele parecia ser algo maior para chegar no final e o confronto de fato ser resolvido em apenas 1 episódio. Ainda é preciso dizer que tudo se encaixa muito bem. Não há furos no roteiro ou lacunas. Dentro das possibilidades, o resultado final foi muito bom. A animação finaliza com uma mensagem mais esperançosa sobre o futuro. Não gosto exatamente muito dessa escolha, pois é só olhar a realidade que estamos (nível nacional e mundial) e dá para ver que a vida não é tão florida como é passado no anime e quem dera fosse assim.

Fica a curiosidade para saber como o mangá vai terminar e se a mensagem dele será mais ou menos como a da animação. A quem interessar, o anime adaptou até o volume 14. Para quem quiser ler o original, podem começar a partir dali (que já foi lançado no Brasil). Ressalto que o anime cortou, pulou e enxugou MUITA coisa do mangá. Portanto recomendo a leitura do mesmo desde o início 🙂


Na época que o anime acabou, muitos reclamaram (e até xingaram) a adaptação por ter cortado isso e aquilo, mas assim, eu vejo que estavam muito apegados ao original, não avaliando a mídia anime sozinha. Independente de qualquer coisa, não é para reclamar da staff. O trabalho deles ao longo do anime foi MARAVILHOSO! Foram 24 episódios com poucos deslizes, com um roteiro bem amarrado, uma direção excelente e uma animação consistente e polida do começo ao fim. Entendo a questão de decepção por não ver cena X animada, ou por Y não ter saído como o esperado, porém tem que entender que isso não vem da staff. Não é ela que decide adaptar 10 volumes em 13 episódios. Vem de quem está bancando o anime, as produtoras. E podem ter certeza que se não fosse essa staff ou fosse uma um pouco menos experiente, o resultado teria sido desastroso. Todos os envolvidos na produção (e não são poucas pessoas) seguraram MUITO BEM dentro dos recursos que tinham. Devem ter enfrentado dificuldades com cronograma, ainda mais que quase tudo hoje em dia tem algum tipo de problema de produção. Porém mantiveram tudo impecável do começo ao fim, sempre entregando o melhor possível para o espectador.


É isso meus queridos! Estamos finalizando as impressões de “Moriarty” no blog! Em 2022 sai a review do anime com as considerações gerais sobre a animação. Esse é o último post do blog de 2021. Aproveito para desejar Feliz Ano Novo em nome de toda a equipe (da staff de 4 pessoas) do blog ^^. Muito obrigado a todos que acompanharam essa e outras postagens do blog. Aos que chegaram por agora, espero que continuem nos acompanhando em 2022 e nos demais anos que virão aí. Torcemos por um ano melhor e com a esperança de estar sem Bolsonaro em 2023. Até 2022!

A ele vai pegar… e como vai…

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