Um relato pessoal sobre a minha primeira vez no evento.

Olá queridos! Na última sexta-feira, sábado e domingo (8, 9 e 10 de Julho), aconteceu o Anime Friends de São Paulo no Pavilhão do Anhembi, local onde aconteceu a Bienal do Livro de 2018. Essa foi a primeira vez que eu (Alê) consegui ir no evento. Vim compartilhar um pouco das minhas experiências com o evento ^^.

Por questões de segurança, as fotos que eu aparecer estarão com a logo do blog no meu rosto.

Contando um pouco da minha trajetória de forma breve: comecei a ver animes no comecinho de 2017. Com mangás, o primeiro que comprei foi em julho daquele mesmo ano. Comecei a acompanhar o mercado entre o final de 2017 e o começo de 2018 (o blog nasceu em agosto de 2019). 2018 e 2019 eu morava em Osasco, grande São Paulo, o que era relativamente perto, mas o problema era conseguir dinheiro para ir e o principal: eu não poderia ir sozinho, pois era menor de idade. 2020 e 2021 foram anos de pandemia e sem evento. Até que enfim chegamos em 2022, com o blog no estágio atual, a oportunidade finalmente aparece.

Apesar de problemas com meu pai, que não só não se dá bem comigo, porque não correspondo o que ele espera e porque ele, no mínimo, deve sentir que sou gay por ser afeminado aos seus olhos, acabou dando tudo certo a minha ida ao evento.

Depois de longas filas para revistar mochilas e uma certa dificuldade para encontrar o local de retirar a credencial de imprensa, enfim entrei no evento. Fiquei sozinho um tempinho, até o Neto (do canal Mil Páginas) aparecer e a gente passar a caminhar juntos. Já fui em um dos dias da Bienal do Livro de 2018, mas foi a primeira vez em um local cercado de pessoas que consomem o mesmo estilo de produto que eu, e somado a (quase) não sair de casa há dois anos, ver aquela quantidade de pessoas foi bem surpreendente.

Por eu ter chegado tarde, não consegui cobrir o painel da JBC onde eles anunciaram “Doukyuusei”, mas vi o painel da NewPOP às 15 horas. Enquanto ia fazendo a thread no Twitter do blog, o Neto foi me ajudando tirando fotos e tentando mandar para a Débora. Foi quase o mesmo esquema que normalmente fazemos: eu cobrindo, aviso os anúncios para a Débora, ela atualiza o post e publica, divulgo e o Rub revisa se no post possui informações desatualizadas ou erros de português. Mas ter alguém ali do lado para comentar os títulos, comemorar, reclamar das coisas e mesmo com os problemas da internet e a impossibilidade de enviar fotos, foi tão bom o momento. Uma sensação ótima e que eu não sabia que precisava! ^^

O mesmo aconteceu na palestra com a A1 (thread linkada acima), da autora do manhwa BL “On or Off”, mediada pelo Guto e que começou logo após o evento da NewPOP. A autora é muito simpática, trouxe comentários ótimos e novamente, foi muito prazeroso ter alguém para conversar ali do lado enquanto tudo acontecia. Mas sem dúvida alguma, um dos meus maiores prazeres foi no domingo, por ter conseguido o autógrafo da A1. A fila do estande da NewPOP estava enorme, e graças a uma ajuda de amigos, consegui entrar no estande para comprar o volume #3 de On or Off (e mais alguns outros títulos), conseguindo a minha senha para o autógrafo. Não somente isso, como a outra palestra com a autora no mesmo dia foi maravilhosa, extremamente divertida, e de novo, transbordando simpatia da autora.


Embora eu estivesse lá para cobrir o evento, ou seja, trabalhar, consegui me concentrar bem em apenas curtir o que estava vendo, aproveitar os momentos com os amigos (esses que eu nunca havia encontrado antes) e não poderia ter sido melhor e mais gratificante. Pessoas incríveis, maravilhosas, que me acolheram MUITO BEM! Foi incrível poder conhecer o Netto (@Jo_netto) e o Fábio do Mais de Oito Mil (@maisdeoitomil) que cuidaram de mim como tios, a Gi (@GiVallin) e a Pah (@konnichipah), que especialmente estava radiante por me ver (dava para ver nos olhos), a Helena (@zuraako) vulgo embaixadora dos Mashimer’s no Brasil, o Guto (@gutonu) incrível e impecável (inclusive nas apresentações dos painéis com a A1), o Capitão Onigiri (@CapitaoOnigiri) que ficou surpreso e muito feliz em me ver por lá, o Xu (@oigentsoueuxu), a Karol (@KarolFacaia) que rapidamente ‘amiguei’, a Lari (@qtnini) muito simpática e que ainda falou de mim para manager da A1, além de poder rever o Gabriel Sau (@Gabriel_Sau) depois de anos. E fora outros amigos que não são influencers, e que adorei conversar, mesmo que apenas alguns minutos, com eles.

Por mais que houvessem problemas no evento, como as filas enormes nos estandes (especialmente no da NewPOP) e na praça de alimentação, a falta de espaço para se sentar ou até atrações que por vezes, não soam atrativas para o público mais jovem, EU tento ver por um lado mais brando, pelo fato de que isso soa pouco em vista do que me foi proporcionado pelos meus amigos. De atrações mesmo, vi umas cinco ou seis, mas sabe, mesmo assim, foi especial. O Mais de Oito Mil comentou o evento em um texto e apontou erros e acertos. Se quiser algo sobre o evento com mais senso crítico, ele pode falar dos problemas com maior propriedade.

As filas, a dor nos pés e pernas, e até o ’empurra-empurra’, tudo isso é pouco e daqui uns tempos (que não deve demorar tanto assim), vou lembrar com saudades. Mérito do evento? Nem tanto, diria até que pouco. Com certeza é um mérito das minhas amizades. Afinal, quantas oportunidades eu tive para agir como sou? Me sentir à vontade, livre? Nunca como foram nos dois dias que estive no evento. Nunca que poderia olhar ou admirar um cosplayer e falar “Que cara gostoso” tão livremente. O que quero dizer é que pelo menos para mim, tudo que era incômodo ficava menor. É claro que precisam rever coisas e melhorar outras para o próximo ano.

A maior contribuição social de Koyoharu Gotouge foi ter criado o Inosuke! E pode não parecer, mas eu estou radiante por dentro

Houve um lado positivo em ir no Anime Friends basicamente só sabendo das palestras das editoras, sessão de autógrafos e painéis com a A1, porque deu para esbarrar em coisas que eu não esperaria do evento, e até encontrar atrações que me soaram um tanto “aleatórias”, como um ringue de luta. E como último tópico, diria que a quantidade de pessoas de cosplays foi surpreendente. Nunca fui no evento, mas o Neto comentou que anos atrás era algo não muito comum. E levando em conta que cosplay que demanda tempo, disposição e até um pouco do psicológico da pessoa, achei bem interessante e divertido, principalmente pela quantidade de jovens produzindo as roupas dos personagens e felizes com o resultado, o que é excelente!

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A famosa chave de coxa…

Dá um pouco de tristeza voltar para casa, mas esses dois dias foram o bastante para me renovar, me manter vivo e sobrevivendo. Espero que se repita novamente no final do ano no Ressaca Friends e torço para que pelo menos aos poucos, eu tenha mais dias felizes, empolgantes e que me tragam mais dessas emoções, do que dias dolorosos e sofridos.

Novamente agradeço aos amigos e também aos seguidores do blog que durante o nosso trabalho, comentaram, curtiram e compartilharam!

Da esquerda para a direita: Xu, Neto, eu, Helena, Pah, Guerrero e Gi.
Eu, Fabio e o Neto
Capitão Onigiri, eu e o Gabriel Sau
E além de tudo isso, ainda pude pintar as unhas pela primeira vez ^^

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