Há 5 anos atrás, em 14 de agosto de 2019, nascia o blog LD. O blog em si estava em processo de criação alguns dias antes, mas dia 14 marca o ponto de partida realmente. São 5 anos de muita história, caminhada e experiência (boas e ruins). Em um cenário em que blogs definitivamente definharam dando espaço para outros meios de produção de conteúdo e comunicação, seguimos aqui, firmes e fortes. Então vamos aproveitar um pouco dessa ocasião, afinal, não é toda vez que se mantém algo por tanto tempo assim, para contar e relembrar um pouco do que rolou nesse período todo. ^^
A história do blog em si, com grandes detalhes etc., não iremos contar aqui, porque quando o blog completou um ano de existência, fizemos um texto contando tudo isso em detalhes. Vamos deixar ele linkado aqui. Mas em resumo: o blog nasceu graças a um empurrão da New*** (que hoje em dia, não falamos mais, mas iremos chegar lá também) e juntando com o desejo de falar sobre o que gosto, mais um nome que eu tinha criado para um grupo de conversas no WhatsApp (Lacradores Desintoxicados) e ban, eis que nascia o site do blog LD, muito mais simples do que é hoje, e eu bem menos entendido das funcionalidades e recursos da WordPress, o site foi caminhando, de pouquinho em pouquinho.
O site nasceu no final de 2019 e naquele ano, estava no meu último ano do Ensino Médio. O ano seguinte, depois de ter passado para uma vaga na UFSCar de Sorocaba, comecei a cursar Licenciatura em Biologia em março de 2020, porém, como todos sabemos, logo veio a pandemia e todos ficaram dentro de casa (só consegui ir 2 dias para a UFSCar antes da pandemia). A UFSCar ofertou aulas remotas, mas como acho a modalidade péssima, somado ao fato de não ter recursos bons e não ter silêncio em casa, optei por não fazer aquelas aulas online. Nesse meio tempo, me dediquei inteiramente a cuidar do blog. O final de março foi quando começaram as lives das editoras: 30 de Março, a Panini fez sua primeira live em tempos pandêmicos via Instagram e que live memorável! Memorável pelo completo caos e desastre, além de totalmente desgastante. Já no dia 31 de março, foi a vez da New*** fazer sua primeira live, só que no YouTube (anunciando “given” na ocasião). A época, no dia 1° de Abril, o Rub escreveu um texto sobre essas duas lives, para quem quiser relembrar e rir um pouco, leia aqui.
Fato é que já nessas lives, como não tinha nada para fazer, precisava de conteúdo e já tinha feito outras vezes, comecei a cobrir elas. Apesar da saturação mais tarde, essas lives foram muito importantes para o blog, pois foram elas que trouxeram público, visibilidade e notoriedade para o blog. Muita gente não conseguia ver essas lives, então lá estava o blog fazendo threads no Twitter cobrindo cada uma, vez após vez. Primeiramente só dá New***, depois da JBC, que aliás, tinha passado esses primeiros meses da pandemia completamente sumida de tudo, e mais tarde a Panini também entrou na jogada com lives ocasionais. Esse período além de muito cansativo, foi também o tempo em que o blog mais cresceu, chegando a uma época em que conseguíamos cerca de mil seguidores por semana, algo realmente impressionante.
Eu digo, quando penso na história do blog, que há dois momentos de “boom” nosso: o primeiro deles é quando o Rub entra para o blog e começa a lançar uma série de textos sobre animes (e que pouco depois, me juntei a ele para cobrir os animes da temporada). E o segundo vem para depois de agosto de 2020 (época do nosso 1° aniversário), que é quando a Débora se junta a equipe do site, aumentando (e muito) a eficiência e rapidez com a qual nós lançávamos as notícias do mercado nacional. Esse segundo boom compreende, inclusive, esse período que ganhamos em torno de 500 a 1000 seguidores por semana. Hoje em dia, estamos em um platô, não crescemos muito, mas também não perdemos, mantendo uma estabilidade na casa de pouco mais de 20 mil seguidores no Twitter. Nunca que meu eu de 16 anos sonharia em alcançar algo assim, mas aqui estamos.
Algo importante a se dizer é que nesse primeiro ano de existência a até um ano e meio, mais ou meno, foi um período no qual a gente era bem eclético. Comentava (e reclamava, rs) de tudo. Era mangá Shounen, Seinen, Shoujo, BL/Yuri… Porém, depois percebi que era hora de refinar nosso conteúdo. Essa percepção veio enquanto o blog estava em crescimento muito intenso, e foi aí que tivemos uma mudança de chave passando a dar muita atenção (e cada vez mais) para a demografia feminina, que é o nosso maior foco até hoje (sempre tentando englobar mais e mais).
O que serviu de motivação, em parte, foi pensar que contas que cobrem Shounen e Seinen existem aos montes, centenas e talvez, milhares delas, porém é muito difícil encontrar contas que cubram a demografia feminina com o mesmo fervor de defesa. Queria aproveitar o nosso alcance (que aquela altura, não era pouco) para trazer alguma visibilidade para obras e autoras. Foi aí que nasceu a nossa pequena coluna de apresentação de mangás selecionando obras de demografia feminina (as únicas exceções são dois Yuris que são Seinens). A gente sabe: não será um post do blog que fará um mangá vir para cá ou ser conhecido, entretanto, pelo menos, estamos fazendo alguma coisa que pode contribuir um pouco para desmistificar estereótipos rasos sobre a demografia feminina (embora o machismo e a misoginia não deixem esse povo mudar de percepção), além de claro, servir de recomendações para quem não conhece essas obras.
2022 foi o ano em que pude ir ao Anime Friends pela primeira vez e não só isso, também foi a ocasião que conseguimos credenciamento de imprensa! Fizemos a cobertura, pude sair com meu namorado, encontrei com amigos e produtores de conteúdo desse meio. Tudo excelente e especial. Até contei como foi a experiência nesse post aqui. Porém, infelizmente, morreu ali mesmo, já que no Ressaca Friends do mesmo ano, a nossa credencial foi barrada e no AF do ano seguinte, nos barraram de novo. Esse ano, iria tentar o credenciamento, mas era exigido uma divulgação prévia do evento (trabalhar antes) para talvez você conseguir a credencial, o que considerei como desaforo, então nem tentamos. Valeu como boa experiência ir no evento (mais graças às companhias do que pelo evento em si), mas ficará assim.
As lives continuaram, claro, e continuam até hoje, o que não só saturou como se tornou desgastante e, muitas vezes, completamente desnecessário. Lives e lives que poderiam ser vídeos de 3-5 minutos ou que simplesmente poderiam só não existir, já que evidentemente não se tinha o que falar. Enfim, nesse período todo, tivemos algum tipo de desentendimento ou discussão com as três principais principais editoras do mercado brasileiro, mas nenhuma se compara com a que tivemos com a New***. Tanto que hoje em dia, a gente não noticia nada referente da editora. Não vou me alongar muito nisso, já que novamente, tem texto no blog explicando tudo, mas aquele caso é muito marcante, porque como dissemos lá no começo, foi a editora que deu o empurrão para o blog nascer e que depois, foi a que mais destratou o blog.
Enfim, acho importante pontuar que nem sempre a gente vai acertar e faço merda mesmo. Acontece. Mas a medida do possível, tento reconhecer e fazer o máximo para corrigir ou amenizar o problema. Exemplo de quando saiu a capa nacional de “Fire!”, da Hideko Mizuno, e eu comentei no Twitter do blog (bem impulsivamente) que a capa era uma crise estética, sendo que a capa segue um estilo (eu posso não gostar, mas não posso dizer que é uma crise estética). Um comentário burro e infeliz, tanto que apaguei o tweet umas semanas depois quando refleti melhor sobre o assunto.
Entre erros e acertos, fico muito feliz e contente pelo blog ter chego onde chegou. Vira e mexe estamos tendo alguma interação com algum autor.a.es que gostamos. Recentemente tivemos a Rie Aruga (Perfect World; O horizonte além da fábrica) respondendo um tweet do blog agradecendo pela divulgação que fazemos dos trabalhos dela.
E além disso, ainda temos uma série de autores e autoras (principalmente autoras) que seguem o blog. Alguns exemplos:
- Mengo Yokoyari (Kuzu no Honkai);
- Junji Ito (Tomie; Uzumaki);
- Inori. (Me Apaixonei Pela Vilã!);
- Yanagino Kanata (Saihate no Paladin);
- Youko Fujitani (O Sétimo Ano do Amor Puro);
- Rui Aomi (Hanadoki wo Kakeru);
- Billy Balibally (FANGS);
- Ayumi Kannami (Rokubun no Ichi ~Bokutachi no Kakusa~);
- Yui Kikuta (adaptação em mangá de “Mushikaburi-hime”);
- Ikori Andou (Silent Blue);
- Kozue Chiba (Daifuku-chan to Ouji-sama);
Ainda temos duas revistas nos seguindo, uma Shoujo (Nemuki+) e uma BL (Qpa). E mais recentemente, o meu diretor favorito, o Masaomi Andou (diretor de “Kuzu no Honkai”, “Hanako-kun” e “Kanata no Astra”) começou a seguir o blog.
Enfim, por fim, também agradecemos aos leitores. Sejam os mais novos como aqueles que estão há muito tempo nos acompanhando. Todos são importantes e esperamos que continuem nos acompanhando nos próximos anos que virão. ^^