É um Nanatsu com personagens diferentes...

É um Nanatsu com personagens diferentes…

Seguindo com minha saga de animes ruins, vamos com Plunderer dessa vez. E como se já não bastasse um episódio, Plunderer nos agracia com DOIS EPISÓDIOS DE UMA VEZ SÓ (sinto que é meu karma), SIM! Ele é como o Thunder (LBTV) disse que é tipo um Nanatsu no Taizai. Então vamos aos episódios, pois acontece muita desgraça (levem essa palavra no mau sentido) nesses dois episódios.

Sinopse: “Em um mundo pós-apocalíptico dominado pelos chamados “Números,” cada ser humano terá sua identidade marcada com seu próprio “Count,” que poderia definir qualquer número relacionado à sua vida. Que seja a distância percorrida ou a quantidade de elogios que lhes são dadas por outros, esse Conde pode levá-los ao abismo quando ele caiu para zero. No ano 305 do calendário alciano, Hina herdou uma missão de sua mãe, cujo Conde se depreciou a zero, para procurar o Lendário Barão Vermelho. Em sua aventura, ela conhece um espadachim semi-mascarado chamado Licht que tenta esconder sua identidade, como ele é conhecido como um degenerado por ter um Conde incrivelmente baixo.”

  • Impressões dos episódios:

Sendo sincero, eu realmente não sei por onde começar a falar desse anime, porque ele foi PÉSSIMO em tudo que tentou fazer, seja com diálogos, direção, personagens, roteiro, animação… TUDO é ruim, porco ou meia boca. Enfim, vamos lá.

Começando pelo roteiro e os diálogos entre os personagens que são desastrosos. Praticamente tudo nesse começo são diálogos e mais diálogos expositivos. Eles não conseguem encaixar um diálogo de forma decente. Não há uma pausa para você respirar. É informação que vai sendo jogada na sua cara e você tem que absorver, porque é relativamente importante para você entender um pouco das regras daquele mundo.

Para se ter uma ideia de como essas informações não são bem colocadas nesses episódios, foi mostrado como funcionam os números que têm nos corpos de cada pessoas. O problema disso é que eles explicam o que é e como funcionam esses números para a PROTAGONISTA, a Hina. Ela deve ter ali seus 16 ou 17 anos e ela não sabe como o que são esses números? A mãe dela nunca disse nada sobre isso? Lembrando que esses números são o equivalente à sua vida, logo, é de se imaginar que informem essas coisas para as crianças desde cedo. MAS NÃO! O pior disso, que tudo é quebrado minutos depois, porque a Hina sabe do número da perna e a mãe dela falou que quanto mais ela anda, mais o número sobe. Então ela sabe o que é, mas não sabe também porque precisam explicar para quem está assistindo.

Mas supondo que a mãe dela não tivesse dito nada sobre os números. A Hina já está viajando há 5 anos e nessa viagem, cruzando com tantas pessoas diferentes, ela só veio reparar nesses números AGORA??? Em casos assim, eu acho muito mais funcional um narrador para nos contar um pouco sobre o que o mundo traz como regra. É muito melhor do que por em diálogos mal feitos.

Uma das coisas mais presentes nesse episódio é assédio. A Hina é assediada umas 4 vezes nesse episódio inicial. O anime faz dessas situações uma piada qualquer, como se realmente não importasse e fosse apenas mais uma parte cômica. Um exemplo de cena assim é logo no comecinho do episódio, o Licht pede dinheiro para a Hina, enquanto ele alisa as pernas dela e se esfrega nos peitos dela. Ele chega até falar que não consegue mais se segurar (nojo). Essa é uma sequência de pouco mais de 1 minuto, ela até sai correndo do cara e pouco depois, a Nana intervém e tudo vira uma piada. Ela começa a rir disso e até se oferece para pagar comida para ele, como se NADA tivesse acontecido.

Enquanto ela almoçava, o Licht tenta abrir as pernas dela para olhar as partes íntimas dela. Ele literalmente força isso (até a Nana dar um soco nele e tudo virar piada de novo). A expressão que a Hina faz nesse momento, está muito longe de ser algo de nojo/repulsa. NÃO! Ela é desenhada com um rosto parecendo sentir prazer, além de continuar sendo tratado como um comédia qualquer.

Voltando as conveniências, nesse episódio é dito que você não pode desobedecer as ordens de quem tem um número maior do que o seu, mas não vemos o que acontece caso alguém faça isso de fato. Logo após isso, surge por conveniência o vilão medíocre desse mini arco, que dá uma leve ameaçada na Nana, já que ela tem uma quantidade de números menor que ele, mas como ela não faz nada, não sabemos o que aconteceria caso ela o desacatasse. Nas sequências seguintes se têm mais explicações, pois essa garota não sabe ABSOLUTAMENTE NADA do mundo que ela vive. Então ela é nosso meio de saber o que se passa naquele mundo.

Alguns minutos se passam e após o vilão roubar os números da Hina, temos algumas espadadas para lá e para cá, ela sendo arremessada para longe, risadas vilanescas e distorções faciais, porque tem que mostrar como o cara é mal. Tudo sendo uma forma de enrolação até Licht chegar e “IMPOR RESPEITO” XP. Ele chega e nisso temos a típica cena do protagonista que parece fraco, mas ele é FODÃO. A essa altura do campeonato eu só queria que isso acabasse logo, mas infelizmente eu estava no final do episódio 1/começo do episódio 2.

Para vocês terem noção de como a produção quis exaltar o PROTA (e enrolar, já que eles precisavam parar num ponto x, então tinham que enrolar nessa “luta”), eles passaram metade desse segundo episódio nessa “luta”. “Luta” essa que poderia facilmente ser encerrada em uns 2 minutos (ou menos), mas como queriam fazer ela render mais (já que eles não tem como fazer grandes cenas de ação), eles enfiam mais diálogos para preencher espaço. E no fim das contas, a sensação que você tem com isso é de que não importa. A cena não tem peso algum, tanto que usam a mesma música durante uns 12 minutos (começaram a usá-la no final do episódio 1 e foi até a metade do segundo). É tudo tão qualquer coisa que é mesmo sem importância. É bem ‘meh’.

Mais para o final do segundo episódio acontece a seguinte situação: o Licht salva a Hina. Ele da uma de vilão (muahahaha) e leva a cédula da Hina, que é a última lembrança da mãe dela, dizendo que vai vender aquilo. Ele joga um bichinho de pelúcia e diz que é “”em troca”” da cédula. Ela volta e encontra com a Nana. O bicho estoura e dele saem flores e tcharã, a cédula está dentro dele. A Nana explica que ter uma daquelas é considerado crime e que ele fez isso para proteger ela. Ele sai da história como “o herói bondoso”…

Para fechar o pacote com chave de ouro, a Hina ainda diz que nunca havia se divertido tanto antes. MANO! Está certo que ela estava viajando sozinha, mas olha tudo o que aconteceu de ruim com a garota e mais, o único momento que ela dá uma risada foi claramente uma tentativa de disfarçar o assédio como sendo uma cena de comédia.

Por fim, o último momento desse show de horrores é quando um dos soldados do vilãozinho chega e começa a expor o plano que ele tinha por traz de tudo, porque ele tem um verdadeiro comandante e vai contar que o Barão Vermelho está vivo… WOW! PLOT TWIST!!!!

E DO NADA, ele tira um comunicador dor bolso. SIM! Durante esses dois episódios, não deram qualquer resquício de algum avanço tecnológico, aí do nada surge aquilo… TOP! Uma última coisa (agora é mesmo), ele literalmente foi até a garota contar isso, PORQUE SIM. A produção poderia ter só mostrado ele escondido em algum canto fazendo o relatório dele, simples. CUSTAVA FAZER ISSO?!!!


  • Conclusão:

Com uma produção no limite do ‘ok’, personagens vazios (a Hina por exemplo, só chora e é assediada nesses dois episódios), direção fraca e roteiro que não sabe o que está fazendo, Plunderer é com toda certeza uma das piores coisas que essa temporada tem a oferecer. O que me restou para elogiar é o próprio conceito dos números, que é relativamente interessante. A forma como você aumenta ou diminui esse número e o que você tem que fazer para tal, é uma boa ideia. Entretanto, retirando isso, só resta esse cenário mesmo para elogiar, porque ficou legal. De resto, joga fora porque está podre!


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