Moriarty precisa de ajuda!!!

Moriarty precisa de ajuda!!!

Estamos a um episódio do fim e chego a conclusão que: Moriarty precisa de um abraço. Alguém conforta esse homem, pelo amor de Madoka!! Muitos sentimentos com relação a esse episódio. Vamos conversar um pouco sobre tudo o que foi passado ao longo dos 24 minutos de duração.


Esse episódio deixou bem claro para mim que o Moriarty está em uma situação um tanto desesperada. Chegou num ponto que ele precisa fazer o plano funcionar e o personagem está carregando absolutamente tudo sozinho, muito diferente do começo e meio da série. Até poucos episódios atrás, a forma dele de agir era sempre muito bem pensada, perfeitamente calculada, mas que principalmente envolvia o máximo do grupo deles nos planos. Moriarty não agia sozinho, mesmo relutante em envolver o Louis no começo. De forma geral, ele contava com o auxílio de todos para executar seus planos, mesmo que, por exemplo, ainda conte com uma ajuda menor do Albert ao colocá-lo numa situação complicada por revelar a identidade real do Lorde do Crime, ou ainda contar com o Jack para vigiar a casa. Todos os assassinatos feitos por ele nesse episódio foram “desleixados”, sem se importar mesmo com questões de provas ou elaborar uma ação. Ele tem uma lista de alvos e vai para matá-los sem pensar muito. Em alguns casos, podemos ver que o Moran acompanha ele, entretanto sem envolvimento direto (pelo que mostraram). Fica bem aparente que ele quer agir como apenas o próprio sendo o culpado de tudo, tirando todos os demais dessa mira de exposição. Ele quer carregar a culpa até o momento que culminará na sua morte.

Voltando um pouco dentro do episódio, acho legal pontuar brevemente a relação do Sherlock e o John. Os dois últimos episódios e agora nesse, eles vem dando maior destaque na amizade dos dois. Sherlock priorizou o John e achou melhor não envolvê-lo nos eventos mais recentes. Matou um homem e sequer parecia estar preocupado com isso, até o momento que o John literalmente coloca ele contra a parede e o faz pensar nas suas ações. O peso de suas ações e as consequências que podem trazer para sua vida, no caso aqui, por mais que não tenham ficado vestígios do assassinato do Milverton (vantagens de não ter tecnologia na época, seja para o bem ou mal), ainda tem o peso do ato em si, e o quão isso pode ser perturbador e trazendo até um pouco da relação com o que o William comentou episódio passado: a partir do momento que você mata alguém, fazer isso de novo não é mais doloroso, pois é só mais um. De fato, o Sherlock não parecia preocupado, para posteriormente, os dois conversarem e resolverem. É uma questão de não querer mais esconder nada um do outro. Na verdade, toda essa reta final reforça a importância dos laços que temos com amigos e parentes, e o quanto são importantes para nós. Como não queremos ser deixados de lado ou sermos enganados, que estão no mesmo barco até o fim ou que prezam pelo nosso bem-estar/segurança. No caso, também temos o lado dos Moriarty, sobretudo com o Louis que teme muito a perda do irmão, visto que ele é o seu mundo, ou até mesmo a Sra. Hudson recepcionando o Sherlock e o John na porta. São detalhes, mas que evidenciam esse lado de reforçarem as amizades e as boas relações com quem está a volta deles, ainda mais em momentos cruciais e com riscos de vida.

Uma das coisas que gosto em “Moriarty” sempre foi essa questão da dualidade dos personagens, em ver que as ações deles não eram das mais apropriadas, porém que pensavam em tentar gerar uma mudança tendo em mente a parcela que mais sofre, por causa de uma porcentagem mínima da população que os deixa na miséria. Nesse episódio, tem um diálogo muito bom do William com o Fred sobre ele nunca ter se visto como alguém que age em nome da justiça. O personagem sabe que não tem esse direito de julgar alguém. Tudo que ele vinha fazendo até agora era porque acreditava ser um caminho para tentar resolver o problema. Ele sabe que esse caminho é errado e a obra sempre evidencia isso. Era dar aquele contraponto de que são escolhas com questões morais sendo debatidas e que não são vistas para serem certas. São para causar um debate, tanto pela atitude de cada um, mas também pelo rastro de destruição que o capitalismo causa, porque sim, a obra é quase uma cartilha contra esse sistema, caso não tenham percebido.

E retomando o que comentei no outro parágrafo, o William parece cansado daquilo. O rapaz ainda quer dar um ponto final naquilo que começou e quer que a sociedade mude, mas depois de tudo que já fez, de tantas pessoas que matou, ele carrega o peso disso tudo. O William diz que suas mãos estão manchadas de escarlate e que por mais que ele esfregue, o vermelho não sai. Depois de tudo, acredito que ele só queria dar um fim na própria vida. Quando ele passa a criança para traz e mata o pai dela, o William diz que aquele garoto poderia matá-lo, porém que não poderia deixar, pois antes precisa terminar o que começou. Enfim, são ações desesperadas de alguém que já não suporta mais a culpa que está carregando e apenas quer descansar, além de ser como o ‘pagamento’ por tudo que ele fez até aqui.

Alguém dá um abraço nele!!!

O plano do Moriarty é criar um ‘demônio’ em comum para ambos os lados (nobreza e pobres), sendo ele esse demônio e o ódio em comum gerado por essas circunstâncias. Irá gerar uma união dos dois lados para que eles exterminem o mal juntos. Neste momento, nobres odeiam o Moriarty, porque ele está caçando e matando um por um da classe, e os pobres também o detesta por ter assumido o crime e no fim, ter assassinado o Whitley. Toda essa situação é bem semelhante ao que foi apresentado no anime no episódio #16, que criaram um adversário em comum com o povo e com a polícia, com a finalidade de apaziguar ambos os lados, colocando as diferenças de lado por um momento para finalizar o problema que afetava a ambos. O ponto principal é que com a morte dele, em teoria, vai criar um ponto de estabilidade para os todos os lados e nesse momento, mudanças são mais fáceis de acontecer. É como se as diferenças fossem esquecidas momentaneamente e fosse aberto um espaço mais fácil para o diálogo. Na Revolução Francesa foi assim e em outras revoltas populares também. É aquilo que disse em outro post. A morte de alguém às vezes é necessária para gerar uma alteração social.

Eu fico me perguntando que tipo de “moral da história” Yuukoku no Moriarty vai nos passar. Eu sei que a obra não vai ter um final exatamente, dado que o mangá ainda está em andamento. Da mesma forma que sei que mais ou menos os últimos 5 minutos do episódio final são originais e não tem no mangá. Mas mesmo considerando o futuro término da obra na outra mídia, me pergunto que tipo de mensagem Moriarty vai nos deixar. Eu duvido muito que o plano do William será consumado ao ponto de gerar uma grande mudança social. Fico curioso para saber qual mensagem final a obra tem para nos passar. Pode ser que tome um rumo mais “fantasioso” e mostre uma realidade mais distante, do que poderia ter acontecido caso tivesse dado tudo certo. Ainda não sei… Veremos o que me reserva 🙂

O sorriso aliviado que o William solta ao ver o Sherlock, como se ele fosse dar o fim à aquilo tudo…

Afim de evitar a morte do irmão, o Louis e o Fred se juntam para pedir ajuda ao Sherlock (e que deve ter doído na alma do Louis ter que fazer isso), sendo ele o único que pode fazer algo pelo ‘Liam’. Gosto desse tratamento de amizade que o Sherlock tem pelo William, já que no fim das contas, eles nunca foram inimigos realmente. Ao mesmo tempo que isso se desenrola, ainda temos o lado da Rainha, com algum plano, que não sabemos qual é, para parar o Lorde do Crime. Muitas coisas para acontecer em um episódio, mas sigo confiando nas mãos da staff para conduzir bem os eventos finais. Esse episódio foi muito bom, teve um ritmo ótimo, mesmo adaptando um volume inteiro do mangá (13). Amanhã (31) sai a postagem sobre o último episódio de Yuukoku no Moriarty ^^

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